Fanfic: Amor a Mil Por Hora | Tema: Vondy *-*

Ao final da música eram poucas as mulheres que não choravam emocionadas pela homenagem. Anahí soluçava abraçada com a filha, que não entendia nada e secava o
rosto molhado da mãe e foi assim até que ela se recompôs. Alguns minutos depois vários amigos já tinham ido embora e restavam agora apenas os fiéis companheiros
da RBD. Isabel Já estava dormindo no seu quartinho e Dulce segurava a esperta Maria, que mesmo com o passar das horas não tinha pregado os olhinhos, para alegria
do pai. Mimos e paparicos não faltavam para a garotinha...

Maite: Ah está tão esperta minha afilhada

Christian: Por falar nisso quando vai ser a festa de arromba do batizado?

Dulce: Ah não sei *olhando para Chris*

Anahí: Tem que ser logo.. Não vão enrolar que nem fizemos com a Isa

Poncho: Isso mesmo

Chris: Por mim podemos fazer quando quiser Dul

Dulce: Vou ver uma data na igreja e aviso a vocês...

Christian: Minha gatinha tem que ser batizada em grande estilo ein! Primeira vez que vou ser padrinho... não é para qualquer um não

Anahí: Larga mão de ser convencido!

Chris: Galera, a conversa está maravilhosa, mas eu tenho que ir... Amanhã tenho que acordar cedo... Vou aproveitar nossas férias e viajar

Maite: Viajar?

Poncho: Como assim? E os nossos planos de jogar?

Anahí: Vai viajar pra onde? *olhando para Dulce, que desviava o olhar*

Chris: Pertinho... Acapulco. Há muito tempo não vou lá na minha casa... Vou ver como está tudo... Quero ficar um tempo sozinho lá...

Maite: E quando volta?

Chris: Não sei... Acho que dentro de uma semana... Não vou agüentar mais que isso

Anahí: Vai nos abandonar *fazendo bico*

Christian: Ah se fosse você não ia... Deixar essa gatinha aqui sozinha?

Dulce: Ela não vai ficar sozinha *aborrecida*

Christian: Foi só um modo de dizer... Enfezadinha *apertando o queixo dela*

Chris: Bom, vou lá... Galera... Valeu mesmo por tudo que têm feito por mim... Por me agüentar... segurar minha onda quando eu mais preciso...
Mais que amigos vocês são meus irmãos *Dulce coçava o nariz de cabeça baixa, mania que tinha quando estava nervosa*

Poncho: que isso cara... estamos aqui para quando precisar...

Anahí: Porque está falando assim bebe? *abraçada com ele*

Chris: Sei lá... Sabe aquela vontade que dá de dizer para a pessoa que você a ama? Então... Senti vontade de dizer... ou melhor, de lembrá-los que os amo muito!
E que sempre vão estar aqui no meu coração *visivelmente emocionado*

Christian: Acho que tomou vinho demais!

Maite: Ah que bonitinho *abraçando Chris*

Anahí: Não fique triste bebe... Nós também te amamos

Poncho: Pode ficar tranqüilo que nós cuidaremos das duas princesas *cochichando no ouvido do amigo*

Chris: Obrigado gente... Eu ligo para vocês quando chegar lá... *se despedindo de cada um com um beijo e um abraço forte*

Christian: Não vai se despedir da Dulce? *gaiato*

Dulce: Não precisa... ainda vamos nos ver amanhã... *séria* Também estou indo... Já está tarde...

Chris: Eu levo vocês até em casa

Dulce: Não precisa... Estou de carro

Chris: Eu acompanho...

Dulce: Não precisa!

Poncho: O Chris tem razão Dul... Já é madrugada, não é seguro andar pela rua sozinha

Dulce: Não vou a pé... Não exagerem

Anahí: Dul, deixa de ser cabeça dura! O que tem ele te acompanhar?

Chris: Não discuta... Eu te acompanho e pronto *pegando a bolsa da filha deixando-a sem opção* Tchau gente... Até quando Deus quiser!

Anahí: Credo cabeção! Não diga besteiras...

Mesmo contrariada Dulce não teve outra alternativa a não ser concordar que Christopher seguisse seu carro até chegar em casa...

Maite: Eu ein! Papo mais sinistro esse do Chris...

Poncho: Que papo?

Maite: Falar todas essas coisas... Parece que estava se despedindo pra sempre...

Anahí: Aaain não fala uma coisa dessas!

...

Em frente ao condomínio de Dulce...

Dulce: Pronto... *abrindo um palmo do vidro do carro para falar com Chris que estacionou ao lado*

Chris: Espera... *descendo do carro*

Dulce: Eu não vou ficar de papo no meio da rua a essa hora Christopher

Chris: Só vou me despedir da minha filha *abrindo a porta traseira do carro de Dulce. Luíza dormia na cadeirinha com uma chupeta na boca* Boa noite, meu anjo...
Durma com papai do céu... Te amo tanto meu amor... Papai vai morrer de saudades *depois de beijar a testa da criança ele fechou a porta e entrou em seu veículo sem
dizer qualquer palavra para Dulce*

Dulce: Idiota! Vai ignorar a sua mãe... aquela bruxa infarenta! *reclamando enquanto guardava o carro na garagem* Quem ele pensa que é para me ignorar assim? Pára
Dulce Maria *batendo na cabeça* Você não tem que ficar chateada com isso... Ele não significa mais nada para você... Ignore-o na mesma moeda e pronto! Boa noite!
Amém! Vá com Deus e Não volte mais *falando sozinha* Você nem existe mais na minha vida... Vem com a mamãe filhinha... Hoje vamos dormir juntas... Mas não se acostume
viu? É só hoje porque a mamãe está carente...

Era exatamente 7:55 da manhã quando Christopher chegava à casa de Dulce e a aguardava na sala enquanto brincava com Yumi...

Chris: Oi campeã... Você está enorme ein preta... Sentiu minha falta? Também senti a sua... Boa menina...

Dulce: O que faz aqui dentro Yumi? *descendo a escada, vestia um robe de seda azul marinho que ia até os pés, os cabelos estavam presos com uma piranha deixando
apenas a franja solta* Já disse para não entrar... Vá para fora menina... Angelita? Leve a Yumi daqui...

Chris: Bom dia *levantando-se*

Dulce: Bom dia *seca*

Chris: Cheguei antes da hora marcada... Estava ansioso

Angelita: Bom dia Chris... Vem Yumi *levando a cadela*

Chris: Oi Angel *cumprimentando-a* Cuide bem da minha pequena ein... Vou ficar fora vários dias

Angelita: Pode deixar... Boa viagem... *saindo*

Dulce: Por que todo mundo fica mandando os outros cuidarem bem da minha filha? Por acaso eu não faço isso? *irritada*

Chris: Do que está falando?

Dulce: Pensa que eu não vi o Poncho falando pra você ontem que cuidaria da Luíza?

Chris: Ele falou que cuidaria das duas

Dulce: Da no mesmo

Chris: É só uma força de expressão Dul... É claro que você cuida bem da Luíza e eu nunca duvidei disso... Sempre soube e comprovo a cada dia que a minha filha
não poderia ter uma mãe melhor

Dulce: Fala isso para me agradar

Chris: Falo porque é verdade

Dulce: Também não me interessa...

Chris: E a Luíza cadê?

Dulce: No quarto... Lave as mãos antes de subir... Estava brincando com a Yumi

Chris: Posso subir?

Dulce: Tem outro jeito?

Depois de lavar as mãos o rapaz subiu para o quarto que sabia perfeitamente o caminho. Tudo estava do mesmo jeito de quando deixou a casa naquela trágica manhã.
Dulce o deixou com a filha e foi tomar banho. A pequena ainda vestia um pijama cor de rosa que cobria os pezinhos e tinha desenhos de ursinhos bebes. Chris a pegou
no colo e ganhou de cara um largo sorriso, que para ele era melhor que qualquer presente. Amava aquele pedacinho de gente mais que tudo nessa vida e ela só tinha três
meses, os três que deveriam ser os mais felizes de sua vida se não fosse pela maior mancada que já cometera em toda a sua existência...

Chris: Está feliz de ver o papai pequena sereia? Sabia que vou ficar uns dias longe? Ah minha filha como queria ver o seu sorriso de novo todas as manhãs...
Desculpa seu pai, meu amor... Só Deus sabe o quanto estou arrependido de ter feito o que fiz... Será que um dia vou conseguir ter nossa família de volta? Eu te
prometo que jamais vou desistir ouviu bem? Nunca! Porque você e sua mamãe são as duas pessoas mais importantes que existem *falava com a neném como se esperasse
dela uma resposta que pudesse resolver todos os seus problemas. A garotinha inocente sorria graciosa para o pai babão* Hum... Parece que alguém aqui fez uma cáca...
Será que o papai ainda sabe trocar a fralda da neném? Vamos ver... Argt! Credo Maria... Você não era assim *vendo o estrago na fralda* Quanto cocô... Vai ter que
tomar banho sua fedorenta! Será que a mamãe não vai ficar brava? Bom, se ficar é uma boba... Vamos tomar banho rapidinho pro papai não se atrasar...

Quando Dulce entrou no quarto não viu sinal de Chris nem de Luíza, mas ouviu a voz do ex-marido vindo do banheiro e caminhou sem fazer barulho. Parou de pé na porta
e ficou observando os dois. Chris continuava com a mesma falta de habilidade de sempre com a filha, mas se esforçava para cuidar bem da pequena. O piso do banheiro
estava todo molhado assim como a camisa amarela que ele vestia. A mulher sentiu um aperto forte no coração ao rever aquela cena e não pode evitar que seus olhos se
enchessem de lágrimas. Percebendo que Chris havia acabado ela tratou de sair dali antes que ele a visse e voltou em seguida, já recomposta, quando ele acabava de
escolher uma roupa nada a ver para a menina...

Dulce: Com essa roupa ela vai morrer de calor *vendo Chris escolher uma calça e uma blusa de mangas compridas para vestir na menina quando o dia lá fora era de sol
e caloroso*

Chris: Ah... Eu nem ia escolher essa mesmo... Que tal essa?

Dulce: Muito grande

Chris: Essa?

Dulce: Pequena demais, era de quando ela era recém nascida... Deixe que eu escolho *abrindo outra gaveta*

Chris: Dul *segurando a mão da mulher*

Dulce: O que? *tentando soltar, mas ele a segura novamente*

Chris: Independente do que vir acontecer daqui para frente e mesmo que você nunca me perdoe não esqueça que pode contar comigo para o que precisar...
Nem que seja só como pai da sua filha... Um amigo

Dulce: Porque está dizendo isso?

Chris: Pra que você não esqueça

Dulce: Chris, quero que entre a gente haja no mínimo respeito... Não é porque não estamos mais casados que não podemos manter um relacionamento saudável...
Eu sei que eu estou sendo muito grossa com você, mas eu também sei que minha raiva vai passar e vamos ser pelo menos amigos

Chris: Se não posso ter você como antes o que tenho a fazer é tentar seguir em frente, por mais que me doa... Quero que saiba que sempre vou estar te esperando

Dulce: Eu acho que a gente tem que estar em paz pelo bem da nossa filha

Chris: Concordo com você e por mim ela nunca vai se decepcionar dos pais

Dulce: Por mim também não

Chris: Posso te dar um abraço? *depois de alguns segundos em silêncio ela responde*

Dulce: Pode...

Chris: Eu te amo... *abraçando-a forte, como sempre o fazia. Dulce estremeceu ao sentir aqueles braços enlaçarem de novo seu corpo pequeno. Como sentia-se segura
com aquele homem e como era grande o seu desejo de tê-lo de volta*

Dulce: Chega... *afastando-se* Pronto, já escolhi a roupa...

Chris: Caramba! Jasão quase 9 horas... Já deveria estar à caminho do aeroporto... Olha meu estado *todo molhado*

Dulce: Acho melhor se trocar

Chris: No carro eu me viro... Vem cá meu amor *pegando a filha ainda pelada no colo* Papai vai ter que ir... Promete que vai ser uma boa menina,
não vai ser mal criada e que vai obedecer a mamãe *Dulce ri do jeito engraçado que Chris falava* Ah princesa, vou morrer de saudades *apertando-a
contra seu corpo* Posso levar aquele álbum de fotos dela?

Dulce: Qual deles?

Chris: O mais recente

Dulce: Esse aqui? *pegando um álbum de capa rosa com pelúcias e o nome da filha gravado em letras vermelhas*

Chris: é... Pra eu matar pelo menos um pouco a saudade

Dulce: Pode, mas não vá perder

Chris: Ok, pode deixar... Pega ela antes que eu desista de ir de vez

Dulce: Vai perder o vôo... *pegando a filha*

Chris: Bom, deixa eu ir... Tchau... Cuide-se e não deixe de me avisar sobre qualquer coisa que seja... Eu volto correndo

Dulce: Não vai ser preciso

Chris: Eu vou te ligar todos os dias para saber dela...

Dulce: Tudo bem...

Chris: Tchau de novo... É... *aproximou-se rápido e sorrateiro roubando outro abraço da mulher, mas dessa vez com a filha entre os dois. Saiu batido
antes que ela desse mais uma bronca deixando-a com um sorriso no canto da boca abraçando forte a pequena Maria*

Depois que Chris saiu Dulce foi vestir a filha. Estava triste, mas ao mesmo tempo estava gostando da idéia que Christopher teve de se afastar, quem sabe
assim não seria mais fácil esquecê-lo? Pegava a escova para pentear os cabelos da menina quando viu um envelope estranho no berço da neném. Era amarelo e
não tinha remetente. Ela abriu depois de observar o papel por fora. No envelope havia uma folha dobrada em dois lados e ao abri-la ela reconhecia com perfeição
aquela grafia de menino-homem. Chris nunca fora bom com as letras, que mais pareciam garranchos de criança no pré-escolar. Ela sorriu ao lembrar rapidamente das
vezes que o zoava pela letra que tinha. Cheirou o papel e sentiu o perfume forte e com aroma de madeira, o preferido dele. Por um instante pensou em rasgar a carta
sem ler, mas desistiu à um passo de rasgá-la. Começou a ler devagar e era como se escutasse a voz grossa e rouca do rapaz pronunciando cada uma daquelas sílabas...

“ Eu te desapontei e te decepcionei... E eu me sinto tão culpado por isso. Eu sei que coloquei um fim quando tudo estava apenas começando. Tomei sua alma durante
muitas noites e talvez isso tenha acabado. Você toca meu coração, tocou minha alma. Você mudou minha vida e meus objetivos e compartilhamos sonhos. Conheço-te bem,
conheço o seu cheiro. Adeus meu Amor. Adeus minha amiga. Você é e sempre será a única para mim. Quando você seguir em frente, lembre-se de mim, lembre-se de nós e
tudo que costumávamos ser. Eu te amo, juro que é verdade. Estou tão vazio... Não posso viver sem você” Do seu sempre Chris

A mulher leu e releu aquelas poucas palavras repetidas vezes buscando uma explicação para tudo aquilo. O choro inevitável molhava seu rosto de menina e as mãos
trêmulas seguravam o papel também molhado pelas lágrimas. Por mais que o quisesse longe e o odiasse naquele momento, seu desejo era de sair dali e correr até o
seu grande amor e dizer para que ele voltasse para o seio da sua família, família que os dois construíram juntos passando e superando momentos difíceis, mas sempre
inabaláveis. A reação que teve foi de sair correndo para seu quarto e se jogar na cama entre os travesseiros e chorar, chorar a tão profunda dor que sentia e o vazio
que tomava de conta do seu peito por se dar conta que nunca voltaria a ser como antes. Enquanto chorava pensava se tomava a decisão certa... Estava a ponto de ligar
para Christopher quando ouviu um choro fino ecoar pela babá eletrônica e saiu correndo em busca do quarto da filha lembrando que a deixara sozinha... No berço a
pequena estava de bruços tentando equilibrar a cabeça de pé vermelha de tanto chorar...

Dulce: Desculpa a mamãe, bebe... *pegando a menina no colo com o coração apertado de vê-la assim*

...

Christopher acabava de desembarcar em Acapulco e seguiu direto para sua casa, sempre cuidada e pronta para receber os donos, já que a nova empregada morava na
casa ao lado. O rapaz desfez as duas malas que levou e em seguida foi caminhar à beira mar. A praia estava tranqüila, já que não era época de férias, o que facilitava
o seu passeio não interrompido por fãs e seguidores... Tudo que ele mais queria naquele momento era ficar sozinho...

-
O sol já tinha se recolhido e dado lugar a uma prateada lua nova. Chris tinha ligado para os amigos como prometera e agora falava com Dulce ao telefone...

Chris: A Maria, como está?

Dulce: Bem

Chris: E o resfriado?

Dulce: Já sarou... Chris...

Chris: O que?

Dulce: Porque não me entregou você a carta?

Chris: Ah, a carta... Esqueci

Dulce: Está mentindo

Chris: Tá... Eu não tive coragem

Dulce: E porque tudo isso? Parece que não vai voltar nunca mais

Chris: Coloquei no papel apenas o que estava sentindo... é isso

Dulce: Humm...

Chris: O que achou?

Dulce: Normal *mentindo*

Chris: Isso eu encaro como uma resposta boa ou ruim?

Dulce: Como quiser... Chris, não vem começar tudo de novo *fugindo do assunto* Não faça mais isso

Chris: Desculpa

Dulce: Vou desligar... Tenho que ver umas coisas ainda antes de deitar

Chris: Ok... Boa noite... Amanhã se der eu ligo

Dulce: Boa noite

Chris: Eu te amo *diz antes que Dulce colocasse o telefone no gancho*

Dulce: Ah Dulce Maria... Afaste esses pensamentos da sua cabeça... Droga! Mas que raio de poder esse homem exerce sobre mim? Eu tinha que estar odiando-o com
todas as minhas forças *o telefone toca* Ah não acredito que ligou de novo... Alô *de um jeito grosso*

Anahí: Nossa!

Dulce: Ah... Oi Any, desculpa pensei que fosse o...

Anahí: Chris?

Dulce: Não comece, Anahí
-
Anahí: Era com ele que você estava falando agora?

Dulce: Como você sabe?

Anahí: Poderes sobrenaturais *rindo*

Dulce: HÁ HÁ HÁ!