Fanfic: Amor a Mil Por Hora | Tema: Vondy *-*

Chris: Não estou mentindo e vou lutar para que tudo que te prometi se cumpra

Dulce: Eu já disse... Acabou Christopher...

Chris: Vai jogar tudo pro alto?

Dulce: Tem certeza que deve fazer essa pergunta pra mim? Deveria ter pensado nela antes de fazer a merda que fez... você acabou com tudo... Destruiu nossa
família... satisfeito agora?

Chris: Você não sabe o que está dizendo

Dulce: É...Eu devo ser muito burra mesmo a convivência com você deve ter afetado meu cérebro

Chris: Por favor Dulce... não faça isso... É nossa família

Dulce: Família que você já rejeitou uma vez e agora jogou no lixo como uma embalagem descartável

Chris: Do que está falando?

Dulce: Coloque a mão na consciência e saberá

Chris: Você prometeu nunca mais tocar nesse assunto... A Luíza sempre foi e será importante na minha vida

Dulce: Não foi assim quando soube que eu a esperava... Pelo menos não sou só eu que não cumpro com minhas promessas *irônica*

Chris: Não me deixe Dul... Eu quero ficar com você

Dulce: NÃO QUERO NADA QUE VENHA DE VOCÊ... NADA *empurrando-o*

Chris: DULCE PARA! VAI ACABAR MACHUCANDO A MARIA! NÃO ESTAMOS SOZINHOS... ESTÁ ASSUSTANDO A MENINA

Dulce: Tudo isso é culpa sua... Sua... Veja... A Luíza é apenas um bebe... Não tem culpa de nada... Não deveria estar ouvindo tudo isso... Me dá ela Chris,
estou pedindo *vendo os olhinhos da filha cheios de lágrima e um biquinho de choro no rosto* Me deixe ir

Chris: Pega *passando a menina pra mãe depois de beijar a testa da filha* Não precisa sair... Eu saio... Mas eu vou voltar quando estivermos mais calmos...
Não podemos deixar as coisas assim mal resolvidas... Eu te amo e não vou desistir de você... Se cuida e qualquer coisa me ligue... Tchau filha, papai te ama e
vai voltar e não vai deixar que nada de ruim te aconteça... Te amo, pequena sereia *deixando uma lágrima cair*

Assim que a porta se fechou aquela Dulce corajosa e dura deu lugar a uma mulher desesperada e sem rumo. Seu mundo estava caindo por terra e sua amada família que
há menos de 24 horas era a mais perfeita do mundo já não existia mais. Sua cabeça dava voltas sem saber direito o que pensar. Ela chorava abraçando forte a filha,
ainda assustada pela discussão dos pais mesmo sem saber o que acontecia ao seu redor. Como prometeu, Christopher pegou algumas poucas roupas e jogou numa mala
deixando a casa arrasado. Não sabia que caminho tomar... Sentia-se o pior homem do mundo por ter traído a mulher que por ela seria capaz de dar a própria vida
“como pôde ter sido tão cafajeste? Como seria capaz de magoá-la?” *perguntava-se*. Sua culpa maior era por saber que a mulher nunca, jamais merecia tamanha traição
e o medo maior era que ela não o perdoaria como das outras vezes... Quando se tocou já estava estacionando em frente ao seu antigo prédio onde morava antes de mudar
para a casa onde vivia até poucas horas. Entregou o carro nas mãos do manobrista e subiu. Ao entrar no lugar sentiu-se ainda pior... Cada ambiente ali lembrava
Dulce... Tudo continuava do mesmo jeito de quando moravam lá. O cheiro doce do perfume da moça era exalado por todo o lugar. As paredes azuis, sua cor preferida...
A sala de tv com almofadas jogadas no chão. Os porta-retratos sempre com fotos inusitadas... A decoração escolhida a dedo por ela... Não, ele não suportaria ficar
ali. Pegou a mala novamente e deu meia volta... Desceu as escadas correndo e entrou novamente sem destino no carro. Dessa vez o seu desespero o levou a tocar na casa
do amigo, sempre pronto a ouvi-lo e ajudá-lo...

Poncho: E aí cara... Está perdido? *surpreso ao ver o amigo sem aviso*

Chris: Não *forçando um sorriso* Posso entrar?

Poncho: Não... Fique plantado aí fora! Dãã, precisa perguntar?

Chris: A Any, cadê? *sentado no sofá*

Poncho: Foi levar a Isa na natação... Hoje era o dia dela acompanhar... Sabe como é ne? Tem que revezar nas atividades... Quer beber alguma coisa?

Chris: Um wisque, por favor... Sem gelo

Poncho: Credo! A essa hora da manhã? Desse jeito não chega aos 30 ein!

Chris: Fiz merda Poncho *recebendo o drinque*

Poncho: Grande novidade!

Chris: Dessa vez foi sério cara... Eu sou um monstro!

Poncho: Caramba... o que houve? Matou alguém?

Chris: Matei qualquer chance de ter uma vida feliz ao lado da minha família

Poncho: Do que está falando? Está me assustando... Desembucha de uma vez

Chris: Você vai me odiar... Pode até me socar porque eu mereço

Poncho: Fala logo Christopher *ficando nervoso*

Chris: Eu traí a Dulce *envergonhado*

Poncho: O QUE? *engasgando com o suco que tomava*

Chris: É... Eu sou um idiota, um cafajeste... traidor... Tudo! Joguei tudo pro alto Poncho e agora não sei o que fazer... Minha vida não existe sem a Dulce nem
a Luíza

Poncho: Cara que idiota você! Nunca pensei que fosse capaz de tamanha insanidade! Logo com a Dulce cara que você diz amar tanto

Chris: E amo... amo como nunca amei ninguém nem jamais vou amar

Poncho: Então porque tinha que traí-la? Isso não significa amor... Estou decepcionado com você Chris... Eu sei que você é meu amigo, mas a Dulce também é
e ela não merece isso

Chris: Eu sei... Eu sei... Que droga! Porque eu tinha que ceder... Eu me odeio!

Poncho: Ceder? Do que está falando?

Chris: Da pior parte... Trair a Dulce foi uma mancada, mas o estrago maior foi que...

Poncho: Que?
-
Chris: Foi com a Victoria

Poncho: Victor... A VICK, SUA PRIMA?

Chris: É...

Poncho: Mas você é burro mesmo ein! Christopher, o que eu pensou que estava fazendo cara?

Chris: Eu não sei o que me deu... Eu juro que não queria

Poncho: Por acaso pensa que ainda é aquele adolescente de antes? Tem uma família... ou melhor, tinha

Chris: Eu não planejei nada... Aconteceu... Estávamos sozinhos... Bebemos e pronto...

Poncho: E a Dulce onde estava?

Chris: Passou a noite na casa da mãe dela

Poncho: Espere aí... Isso quer dizer que além de trair sua mulher você o fez dentro da própria casa? Só não me diga que também foi no...

Chris: Foi *ainda mais envergonhado* Não me olhe com essa cara... Eu vim aqui pra desabafar com você... Estou arrependido Alfonso... Eu preferia morrer à repetir
a cena da Dulce nos pegando no flagra

Poncho: Eu posso até te ajudar Chris... Somos amigos, mas você não pode me pedir pra não ficar espantado nem chateado com tudo isso... Cara, é a Dulce... Você tem
noção de que pode ter perdido-a pra sempre?

Chris: Pior que tenho... Ela não vai me perdoar... Tenho certeza... Minha vida acabou Poncho... acabou quando deixei aquela casa *chorando*

Poncho: É bom que se arrependa mesmo... Se quer saber você tem que sofrer sim as conseqüências dos seus atos, mas estou aqui para te ajudar... Eu sei que você
errou feio, mas sou seu amigo e não tenho o direito de te julgar nem de te virar as costas

Chris: Obrigado Poncho... Você é e sempre será o irmão que eu não tive *enxugando o rosto com as costas da mão*

Poncho: Apesar de você ser um cabeçudo burro eu também te considero um irmão. Agora é levantar a cabeça e tentar resolver isso da melhor forma possível. O problema
está aí e não dá para fugir dele... Você vai ter que ser forte e encará-lo, quem sabe até tentar reconquistar a Dulce

Chris: Você acha que ela vai me perdoar?

Poncho: Sinceramente eu não sei... Traição é uma coisa forte Chris... As brigas de vocês sempre foram muitas, mas nenhum motivo chegou a ser tão sério

Chris: Eu não posso desistir... É minha vida que está em jogo e eu vou lutar para tê-la de volta *determinado*

Em casa, Dulce finalmente conseguiu fazer a filha se acalmar e dormir. Estava arrasada, seu coração estava dilacerado. Ver o homem que ela tanto ama nos braços
de outra foi como uma facada em sua pele. A imagem daquela mulher desnuda sobre o corpo de seu marido se materializou na sua frente quando entrou no quarto. Seu
peito se encheu de ódio e a sua reação foi jogar tudo que estava ao seu alcance para o alto. A última coisa a ser arremessada foi um jarro direto num enorme quadro
que havia na parede de frente à cama onde apareciam os dois num desenho preto e branco... Gritou pela empregada, que subiu correndo para atendê-la...

Amparo: Chamou senhora? *assustada ao entrar no quarto e ver a bagunça*

Dulce: A Angelita, cadê? *séria*

Amparo: Foi ao mercado, senhora... Precisa de alguma coisa?

Dulce: Preciso que me ajude a tirar essa cama daqui... Chame alguém... Um caseiro... jardineiro.... o que for, mas quero essa cama fora daqui agora mesmo

Amparo: Sim senhora, mais alguma coisa?

Dulce: Quero que toque fogo quando a levar... Não quero que reste uma esponja sequer *enérgica*

Amparo: Mas senhora, é uma cama novinha

Dulce: Não quero saber... Quero que a queime... Ou melhor, eu faço questão de fazer isso... Vá logo, chame alguém

Amparo: Como a senhora quiser

Dulce: Ah, mas uma coisa... A partir de hoje o Christopher e qualquer pessoa que venha a mando dele estão proibidos de colocar os pés nessa casa entendeu?

Amparo: Sim, dona Dulce

Dulce: E se ele insistir pode chamar a polícia (o.O eita!)

Amparo: Sim, senhora

Dulce: Pode ir... não demore

Amparo: Com licença

Dulce: Inferno! Que ódio eu tenho de você Christopher! Ódio!