Fanfics Brasil - Capitulo 19 Marido por encomenda (Adaptada) AyA

Fanfic: Marido por encomenda (Adaptada) AyA | Tema: Romance, Aya, Anahí e Poncho


Capítulo: Capitulo 19

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O telefone tocou.


— Alô?


— Anahí? É Conrad.


Pela relutância da voz dele, não foi difícil imaginar que Conrad não apreciara as informações.


— Pode falar, Conrad. Estou preparada para tudo.


— Não é nada definitivo — apressou-se em explicar. — Por isso, não se precipite nas conclusões. A companhia que concedeu o empréstimo é AH, Incorporation.


— AH, Incorporation? Como em... Alfonso Herrera, Incorporation?


— É... possível, suponho. Não consegui saber nada sobre o contrato de financiamento. Se você quiser mais detalhes, tenho o número do telefone da empresa, em Houston.


— Quero, sim. — Anotei o número.


— Avise-me, se precisar de ajuda — Conrad prontificou-se. —Esperava que... — Ele não finalizou a frase. Nem precisava.


— Eu também — disse com gentileza. — Obrigada, Conrad.


Despedimos. Eu não demorei para fazer a ligação se­guinte. Pedi pelo escritório de Alfonso e, mais uma vez, a telefonista colocou-me em contato com a secretária.


— Aqui é Felícia Cárter, da Lyon Enterprises


— Estou tentando me comunicar com o sr Herrera , por que... Creio que hoje ele está trabalhado aí, srta. Cárter.


Forçei um riso abafado.


— Que tola! Estou tão atarefada que devo ter feito alguma confusão na minha agenda. — Depois, num impulso acrescen­tou: — Não sei como o sr. Herrera consegue ser tão organizado.


— Deve ser muito difícil administrar duas grandes empresas.


— Sim, é difícil. Mas o sr. Herrera é um homem extraordinário. Só contrata os melhores profissionais do mercado. Delegação de poderes. Isso torna sua vida muito mais fácil. Um minuto, por favor. — ouvi um som de vozes conversando, antes de a secretária voltar à linha. — O assistente do sr. Herrera acabou de chegar. Quer falar com ele?


—  Kevin?


—  Oh, você o conhece?


Ignorei a pergunta.


—  Não é necessário. Afinal, não era nada tão importante assim. — A minha voz tremulou. — Obrigada pela ajuda.


Consegui agradecer, antes de desligar.Não consegui evitar que as lágrimas banhassem as minhas faces. Desprezava-me por ser tão fraca. Afinal, não era o fim de meus sonhos. Ainda tinha a avó e o rancho. Ainda tinha os empre­gados e Dreamseeker. Mas não era tudo. Queria Alfonso. Mais do que qualquer outra coisa, desejava o amor de Alfonso. Pior para mim, pois tudo o que Alfonso desejava era o rancho.


— O que aconteceu, Annie?


Rose entrou no escritório. Em silêncio, enxuguei as lágrimas, esforçando-me para manter as minhas emoções sob controle.


— Alfonso? — Rose perguntou. — Alguma coisa com ele?


— Não! Sim! — Cobri o rosto com as mãos. Não suportaria nova decepção. — Sua saúde está ótima, se é isso que você quer saber.


Rose se aproximou da escrivaninha.


— O que está errado, então?


— Alfonso é o proprietário da Lyon Enterprises. Isso é que está errado! — Soltei o meu corpo na poltrona. — Desculpe... Des­culpe. Não queria ter soltado a bomba assim...


— Alfonso é proprietário da Lyon Enterprises — Rose re­petiu. — Você está brincando!


— É verdade — confirmei com voz cansada. — Acabei de ligar para o escritório dele. Droga! O que faço agora?


— Vai conversar com ele, claro.


Conversar? — Perplexa, fitei a minha avó. — Dizer, por exemplo "Oh, Alfonso querido, você realmente se casou comigo para pôr as mãos no meu rancho?" Sim, por que foi só por isso que me pediu em casamento.


Rose colocou as mãos na cintura.


— Então, por que se comportar como se fosse vítima de uma grande traição? — argumentou. — Se, como você afirma com tanta convicção, Alfonso se casou apenas para se apossar do rancho, qual a diferença entre querer as terras para uma satisfação pessoal ou para comércio? Se você se casou com o proprietário da Lyon Enterprises, tenho a impressão de que a maior beneficiada nesta história toda é você mesma. Franzi as sobrancelhas.


— Desculpe. Não entendi.


— Você entendeu, sim. Pense em tudo o que lhe falei. Sabe o que Alfonso ganhou nessa... permuta? Muito trabalho, muitas preocupações e pouco lucro. Em compensação, já que ele é o proprietário da Lyon, você, além de salvar o rancho, conseguiu a Lyon, o Circle P. e tudo o mais que Alfonso tem reunido na manga do paletó. — Apontou o dedo em triste para mim. — Acima de tudo, você tem Alfonso. Sim, senhora. Realmente, isso me parece um bom negócio.


— Até ele conseguir os documentos do rancho e nos executar judicialmente. Depois, vem o divórcio e nós duas ficamos na rua da amargura.


Rose abriu os braços, num gesto de impaciência.


— Você é realmente uma criança tola, Anahí. Por que não levanta dessa cadeira, pega o carro e vai para Houston? Converse com ele. Abra o jogo. Fale de suas dúvidas. Insista para que conte o motivo pelo qual se casou com você. Esclareça tudo, Annie Não fique aí, chorando pelos cantos. Vá à luta!Você nem parece uma Portilla!


— Já sei o que Alfonso...


— Ele afirmou ter casado com você por causa do rancho? — Rose insistiu. — Ou é apenas uma suposição?


Desorientada, Rose movimentou a cabeça.


—Não sei. Não me lembro. Não creio que ele tenha afirmado. Todas às vezes em que toquei no assunto, ele se retraiu.


—Como se tivesse sido insultado. É isso? Ora, eu também me sentiria insultada.


—Por quê? — questionei. — Se foi por isso que nos casamos. Não é segredo para ninguém. Por mais que você queira enfeitar o pavão, vovó, eu me casei por interesse e não por amor. Alfonso também. Bobagem negar.


— Você está certa, querida. Um homem tão rico, poderoso, inteligente, bonito, precisava mesmo sacrificar sua vida e sua liberdade apenas para se apossar de um rancho pequeno no Texas. — Suspirou. — É, me parece razoável.


Mordi o lábio.


—Ora, vovó. Pare de defender Alfonso. Você está me confundindo.


— Otimo. Agora, ao ataque. Você o ama?            


Só havia uma resposta possível para aquela pergunta tão objetiva. Eu não via razão para esconder a verdade da minha avó.


— Sim — afirmei sem hesitar. — Mais do que tudo.


O rosto de Rose se iluminou com um sorriso de satisfação.


— Isso é tudo que você precisa lembrar. Aqui estão as chaves da pick-up. Jogue algumas roupas na mochila, pegue sua bolsa e... pé na estrada, garota. Vejo-a amanhã. Ou depois... Não importa. Vá para o aquele apartamento de Alfonso, em Houston, e providencie alguns bebés. Estou ansiosa para ser bisavó. Rápido. Você me ouviu, Annie?


— Claro que ouvi. Pelo seu tom de voz, creio que Inez, suas crianças e, pelo menos, metade dos empregados também ouviram.


Obedeci às ordens da minha avó sem protestar. Com as chaves da pick-up nas mãos, subi até o quarto, arrumei uma valise e, antes que mudasse de ideia, seguiu para Houston.


Durante o trajeto, por várias vezes pensei em voltar. Al­guma coisa, porém, impulsionava-me para frente. De alguma forma, obteria as respostas que tanto busquei, independente de gostar ou não. Talvez, até convencesse Alfonso a dar uma chance para nosso casamento. Afinal, o amava e estava dis­posta a lutar pelo seu amor.


Devido à tensão, que crescia a cada momento, perdi o caminho, por duas vezes. Finalmente, cheguei ao prédio da Lyon Enterprises. Estacionei a pick-up e segui direto até à mesa dos seguranças. Apresentei o documento.


—  Anahí Herrera — identifiquei-me ao guarda. — Sra. Anahí Herrera. Vou encontrar meu marido.


—  Pois não, sra. Herrera. Vou avisá-lo de sua chegada.


—  Não, por favor. — Presentei-o com um sorriso amável.  — Gostaria de fazer uma surpresa.


O vigilante hesitou por um momento. Depois, concordou.


—  Certo. Pode subir, senhora.


—  Obrigada.


Com uma calma que estava longe de sentir, tomei o ele­vador, descendo no andar da diretoria. Dessa vez, não havia uma secretária à minha espera. Olhei de relance para minhas rou­pas, arrependendo-me por não tê-las trocado. Jeans e camiseta de algodão não pareciam muito apropriados para uma visita à sede da Lyon Enterprises.


Com passos lentos, atravessei o corredor deserto. Esperava ser interceptada a qualquer momento. Alguém chamaria a se­gurança ou...Alfonso. Sem olhar para os lados, segui para a sala de reuniões. Se tivesse que ser expulsa do prédio, pelo menos, que fizesse por merecer.


Apenas alguns passos da sala, apareceu o primeiro obstáculo.


— Posso ajudá-la? — a mulher alta, de aparência impecável, perguntou.


— Não. — continuei a caminhar, sem lhe dar atenção.


A mulher me acompanhou, colocando-se na porta da sala de reuniões.


— Sou Felícia Cárter — apresentou-se. — E, você quem é?


— Estou com pressa. Desculpe. — Forçando a passagem coloquei a mão na maçaneta.


Felícia foi mais rápida. Segurou a minha mão, impedindo-me de abrir a porta.


— Muito prazer, srta...?


— Anahí.


— Anahí. — Felícia apertou a minha mão com dedos de ferro. — Se nos dizer com quem deseja falar e esperar naquela sala, poderemos resolver seu problema.


—  Nós agradecemos pelo interesse. — olhei na direção que Felícia indicava.


Quando a secretária fez menção de conduzir-me, abri rapidamente a porta da sala, fechando-a diante da secretária estupefata. Tranquei-a.


— Superado primeiro obstáculo — resmunguei, virando-me para a mesa de reuniões.


Horrorizada, constatei que, ao redor da mesa, havia, pelo menos, o dobro de pessoas do que a primeira vez que ali entrara. Todos os presentes me fitavam estarrecidos, como se eu tivesse caído de um disco voador. Sentado na cabeceira da mesa, estava Alfonso. À sua direita, Buddy Peterson.


— Não precisa ficar embaraçada. — A voz de Alfonso, gentil, mas, estranhamente ameaçadora, quebrou o silêncio da sala. — Venha cá.


— Ok.


Por um longo momento, nossos olhares se encontraram. O olhar de Alfonso, implacável e distante. E o meu uma mistura de desafio e medo.


O telefone ao lado de Alfonso tocou. Ele atendeu.


— Sim, Felícia. Ela está aqui. Calma. Cuido disso. — Des­ligou e se dirigiu à diretoria. — Senhoras. Senhores. Minha esposa. — Murmurinho geral. Depois de um alguns minutos de tensão, Alfonso perguntou: — O que poderemos fazer por você, Anahí?


Eu tremi ligeiramente. Durante o trajeto, não ensaei esse parte da cena. Fitei-o, meio insegura.


— Eu queria... — Respirei fundo. — Eu quero saber se você tem alguma coisa para me contar.


Alfonso estreitou os olhos. Ajeitou-se na poltrona.


— Não. E, você? Tem alguma coisa para me contar?



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Alfonso estava mesmo disposto a não revelar quem real­mente era. Preveni de que ele nunca explicaria nada a seu res­peito. Contudo, deveria imaginar que, se eu fui até Houston procurá-lo, era porque, no mínimo, desconfiava de algo. Alfonso deveria saber que as cartas estavam na mesa. Contra ele. De repente, eu me conscientizei de que, ape ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 59



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  • maryangel Postado em 29/04/2015 - 06:34:35

    Ameiiiiiii *-*, me apaixonei por esse história!!Any grávida *-* kkkkkkk o anúncio mais lindo que li

  • valerynuness Postado em 06/12/2014 - 14:18:07

    Web perfeita como tds bella <3 amei

  • daninha_ponny Postado em 11/09/2014 - 17:04:59

    amei de paixão essa web,bjsss foi linda li em dois dias kkk

  • franmarmentini Postado em 19/05/2014 - 15:26:13

    ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii a fic* foi maravilhosa bjussssssssss ;)

  • franmarmentini Postado em 19/05/2014 - 14:12:15

    *-*

  • pamela.zf Postado em 19/05/2014 - 00:32:21

    Linda demais a fic, posta mais assim :D

  • camile_ponny Postado em 18/05/2014 - 23:03:21

    Oh acabou e eu nem tive tempo Pra ficar aqui comentando :/ Mas q droga! Haha mas olha foi muito linda adorei. Ótimo esse final! Baby ponny? Ah morri amo baby ponny cara sou apaixonada! Ah bella que droga agora vou ficar me lamentando por nao ter comentado :/ mas vc tbm né fazendo essa maratona ai é sacanagem né!? Kkkk mas sério boa mesmo agora vou ver se pelo manos eu consigo acompanhar a outra né!? :D ;)

  • micheleponny Postado em 18/05/2014 - 18:35:00

    Gostei muito,irei sentir saudades :/ bjos *-*

  • thaispaula_vondy Postado em 18/05/2014 - 17:42:09

    AMEEEEEEEI ;) VOU SENTIR SAUDADES.

  • micheleponny Postado em 18/05/2014 - 01:14:45

    ainn ansiosa pra amanha ainda mais com hot kkkk bjos postavuhd


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