Fanfic: Amor a Mil Por Hora | Tema: Vondy *-*

Dulce: Preste atenção no trânsito aí hein!

Poncho: Ninguém atende...

Anahí: Tente de novo

Poncho: Alô? Chris?

Pessoa: Não... É que...

Poncho: Desculpa, liguei errado *desliga* Nossa acho que disquei o número de outra pessoa... Alguém atendeu... Tinha barulho de sirene de bombeiro... Eu hein!

Anahí: Liga de novo Poncho

Poncho: Calma baby... *discando* Alô... Chris?

Pessoa: Não.. espere, não desligue

Poncho: Quem está falando?

Pessoa: Aqui é um para-médico... Desculpa está atendendo, mas o dono desse celular acabou de sofrer um acidente e o estado dele é muito grave... O senhor é da
família? *ao ouvir aquela informação Poncho brecou o carro cantando pneus, jogando os passageiros para frente e para trás num segundo*

Dulce: ESTÁ LOUCO? VAI NOS MATAR *segurando forte a filha, verificando se a afilhada também estava bem*

Anahí: Amor, o que foi isso?

Poncho: É... *pálido, sem conseguir falar*

Anahí: O que houve? Poncho? *vendo que ele não estava bem* Alfonso!

Poncho: O C-Chris...

Dulce: O que tem ele?

Anahí: Fale Alfonso!

Poncho: Parece que... Não... ele sofreu um acidente

Dulce e Any: O QUE?

Dulce: Que acidente? Está de brincadeira?

Poncho: Eu não brincaria com a vida do meu amigo

Anahí: O que falaram? Me dá o telefone... Alô? Alô? Droga, desligaram... O que te falaram Poncho? Fala caramba!

Poncho: Eu não entendi direito, mas parece que era um médico, não sei... disse que o dono do celular tinha sofrido um acidente agora e que estava mal

Dulce: Tem certeza que discou certo? *pegando o telefone e olhando o número* É o do Chris mesmo...

Anahí: E agora?

Poncho: Vou chamar de novo... Espera *ligando*

Dulce: Deixa que eu falo *arrebatando o aparelho* Ta chamando... Alô? *ouvia barulho de sirene ainda mais alto* Por favor, quem fala?

Pessoa: Ainda bem que ligou novamente... É familiar do dono desse aparelho?

Dulce: Sim, quero dizer não... Sim, sou esposa dele... O que aconteceu? Pode passar pra ele?

Pessoa: Infelizmente agora é impossível... Pode me informar o nome dele? Está sem nenhum tipo de documento

Dulce: Como não pode falar? O que houve com ele, moço?

Pessoa: Olha, vou ter que desligar... O Rapaz está com rosto irreconhecível e será um milagre se sobreviver... Estamos levando-o para o Hospital Regional...
Compareça com documentos, por favor... *desliga*

Anahí: E então? *Dulce tremia*

Dulce: O que será que aquele cretino fez dessa vez?

Poncho: O que disseram?

Dulce: Que está muito mal... Que está sem documentos de identificação *em choque*

Anahí: Mas o que aconteceu, caramba? Fala de uma vez!

Dulce: EU NÃO SEI! Alguém que atendeu disse que sofreu um acidente e que ele estava sendo levado para o hospital... Pediu que levasse documentos e desligou...
Droga! Agora não atende mais *discando novamente*

Anahí: O que faremos?

Poncho: Vamos pra lá

Dulce: Eu não vou

Anahí: Como?

Dulce: Eu não vou *ressentida*

Poncho: Avisamos aos pais dele?

Anahí: Claro! Ai meu Deus... Proteja o Chris...

Dulce: Any você também vai?

Anahí: Claro! Mas não vou levar a Isa... Vamos Poncho... passe em casa que vou deixá-la com a Alice

Dulce: Tá... Quero que me dêem notícias... Como farão para ir? *estavam todos atordoados com a notícia*

Poncho: Bom, a essa hora da noite não deve ter passagem disponível para vôo agora... A única saída é um táxi aéreo (uuuuuii Ponchito poderoso)

Dulce: Ok... Dividimos a despesa então

Anahí: Que isso Dul... Não é hora para pensar nisso... O importante é que o Chris fique bem... (uuuuuii Any mais poderosa ainda)

Poncho: Já que não quer ir te deixo em casa e partimos... Any liga pra minha mãe ou pra sua e pede pra uma delas dormir lá em casa... Não quero que a Isa fique
sozinha com a babá

Anahí: Tá... Para quem está ligando Dul?

Dulce: Para o Vitor... Vou avisá-lo... Apesar de tudo ele ainda é a única pessoa que vale a pena naquela família... Faço isso por ele

Depois de deixar Dulce em casa Poncho seguiu direto para seu apartamento onde deixou a filha, partindo em seguida, na companhia de Anahí, para o aeroporto onde
se encontraria com Vitor e Alejandra, como combinaram quando Dulce o ligou. O casal chegou no lugar de onde partiriam direto para Acapulco quando os pais de
Christopher já os aguardavam prontos para decolar num jatinho alugado. Anahí não gostou nada da companhia de Alejandra, Vick, que já fora sua amiga em tempos
de outrora, mas desde o que fizera com o casamento da sua melhor amiga, a loira não a considerava mais nem fazia questão de esconder que tomava as dores de Dulce,
mas aquela não era a ocasião para pensar em nada além do estado de saúde do amigo. Em casa, Dulce já não sabia se a decisão de não acompanhar Any e Poncho tinha
sido a mais correta. Enquanto a razão dizia que ela teria que se manter longe de Chris o seu coração a levava para o caminho oposto e o arrependimento tomara conta
de si fazendo-a se sentir a pior pessoa do mundo...

Dulce: Que idiotice... Antes de tudo ele é uma pessoa... Um ser humano... É meu amigo... Pai de minha filha... Ah você é uma tapada mesmo Dulce Maria *falando sozinha
enquanto dava voltas pelo quarto* Agora fique aqui assim sem saber o que realmente está acontecendo... E se ele precisar de mim? Ah não... Pra que ele precisaria?
*numa batalha contra a própria consciência* Já estão lá seus pais... É... melhor eu ter ficado... *o telefone toca, ela corre para atender*

Dulce: Alô *agoniada*

Maite: Dul... Como você está? *já sabia do ocorrido*

Dulce: Mal... Péssima, se quer saber *nervosa*

Maite: Acabei de ficar sabendo do que houve... O Pedro me ligou

Dulce: Eu o avisei...

Maite: E agora?

Dulce: E agora o quê?

Maite: O que você vai fazer?

Dulce: Não sei May... Estou com medo *com voz trêmula*

Maite: Vai ficar tudo bem, você vai ver... O Chris é forte e vai sair de mais essa

Dulce: O homem disse que ele estava mal... E se...

Maite: Shiiiu, não pense besteiras

Dulce: Besteira eu fiz quando não quis ir com a Any e o Poncho... Que burra! Agora estou aqui morrendo sem saber o que fazer

Maite: Quer que eu vá até aí ficar com você?

Dulce: Não precisa... Vou ficar bem... Daqui a pouco a Any deve me ligar... Prometeu que assim que tivesse alguma notícia me ligaria... Pela hora que ela me ligou
quando estavam embarcando já devem ter chegado lá

Maite: Se quiser é só falar... Não quero te deixar sozinha

Dulce: Obrigada May...

Maite: Tem certeza?

Dulce: Tenho... Vou dormir com a Luiza... Ou melhor deitar, porque dormir eu sei que não vou conseguir.... Que droga May... Seria tão mais fácil se eu não o...

Maite: Amasse? *interrompendo-a*

Dulce: Não! Quer dizer sim... Ah já não sei

Maite: Não tente enganar-se Dul... Eu sei, aliás eu vejo que você ainda o ama

Dulce: Amo! Amo com todas as forças do meu coração *chorando* E se quer saber, a minha vontade é de estar lá do lado dele

Maite: O que te impede de fazer isso?

Dulce: Não vou voltar atrás na minha decisão... Acabou... Não existe mais nós dois

Maite: Se você o ama porque tem que fugir desse amor? Tá... não vou repetir pela milésima vez que ele errou, mas que merece um perdão

Dulce: É difícil pra mim May

Maite: Eu sei, minha querida... Vou ter que desligar... Me ligue assim que a Any der notícias

Dulce: Tá... Tchau... beijo!

Assim que desligou o telefone Dulce foi até o quarto da filha onde a pequena já dormia serenamente em seu berço. Pegou a criança no colo, não sem antes derramar
algumas lágrimas enquanto observava a sua pequena dormir ali tão frágil, tão inocente sem sequer imaginar que seu pai estava entre a vida e a morte. No percurso
que fazia caminhando com a filha até o seu quarto Dulce tomou uma decisão. Aconchegou a menina no meio da cama, em volta colocou vários travesseiros e saiu deixando
apenas a luz do banheiro acesa com a porta aberta. Já passava das 4 horas da madrugada. Na sala, Dulce ainda aguardava ansiosa a prometida ligação de Anahí que nunca
vinha...

No Hospital...
Alejandra: Tudo acontece com o Luis... Não contabilizo quantas vezes já estive num hospital por causa dele *chorando* (nem eu uauhaahuahauhaua)

Vitor: Vamos ser confiantes... Se ele já se recuperou de outras coisas mais graves, também vai sair dessa

Anahí: Esse médico que não vem nunca... *caminhando nervosa*

Poncho: Calma amor... Ele já vem *massageando os ombros da esposa*

Victoria: Vou pegar um café na lanchonete... Alguém quer?

Alejandra: Vou com você... Essa espera vai me matar *saindo com a sobrinha*

Vitor: Ela tenta se fazer de forte, mas eu sei que está sofrendo...

Anahí: Mãe é mãe não é? Não gosto nem de pensar que alguma coisa de ruim possa acontecer com a Isabel *abraçando Poncho*

Poncho: Nem me fala...

Anahí: A DULCE! PONCHO, NÃO LIGAMOS PARA ELA

Vitor: Como ela está?

Poncho: Magoada com tudo isso... Não quis vir

Anahí: Vou ligar agora... Será que ainda está acordada?

Poncho: Duvido que tenha conseguido dormir... Ela se faz de forte, mas aposto que está morrendo por dentro

Dulce quase cochilava no sofá quando se assustou com o toque do telefone...

Dulce: ALÔ... ANY? E ENTÃO? POR QUE DEMOROU TANTO A LIGAR?

Anahí: Calma Dul... uma pergunta por vez... *aparentemente calma*

Dulce: Fala de uma vez... droga! *nervosa*

Anahí: Ainda não sei de nada Dul

Dulce: Como não? Estão aí há horas

Anahí: Ninguém informa nada... Hospital público sabe como é...

Dulce: Como assim? Hospital público? Não o transferiram?

Anahí: Não falamos com nenhum médico ainda Dul... Como vamos saber se podemos transferi-lo?

Dulce: E vai deixá-lo aí nessa espelunca?

Anahí: Calma Dulce Maria... Também não é assim... Até que é arrumado aqui... Só não nos dão nenhuma informação... disseram que só o médico poderá falar

Dulce: E agora ficamos assim sem notícias?

Anahí: É...

Dulce: Incompetentes

Anahí: Você não sabe quem está aqui *afastando-se de Poncho e Vitor*

Dulce: Quem?

Anahí: A bisca da Victória

Dulce: Era de se esperar, mas não quero saber dela... Any, não deixe de me ligar, por favor

Anahí: Tá... Assim que o médico vier falar com a gente eu te ligo

Dulce: Vou esperar

Anahí: Dul

Dulce: O que?

Anahí: Você não vem mesmo?

Dulce: Não

Anahí: Eu sei que você está doida para vir

Dulce: Mas isso não muda nada na minha opinião *segura* Vou desligar... Acho que ouvi o choro da Luíza

Anahí: Tá. Se cuide e se mudar de idéia estou te esperando

Dulce: Me liga... Tchau *depois que desligou o telefone a frase de Anahi “se mudar de idéia” martelou na sua cabeça e não a deixava em paz. Os primeiros raios
de sol penetrava no quarto de Dulce, que não conseguiu pregar o olho um minuto sequer. Maria ainda dormia de bruços do lado da mãe quando ela resolveu dar um
basta em toda aquela agonia. Levantou-se e seguiu direto para o quarto da filha. Arrumou uma bolsa com fraldas, algumas peças de roupa, produtos de limpeza e
voltou à sua suíte onde fez o mesmo com uma pequena mala. Não se prendeu a nenhum detalhe e em menos de uma hora estava no saguão do aeroporto esperando o vôo
3318 que a levaria direto a Acapulco*

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Aguenta coração, o familia que sofre )):