Fanfics Brasil - Capitulo 1 Marido por encomenda (Adaptada) AyA

Fanfic: Marido por encomenda (Adaptada) AyA | Tema: Romance, Aya, Anahí e Poncho


Capítulo: Capitulo 1

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CAPITULO I


 


Foi interrompida bruscamente pelo candi­dato.


— Será um casamento de verdade? Não posso assumir um compromisso sem saber as condições do casamento.


Ao erguer os olhos do currículo de Manuel Velasco Coelho, perguntei:


— Por acaso refere-se aos seus direitos conjugais, sr. Coelho?


— Se isto significa saber se dormiremos juntos, então, res­pondo que estou me referindo aos meus direitos conjugais, sim. —Resmungando, empurrou a preciosa cadeira ,que pertencera a minha mãe.. — Você é uma mulher bonita, srta. Portilla. Sempre tive fui fraco por louras de olhos azuis.


Esforçei-me para não demonstrar a contrariedade.


— Estou... lisonjeada, mas...


— Tudo bem. Já entendi — ele me interrompeu novamente.—  Desde que eu consiga o que quero, não me importo. Acho, também, que não precisaremos nos embaraçar pelo fato de não dormirmos na mesma cama.


— Creio que ainda seja cedo demais para discutirmos a respeito de direitos conjugais ou qualquer outro assunto desse tipo — Esclareci num tom desencorajador. Pretendia encontrar um marido simpático, dócil, disposto a manter um relacionamento platónico. Um rápido e ardente romance na juventude, já fora suficiente. — Quanto ao seu currículo, sr. Coelho...


— Manuel Velasco.


— Desculpe. Não entendi.


— As pessoas me tratam por Manuel Velasco. Se vamos mesmo nos casar, pode começar a chamar-me pelo meu nome.


— Claro. — Relancei os olhos pelos papéis à minha frente. A entrevista não transcorrera como esperava. Sentia-me decepcionada. Infelizmente, já eliminara todos os candidatos anteriores a Manuel Velasco. Ainda faltava entrevistar o último can­didato do dia. Um certo A. H. Rodríguez. — Pelo currículo, vejo que tem muita experiência com ranchos.


— Na verdade, dirigi uma fazenda. Mas, rancho... fazenda...—  Ele ergueu os ombros. — Tudo a mesma coisa. Desde que eu saiba onde colocar o balde para ordenhar uma vaca, não im­porta se foi fazenda ou rancho, não é mesmo?


Eu o encarei, perplexa.


— Importa, sim. E muito.


— Não, no meu modo de pensar. — Velasco me olhava com curiosidade. — O anúncio dizia que você também precisa de um homem de negócios. Para quê?


Ele tocara no ponto crucial do anúncio. Eu precisava de um marido experiente na área financeira, para cuidar de meus inte­resses. Só assim, poderia dedicar-me ao rancho. Hesitei, relutando em comentar a respeito da precariedade da minha situação mone­tária. Porém, não tinha outra saída, exceto contar a verdade.


— O rancho está enfrentando graves dificuldades financeiras. Com toda honestidade, iremos à falência se eu não con­seguir um empréstimo. O gerente do banco explicou que, se eu tivesse um marido que, além de rancheiro, fosse um administrador experiente, não nos negariam o empréstimo. Por isso, publiquei o anúncio.


Velasco concordou com um movimento de cabeça.


—  Desagrada-me saber que um docinho como você tenha problemas com cálculos. Ficarei muito feliz em poder cuidar do seu dinheiro. — Concluiu ele abrindo num sorriso expansivo.


— Por uma questão de segurança, acho uma boa ideia colocar tudo em meu nome. Depois, convencerei o gerente a nos con­ceder um empréstimo generoso.


—Nunca mais precisará se preocupar com esses assuntos.


Esforçei-me para não demonstrar a repulsa que aquele homem me causava. Não havia motivos para continuar com a entrevista. Desde o primeiro momento, percebi que Manuel Velasco era um aventureiro. Não deveria sequer tê-lo recebido. Entre­tanto, estava tão desesperada que não podia me dar ao luxo de dispensar os candidatos. Inclinei a cabeça, tentando de­monstrar que considerara as palavras dele.


— Claro. Não vejo qualquer problema com relação a isso — menti sem o menor escrúpulo. Ergui-me, jogando a longa trança para as costas. — Desculpe, mas nosso tempo se esgotou. Tenho outra entrevista marcada. — Esperava feque o candidato seguinte fosse mais agradável. Até aquele momento, as alter­nativas estavam praticamente descartadas.


— Agora, srta. Portilla...


—Agradeço por ter vindo — interrompi-o, com a esperança que ele entendesse que a conversa estava encerrada. Sem esconder o aborrecimento, apoei as mãos na escrivaninha de carvalho e em seguida movimentei a cabeça em direção à porta. Queria Manuel Velasco Coelho fora do escritório e do meu caminho o mais rápido possível. Se preciso, chamaria Aron, o capataz. — Eu o avisarei assim que me decidir.


Velasco levantou-se, aproximando-se de mim.


— Melhor pensar muito bem antes de tomar essa decisão.
Com uma rapidez incrível, ele me abraçou. Por sorte, virei o rosto a tempo, impedindo que Velasco me beijasse.


— Ora, doçura. Seja boazinha — ele rosnou ao meu ouvido. — Como vai saber que tipo de marido serei, se não trocarmos alguns carinhos?


— Largue-me!


Revoltada e assustada, encontrei forças para desven­cilhar-me, surpreendendo-o. Aproveitando o momento de sur­presa, atravessei a sala em direção à estante, de onde tirei o rifle e apontei a arma para ele.


— Melhor ir embora, sr. Coelho. Imediatamente — es­bravejei, encostando o cano do rifle na barriga dele.


Recuando, ele ergueu os braços.


— Calma, srta. Portilla. Não precisa se zangar. Era apenas um beijinho. Já que vamos casar...


— Aconselho-o a esquecer a ideia — afirmei com convicção.
Alguns fios de cabelos caíram sobre seus olhos, porem eu não se atrevia a largar a arma, para afastá-los.


Ele fitou-me com ar de desafio.


— Tudo por causa de um beijo? A menos que se case com um rato, qualquer homem que honre as calças que usa exigirá muito mais de você!


    Fiquei desconcertada com seu atrevimento e a sua vulgaridade, mes­mo assim, recusei-me a discutir, principalmente porque não tinha argumentos. Naquele esquema louco que eu montei, esse era um ponto no qual preferia não se aprofundar.


— Esse problema não é seu, uma vez que não será você esse homem, sr. Coelho.


— Orgulho bobo! — Ele pegou o chapéu surrado do cabine ao lado da porta. — Então, por que colocou o anúncio no jornal, se não deseja um marido de verdade? Isso é o que chamo de falso anúncio.


Furioso, ele saiu da sala. Eu o seguiu, ainda com o rifle nas mãos. Sem olhar para trás, ele atravessou a varanda, desceu os degraus e entrou na caminhonete velha e empoeirada. Esperei, até vê-lo desaparecer na estrada.


— Devo ter enlouquecido para acreditar que daria certo —resmunguei, afastando o cabelo do rosto. — Céus, o que estou fazendo?


Eu conhecia muito bem a resposta. Estava fazendo exatamente aquilo que meu pai esperaria que eu fizesse, diante da oferta de uma das maiores empresas do Estado, interessada em comprar o rancho. Casarei para proteger minha avó e a propriedade.


Enquanto todos os rancheiros da região, envolvidos pelas táticas da Lyon Enterprises, haviam vendido suas terras, eu permanecia firme. Mesmo completamente cercada pelo inimigo, eu recusava a vender o rancho.


Quando o representante da Lyon Enterprises aparecera com a última proposta da empresa, a minha avó fora categórica:


— Por mais tentadora que seja a oferta, não venderemos a propriedade. Só sairei daqui morta. Meu avô morreu lutando por estas terras. Meu pai também. E, se preciso, seguirei o exemplo deles.          


Depois, cruzando os braços, ela ergueu queixo desafiadoramente em direção ao emissário, que não se atreveu a contestar tanta determinação.


Acreditava que, se, por qualquer motivo, tivessem que sair do rancho, a avó morreria de desgosto. Era primordial que conservassem o rancho nas mãos da família. Para tanto, precisava, obviamente, encontrar uma solução para as dificul­dades que enfrentava. E, se não conseguisse um empréstimo bancário com urgência, fatalmente perderia as minhas terras.


Entre discussões intermináveis, soube que os bancos se mostravam menos rígidos, quando o marido, cabeça do casal, além de rancheiro, era o administrador das finanças da propriedade.Diante disso, não vacilei em publicar um anúncio no jornal, procurando por um marido. Tremi só em lembrar de Manuel Velasco, infelizmente, nenhum dos entrevistados daquele dia preenchia os requisitos exigidos.


No íntimo, o que eu desejava mesmo era um cavaleiro vestindo uma armadura brilhante, montado num cavalo branco, com uma espada na mão, pronto para enfrentar os dragões que a amea­çavam. Uma fantasia de adolescente, admiti, entretanto, não podia proibir meu lado romântico de sonhar com o impossível.


Verifiquei as horas. O último candidato chegaria a qual­quer instante. Esperava que esse homem fosse mais adequado, que os demais entrevistados. Dócil o suficiente para atender a todas suas exigências e um administrador experiente para satisfazer o banco.


Como se adivinhando meus pensamentos, um cavaleiro so­litário apareceu no horizonte, pouco mais do que uma sombra, contra o alaranjado do céu ao entardecer. Estreitei os olhos, estudando atentamente a figura do homem que se aproximava.


Com certeza, tratava-se de A.H Rodrigues, o último candidato.


Ele cavalgava lentamente, muito à vontade na sela, balan­çando num ritmo cadenciado e natural. Mesmo a distância,notei que o cavalo era bonito. O pelo castanho, sem manchas, a crina e o rabo cor de ébano, brilhando sob os raios dourados do sol. O animal tinha aparência de selvagem. Um selvagem que o cavaleiro dominava com facilidade.


Estremeci. Alguma coisa naquele homem me pertur­bava. Não saberia explicar o motivo. De repente, tevi a im­pressão de conhecê-lo. A intuição me assegurava que não se tratava de uma fantasia. Reconhecia o modo como sentava na sela. A maneira simples, segura, com que controlava o animal. A postura ereta e autoritária dos ombros. Até mesmo a posição do chapéu era levemente familiar.


Protegi os olhos com a mão, perguntando-me quem seria aquele homem.


Esperei, atenta a todos os movimentos do estranho. Ele atravessou o portão do rancho, com a segurança de quem co­nhecia bem o lugar. Como se fosse o proprietário, notei os cabelos pretos sob a aba do chapéu, as feições sérias e bem delineadas, como talhadas em mármores. Desmontou, amar­rando as rédeas no poste, sem demonstrar o mínimo constran­gimento, caminhou com passos seguros em minha direção.


Enquanto caminhava, tirou as luvas, pendurando-as no cin­to, observei as mãos grandes e fortes. Conhecia aquelas mãos! Mas, de onde? Uma imagem atravessou minha mente, como um relâmpago, lembranças de dedos ásperos acariciando meus seios, provocando um misto de dor e êxtase. Gemi.


O estranho ergueu o rosto. Os olhos verdes e frios transmi­tiam ameaça e promessa. Naquele momento, descobriu quem era ele e porque viera.


— Decididamente, este não é meu dia — resmungei. Movida pelo instinto, ergui o rifle e atirei.


O primeiro tiro atingiu o chão, apenas alguns centímetros diante dele. O homem não se intimidou. Continuou andando, com os olhos fixos em mim. O segundo disparo detonou entre os pés dele, espirrando terra nas botas pretas.


Acelerando os passos, ele subiu os degraus de dois em dois. Num movimento rápido, tirou o rifle das minhas mãos jo­gando-o no chão. Segurando-me com firmeza pelos ombros, abra­çou-me, inesperadamente.


—Você nunca teve boa pontaria — ele murmurou com voz enrouquecida. Depois, me beijou.


 


Amores, se a web for favoritada ou comentada irei postar outro capitulo assim que chegar da minha faculdade(la pelas 10:00 da noite) Beijos,Bella.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 59



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  • maryangel Postado em 29/04/2015 - 06:34:35

    Ameiiiiiii *-*, me apaixonei por esse história!!Any grávida *-* kkkkkkk o anúncio mais lindo que li

  • valerynuness Postado em 06/12/2014 - 14:18:07

    Web perfeita como tds bella <3 amei

  • daninha_ponny Postado em 11/09/2014 - 17:04:59

    amei de paixão essa web,bjsss foi linda li em dois dias kkk

  • franmarmentini Postado em 19/05/2014 - 15:26:13

    ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii a fic* foi maravilhosa bjussssssssss ;)

  • franmarmentini Postado em 19/05/2014 - 14:12:15

    *-*

  • pamela.zf Postado em 19/05/2014 - 00:32:21

    Linda demais a fic, posta mais assim :D

  • camile_ponny Postado em 18/05/2014 - 23:03:21

    Oh acabou e eu nem tive tempo Pra ficar aqui comentando :/ Mas q droga! Haha mas olha foi muito linda adorei. Ótimo esse final! Baby ponny? Ah morri amo baby ponny cara sou apaixonada! Ah bella que droga agora vou ficar me lamentando por nao ter comentado :/ mas vc tbm né fazendo essa maratona ai é sacanagem né!? Kkkk mas sério boa mesmo agora vou ver se pelo manos eu consigo acompanhar a outra né!? :D ;)

  • micheleponny Postado em 18/05/2014 - 18:35:00

    Gostei muito,irei sentir saudades :/ bjos *-*

  • thaispaula_vondy Postado em 18/05/2014 - 17:42:09

    AMEEEEEEEI ;) VOU SENTIR SAUDADES.

  • micheleponny Postado em 18/05/2014 - 01:14:45

    ainn ansiosa pra amanha ainda mais com hot kkkk bjos postavuhd


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