Fanfic: Marido por encomenda (Adaptada) AyA | Tema: Romance, Aya, Anahí e Poncho
Alfonso e eu passamos todo o final de semana no apartamento, vivendo intensamente aqueles momentos de amor. Para mim, era o retomar de um amor que nunca morrera. Infelizmente, a reação de Alfonso era mais difícil de ser decifrada. Nem por um segundo, duvidei que ele me desejava. Conseguia excitá-lo com um simples toque. Além disso, Alfonso era gentil, atencioso. Podia até mesmo sentir uma ponta de carinho nas atitudes dele. Mas, amor? Se ele sentia algum tipo de emoção, não revelava. Guardava-a à sete chaves.
O fim de semana terminou e, na segunda-feira cedo, retornamos ao rancho.
Alguns dias depois, pela primeira vez, Alfonso montou Dreamseeker. Foi uma briga de força, de determinação, de vontade. Eu não pude evitar a comparação, como Dreamseeker, também me sentia sufocada pela perseverança de Alfonso..
Nos dias seguintes, meus temores tomaram nova direção. Dreamseeker desaparecera do pasto.
— Sele Ladyfinger — Alfonso ordenou. — Não esqueça da capa. Parece que vai chover.
Tentando esconder a preocupação, eu segui as instruções dele.
— Será que Dreamseeker derrubou a cerca novamente? —indaguei.
— Não creio.
A cavalo, seguimos para a área onde o garanhão escapara anteriormente. Já estavamos quase no limite sul do rancho, quando ouvimos um som estridente ecoar pelo pasto.
Eu ouvi aquele som terrível apenas duas vezes em toda a vida e jamais me esqueci. O sangue pareceu gelar nas minhas veias. Lancei a Alfonso um olhar assustado, esporei Ladyfinger e parti na direção do som. Alfonso me seguiu, alcançando-me. Naquele corrida angustiosa até o Circle P, eu esperava estar enganada. Esperava encontrar Dreamseeker a salvo.
Chegando à linha divisória, paramos por um momento. A cerca fora destruída novamente. O meu coração se comprimiu. Não havia dúvida do que aconteceu ou do que estava por acontecer. Outro agudo ecoou pelo campo, respondido por outro apelo igualmente imperioso. Atravessando as terras do Circle P, cavalgamos até o topo da colina. Deparamos com Buli Jones montado em seu cavalo, assistindo impassível a cena que eu tanto temia.
Dreamseeker estava de um lado do pequeno prado, cercando um outro garanhão castanho. Do outro lado, uma manada de éguas nervosas, indubitavelmente, o motivo da luta. Dreamseeker erguia as patas, arreganhando os dentes, atacando com os cascos. O outro garanhão repetia os movimentos ameaçadores.
— A culpa é sua, Anahí — Buli Jones afirmou. — Avisei-a para reforçar suas cercas. Agora, é tarde demais. Se o seu garanhão ferir o nosso, você pagará caro. Muito caro. Baby Blue vale uma fortuna. Se ele morrer, vai lhe custar o rancho.
Eu encarei o capataz.
— Você trouxe propositadamente seu garanhão e as éguas para este lado do pasto, apenas para provocar Dreamseeker. Quanto à cerca, saiba que foram reforçadas na semana passada. Se o meu garanhão a arrebentou, foi porque você cortou o arame.
Buli Jones soltou uma gargalhada.
— Falar é fácil. Quero ver provar. Aí, a história muda!
— Ela não terá que provar nada — Alfonso interveio com rispidez. — Eu provarei.
Com um relincho, Dreamseeker ergueu as patas. Depois, voltou à posição normal, preparando-se para o ataque. Baby Blue, com os olhos vidrados, correu na direção do desafiador.
— Não! — gritei. Sem considerar os perigos que enfrentaria, pressionei os flancos de Ladyfinger, disparando pela colina.
— Anahí! Volte — Alfonso ordenou.
Ignorando o chamado dele, brigando para manter-me na sela, forcei a égua a seguir até o local da batalha. No meio do caminho, percebi que o animal, assustado, não conseguiria chegar ao destino. Puxei as rédeas, obrigando Ladyfinger a parar. Em segundos, desci, peguei a capa de chuva e, a pé, corri até os dois garanhões. Gritava e agitava a capa no ar o mais freneticamente que podia.
Quando já estava muito próximo, Baby Blue ameaçou recuar. Antes que Dreamseeker o atacasse, atirei a capa na cabeça dele. O animal se debateu ferozmente, na tentativa de livrar-se da capa.
— Anahí, afaste-se! — Alfonso gritou.
Com um movimento rápido, ele me agarrou pela cintura, tirando-me da linha de fogo. Sem a mínima hesitação, colocou-se entre mim e o perigo iminente, munido apenas de uma corda.
Dreamseeker pinoteou loucamente, até desvencilhar-se da capa. Parou por um instante, como se decidindo entre atacar o homem ou o outro garanhão. Essa foi a oportunidade que Alfonso precisava. Num movimento exato, o laço voou pelos ares, alcançando exatamente as patas dianteiras do animal. Usando toda sua capacidade física, puxou a corda até conseguir com que Dreamseeker deitasse no chão. Só depois de tê-lo dominado, Alfonso amarrou a corda na árvore mais próxima.
Ofegando, virou-se para mim, transtornado pela fúria. Seus nervos estavam à flor da pele.
— Mulher, precisamos ter uma conversa muito séria. Desta vez, você extrapolou.
— Simplesmente eu não poderia esperar até que os garanhões se matassem! — defendi-me.
— Ah, poderia, sim. Mas nossa conversa fica para mais tarde. Por enquanto, você precisa resolver outro assunto, mais urgente.
— Qual?
Apontou para Dreamseeker.
— Seu cavalo.
Eu não acreditava que o garanhão tivesse sido dominado com tanta facilidade. Aliviada, viu Baby Blue se afastando com seu harém de éguas. Aproximei-me de Dreamseeker. Deitado de lado, resfolegava e tremia, sem contudo apresentar ferimentos aparentes. Buli Jones parou ao meu lado.
— Saia daqui, Anahí— ordenou, furioso.
Erguendo a cabeça, notei a arma na mão do capataz.
— Vou acertar esse cavalo selvagem, bem no meio dos olhos— Buli Jones ameaçou. — Se quer seu cavalo vivo, suma daqui.
Eu não percebi os movimentos de Alfonso. Num minuto, Buli estava montado. No outro, estava caído no chão, com a arma fora de alcance e um pé de Alfonso em seu peito.
— Nunca tivemos a chance de nos apresentarmos — Alfonso declarou. — Creio que já é hora de repararmos essa falha imperdoável.
— Não me interessa que você é, hombre. Tire esse pé de cima de mim e caia fora das minhas terras. — Retorceu-se, tentado escapar da situação embaraçosa.
— Primeiro, estas terras não são suas. — Pressionou um pouco mais o pé sobre o peito de Buli. — Segundo, meu nome é Herrera. Alfonso Herrera. Se me chamar mais uma vez de hombre, nunca mais abrirá a boca.
— Herrera? — O capataz arregalou os olhos. — Eu o conheço! Você é...
— O marido de Anahí — Alfonso o interrompeu rispidamente.
— Droga! Não sabia que você era Herrera... — Buli Jones protestou. — Deveria ter falado logo!
— Vou lhe dar duas opções. Você poderá se levantar, montar em seu cavalo e sair daqui amigavelmente. Ou poderá ficar e, então, discutiremos o problema mais tarde. O que decide, muchacho?
— Deixe-me levantar. Vou embora.
Alfonso recuou alguns passos. Embora parecesse relaxado, com as mãos nos quadris e pernas afastadas, eu sabia que ele estava atento a qualquer reação de Buli Jones. O capataz se levantou, procurando pelo rifle.
— Não se preocupe. Não precisará mais dele. — Alfonso apoderou-se da arma.
—Você não pode fazer isso. — Buli montou. — Tenho influência.
—Eu tenho mais — Alfonso rebateu.
—Eu ainda não disse tudo...
Alfonso o interrompeu.
—Quando quiser terminar a discussão, apareça. — Esperou até que o capataz se afastasse o suficiente para não ouvi-lo.
Então, voltou-se para mim.
— Agora, sua vez.
— Como pôde fazer isso? — perguntei, apontando Buli Jones. — Como pôde demiti-lo?
O olhar de Alfonso tornou-se enigmático.
— Digamos que Buddy Peterson achará muito interessante atender à minha... sugestão.
Após refletir por um momento,falei:
— Espero que esteja certo.
— Estou.
Deu um passo na minha direcão. Eu gelei. Minha vontade era correr pela colina, mas não tinha escapatória. Precisava enfrentá-lo.
— Já sei. Já sei. É a minha vez. Bem, vá em frente. Fale tudo o que quiser falar. Assim, terminamos logo com isso.
— Isto não é uma brincadeira, Anahí. — Segurou-me pelos ombros. — Você poderia ter morrido sem que eu pudesse fazer nada para evitar.
— Ora, já expliquei. Eu precisava salvar Dreamseeker.
— O cavalo não é nada comparado com sua segurança. Teria permitido que Jones matasse o animal.
Prendi a respiração.
— Você não teria coragem!
— Claro que teria. Quero que me prometa que jamais tornará a arriscar sua vida por causa desse cavalo. Do contrário, dou um sumiço nele.
Alfonso não estava brincando. Eu compreendi que ele chegou ao seu limite de tolerância. Movimentei lentamente a cabeça, concordando.
— Prometo.
— Espero que cumpra sua promessa.
Apertei as mãos.
— Você não venderá Dreamseeker, não é?
— Não se preocupe, Anahí. Por enquanto, seu cavalo está a salvo. Monte. Vamos levar esse garanhão para casa. Até lá, esfriarei a cabeça e, então, terminaremos nossa conversa.
Alfonso narrando:
Em casa, telefonei para Kevin Anderson. Sem perder tempo com preliminares, foi direto ao assunto.
— Despedi Buli Jones.
Kevin resmungou uma imprecação.
— O que quer que eu faça, agora?
— Cuide de tudo. Fique atento para que não haja nenhuma... complicação.
— E Anahí? Descobriu a verdade?
— Creio que não. Mas, considerando que dei o bilhete azul para Jones diante dela, é um milagre que, no mínimo, não suspeite de nada.
— Se suspeitar...
— Não se preocupe. Sei como lidar com minha esposa.
Um ruído chamou-me a atenção. Vi Anahí parada na porta, olhando-me, nervosa e insegura. Impassível, acenei para que entrasse.
— Preciso desligar, Kevin. Ligo depois.
Desliguei, sem esperar pela resposta. Levantei, e dei a volta na escrivaninha. Em silêncio, esperei que Anahí se aproximasse. Segurei-a pela trança. Desejava-a. Como a desejava! Não tinha dúvidas que ela me desejava também. Estava estampado nos olhos dela, no tremor dos lábios, nas pulsações aceleradas.
Sem me preocupar em esconder a força de meu desejo, apoiei-me na beira da escrivaninha, prendendo Anahí entre as minhas pernas. Os olhos dela se estreitaram, escureceram quase até cor de violeta. Levei apenas alguns segundos para destrançar os cabelos, que se espalharam pelos ombros como um manto de prata.
Incapaz de resistir, beijei-a.
— Não brigue, Anahí — murmurou. — Não agora.
— Brigar? Por que brigaria com você?
— Beije-me, Anahí
Anahí narrando:
Os nossos corpos se fundiram. Enlaçando-o pelo pescoço, beijei-o, entregando-me toda nesse beijo.
Eu olhava para o teto. O luar iluminava o quarto silencioso. Refletia sobre o que ouvira da conversa de Alfonso ao telefone.
Olhei-o, adormecido. Naquela noite, a paixão dele excedera a tudo o que já acontecera antes. Por várias vezes, estive a ponto de confessar-me o que nunca traduzira em palavras. Quase lhe disse o quanto o amava. Porém, alguma coisa me impediu. Talvez, a conversa com Kevin.
Fechei os olhos. Daria tudo para saber o quer Alfonso quiz dizer com sei como lidar com minha esposa. Não entendia exatamente o motivo, mas, aquele conversa me assustou muito. Muito
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 59
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maryangel Postado em 29/04/2015 - 06:34:35
Ameiiiiiii *-*, me apaixonei por esse história!!Any grávida *-* kkkkkkk o anúncio mais lindo que li
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valerynuness Postado em 06/12/2014 - 14:18:07
Web perfeita como tds bella <3 amei
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daninha_ponny Postado em 11/09/2014 - 17:04:59
amei de paixão essa web,bjsss foi linda li em dois dias kkk
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franmarmentini Postado em 19/05/2014 - 15:26:13
ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii a fic* foi maravilhosa bjussssssssss ;)
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franmarmentini Postado em 19/05/2014 - 14:12:15
*-*
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pamela.zf Postado em 19/05/2014 - 00:32:21
Linda demais a fic, posta mais assim :D
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camile_ponny Postado em 18/05/2014 - 23:03:21
Oh acabou e eu nem tive tempo Pra ficar aqui comentando :/ Mas q droga! Haha mas olha foi muito linda adorei. Ótimo esse final! Baby ponny? Ah morri amo baby ponny cara sou apaixonada! Ah bella que droga agora vou ficar me lamentando por nao ter comentado :/ mas vc tbm né fazendo essa maratona ai é sacanagem né!? Kkkk mas sério boa mesmo agora vou ver se pelo manos eu consigo acompanhar a outra né!? :D ;)
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micheleponny Postado em 18/05/2014 - 18:35:00
Gostei muito,irei sentir saudades :/ bjos *-*
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thaispaula_vondy Postado em 18/05/2014 - 17:42:09
AMEEEEEEEI ;) VOU SENTIR SAUDADES.
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micheleponny Postado em 18/05/2014 - 01:14:45
ainn ansiosa pra amanha ainda mais com hot kkkk bjos postavuhd