Fanfic: Lanna Hangs | Tema: Amizade, Aventura, Comédia, Romance

Beverly Hills parecia ser linda mesmo, havia um parque com algumas crianças brincando, olhei para trás e percebi que meu irmão e Max estavam olhando pela janela com os olhos brilhando, vidrados no parque, logo depois percebi que Charlie deu um leve sorriso, então acompanhei o olhar dele e me deparei com uma menina - aparentemente com a mesma idade de Charlie - de cabelos loiros e olhos azuis, estava vestindo um vestido rosa de bolinhas, ou seja, patricinha, e uma sapatilha rosa também.
–O que você está olhando mané? - não consegui me segurar e acabei perguntando.
–Nada! - ele se apressou em dizer, desviando o olhar da menina.
Continuei observando a cidade. Parecia aquelas cidades de filme, onde todos se conhecem e são felizes. Tinha flores na frente de todas as casas, casais caminhando felizes e tomando sorvete, crianças brincando em todos os cantos da cidade - ou seja, ja odiei -. A cidade era bonita, mas era muito e ridícula. E que ridícula!!
Já havia escurecido quando encontramos a casa onde iriamos morar. Era enorme, nem se comparava a nossa antiga casa. Parecia ser nova, tinha um quintal grande, e aparentava ter uma pintura azul clara, mas não dava para ver muito bem, pois já estava muito escuro.
Antes mesmo de sairmos do carro minha mãe pergunta:
–Charlie, o que você achou da cidade?
–Muito linda mamãe, maravilhosa.
–Só acho a cidade linda? - falei, com um sorriso maléfico.
–Não... - então olhou pra mim com o mesmo sorrisinho - Também achei a casa muito linda. - garoto esperto!
–Não vai se acostumando, só conseguisse se safar dessa vez. - susurrei pra ele.
–E você Lanna? - perguntou minha mãe. - O que você achou?
–Legal, acho que vamos ser mais felizes aqui. - eu até poderia começar a falar o que eu achei de verdade da cidade, mas minha mãe estava tão feliz, não queria tirar aquele largo sorriso de seu rosto. -E oq você achou mãe?
–Diferente... Mas ao mesmo tempo encantadora. - gosto do jeito que minha mãe pensa, ela é sempre muito otimista. - E olha - continuou -, tem um gramado enorme para o Max. Olha lá Max!!
Max subiu no colo de Charlie e se empoleirou na janela para poder ver o enorme gramado. Apesar de ter apenas 3 meses, Max era já era bem pesadinho. Charlie tentou tira-lo de seu colo, mas Max não queria sair.
–Max! - chamei ele. - Vem cá garotão!
Ele imediatamente pulou em meu colo, acariciei suas orelhinhas peludas, e abri a porta, mas antes mesmo de sair minha mãe puxou meu braço.
–Lanna... - ela fez uma pausa. - Lembra do Carl?
Carl... Ah, Carl. Que homem mais insuportável! Minha mãe até pelo o que eu saiba TEVE (no passado) um caso com ele, logo depois que meu pai morreu. Ele era alto e magro, moreno, tinha olhos castanhos e o cabelo raspado, quase careca. Aquele idiota era mais otimista que a minha mãe. Odiava ele.
–Sim mãe. O que tem ele?
–Essa casa é dele... E vamos ter que morar aqui.
–O que? Como assim? Você tá louca? - Já não bastava eu odiar ele, agora eu teria que morar na mesma casa? Porra, que inferno!
–Lanna, eu não tinha escolha! Tínhamos que nos mudar rápido, já estávamos falidos, e eu tinha ainda a dívida da sua festa, que no final de contas foi por água abaixo!
–Aaarrrg!! Que raiva! - Sai do carro com Max, batendo a porta, em direção à casa.
Minha mãe estacionou o carro, e logo ela e Charlie já estavam atrás de mim.
Já que sou muito educada, nem esperei por minha mãe, ou ao menos alguém abrir a porta. Abri a porta e já fui entrando. Esbarrei em Calr, que provavelmente estava indo abrir a porta.
–Oi Lanna! A quanto tempo. Como você cresceu querida. - que cara irritante, puta que pariu! - E você Charlie, como vai com o basquete?
–Estou indo bem nos jogos. Nosso time é um dos melhores. Ganhamos três jogos seguidos.
–Nossa, que ótimo! - Disse ele, todo alegre. Aquela alegria toda dele me dava nojo. Acho que ele ainda não tinha notado Max, mas quando notou teve uma surpresa e tanto.
–Olha só!! Mas quem é esse pequeno peludo?
–O cachorro que meu pai me deu! O Max. - respondi, curta e grossa.
–Carl, desculpe o transtorno e a demora. - não tinha o por que minha mãe se desculpar, mas decidi não comentar nada.
–Tube bem querida. Vamos lá para a cozinha, vocês devem estar com fome. - então ele deu um beijo nela, o que me deu vontade de dar um soco na cara dele.
A cozinha era enorme. Era a cozinha dos meus sonhos. Tinha vários armários, duas geladeiras e uma mesa enorme no meio da cozinha. Confesso que pelo menos a cozinha era perfeita.
Comecei a abrir os armários em busca de comida, pois eu estava morrendo de fome e sou muito metida.
–Lanna!! - minha mãe começou a berrar comigo. - Peça antes de mexer nas coisas dos outros!
–Mas agora moramos aqui, então isso passa a ser meu também. - retruquei.
–Não seja mal educada!
–Tudo bem querida, o Ryan também é assim. - disse Carl, não se importando muito comigo.
–Ryan? - quem é Ryan? Eu esperava que fosse uma máquina super dotada e inteligente.