Fanfic: Amor a Mil Por Hora | Tema: Vondy *-*

Dr Henrique: Existem vários motivos... histórico familiar...

Dulce: não, nas nossas famílias não existe isso.... não que eu saiba

Chris: Nem eu...

Dr Henrique: Mas também pode ser por causa de parto prematuro ou complicado

Dulce: O senhor acha que ele não nasceu em boas condições?

Dr Henrique: Me disseram que ele nasceu no carro... Isso pode sim ter causado... ou não.... Também pode ser por causa de alguma infecção durante a gravidez...
isso os exames mais detalhados dirão

Dulce: Eu não entendo *chorando*

Dr Henrique: Bom, eu vou indicar um especialista e vocês devem procurá-lo imediatamente

Dulce: Quero que o tragam agora mesmo

Dr Henrique: Vou providenciar para que venha atender seu filho, posso chamar o melhor, sim?

Dulce: Já devia ter chamado

Dr Henrique: Não fique assim... Seu filho vai ficar bem... Com licença... depois eu volto para informar sobre o médico

Chris: Posso tirá-lo um pouquinho do berço? Só um pouco

Dr Henrique: Lave bem as mãos com aquela solução ali e pode tirá-lo por pouco tempo

Chris: Obrigado, doutor *cumprimentando-o*

Dr Henrique: De nada... Tenham uma boa noite *sai*

Chris: Dul, não fique assim *abraçando-a forte*

Dulce: A culpa é m-minha Chris... D-devia ter agüentado até c-chegar no hospital assim ele n-não teria nascido d-daquele jeito

Chris: Oh querida não pense nisso... Você não tem culpa de nada Dul *segurando o rosto dela*

Dulce: T-tenho sim

Chris: Ele nasceu na hora que tinha que nascer e pronto. Ele tem um problema e vamos tratar, não vamos procurar um culpado

Dulce: Vai dar tudo certo com nosso menino não vai?

Chris: claro que vai, meu anjo *beijando-lhe a testa* Vamos fazer o que for para que ele tenha uma vidinha saudável

Dulce: Ele não é anormal *ainda chorando*

Chris: claro que não Dul, o médico só se expressou mal

Dulce: Traz ele pra mim?

Chris: Trago, deixa eu lavar as mãos e venho... *vai até o banheiro e volta com as mãos desinfetadas*

Dulce: Com cuidado...

Chris: Oi filhão *pegando o menino* Eu sou seu papai... Sabia que eu te ajudei a chegar ao mundo? Pois é garotão! Vamos ver a mamãe agora? Olha Dul...
Ele está acordado *sentando na beirada da cama*

Dulce: Me dá ele...

Chris: Vai com a mamãe... *entregando*

Dulce: Ele é tão pequeno... Tão frágil... Não consigo imaginar que ele não pode nos ouvir Chris *voltando a chorar*

Chris: Não chore mais Dul... Temos que aceitar agora e olhar para frente... Buscar a melhor forma de ajudá-lo

Dulce: Queria pensar assim como você, mas não consigo

Chris: Estou aqui para te ajudar

Dulce: Não dá para olhar ele assim e imaginar que não pode ouvir o que falamos... E quando crescer?

Chris: Quando crescer ele vai estar ouvindo porque vamos tratar nem que tenhamos que ir até o fim do mundo

Dulce: Você acha que ele vai ficar bom?

Chris: Tenho certeza... E vai ser um garoto esperto, inteligente, jogador de futebol e pegador de todas as menininhas

Dulce: Deus te ouça *sorrindo de leve*

Chris: Vem cá... Deita comigo assim... Nós três *aconchegando-se na cama com a mulher e o filho. Dulce colocou João sobre o peito do marido e passou o braço por
cima das costas do neném, ficando assim por vários minutos*

Um bom tempo tinha se passado e os três continuavam na mesma posição. Por vários minutos Chris sentiu as lágrimas quentes escorrerem dos olhos de Dulce e molharem
seu peito. Os dois estavam sofrendo com o problema do pequeno Uckermann, mas Dulce se abalara muito mais por estar sensível ao extremo. Chris viu que ela adormeceu
e de leve se levantou com o filho no colo...

Chris: Ei filhão *falando baixinho* Papai vai te colocar de volta no berço tá? Mas não pode chorar... É filho... homem de verdade não chora por besteira sabe?
Assim de vez em quando a gente deixa umas lágrimas caírem... Mas é só de vez em quando mesmo! Eu te amo tanto, garoto... Você não sabe o quanto significa para mim...
Você, a mamãe e a sua irmã... minha sereia... Amanhã você vai conhecer a sua companheira... é uma pestinha, sabia? *sorrindo* Mas agora é hora do garanhão dormir...
A mamãe já dormiu e o papai precisa trocar de roupa *colocando o bebê no berço* Fique com Deus, meu filho... Eu sei que tudo vai ficar bem e vou fazer qualquer coisa
para que você fique bem *beijou a testa da criança e o deixou ali* E você, meu amor... Descanse bem *selando os lábios dela, depois deixou apenas um abajur ligado e
saiu. Na verdade ele precisava de um tempo sozinho. Precisava desabafar, mas não ali. Não na frente da sua mulher, tão frágil. Na frente dela ele sentia-se na
obrigação de estar bem, confiante e ajudá-la a sentir o mesmo. Mas por dentro ele estava com o coração despedaçado por ver o seu bebê com um problema tão sério
que poderia comprometer toda a sua vida que acabara de começar. Nos corredores vazios e silenciosos ele caminhava devagar até se encontrar numa pequena sala onde
havia algumas velas acesas aos pés de uma imagem de Nossa Senhora de Guadalupe. Ele sentou ali e sem que percebesse chorou, mas foi um choro de desabafo. Um choro
contido, mas que depois ficou intenso. Chris se levantou e saiu dali, mas o choro não cessou. Em sua mente um turbilhão de pensamentos o deixava angustiado...

Distante de onde Christopher chorava, no quarto Dulce fazia o mesmo. Não conseguia dormir. Com esforço ela se levantou e mesmo fraca estava de pé encostada ao berço
do filho observando-o. Em sua imaginação ocorriam várias situações ao mesmo tempo. Pensava em como seria sua vida a partir desse dia. Será que iria conseguir tratar
o filho? Saberia lidar com todo esse problema? Estaria preparada? Ela sabia que sim, não por já ter passado por aquilo, mas por amar aquele ser a ponto de fazer
qualquer sacrifício por seu bem...

Dulce: Meu pequeno... Porque isso tinha que acontecer com você, meu príncipe? Quero que você saiba que a mamãe nunca, mas nunca mesmo vai deixar que nada nem
ninguém te faça qualquer mal... Que o seu dodói vai sarar... E eu e o seu papai vamos fazer tudo para que você fique bonzinho e vai dar tudo certo... Eu sei
que você veio para nos abençoar com sua presença, meu anjo... E quer que saiba que a mamãe te ama agora muito mais do que antes e que se eu tivesse que escolher
entre milhões iria ser você... Porque nenhum é tão lindo quanto você... Nenhum tem o seu cheirinho, nem o seu jeitinho de me olhar apertado... É você, meu filho...
Sempre você, nunca duvide disso... Eu sei que seu pai está sofrendo tanto quanto eu e que ele está bancando o forte só para me ajudar... Quero que quando cresça
você seja que nem ele... Que tenha seu caráter inabalável... Que ame a família acima de qualquer coisa e que seja um homem tão digno quanto ele e você vai ser sabe
porquê? Por que tanto eu quanto seu pai vamos te dar todo amor do mundo e vamos estar presentes em todos os momentos sempre que você precisar...

Quarenta e oito horas haviam se passado desde o nascimento do pequeno João. Aqueles dois dias tinham sido dedicados único e exclusivamente a exames, análises e
avaliações com os melhores especialistas da capital. Ninguém poupava esforços para ajudar o jovem casal a buscar o melhor tratamento para o filho. Dulce e o bebê
ainda ficariam mais uns dias no hospital para concluir todos os exames necessários, a moça só queria deixar a clínica depois de ter certeza de tudo o que iria
acontecer com o menino daqui por diante. Era quase 17 horas e ela conversava com Any e May no quarto...

Anahí: Dul, me dá ele pra mim? *segurando o sobrinho, enquanto ele praticamente engolia o dedo polegar*

Dulce: Sai pra lá... Se quiser um faça! *sorrindo* Se bem que para fazer um igual a esse você e o Poncho precisam de muito arroz e feijão!

Maite: Perdeu a chance de ficar sem essa hein Any *rindo*

Anahí: Tenho saudades de um bebezinho assim... A Belinha cresceu tão rápido

Dulce: Eu já disse... é só fazer!

Anahí: Nem pensar! Uma gravidez já foi de bom tamanho para meu corpinho... Filho agora só se for adotivo *as três riram*

Maite: Que bom que você está mais tranqüila Dul... Estava preocupada com você

Dulce: Agora que sei que meu príncipe vai ficar bem estou mais leve... Desde que ele nasceu não conseguia ficar assim

Anahí: E o que ficou resolvido?