Fanfic: Amor a Mil Por Hora | Tema: Vondy *-*

Preso: Que peninha então... acho que você vai ter que conversar com meu coleguinha aqui... meu brinquedinho de
estimação... já viu um desses antes? *mostrando uma faca que parecia ter sido feita ali mesmo por ele* VAI COLABORAR
OU NÃO?! *ameaçando-o* Pensando bem ainda não vale a pena sujá-lo com seu “sangue azul”. Mas vou te dar uma lição para
que perceba de vez quem manda aqui... segurem-no

Chris: Não toquem em mim... Quer mostrar que manda, então por que não vem sozinho? *enfrentando-o* é muito fácil se
esconder atrás de um monte... além de tudo é covarde

Preso: Cale a boca seu moleque mimado *acertando-lhe a boca, dois outros homens o seguravam enquanto o cara o espancava
até um policial chegar e mandar cada um para o seu lugar*

Outro Preso: Ei cara, calma... o rapaz não te fez nada... deixe-o em paz no seu canto *ajudando-o. Da boca de Chris
escorria um filete de sangue e um corte acima da sobrancelha também sangrava*

Preso: Ah! Falou a protetora... Não se meta nisso... a conversa é entre eu e o mane aqui

Chris: O que você quer de mim? *sério*

Preso: Agora sim você está falando minha língua...

Chris: Diga logo e me deixe em paz

Preso: Pele limpinha... mãos bem cuidadas... roupas de bacana *falava enquanto dava voltas ao redor de Chris* No mínimo
é sustentado pelo pai e arrumou confusão na rua não é?

Chris: Se enganou, meu caro... Sou muito bem casado e trabalho para me manter ok?

Preso: Humm... mas pelo visto ganha bastante dinheiro...

Chris: É o que acontece quando se trabalha muito e honestamente buscando um objetivo, não?

Preso: Sem ironias, meu garoto!

Chris: Não sou garoto, muito menos seu!

Preso: Você ainda não entendeu que aqui dentro você é igual a mim? Se está aqui boa coisa não deve ter feito

Chris: Nunca vou ser igual a você... Tenho princípios! Eu não fiz nada e estou aqui por engano

Preso: Aí gente... ele é mais um dos que não fez nada *os outros presos riam* Que discurso antigo e barato... Ninguém
aqui fez nada também não é galera? *todos gritam*

Chris: Me deixe em paz... não te fiz nada

Preso: Por enquanto você pode ficar aí no seu canto... ainda vou pensar no que você vai ser útil *vendo que não tinha
outra saída Christopher resolveu não enfrentá-lo mais, pois percebia que se tratava de gente perigosa e não valia a pena
se arriscar. Olhou em volta e se sentiu enojado com o lugar. Nunca havia estado num local tão sujo. Queria se sentar, mas
olhava para o chão e não conseguia (uahuhuahauhauaha fresco!). Passou um bom tempo de pé olhando para fora da cela e
ignorando os comentários maldosos de seus “colegas”. Suas pernas doíam e já não agüentavam mais o peso de seu corpo
machucado pelos socos que levou, até que ele se rendeu e sentou. O cara que havia tentado defendê-lo se aproximou*

Chris: Me deixe sozinho *emburrado*

Preso bom (XD): Calma cara... só quero te ajudar

Chris: Desculpe... obrigado por tentar me defender naquela hora

Preso: Que nada... Eles fazem isso com todo mundo que chega... também já passei por isso e o melhor que se tem a fazer
é ficar calado... já vi ele fazer muita coisa ruim com quem o enfrenta

Chris: E a polícia não faz nada? *ingênuo*

Preso: Aqui dentro? Não... Se há briga, eles mandam separa e pronto... Mas ouvi você dizer que não fez nada para estar
aqui.. então?

Chris: Um engano... foi isso, mas se você não se incomodar não queria falar nisso agora *um policial passava pelo corredor*
EI... POLICIAL *levantando-se*

Policial: Sim *seco*

Chris: Pode me dizer como está minha mulher?

Policial: Não sou menino de recado não...

Chris: Puxa, só quero saber o que foi feito com ela

Policial: O seu advogado já vem falar com você... aguarde-o

Chris: Advogado? Eu nem sabia que tinha um... Quem o trouxe?

Policial: Chega de conversa... tenho mais o que fazer *saindo*

Chris: DROGA! *chutando a grade*

Numa outra parte da delegacia, mais precisamente na enfermaria Dulce estava despertando do desmaio ainda tonta.
Anahí, avisada por Pedro, segurava sua mão esperando atenta a hora que a amiga acordasse

Dulce: Onde... o que aconteceu comigo?

Anahí: Dul! Que bom que acordou... Não agüentava mais te ver desacordada... Se sente bem?

Dulce: Minha cabeça está dando voltas... Agora já sei onde estou... E o Chris? Sabe dele? *tentando se sentar, mas não
consegue*

Anahí: O Chris vai ficar bem Dul, tem que se preocupar com você agora

Dulce: Mas para onde o levaram? Não minta pra mim

Anahí: Ta bom, não vou mentir... O colocaram numa cela junto com outros presos, porque ele estava muito nervoso e gritou
com o delegado

Dulce: NUMA CELA? COM PRESOS PERIGOSOS? *exaltada*

Anahí: Shiiiu! Se não ficar calma a próxima a enfrentar a carceragem será você!

Dulce: Mas Any... Droga! Porque isso tinha que acontecer?

Anahí: Não faço a mínima idéia, mas fique tranqüila... O Victor já está resolvendo tudo... Trouxe um dos melhores
advogados do país e já vai tirá-los daqui

Dulce: E você como soube?

Anahí: Todo mundo já sabe... Deu em todos os canais, você sabe como é

Dulce: Coitada da minha mãe... não merece isso

Anahí: Não pense nisso agora Dul... O importante é que sabemos que vocês não fizeram nada e mais ainda que você fique
bem... A Mai esteve aqui, mas foi para minha casa ficar com a Isa pra poder eu vir te ver. A babá faltou hoje *um policial
se aproxima*

Policial: Senhora pode me acompanhar?

Anahí: Acompanhar aonde? Ela não pode levantar

Policial: O médico já liberou para que fosse para a carceragem... Queira me acompanhar, por favor

Anahí: Como assim liberou se ela ainda está se sentindo fraca? Não percebem isso?

Policial: Desculpe, mas eu só estou cumprindo ordens

Dulce: Se acontecer alguma coisa com minha filha vocês serão os responsáveis *quase chorando*

Anahí: Quem é o diretor dessa espelunca?

Policial: Senhora, por favor, mantenha a calma ou terei que tomar outras providências

Anahí: Ah vai me prender também? E alegar o que?

Policial: Desacato a autoridade

Dulce: Deixa, Any... As coisas só pioram a cada momento

Anahí: Posso saber pelo menos para onde a levarão? Não me diga que será para uma daquelas celas fedidas e imundas que
vocês têm aqui

Policial: Ela vai ficar numa cela especial devido seu estado de saúde

Anahí: E o que tem de especial nessa cela? Tem ar condicionado? Cama, colchão?

Policial: Estamos falando de uma delegacia e não de um hotel

Anahí: Mas não me diga que o lugar está abarrotado de gente

Policial: Não.... a ala feminina é mais tranqüila e ela dividirá cela com mais três presas

Anahí: O senhor garante que é um lugar limpinho?

Policial: Já chega, a senhora já perguntou demais... Vamos...

Anahí: Seja cavalheiro e ajude ela a levantar pelo menos... não tem cadeiras de rodas aqui?

Policial: Não *seco* Vem, senhora... *ajudando Dulce a levantar*

Dulce: Any, me tira daqui, pelo amor de Deus *chorando*

Anahí: Calma, amiga... Tudo vai se resolver, eu te prometo *abraçando-a*

Policial: Já chega... ande *Anahí tentou acompanhá-los* A senhora não

Anahí: Mas...

Policial: Daqui não pode seguir *o homem alto e forte ajudava Dulce a caminhar até o lugar onde ficaria. A ala feminina
ficava no lado oposto à masculina. Possuía menos presas e por conseqüência menos celas. Também não era tão suja e fedida
como a dos homens, mas não era um bom lugar para ninguém ficar, muito menos uma grávida. Dulce sentia medo. Medo das
pessoas desconhecidas que ali estavam e de tudo ao seu redor. O policial parou de frente a uma das carceragens e abriu
o grande cadeado dourado que fechava a larga e grossa porta de aço. O barulho ecoou por todo o longo corredor, fazendo
Dulce fechar os olhos e lágrimas quentes descerem pelas maçãs de seu rosto posando no canto da boca. Ao abrir a porta ele
a pegou pelo braço e a encaminhou até o interior do lugar. O ambiente era minúsculo. Havia duas beliches de alvenaria. As
paredes eram rabiscadas e o cheiro de cigarro fazia Dulce sentir ânsia de vômito. As três mulheres jogavam baralho sentadas
no chão e ouviam música num radinho de pilha. Dulce não sabia o que fazer e ficou de pé parada olhando-as até que uma dela
se pronunciou

Mulher: Pode ficar com aquela cama ali *apontando com a cabeça*

Dulce: Obrigada *sentando-se. Ficou vários minutos observando a cena das mulheres se divertindo com um simples jogo
de cartas*

Mulher: Quer jogar também?

Dulce: Não, obrigada

Mulher: Desmancha essa cara, mulher... Já que está aqui agora não adianta ficar assim... Tem que tocar a bola pra frente
*falava de um jeito rude, parecia estar ali há muito tempo*

Dulce: Desculpe *quase chorando*

Mulher: Me chamo Rute... e você? *era uma senhora que já passava de seus 45 anos. Gorda e com um rosto sofrido estava
cumprindo pena por ter assaltado um pequeno mercado perto de sua casa*

Dulce: Dulce Maria, mas pode me chamar só de Dulce

Rute: Você não tem cara de que faz algo errado... o que fez para estar aqui?

Outra presa: E desde quando maldade tem cara? *rindo*

Rute: Você entendeu o que eu quis dizer, Augusta, não implique com a moça

Dulce: Estou aqui por um engano da polícia *as mulheres param o jogo para ouvir a história de Dulce* E foi isso...

Augusta: Mas é uma filha da mãe mesmo! Se uma coisa dessas é comigo eu matava ela e jogava para os urubus comerem no
lixão... Já fiz isso uma vez com uma que se meteu a besta comigo não me custa fazer outra *acendendo um cigarro*

Dulce: A senhora já matou uma pessoa? *assustada*

Augusta: Uma não... três! Comigo é assim... Se meteu a besta eu apago (hauahahahauhuaaa o.O)

Rute: Não precisa ter medo dela... Apesar de tudo é uma pessoa boa, só não pise no calo dela

Dulce: E você como chama?

Rute: Essa daí é muda, minha filha, está aqui há mais de cinco anos injustamente... O marido dela matou um homem e
colocou a culpa nela. Agora a coitada cumpre uma pena que na verdade o safado que deveria cumprir

Dulce: Cinco anos injustamente?

Rute: Para você vê como é a justiça...

Dulce: Por isso tenho medo... Também estou aqui sem ter culpa nenhuma

Augusta: Mas a senhora nota-se que tem dinheiro... Não vai nem esquentar o lugar aqui... Deve ter um batalhão de advogados
para te defender

Rute: Ao contrário dela que depende da defesa pública que não faz nada para tirá-la daqui

Augusta: E essa barriga aí? Tá com quantos meses?

Dulce: Cinco... Acabei de saber que é uma menina *esboçando um pequeno sorriso enquanto acariciava a barriga*

Rute: Logo, logo vai nascer... Eu tenho uma neta de um ano. De vez em quando minha filha a traz aqui para eu ver...
É a coisa mais linda da minha vida

Dulce: E você tem filhos?

Augusta: Tenho... um menino e uma menina que moram com a mãe do meu ex-marido

Dulce: E são pequenos?

Augusta: O menino tem 8 e a menina 6 anos... Há dois anos não os vejo... a velha maldita sumiu com os dois
*mostrando uma foto das duas crianças*

Rute: E enquanto estiver aqui não pode fazer nada...

Dulce: São lindos... Parecem felizes aqui

Augusta: Isso aí era no tempo que moravam comigo

Dulce: Se incomodam se eu deitar um pouco? Estou tonta

Rute: Fique a vontade, minha filha

Augusta: A casa é sua *rindo* Literalmente... *Dulce deitou ficando de frente para a parede pensando em tudo que
acabara de ouvir. Temia ficar ali injustamente como sua companheira de cela e perder sua filha quando esta nascesse.
Aquilo a atormentava. Por mais que não quisesse só conseguia ter pensamentos ruins. Um guarda abre a porta da carceragem
e entrega o jantar em quatro marmitas*

Dulce: Estou sem fome, podem ficar com o meu se quiserem *olhando a comida que em nada lhe chamava a atenção*

Rute: É melhor você comer ein! Teve sorte que hoje a comida tá melhorzinha, porque tem dias que nem apanhando a gente
consegue comer

Dulce: Obrigada, podem ficar mesmo

Augusta: Posso pegar seu bife mesmo?

Dulce: Pegue o que quiser

No escritório do delegado, Victor e o advogado contratado por ele tentavam de todas as formas tirar o casal dali

Delegado: Eles foram pegos em flagra, senhores...

Victor: Eu tenho certeza que meu filho não faria uma coisa dessas

Dr Alvarez (advogado): Onde está a mulher que prestou queixa?

Delegado: Ela ainda virá prestar depoimento

Dr Alvarez: Os meus clientes são réus primários, doutor, quero pedir cela especial para os dois

Delegado: A mulher já está numa cela especial, mas o outro não... Me insultou e vai ficar onde está até que o caso seja
resolvido

Victor: Não pode deixar meu filho no meio de um bando de homens perigosos

Delegado: Aqui eu posso fazer o que eu quiser ok?

Dr Alvarez: Deixe-nos vê-lo, sim?

Delegado: Não estamos em horário de visitas

Victor: Por favor, senhor...

Dr Alvarez: Cinco minutos...

Delegado: Ok, guarda? Traga o preso para que converse com eles, sim?

Guarda: Sim, senhor *saindo. Anahí entra na sala acompanhada por Poncho, que acabava de chegar*

Anahí: E então? Quando vão tirá-los daqui?

Victor: Não sei Any, mas se possível ainda hoje

Poncho: Que confusão ein!

Dr Alvarez: É sim, mas não se preocupem... hoje mesmo os dois estarão livres

Anahí: Deus te ouça... Só de pensar na Dulce dentro daquela cela nojenta... ai, me dá arrepios

Poncho: Amor, não é hora para esse tipo de comentários

Anahí: Como não?! A limpeza nesses lugares é tudo igual Ponchito... Não vê novelas?

Poncho: Tá bom, Any... Depois conversamos sobre isso *o guarda volta trazendo Christopher ainda algemado*
 
Anahí: CHRIS! *com as mãos na boca*

Victor: Meu filho *abraçando-o*

Chris: Pai, eu juro que não fiz nada... Te juro que aquela mulher está louca... *estava algemado com as mãos para trás.
Seu olho estava inchado e tinha uma marca roxa no canto da boca*

Victor: É claro que você não fez nada, Luis... Nós já vamos te tirar daqui, meu filho

Dr Alvarez: Podem tirar as algemas dele, por favor? Não é nenhum bandido!

Delegado: Pode soltá-lo *o guarda o atende. Os pulsos de Chris estavam machucados e roxos devido as algemas*

Anahí: O que fizeram com você, bebe?

Chris: Um cara na cela metido a mandão ordenou que os outros me segurasse e me bateu

Poncho: Essa gente é sempre assim... covarde

Chris: Onde está a Dulce? Já foi para casa? *todos se olham buscando a melhor resposta* Gente?

Victor: Não, filho... A Dulce ainda está aqui

Chris: E onde? Chame-na... quero vê-la, saber se está bem

Poncho: ela está bem sim, não se preocupe

Chris: Tá, mas onde ela está? Porque não veio me ver também?

Dr Alvarez: Sua esposa foi levada para uma cela, Christopher

Chris: O QUE? VOCÊS NÃO FIZERAM ISSO COM ELA... COMO PODEM?

Delegado: O mocinho deve ficar calmo ou voltará para onde estava

Victor: Calma, filho, ela está bem... numa cela especial... Já vamos tirar vocês dois daqui

Chris: Não podiam deixá-la num lugar desses, pai... A Dulce... minha filha

Anahí: ela vai ficar bem, Chris... Você vai ver *abraçando o amigo*

Dr Alvarez: Já pedi que trouxessem a fita de segurança do estacionamento... Logo tudo estará resolvido

Anahí: Aquela agente que estava ajudando a Dulce falou que ia pessoalmente ao local pegar a fita

Dr Alvarez: A Ester é uma ótima profissional, nos formamos juntos... Ela vai trazer essas fitas, não se preocupem

Delegado: Bom, já o viram, já conversaram agora ele terá que voltar... não podemos dar regalias a ninguém

Victor: Não, por favor... não o levem de volta aquele lugar

Delegado: Não posso ter distinção entre um preso e outro... Guarda, podem levá-lo