Fanfic: Marido por encomenda (Adaptada) AyA | Tema: Romance, Aya, Anahí e Poncho

Capitulo V

Acordei ao amanhecer incomodada por um estranho peso sob minhas pernas. Virando a ca­beça, deparei com Alfonso dormindo a meu lado. Aquela visão despertou-me por completo. Olhei ao redor, certificando-me que não sonhara. Eu estava de volta ao quarto principal.

Lembrei-me vagamente de Alfonso entrando em meu antigo quarto, onde eu cochilei abraçada a um travesseiro.

— Dormiremos juntos, mulher — murmurou ele.

Ele levou-me nos braços para o quarto do casal. Eu não pro­testei, ao contrário, enlaçei-o pelo pescoço, apoiando a minha ca­beça em seu ombro.

Alfonso me colocou na cama perfumada com o aroma de flores. Depois disso, lembrei apenas da sensação de calor e paz invadindo-me, corpo e alma, quando ele me envolveu num abraço protetor e aconchegante.

 Eu o olhei novamente, estudando as feições marcantes com grande curiosidade. Mesmo adormecido, não perdia a imponência, a força, o carisma. A barba crescida só servia para intensificar a aura de perigo e agressividade que emanava dele, como uma segunda pele. O lençol até a cintura, deixava à mostra o dorso nu. Eu me inebriava com aquela visão, contendo o ímpeto de acariciá-lo. Temendo ser descoberta num momento de fraqueza, decidi levantar-me, antes que Alfonso acordasse.

Sai silenciosamente do quarto. Na cozinha, peguei uma maçã e torrões de açúcar. Ainda de camisola, fui até o pasto. O vento batia em meu corpo e balançava meus cabelos. Assoviei para Dreamseeker, que atravessou o pasto a galope. Quando parou ao lado da cerca, ofereci a maçã. O animal comeu avidamente. Depois, não satisfeito, roçou a cabeça no meu ombro, até que eu me comovi e lhe desse açúcar. O garanhão esperava, com os músculos vibrando. Esten­di a mão e, enquanto Dreamseeker comia, acariciei-o no pes­coço, satisfeita com a demonstração de confiança.

—    Que diabos está fazendo?

A voz de Alfonso nos assustou. Dreamseeker fugiu a galope e eu tremia de susto e raiva.

—    Droga, Alfonso! Precisava chegar assim tão de mansinho, feito um gato?

Ele cruzou os braços.

—    Gato?

—    Sim! Você assustou Dreamseeker e a mim também.

—    Sei — sua voz soou distraída e maliciosa.

De repente, percebi que, com o sol às minhas costas, a minha camisola tornou-se transparente. E, absorvido pela visão, Alfonso não estava absolutamente preocupado com o fato de ter me assustado.

—   Alfonso Herrera, às vezes o odeio, sabia? — esbravejei, antes de iniciar o caminho de volta.

Não cheguei longe, Alfonso me alcançou.

—    Pode me odiar à vontade, mulher. Nada vai mudar. Quan­to mais depressa se conscientizar disso, melhor.

—    Não sou nenhuma idiota. Você casou comigo apenas por que essa foi a única forma de colocar as mãos no rancho. En­tretanto, isso não quer dizer que venceu a parada, Alfonso. Não vou desistir.

—    Não? — Ele sorriu divertido. — Veremos.

Eu precisava convencê-lo e, sobretudo, convencer a mim mesma.

—    Você não vencerá, Alfonso. Não permitirei. Jamais!

—    Quanta paixão! Quanta energia! — ele murmurou, enlaçando-me. — Tudo desperdiçado aqui. Por que não entramos e nos beneficiamos com tudo isso?

—    Você prometeu esperar. — reagi — Ainda não estou pronta.

—    Não? — Nos olhos verdes, um brilho cínico. — Acorde, mulher! Não me custa nada quebrar a promessa.

Num movimento rápido e inesperado, Alfonso pegou-me nos braços, levando-me de volta para casa. No hall, colocou-me no chão, sem, contudo, soltou-me.

— Alfonso, por favor, deixe-me ir — pedi num tom de súplica. Evitei encará-lo. Não me atrevia a ver a paixão que sabia estava estampada nas feições fortes e determinadas dele. Se visse, com certeza, não resistiria.

—De jeito nenhum. — Beijou-me abalando meu equilíbrio.

Por fim, soltou-me. Eu o fitei com olhos angustiados. Não queria que Alfonso me tocasse, me beijasse, obrigando-me a voltar à vida. Não pretendia experimentar novamente a dor que meu amor por ele me causaria.

Todavia, desconfiava que Alfonso não se preocupava com os meus sentimentos. Ele tinha métodos próprios. E eu estava nos últimos lugares em sua lista de prioridades.

— Na noite passada, eu a preveni. Não esperarei eternamente. — Puxou-me pela manga da camisola. — Se a encontrar de novo andando assim, não me responsabilizarei por meus atos, ouviu? Agora, vá trocar de roupa.

Abri a boca para revidar, mas Alfonso não me deu chance.

— Vou inspecionar o rancho. Sairei daqui a cinco minutos. Com ou sem você.

Troquei de roupa rapidamente. Vesti jeans, camiseta e botas. Trançei os meus cabelos, peguei o chapéu e desci as escadas pensando que deveria levar meus objetos e roupas para o quarto que, agora, dividia com Alfonso.

— Tem tempo — resmunguei.

Encontrei Alfonso no estábulo, selando dois cavalos. Ele estendeu uma sacola de papel.

—   Pegue. Está com fome?

—   Obrigada. Estou faminta. — Verifiquei o conteúdo da sacola.
Doces que Inez preparara para o casamento.

— Trouxe café?

—   A garrafa térmica está na mochila. Sirva-se. — Olhou-me. — Coloquei a égua Appaloosa em outra cocheira. Há um rombo, lá no fundo. — Apontou o local danificado. — Parece que pre­cisaremos de um telhado novo.

—   Pedirei a Aron para providenciar o conserto..

— Não. — Ele empurrou a aba do chapéu. — Eu disse que o estábulo precisa de um telhado novo.

    Guardei a sacola com os doces e tirei a garrafa térmica da mochila.

—  Mais um daqueles testes conjugais?

—  Vai começar, é?

Ignorei a advertência.

—     Um teste — continuei. — Você diz que precisamos de um telhado novo. Eu digo que não. Você diz que é o chefe e que vamos comprar um telhado novo. E eu digo que não temos condições. Você diz que vamos comprar de qualquer maneira, mesmo que fiquemos sem comer durante um mês. Se eu disser qualquer outra coisa, você dirá que, antes de nos casarmos, em prometi isto e concordei com aquilo. Dirá, também, que é o chefe e que sua palavra é lei. Não é isto que está acontecendo?

Rindo, Alfonso concordou com um movimento de cabeça.

—  Exatamente. Fico feliz por saber que você aprende fácil. — Entregou-me uma capa impermeável amarelo brilhante. — Leve isto. — O homem do tempo previu chuva.

—  Alfonso, realmente, não temos condições para comprar um telhado novo. — Enrolei a capa, amarrando-a na sela. — Do contrário, já teríamos comprado na primavera passada, ou na anterior ou na anterior da anterior.

—  Compraremos um telhado novo. — Montou em seu cavalo. — E, não precisaremos ficar sem comer durante um mês.

Após uma breve hesitação, também montei.

—  Pode me explicar como?

—  Deixe as preocupações comigo, mulher. — Estalou o lín­gua, incitando o cavalo a trotar.

Passamos a manhã visitando a parte leste da propriedade. Começei a enxergar o rancho com os olhos de Alfonso. O resultado não me agradou em nada. Em todos os cantos, havia sinais de negligência. Cercas cortadas. Estacas caídas. Uma parte do gado apresentava evidências de vermes e a maioria dos animais não havia sido marcada, nem vacinada.

A sudeste das terras, Alfonso e eu desmontamos às margens de um riacho.

Amanha tem mais um capitulo,amores! Desejo à todos uma boa semana,não se esqueçam de comentar,boa noite,beijos,Bella.

camile_ponny: Sacanagem? sanagem minha seria se eu nao fosse escrever a hot ja autora nao escreveu no livro,isso sim seria!! Infelizmente nao tem como fazer mais de uma hot porque senao a web esquesita(depois mais para frente você vai entender) Ei, eu nao sou perva, você e a Michelle que sao, nem venha botar meu nome no meio disso kkkk...Beijos,Cam,amanha tem mais um capitulo!!