Fanfic: Amor a Mil Por Hora | Tema: Vondy *-*

...
Anahí: Então Dul... Pode me explicar o motivo disso tudo?

Dulce: Eu não vou explicar nada... Seu marido sim tem muito o que explicar *olhando Chris e Poncho se aproximarem*

Anahí: Olha Dul... Você é minha amiga e eu sei que quer o melhor para mim, mas não adianta mais vocês insistirem com isso... Eu já sei onde vai parar

Dulce: Sabe nada... Quero que escute o que o Poncho vai te falar

Anahí: Não quero ouvir mais nada... Já sofri demais e estou cheia disso tudo

Chris: Vamos entrar... Já está tarde para conversar aqui fora

Poncho: Eu vou para minha casa... Droga... E agora como vou?

Dulce: Poncho estou falando sério... Converse com a Any, por favor

Poncho: Eu não... não posso... Quero sair daqui... Droga! Preciso do meu carro! *andando de um lado para o outro*

Chris: Como se eu fosse deixá-lo sair dirigindo nesse estado...

Dulce: Bêbado assim não ia chegar nem na esquina... Está querendo se matar?

Poncho: Creio que faria um favor para algumas pessoas *olhando para Any*

Chris: Não diga besteiras, mané!

Dulce: Você vai dormir aqui

Poncho: Não! Eu quero minha casa!

Anahí: Bom, eu não devia, mas... Eu posso te levar se quiser... Te devo uma carona

Dulce: ISSO! Isso mesmo...

Anahí: Sem compromisso *erguendo as duas mãos*

Poncho: Vou aceitar só porque a voz da Dulce está extremamente irritante! *entrando no carro*

Chris: Toma Dul!

Dulce: Ei você... *segurando Poncho pelo cangote mesmo ele dentro do carro* Por favor... Resolva sua vida...
Não fique chateado comigo... Eu só quero seu bem *beijando-o no rosto* Mesmo você sendo um tapado eu te amo!

Anahí: Se vocês têm alguma coisa para me falar, digam de uma vez... Estou me sentindo como se estivesse sendo enrolada

Chris: O Poncho vai te contar tudo o que está acontecendo... Escuta ele

Anahí: Melhor irmos de uma vez... *dando partida*

Dulce: Cuidem-se... *despedindo-se*

Anahí: E então? O que tanto eles insistem que você me diga?

Poncho: Hum... É... *queria falar para Any tudo que lhe afligia, mas quando tomava coragem
faltavam-lhe as palavras. Um suor frio começou a tomar conta de seu corpo*

Anahí: Está se sentindo mal?

Poncho: Um pouco... *respirando fundo*

Anahí: Quer ir ao médico?

Poncho: Não... Já vai passar... é só um... *não deu tempo dele terminar de falar. Uma força maior o fez parar e
sentir um furacão passar por sua garganta dando-lhe tempo apenas de abrir a porta do carro e vomitar do lado de fora*

Anahí: ALFONSO! *brecando o carro ligeira* Ficou louco? Quer se matar?

Poncho: D-desculpa... Não ia vomitar aqui d-dentro *ainda passando mal*

Anahí: Pega isso aqui... *abrindo o porta-luva, tirando uma garrafinha com água* Vai melhorar

Poncho: Obrigado... Já pode ir...

Anahí: Tem certeza? Posso esperar

Poncho: Sim... não se preocupe... não vou sujar seu carro

Anahí: Pouco me importa o carro... Quero que você fique... fique... *nervosa tentando voltar a frase*

Poncho: Fique?

Anahí: Bom logo *partindo*

Poncho: Vou ficar *estava com a cabeça encostada no banco sentindo-se muito mal. Gotas de suor brotavam na sua testa apesar do ar-condicionado ligado*

Anahí: Chegamos...*parando em frente ao novo prédio que ele morava*

Poncho: Obrigado... Eu...

Anahí: Vem que eu te ajudo a subir *deixando de lado as desavenças* “Deus, o que estou fazendo? Tinha mais é que deixar esse desgraçado morrer!”
*ela pensava enquanto o ajudava a chegar ao apartamento*

Na sala...
Anahí: Tem certeza que não é melhor procurar um médico?

Poncho: Não... Eu vou ficar bem...

Anahí: Você sabe que passa mal... Porque insiste em beber assim?

Poncho: Fala como se eu vivesse enchendo a cara *abrindo a geladeira, bebe água na própria garrafa*

Anahí: Ah que nojo!

Poncho: O quê?

Anahí: Isso aí que está fazendo...

Poncho: Ah... *apoiando-se tonto na mesa*

Anahí: Acho melhor você deitar antes que caia e se machuque *ajudando-o*

Poncho: Any... Eu... *andava apoiado no ombro dela*

Anahí: Diga

Poncho: D-desculpa... *abraçando-a*

Anahí: Eu não quero falar disso *estava nervosa por senti-lo tão perto* Você já tomou sua decisão... Não posso fazer mais nada

Poncho: Você não... n-não merece sofrer m-mais...

Anahí: Pára Poncho... Eu já disse que não quero mais tocar nesse assunto *deitando-o na cama* Você está bêbado... Vai falar um
monte de coisas que amanhã vai se arrepender e do que vai adiantar?

Poncho: Eu n-não estou bêbado... Aai!

Anahí: O que foi?

Poncho: A cama... Pare de girar a cama, por favor... pare!

Anahí: Você que tomou além da conta... Não tem nada girando aqui

Poncho: Fique aqui... Não me deixe sozinho *agarrando-a* Eu não quero... não quero... *chorando*

Anahí: Me solta Poncho... Está... me solta...

Poncho: Não me deixe Any... *agarrado ao pescoço dela*

Anahí: Do que adianta? Amanhã você vai acordar e me pedir que vá embora *com a voz embargada*

Poncho: Eu não quero m-morrer... Você vai me deixar morrer sozinho

Anahí: Cale a boca, estúpido! Morrer só se eu te matar por falar tanta bobagem!

Poncho: Então fica...

Anahí: Tá... eu fico, mas não encoste em mim...

Poncho: Eu quero água...

Anahí: Ah só o que faltava! Agora virei babá de marmanjo... Fica quieto que vou buscar *saindo,
deixando-o deitado de bruços quase dormindo. E foi assim que o encontrou quando regressou. Estava
em sono profundo com um dos braços para fora da cama e a cabeça afundada no travesseiro*

A moça ficou ali por alguns instantes observando-o dormir. Não sabia direito o que fazer, muito menos o que pensar.
O homem que ela mais amou em toda a vida e que ainda o ama estava ali na sua frente tão frágil e sereno, mas ao mesmo
tempo tão distante pelo que ele mesmo estava fazendo destruindo todos os sonhos e planos que um dia fizeram juntos. Enquanto
divagava em pensamentos confusos, Any começou a despi-lo, começando pelos sapatos pretos e lustrados que ele usava, um presente
dela no último dia dos pais. Ela sorriu ao lembrar que a filha passou a tarde usando e brincando com o calçado cinco vezes maior
que seus pezinhos. Jogou longe as meias esbranquiçadas pelo pó anti-chulé depois, com esforço sobrenatural, conseguiu tirar a calça
jeans que ele vestia. A tarefa seria bem mais fácil se ele não estivesse com o dobro do seu peso pelo sono tão pesado. A camisa de
botão e mangas compridas não deu tanto trabalho para tirar e com um pano umedecido na água que trouxe, ela limpou o suor que brotava
no rosto do moreno. Vendo-o ali ela sentiu uma vontade de protegê-lo, de abraçá-lo, de senti-lo seu outra vez, afinal o que ela
desejava naquela hora? Isso mesmo, que ele voltasse a pertencê-la, como fora nos últimos sete anos. Deitou a cabeça sobre o peito
desnudo dele e não parou de pensar até adormecer ali, como uma criança deleitando-se sobre o colo quente e confortável da mãe.