Fanfic: Amor a Mil Por Hora | Tema: Vondy *-*

...
O dia já passara das 14 horas e Luiza seria levada pra a capital
numa ambulância aérea e Dulce a acompanharia, enquanto Chris seguiria
em outro vôo levando João Fernando e Isabel. No Distrito, Anahí e Alfonso
nem imaginavam o que estava acontecendo com os amigos e almoçavam tranquilamente
num dos tradicionais restaurantes da cidade...

Anahí: Será que eles estão se divertindo bastante?

Poncho: Com certeza...

Anahí: E se a gente ligasse?

Poncho: Você prometeu que deixaria a garota livre... Ela vai ligar quando sentir vontade...
Além do mais eles já vão estar de volta amanhã cedinho

Anahí: É... Melhor assim... Tive uma idéia... Que tal se a gente saísse pra dançar hoje? Há muito não saímos

Poncho: Se você quiser...

Anahí: Quero

Poncho: De repente a gente estica a noite e hum...
Seguimos o conselho do Chris *piscando pra ela*

Anahí: Q-que conselho? *tomando um gole do suco*

Poncho: Amor... Você não acha que já está na hora da Belinha ganhar um irmãozinho?

Anahí: IRMÃO?! *cuspindo todo o suco*

Poncho: Ei! Calma!

Anahí: Desculpa... É que... que me engasguei *limpando a boca com um guardanapo*

Poncho: Está tudo bem?

Anahí: Uhum

Poncho: Any *segurando uma das mãos dela* Posso te fazer uma pergunta e promete que me fala verdade?

Anahí: Que pergunta?

Poncho: Porque não te agrada a idéia de ter outro filho? Não venha com essa história
de corpo e não sei o que... Essa desculpa não cola mais... E além do que você ficou perfeita depois que a Isa nasceu

Anahí: Não quero porque... porque não quero Alfonso... vamos mudar de assunto

Poncho: Amor... Se abre comigo, por favor... Antes de tudo eu sou seu amigo... Fala pra mim...

Anahí: N-não é nada *com a voz embargada*

Poncho: É sim... Sempre que tento falar desse assunto você foge... Eu nunca forcei a
barra porque te respeito... eu sei que tem alguma coisa que você não quer me contar

Anahí: Tudo bem... Podemos ir pra outro lugar?

Poncho: Claro, querida... Onde quer ir?

Anahí: Naquele parque perto da nossa antiga casa

Poncho: Como você quiser...

O parque que Anny se referia era um belo bosque onde havia muitas árvores
e um grande lago rodeado de grama. Era tranqüilo e quase não havia ninguém por ali.
Estavam sentados encostados numa árvore, ela entre as pernas do marido, de costas pra ele,
em silêncio procurando as palavras certas para falar...

Poncho: Amor? *acariciando as mãos dela*

Anahí: Desculpa...

Poncho: Desculpar pelo quê?

Anahí: Por mentir pra você

Poncho: Mentir? Anny você está me assustando *agora sentado de frente pra ela*

Anahí: É.. É que *chorando*

Poncho: Calma... Pára de chorar e me fala... devagar

Anahí: Eu não posso *abraçando-o*

Poncho: Não pode? Não pode o quê? Não pode ter outro filho? É isso? *acolhendo-a*

Anahí: N-não... n-ão é isso *soluçando*

Poncho: E o que é então? Me fala

Anahí: Eu não quero m-morrer... n-não quero

Poncho: Morrer Anny? Porque está falando isso? Você está doente?

Anahí: N-não... a médica... Quando a Belinha nasceu... e-ela me disse que

Poncho: Que? Respira e fala com calma... não chore mais

Anahí: Que se eu tivesse outro bebê seria muito arriscado...
eu posso morrer... eu não quero Poncho... não quero

Poncho: Morrer por quê? Porque escondeu isso de mim?

Anahí: Eu não sei direito... Ela falou que eu posso ter complicações
no parto por causa da minha pressão... Com a Belinha eu tive pouco,
mas um segundo bebê pode ser pior...

Poncho: Anny você não pode esconder as coisas de mim... Do que adiantou
ficar guardando pra si todo esse tempo?

Anahí: Eu não queria te decepcionar

Poncho: Me decepcionar? Anny você me deu a coisa mais importante da
minha vida, que é a nossa filha... como pensa que vai me decepcionar?
É a sua saúde que está em jogo

Anahí: Mas você sempre me falou que queria ter outros filhos...
um menino e eu... eu não posso

Poncho: Não pode, não pode e pronto! Eu sempre quis outros filhos,
mas isso não pode estar acima da sua saúde... É claro que eu quero
ter outro filho, desde que você esteja em segurança

Anahí: A gente pode adotar um se você quiser

Poncho: Não... Adotar uma criança é um gesto muito nobre...
A gente pode sim fazer isso, mas não por causa da minha vontade de
ter mais filhos... faremos se isso for de coração

Anahí: Eu te amo tanto *abraçando-o*

Poncho: Eu também... Não quero que nada de ruim te aconteça... Eu não me perdoaria

Anahí: A Raquel já me falou que eu posso tentar... que
existem medicamentos que podem me ajudar... Mas eu ainda tenho medo...
não quero perder a minha família

Poncho: Não pense mais nisso ta bom? Me desculpe por tantas vezes que insisti

Anahí: Você não sabia de nada

Poncho: Quando ela te disse isso?

Anahí: Logo depois que a Isa nasceu... Numa das consultas

Poncho: E você me escondendo... Aposto que a Dul e a Mai sabem

Anahí: Não... ninguém sabe... nem a minha mãe

Poncho: Não quero que faça mais isso... Entre nós não pode
haver segredos, principalmente uma coisa assim tão séria

Anahí: Desculpa

Poncho: Está desculpada *beijando-lhe a fronte*

Anahí: Eu acho que a gente pode tentar sim... Não sei...
de repente me senti mais segura

Poncho: Não vamos programar nada... Vamos deixar que Deus
decida... Se ele quiser teremos outro filho

Anahí: Sim... Me promete uma coisa

Poncho: Anny não venha com esse papo de “se tiver que...”

Anahí: Exatamente *interrompendo-o* Se tiver que escolher entre mim e o bebê,
quero que o escolha... Ele não tem nenhuma culpa... me prometa

Poncho: Não posso prometer isso

Anahí: Pode sim... prometa Alfonso

Poncho: Não posso

Anahí: Por favor... Eu jamais conseguiria viver com
esse peso de viver por que você escolheu que nosso filho morresse

Poncho: Não...

Anahí: Por favor *olhando-o nos olhos*

Poncho: Eu prometo *chorando a abraça forte*

Christopher caminhava apressado pelo aeroporto carregando o filho nos braços,
enquanto empurrava um carrinho de malas com Isabel sobre elas. O saguão estava
completamente lotado, parecia que todas as pessoas do México resolveram bater ponto ali...

Chris: Com licença... com licença... *tentando em vão passar pelas pessoas e suas malas*
Mas que merda! Quando eu esbarrar é porque sou mal educado! *empurrando um carrinho que
estava parado à sua frente*

João: Papai, quero fazer xixi

Chris: Agora filho? Não dá pra esperar?

João: Não papai... Quer que eu faça na roupa que nem bebê? Eu não sou mais neném!

Chris: Tá bom... Segura só mais um pouquinho que já vamos procurar um banheiro

Belinha: Eu também quero, padrinho

Chris: Ai meu Jesus Cristinho... Me ajuda! *olhando pra cima*

João: Anda logo papai...