Fanfic: Amor a Mil Por Hora | Tema: Vondy *-*

Poncho: Hum... Dessa vez vai passar ok? E você não faça essa cara de vitoriosa *falando com a mulher*

Anahí: Não falei nada *segurando o riso*

Belinha: Quero ver a Era do Gelo *correndo pelo corredor quando chegam ao nono andar*

Poncho: De novo, filha? Já viu esse filme mil vezes

Belinha: Quero ver, papai... deixa?

Anahí: Eu quero é um banho, um pijama e cama... Estou morta! *se jogando no sofá*

Poncho: Belinha vamos deixar o filme para amanhã... que tal?

Belinha: Ah não... Amanhã a gente ver outra vez... quero ver agora papai... por favor

Anahí: Meu bem, a mamãe tem uma idéia melhor

Belinha: O quê?

Anahí: Quer tomar banho de banheira comigo e com o papai?

Belinha: Hum... Posso levar uma boneca?

Anahí: Pode...

Belinha: Posso levar também o namorado da minha boneca e os filhinhos deles?

Poncho: Hã?

Belinha: É papai... *iniciando uma longa explicação*

Poncho: Quem te ensinou isso Isabel?

Belinha: Ah papai, você não viu no filme? Todo mundo tem um namorado... Quando eu vou ter um, mamãe?

Anahí: Quando você for adulta

Belinha: Vai demorar muito... Quero logo

Poncho: Daqui uns 20 anos você pode...

Belinha: 20 anos é muito ou pouco?

Poncho: Pouco... bem pouquinho

Belinha: Então ta... Eu posso namorar o João?

Anahí: Meu príncipe!

Poncho: Vamos tomar banho que é melhor... E já está na hora de crianças irem para a cama

Belinha: A mamãe disse que é criança e fala igual bebê, mas ela não tem hora pra dormir *reclamona*

Anahí: Essa gatinha está mais esperta que a gente imagina

Poncho: Vamos logo pra esse banho antes que fique mais tarde ainda...

Os dias nos últimos dois meses não foram nada fáceis para a família Saviñon Uckermann. A rotina, aliás,
a falta de rotina de Dulce com relação à família estava deixando o casal bem distante e a relação da mãe
com os filhos também, já que a gravação do cd estava tirando todo o seu tempo e quase nunca ficava com as
crianças, deixando toda a responsabilidade sobre Christopher. As crianças já não viam a mãe com tanta freqüência,
pois ela sempre saía cedo quando eles ainda dormiam e quando voltava tarde da noite, os dois já estavam na cama outra vez.
Essa situação não estava agradando em nada o marido e os filhos sentiam bastante a falta de Dulce. O casal sabia que não estava
sendo fácil e Chris tentava ao máximo compreender a situação, já que sabia da importância que o trabalho tinha para a ruiva e
também por saber que ela sofria tanto quanto ele por estar longe do dia-a-dia dos pequenos. Mesmo com toda a compreensão as discussões eram inevitáveis...
E naquela noite Chris esperava pela esposa agoniado com o seu atraso e com o choro incessante de João...

Chris: Ei fera o que você tem hein? Está sentindo alguma coisa, meu amor? O papai já trocou a fralda, você não está molhado... *verificando* Vamos
jogar enquanto a mamãe chega? *sentando-se de frente ao computador com o menino no colo, mas ele não queria aquilo, na verdade o choro do pequenino
era nada mais que saudades da mamãe*

Angelita: Chris quer que eu tente coloca-lo na cama?

Chris: Eu já tentei, mas ele não quer... Será que está doente?

Angelita: Com febre ele não está...

Chris: Se pelo menos a Dulce chegasse... Se ela não vier logo vou levá-lo ao hospital

Angelita: Ela já deve estar chegando

Chris: Me disse a mesma coisa quando liguei... que chegaria em meia hora... já se passaram quase duas... Que merda!

Christopher acompanhava cada passo do ponteiro maior do relógio na parede, que marcava agora 22:54. João continuava
acordado e choramingava manhoso vez por outra. Estavam no estúdio de Chris, ali era um dos lugares favoritos do menino,
que adorava admirar o pai tocar como se tivesse a música correndo nas veias. E tinha! Chris tocava no teclado uma canção
que compusera para os filhos falando de amor incondicional e eterno, enquanto o menino, deitado no carpete do quarto e
chupando a chupeta escutava a voz rouca do pai esperando a mãe chegar. Passados mais 30 minutos os dois continuavam no mesmo
lugar quando Dulce finalmente chegara em casa. Da garagem ela foi direto para o quarto da filha. Estava vazio. Passou no de
João e também não tinha ninguém lá. Na suíte do casal a mesma coisa...

Dulce: Onde estão todos? *falando sozinha quando ouviu o barulho no estúdio* Ah então já sei..
*caminhou devagar até o lugar e abriu a porta de leve. Admirou por alguns segundos a cena de pai
e filho até ser percebida pelo menino*

João: Mamãe! *levantando-se, caminhou em direção à mulher*

Dulce: Meu príncipe pequenino! *ajoelhando-se para acolher o garoto num abraço cheio de saudades* Que gatão cheiroso da mamãe...

João: Mamãe... *estava feliz agora e não parava de chama-la como se não acreditasse que ela estava ali*

Dulce: Que saudade desse cheirinho gostoso... Boa noite, amor *aproximando-se de Chris para beija-lo*

Chris: Finalmente! *sério* Pensei que não viria dormir em casa hoje *seco sem retribuir o beijo*

Dulce: Tive um imprevisto e fiquei presa na JL... Acredita que tivemos que...

Chris: Chega Dulce ! Chega! Não quero ouvir suas explicações... Aliás, não quero ouvir as mesmas
explicações *pegando João do colo dela, que começa a chorar*

Dulce: Ei! O que está acontecendo? Me dá o menino *caminhando atrás dele*

Chris: Como o que está acontecendo? Por acaso já viu que horas são? *nervoso*

Dulce: Pare de gritar... Está assustando o garoto

Chris: Como se você se importasse com isso *sarcástico*

Dulce: O que está querendo dizer?

Chris: Nada! Não estou querendo dizer nada... Vai tomar um banho vai Dulce Maria... Deixa que eu cuido do meu filho

Dulce: Nosso filho! E porque está me tratando assim? Eu estava trabalhando, não estava me divertindo numa festa

João: Mamãe... *chorando*

Dulce: Me dá o João, Christopher!

Chris: Não! Ele ficou até agora sem você... chorando por você *desabafando* Acha isso justo com ele? Acha?!

Dulce: Mais um motivo para deixa-lo ficar comigo... Deixe de idiotice

Chris: Então você acha uma idiotice uma criança chorar sentindo falta da mãe?

Dulce: Não coloque palavras na minha boca... Não foi isso que eu disse e você sabe muito bem que eu não fiquei
fora de casa de propósito... Puxa Christopher... pensei que você estivesse do meu lado

Chris: Maldita hora que tive a idéia dessa droga de gravadora... Não pensei que isso ia destruir minha família

Dulce: Não destruímos nossa família... Vai passar Chris e já estamos quase...

Chris: Não agüento mais! Por acaso você sabe o que seus filhos têm comido? Sabe como eles têm se vestido...
A palavra nova que o João aprendeu ou as músicas que a Luíza tem começado a cantar? Por acaso você sabe sequer que ela não está em casa?

Dulce: Não faça eu me sentir pior do que já estou!

Chris: Não preciso disso... Você se encarrega sozinha

Dulce: Onde está a Luiza?

Chris: Ta vendo?

Dulce: Onde está a minha filha?

Chris: Foi dormir com a minha mãe... Ela passou aqui e a Luiza quis ir com ela

Dulce: E você deixou sem me avisar? Droga Chris! Não era esse o combinado! Ela também é minha filha e eu preciso saber o que acontece com ela

Chris: Então agora você lembra disso? Pelo amor de Deus Dulce... Você passou o dia inteiro sem sequer fazer uma ligação para
saber se estávamos vivos e agora vem com essa? Me poupe do seu drama!

Dulce: Está falando como se eu não me importasse com vocês

Chris: E você está me fazendo acreditar nisso *sério encarando-a*

Dulce: Precisamos conversar, mas não assim... Deixa eu coloca-lo pra dormir

Chris: Ok... Vai com a mamãe, filho *entrega o menino e sai. Dulce pegou o bebê e o
aninhou até que ele dormisse em seus braços. Depois o colocou no berço e puxou o cordão
de um pequeno brinquedo musical que tocava no alto e deixou a luz do abajur acesa. Procurou
por Chris no quarto, mas o lugar estava vazio. Na sala o encontrou deitado no sofá com as duas mãos na nuca mirando o teto...

Dulce: Um-rum *pigarreando para ser notada, mas Chris não moveu nenhum músculo* Podemos conversar agora? *ela insiste*

Chris: Você acha que temos o que conversar?

Dulce: Acho

Chris: Pois pode começar *sentando-se* Sou todo ouvidos

Dulce: Dá para parar de me tratar assim?

Chris: Assim como?