Fanfic: Olá, Coração! | Tema: Ponny, RBD

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Eu sorri com minhas lembranças. Era como se ao lembrar dela, a pudesse sentir. Seu cheiro preenchia minhas narinas. Aquele perfume floral e doce que ela tanto gostava. O avião pousou e logo Amélia acordou.
- já chegamos? - ela perguntou sonolenta.
- sim querida...- eu sorri levemente. Logo já estávamos fazendo nosso desembarque e nos preparando para pegar o carro que já nos esperava.
- e então, para onde iremos? Direto para o hotel? - ela me perguntou, extremamente animada. Uma animação que eu não tinha e de verdade me inveja a ver assim.
- sim, primeiro para o hotel e depois jantaremos com meus pais. Eles chegaram há dois dias e já se instalaram em nossa antiga casa que ficara alugada durante esses anos. - eu falei calmamente para Amélia.
- querido...- ela mordeu o lábio inferior pensativa- por que não ficamos na casa de seus pais ? Ela é grande não? Eu adoraria conhecer a casa que cresceu e viveu grande parte de sua vida...Bom, pelo menos até acharmos uma para nós!- eu suspirei. Não esperava por aquilo. 
- eu só achei que ficaríamos mais à vontade em um hotel meu amor, mas se acha melhor ficarmos lá. Sem problemas, assim será feito. Passamos esta noite no hotel e depois arrumamos tudo para ir para a casa de meus pais, combinado? - ela assentiu freneticamente e então depositou um selinho rápido em minha boca.

- oh, estou tão animada! Mal vejo a hora de conhecer seus amigos que tanto fala... Sua antiga casa. A onde estudou...Tudo! Absolutamente tudo e todos! - aquelas palavras ecoavam em minha mente. Tudo e todos. Todos. Isso inclui ela. A peça mais importante de minha vida. A parte mais importante do meu passado. Eu voltei a admirar a janela do táxi, encarando tudo. Como ela estaria? Será que seu perfume era o mesmo? E seus cabelos loiros, ainda eram compridos? Sua risada ainda era a mais contagiante do mundo? E seu sorriso, o mais belo? Eu meneei a cabeça. Eu descobrira tudo isso. Talvez mais em breve do que esperava. 
Chegamos ao hotel e deixamos nossas coisas. Nos instalamos brevemente e logo nos encontramos com meus pais para o almoço. 
Marcamos em um restaurante perto do hotel mesmo, já que eu e Amélia estávamos extremamente cansados devido à longa viagem. Na verdade, eu estava cansado. Amélia estava radiante.
- filho! Querida... Fizeram boa viagem? - mamãe nos cumprimentou
- sim, sim...Muito boa mamãe. Pai...- eu o cumprimentei apertando sua mão. Logo nos sentamos-se à mesa reservado por eles e já encarávamos o menu para escolhermos nossos pratos. 
- ah, estou tão feliz em estar aqui! E tão animada...Quero conhecer todos o mais rápido possível - ela dizia sorridente para minha mãe.
- pois acho que começaremos bem então! - mamãe disse contente, fechou o cardápio e me encarou.- filho, sabe com quem falei hoje ao telefone? - eu neguei
- não mãe... Com quem? - ela fez alguns segundos de silencio.

- Marichelo! - exclamou por fim e na mesma hora eu larguei o cardápio e voltei minha total atenção para ela. Eu piscava freneticamente - e não sabe! Vamos jantar todos juntos, amanhã á noite! O que acha? - ela bateu palminhas contente. 
- eu...Quer dizer... - eu passei as mãos por meu cabelo de forma nervosa. Eu não estava preparado para aquilo. Eu não sabia o que pensar. - todos...- eu disse quase sem voz.
- sim meu amor. Eu, você, seu pai, sua mulher... Mari, Henrique...E claro Anahí...- meu coração disparou. Eu senti minha respiração acelerada. - Algum problema, querido? - eu neguei com a cabeça. Teria algum problema? Eu não sabia responder. Só passava por minha mente uma coisa. Eu encontraria Anahí. E seria amanhã à noite.
- eu vou lá fora...Aqui está muito quente... - falei levantando da mesa
- não vai fumar, não é? Você prometeu parar...- Amélia segurou levemente em meu braço. Eu iria fumar, precisava. Eu suspirei e ela revirou os olhos. Logo me soltou e eu fui para fora do restaurante. Chegando ao lado de fora senti a leve brisa que batia naquele dia ensolarado. Retirei minha carteira de cigarros de dentro do bolso e acendi um. Traguei rapidamente e me permiti soltar a fumaça lentamente, fechando meus olhos por um breve instante. Um instante breve, porém suficientes para mais lembranças me invadirem mais uma vez.

A praia estava vazia, a não ser por um casal que pegava sol em uma canga estendida e um senhor que lia um livro qualquer. Ela estava deitada na areia, com a cabeça em meu colo e eu acariciava seus longos cabelos loiros enquanto admirava as feições de seu rosto. Era tão bela que parecia um anjo. E era exatamente por esse motivo que lhe dera esse apelido. Ela abriu os grandes olhos azuis e me encarou. Eu sorri. Era completamente inevitável não sorrir ao admirar aqueles olhos tão intensos. 
- eu poderia ficar aqui toda minha vida... - ela falou e eu continuei a passar meus dedos por entre seus cabelos - amo seus carinhos. Amo esse cheiro de mar. Amo estar com você. - ela sorriu abertamente - amo você. 
- eu também te amo anjo...- ela então se sentou e encarou meus olhos. 
- me ama quanto? - seus olhos estavam semicerrados e sua expressão um pouco mais séria.
- não sei te dizer, porque talvez não caiba em palavras...E você? Me ama quanto? - ela sorriu
- infinitamente infinito está bom para você? - eu ri brevemente
- acho que sim...Se isso durar para sempre...- ela então encostou sua testa na minha e sorriu. Eu amava quando ela fazia isso. 
- sim, para sempre...- eu toquei seu rosto brevemente fazendo um carinho leve e ela voltou a deitar em meu colo. Fechou seus olhos com um leve sorriso nos lábios e eu voltei a tocar em seus cabelos. 

...
Eu abri os olhos e pisquei algumas vezes. Terminei o cigarro em uma ultima tragada e o joguei fora. Eu precisava vê-la. Definitivamente.

Bom gente, até amanhã e comentem!