Fanfics Brasil - Capítulo 11 Um porto seguro - adapatada- Portiñón

Fanfic: Um porto seguro - adapatada- Portiñón | Tema: Portiñón


Capítulo: Capítulo 11

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 Na semana passada, depois de ter conversado despreocupadamente com Kristen, ela a vira lendo as contracapas dos livros em estoque na loja. Ela não comprou nenhum e, quando lhe perguntou casualmente se estava procurando por algum autor em particular, Any notou um lampejo do velho nervosismo. Percebeu que não devia ter mencionado que a observara.


— Deixe para lá — disse ela, acrescentando rapidamente: — Não é importante.


Quando ela saiu pela porta, entretanto, parou por um momento, com a sacola de compras junto ao corpo. Virou-se levemente na direção dela e murmurou: — Eu gosto de Dickens.


Ao dizer aquilo, ela abriu a porta e se foi, caminhando pela rua. Ela vinha pensando nela cada vez mais frequentemente desde então ,mas eram pensamentos vagos, cercados por mistério e tingidos pelo desejo de conhecê-la melhor. Não que ela soubesse como fazer aquilo. Além do ano em que cortejou Lari, ela nunca fora muito bom no jogo do romance. Durante a faculdade, entre o tempo que dedicava à prática da natação e as aulas, tinha poucas oportunidades para sair com garotas. Enquanto esteve no exército, ela se dedicou totalmente à sua carreira, trabalhando bastante e sendo transferida  de uma base para outra com cada promoção que recebia.


Embora tivesse saído com algumas mulheres, em sua maioria eram romances efêmeros, que começavam e terminavam no quarto. Às vezes, fazendo um retrospecto de sua vida, ela mal reconhecia a mulher que costumava ser — e ela sabia que Lari fora a responsável por aquelas mudanças. Sim, às vezes era difícil reconhecer-se, e, sim, ela se sentia sozinha. Any sentia saudades de sua esposa e, embora nunca tivesse contado a ninguém, ainda havia momentos em que podia jurar que sentia a presença dela por perto, cuidando dela e fazendo de tudo para que ela ficasse bem.


Devido ao tempo excelente que fazia, a loja estava mais movimentada do que o habitual naquele domingo. Quando Any destrancou a porta, às 7 da manhã, já havia três barcos amarrados no ancoradouro  esperando para que a bomba de gasolina fosse ligada. Como já era típico, enquanto pagavam pela gasolina, os donos dos barcos aproveitavam para comprar petiscos, bebidas e sacos de gelo para levar nos barcos. Roger — que estava trabalhando na churrasqueira, como sempre — não teve um minuto de folga desde que colocou seu avental, e as mesas estavam cheias de gente comendo salsichas empanadas, cheesebúrgueres e pedindo alguma dica sobre o mercado de ações. Geralmente, Any ficava no comando da caixa registradora até o meio-dia, quando passaria as rédeas a Joyce. Assim como Roger, Joyce era uma funcionária que facilitava muito o trabalho de cuidar da loja. Joyce, que havia trabalhado no tribunal até o dia de sua aposentadoria, veio “de presente” com a loja, por assim dizer.


O sogro de Any a contratara havia dez anos e agora, mesmo contando 70 anos de idade, ela não dava qualquer sinal de que quisesse levar uma vida mais tranquila. Seu marido morrera alguns anos antes, seus filhos haviam se mudado para outras cidades e ela tratava os clientes como se fossem sua verdadeira família. Joyce era tão característica da loja como os produtos nas prateleiras. Além disso, ela entendia que Any precisava passar o tempo commseus filhos, longe da loja, e não se incomodava de ter que trabalhar aos domingos. Assim que chegava, ia direto para trás do balcão onde estava a caixa registradora e dizia a Any que ela podia ir para casa, parecia ser realmente a chefe do lugar em vez de uma das funcionárias. Joyce também era a babá, a única pessoa em quem ela confiava para ficar com as crianças se ela tivesse que sair da cidade. Aquilo não era comum — acontecera apenas duas vezes nos últimos dois ou três anos, quando ela se encontrara com um velho amigo dos tempos do exército em Raleigh — mas Any reconhecia que Joyce fora uma das melhores coisas que já acontecera em sua vida. Quando ela precisava dela, Joyce sempre estava pronta para ajudar.



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Autor(a): portinons2vondy

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Enquanto esperava pela chegada de Joyce, Any andou pela loja, verificando as prateleiras. O sistema informatizado era ótimo para gerenciar o inventário, mas ela sabia que fileiras de números nem sempre contavam toda a história. Às vezes, achava que tinha uma noção melhor do que precisava ser reposto se realmente olhasse as pra ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 9



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  • angelr Postado em 04/09/2015 - 01:32:59

    Poxa a fic é maravilhosa volta a postar prometo divulgar ela em minhas fics q posto

  • flavianaperroni Postado em 12/07/2015 - 03:13:52

    posta maaais

  • dyas Postado em 28/07/2014 - 15:42:49

    Posta mais vai... :)

  • dyas Postado em 16/07/2014 - 12:05:02

    Aaah Any pensando na Dul *-*' Continua s2

  • dyas Postado em 03/07/2014 - 09:39:14

    Continua *----*' Quero saber mais da história da Dulce.

  • dyas Postado em 11/06/2014 - 10:39:33

    Flor, posta mais! tô amando a web.

  • dyas Postado em 09/05/2014 - 20:24:17

    Continua, adorando. :)

  • lunaticas Postado em 05/05/2014 - 23:17:43

    Continua!!!!!

  • vverg Postado em 05/05/2014 - 00:05:51

    Mais uma... Up *_*


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