Fanfics Brasil - Capitulo 18 Marido por encomenda (Adaptada) AyA

Fanfic: Marido por encomenda (Adaptada) AyA | Tema: Romance, Aya, Anahí e Poncho


Capítulo: Capitulo 18

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CAPITULO X


 


 


Pela primeira vez, desde o casamento, eu acordei sozinha na cama, na manhã seguinte. Sentei-me, não gostando em nada da sensação de abandono. Alfonso estava certo. O fato de acordar nos braços dele fazia uma grande diferença no transcorrer do dia.


Levantei-me para procurá-lo. Na mesa da cabeceira encon­trei um bilhete dele, explicando que recebera um chamado inesperado de Houston. Inexplicavelmente, fiquei apreensiva com a notícia. Esperava que Alfonso me esclarecesse que a conversa com o tal Kevin não tinha nada a ver com o nosso casamento ou com o rancho.


Fui até a janela. De repente o rancho parecia grande demais, sem Alfonso. Precisava de distração.


— Vou à cidade fazer compras — comunicei à avó.


— Passe pelo joalheiro e veja se meu relógio já está pronto — Rose pediu.


Com a pick-up do rancho, dirigi trinta minutos até a pe­quena cidade de Crossroads. Perambulei pelas lojas antes de entrar num antiquário. Examinei as peças e, surpresa, deparei-me com algo que me fascinou.


Uma estatueta de estanho, representando um cavaleiro, montado em seu cavalo, tendo em uma das mãos uma lança que subjugava um dragão com olhos de rubi. Com a outra mão, ele segurava uma donzela, a salvo do perigo. O vestido da donzela lembrava meu próprio vestido de noiva. Conside­rando a história da bola de cristal que Alfonso contara, a es­tatueta era perfeita. Colocaria a peça no escritório e esperaria até que Alfonso a notasse. Talvez, até mesmo entendesse o significado do gesto. Depois de pagar, fui direto à joalheira.


—  Bom dia, Anahí — Clyde, o proprietário, cumprimentou-me. —  O relógio de Rose já está pronto. — Vendo a sacola da loja de antiguidades que eu carregava, perguntou: — Achou alguma peça interessante?


— Sim. Quer ver? — abri a caixa, exibindo orgulho­ samente a estatueta .


— Que peça maravilhosa! — Avaliou-a com olhos de perito. —            Presente de casamento atrasado? — indagou com a intimi­dade de amigo de longa data. — Estou muito feliz por você, Anahí.Alfonso é um bom homem.


Uma ideia brilhou na minha mente. Mostrando a Clyde o pingente de pedra que Alfonso me deu, quis saber:


— Clyde, é possível fazer uma miniatura disto?


— Para colocar no pescoço do cavaleiro? — O joalheiro refletiu por um momento. — Hum... não seria tão difícil. Por acaso, tenho uma pedra que parece ser ideal.


— Quanto tempo levaria para aprontá-la?


Os olhos de Clyde brilharam, divertidos.


—  Creio que o ajuste do anel da sra. Whilehaven pode es­perar. Uma hora, está bem?


—  Otimo.


— Posso dar uma pequena sugestão? — Tirou o display de pingentes da vitrina e escolheu uma das peças maiores. Um chapéu de cowboy. Assentava perfeitamente no cavaleiro. — Posso eliminar a argola. Depois do acabamento, fixarei o chapéu na cabeça do cavaleiro, para não cair. O que acha?


—  Perfeito, Clyde. Adorei sua ideia. Voltarei dentro de uma hora. Obrigada.


—  Por nada, Anahí. Até já.


Exatamente uma hora depois, saí pela segunda vez da joalheira, levando para casa a estatueta completa, com cha­péu e pingente de pedra. Para meu pesar, cruzei com Buli Jones. Antes que tivesse tempo para escapar, ele interceptou a minha passagem.


—  Ora, ora, se não é a srta. Portilla. — Acendeu um cigarro. — Oh, desculpe. Sra. Herrera, não é mesmo?


—  Sim. Se você fosse esperto, se lembraria disso e ficaria fora do meu caminho, antes que Alfonso saiba que andou me importunando novamente.


—   Não estou nem um pouco preocupado. Seu marido não está. E, quando ele voltar, estarei bem longe.


Olhei ao redor, tranqúilizando-me com a presença de algumas pessoas nas imediações. Encarei Buli.


—  Tem alguma coisa para me dizer? Se tiver, diga logo. Do contrário, desapareça, antes que toda a cidade caia em cima de você.


—  Você sempre foi uma garota irascível e rabugenta. Qual o problema? Seu marido está em Houston, não? —  olhei-o surpresa. Buli soltou uma gargalhada. — E, então? Não diz nada? Não vai perguntar como eu sei?


—  Não me interessa. — Recusava-me a entrar no jogo de Buli Jones.


—  Vou lhe contar uma coisa — Confidenciou, como se praticasse um gesto de generosidade. — Ele está lá, porque con­vocou uma reunião da diretoria da Lyon Enterprises.


Dei de ombros.


— Alfonso conhece o pessoal da diretoria. Isso não é novidade para mim.


Buli negou com um movimento de cabeça.


— Ele não só conhece, como também comanda a diretoria.


Um tremor sacudiu o meu corpo.


— Que bobagem é essa que você está dizendo?


— Agora, está interessada, não é? — Nova gargalhada. —Alfonso Herrera é a Lyon Enterprises. Claro, descobri isso só depois que ele me despediu.


— Não acredito.


— Como quiser, madame. Mas, pense a respeito. — Atirou o cigarro longe. — Lyon... Herrera... Circle P. O elo se fecha. É muito fácil verificar se estou mentindo ou não.


— Como? — A pergunta escapou de meus lábios.


— Telefone para a Lyon Enterprises. Peça o escritório de Alfonso Herrera. Se ele tiver um escritório lá, terá a resposta. Ele se casou com você para se apossar do rancho.


— O que eu sei é que Alfonso tem um escritório. Isso não significa que seja o proprietário da Lyon Enterprises. Nem que se casou comigo por causa do rancho. — Suspeitava que Buli Jones percebera o desespero contido em minha voz.


— Ele é o proprietário, sim — ele afirmou com absoluta confiança. — Quando se convenceu que você não venderia o rancho, decidiu casar.


Precisava ir embora. Não poderia ficar ali, no meio da rua, sendo envenenada pela maldade daquele homem.


— Saia do meu caminho, Jones. Não quero mais ouvi-lo. —Tentei afastar-me, mas Buli segurou-me pelo braço.


Ele falava rápido. Suas palavras atingiram-me com mordacidade.


— Você estava disposta a casar com qualquer cara que aparecesse na sua frente, só para não perder seu rancho. Com o casamento, a Lyon ficaria definitivamente fora do páreo. No instante em que Herrera soube do seu anúncio, surgiu do nada e casou com você. Um golpe de mestre! Numa só tacada, ele conseguiu a garota e a terra, sem gastar um tostão furado.


— Ainda sou eu a proprietária do rancho. Não Alfonso.


— E mesmo? Talvez, ainda seja, por ora. Mas, por quanto tempo? Esses homens de negócio sempre acabam encontrando uma saída honrosa para contornar qualquer situação. E conseguem. Ao passo que, tudo o que você e sua avó conseguirão será um belo pontapé.


Depois disso, Buli Jones me soltou. Acendeu outro cigarro e se afastou. Continuei imóvel por um longo momento. Lentamente, voltei para a pick-up. Sentada na cabine, apoiei a cabeça no volante, refletindo sobre o que Buli Jones revelara.


Buli tinha todos os motivos do mundo para estar ressentido com Alfonso. Porém, tudo o que ele dissera fazia sentido. Tudo se encaixava, respondendo, de certa forma, às perguntas que nunca tive coragem de formular a Alfonso. E, mesmo que perguntasse, ele não teria respondido. Alfonso sempre quisera o rancho, de qualquer maneira. Nunca revelara o motivo.


Precisava pensar com clareza. Buli falara a verdade ou men­tira. Era muito simples. Só uma questão de descobrir.


Conrad Michaels! O nome surgiu naturalmente. Claro! Ele tinha amizades influentes. Poderia ajudar-me a descobrir. Liguei motor da pick-up, pegando o caminho de volta para casa. Telefonaria para Conrad. Ele me ajudaria.


Confiança cega, pensei com angústia. Como poderia confiar em Alfonso, se, de repente, o cavaleiro transformara-se em dragão?


Respirando fundo, disquei o número de Conrad. Depois de alguns toques, ele atendeu.


— Alô?


— Conrad? É Anahí. Tudo bem?


— Anahí, querida. Como vai?


— Bem, obrigada.


— Algum problema?


— Não, exatamente. Bem, estou curiosa a respeito de algo e creio que possa me ajudar.


— Claro, Anahí. — Conrad mostrou-se solícito demais. — Em que posso ajudá-la?


Eu batia o lápis na escrivaninha.


— É sobre... nosso empréstimo. O empréstimo para o rancho. Alfonso o conseguiu no banco em que você trabalhava? Como você já fizera o pedido antes... pensei que...


— Não, não foi com o nosso banco. Seu advogado insistiu para que Alfonso fizesse o empréstimo conosco, como parte do seu acordo pré-nupcial. Porém, eu soube que, logo depois do casamento, Alfonso conseguiu o dinheiro com uma financeira. Tudo perfeitamente legal.


— Mas estava tudo combinado com o seu banco.


— Sim.


Eu suspirei. Cheguei o momento da pior parte da conversa.


— Você sabe que financeira é essa?


— Anahí, o que é isso? Por que não pergunta a Alfonso?


Percebendo a tensão na voz dele, arrependi-me por tê-lo colocado numa situação tão delicada. Infelizmente, preci­sava saber.


—Estou perguntando a você, Connie — insisti, usando deliberadamente o apelido de família. — Quero ter certeza de que os pagamentos estão sendo saldados em dia. Que não estou em débito.


—  Entendo. — A voz soou cansada e envelhecida.


Fechei os olhos, odiando-me por envolvê-lo. Todavia, Conrad era a única pessoa a quem eu poderia recorrer.


— Como você está aposentado, imagino que esteja meio fora do circuito. Mas, imagino também, que tenha contatos que possam fornecer a informação. Desculpe por estar lhe pedido este favor. Jamais o incomodaria se não fosse tão importante.


— Claro. Vou fazer o possível.


— Você será discreto, não?


— Não se preocupe, Anahí. Serei discreto.


— Obrigada, Conrad. Você é uma grande amigo.


Despedimos. Desliguei o telefone, riscando o nome dele de uma lista que organizara. Estudando a folha de papel à minha frente, verifiquei o segundo nome da lista e o número. Essa ligação exigiria mais frieza. Determinada a descobrir a verdade, tirei novamente o fone do gancho e disquei. A telefo­nista atendeu de pronto.


— Lyon Enterprises. Com quem quer falar?


— Alfonso Herrera, por favor.


— Um momento.


Após um rápido silêncio, a secretária atendeu.


—  Felícia Cárter. Pois não?


Estremeci.


—  Desculpe. Pedi para falar com o escritório de Alfonso Herrera.


—  Sou a secretária do sr. Herrera. Quem quer falar com ele?


—  Ele está? — insisti


— Ele estará em reunião com a diretoria durante o dia inteiro. Posso transmitir-lhe o recado, se quiser.


Fechando os olhos, apertei o fone com força.


— Não tem recado. — De repente, mudei de ideia. — Espere. O cargo! Sim, qual é o cargo do sr. Herrera na empresa?


— Receio que terá que conversar com o sr. Herrera. — A voz de Felícia soou com uma ponta de suspeita. — Qual o seu nome, por favor?


Sem dizer mais nada, desliguei o telefone. Pronto. Uma parte da história de Buli Jones já fora verificada. Alfonso po­deria ser encontrado na Lyon Enterprises. Isso não significava necessariamente que tinha um escritório na companhia. Nem que trabalhava lá. E muito menos que fosse o proprietário da empresa. Repeti a si mesma que não era o caso de entrar em pânico. Conseguia reunir duas informações. Alfonso tinha negócios em Houston com a Lyon Enterprises e que a diretoria estava em reunião.



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O telefone tocou. — Alô? — Anahí? É Conrad. Pela relutância da voz dele, não foi difícil imaginar que Conrad não apreciara as informações. — Pode falar, Conrad. Estou preparada para tudo. — Não é nada definitivo — apressou-se em explicar. — Por isso, não ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 59



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  • maryangel Postado em 29/04/2015 - 06:34:35

    Ameiiiiiii *-*, me apaixonei por esse história!!Any grávida *-* kkkkkkk o anúncio mais lindo que li

  • valerynuness Postado em 06/12/2014 - 14:18:07

    Web perfeita como tds bella <3 amei

  • daninha_ponny Postado em 11/09/2014 - 17:04:59

    amei de paixão essa web,bjsss foi linda li em dois dias kkk

  • franmarmentini Postado em 19/05/2014 - 15:26:13

    ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii a fic* foi maravilhosa bjussssssssss ;)

  • franmarmentini Postado em 19/05/2014 - 14:12:15

    *-*

  • pamela.zf Postado em 19/05/2014 - 00:32:21

    Linda demais a fic, posta mais assim :D

  • camile_ponny Postado em 18/05/2014 - 23:03:21

    Oh acabou e eu nem tive tempo Pra ficar aqui comentando :/ Mas q droga! Haha mas olha foi muito linda adorei. Ótimo esse final! Baby ponny? Ah morri amo baby ponny cara sou apaixonada! Ah bella que droga agora vou ficar me lamentando por nao ter comentado :/ mas vc tbm né fazendo essa maratona ai é sacanagem né!? Kkkk mas sério boa mesmo agora vou ver se pelo manos eu consigo acompanhar a outra né!? :D ;)

  • micheleponny Postado em 18/05/2014 - 18:35:00

    Gostei muito,irei sentir saudades :/ bjos *-*

  • thaispaula_vondy Postado em 18/05/2014 - 17:42:09

    AMEEEEEEEI ;) VOU SENTIR SAUDADES.

  • micheleponny Postado em 18/05/2014 - 01:14:45

    ainn ansiosa pra amanha ainda mais com hot kkkk bjos postavuhd


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