Fanfic: Olá, Coração! | Tema: Ponny, RBD

México, 23 de março de 2011 - Anahí. 

-Eu ainda não acredito que está aqui comigo...- ele falou em meio aos meus cabelos. Nós ainda permanecíamos abraçados. 
- eu também não. Parece um sonho. Um sonho que tive tantas noites...- eu falei simplesmente, com o meu rosto enterrado em seu pescoço. Me inebriando com seu cheiro. Foi então que ele me soltou de forma devagar e encarou meus olhos. 
- seu cabelo...- ele passou sua mão por ele, por toda extensão de forma leve. E sorriu. 
- não gostou? - eu dei de ombros, como uma menina boba.
- não. Não é isso. Eu adorava meu anjo de cabelos loiros, mas realmente não sabia que conseguiria ficar mais linda do que já era. - eu senti minhas bochechas ficarem vermelhas e quentes. Sim, depois de tantos anos eu estava corada. 
- olhe pra você gatito! - eu o olhei rapidamente - é um homem já! Está mais lindo do que nunca... - eu falei sem qualquer medo. Afinal, era meu melhor amigo que estava em minha frente. Aquele que compartilhei os momentos mais íntimos e maravilhosos de minha vida. 
- Anny...- seu tom ficou sério - eu realmente não quero estragar esse momento, mas...Precisamos conversar. Sobre tudo. - eu suspirei. Ele estava certo. Meu olhar ficou triste. Eu sabia que esse momento chegaria a partir do dia em que soube que Alfonso estava voltando para o México.

Ele então segurou em meu queixo e me fez encará-lo. - mas o que acha de deixarmos essa conversa para amanhã, em um almoço talvez... - ele deu de ombros - e hoje, fingirmos que isso é apenas um sonho. Eu adoraria voltar alguns anos atrás e me sentar com você aqui no farol. Sei que não temos mais o por do sol, mas podemos esperar pelo amanhecer...- e eu abri um enorme sorriso. O maior deles.
- seria perfeito. Mas só se ficarmos abraçados...Como antigamente. E bom...Se me fizer aquele cafuné delicioso e que senti tanta falta. - ele sorriu terno. E então me puxou para baixo. Nós nos sentamos. Ele me envolveu em seus braços e eu apoiei minha cabeça em seu ombro. Sua mão começou a tocar em meu cabelo de uma forma leve e delicada. E eu simplesmente me deliciei com aquilo. Abracei seu corpo, agora grande e musculoso e me permiti desfrutar por completo daquele momento em que estava vivendo. 
E os segundos passaram, os minutos e as horas também. E tínhamos tanta coisa para falar, mas não conseguimos falar sobre elas. Na verdade, não precisávamos naquele momento. Apenas a presença um do outro já era suficiente, já valia por mais de um milhão de palavras que poderiam ser ditas.
- eu sonhei com isso todas as noites desde sua partida. Sonhei com sua volta. Sonhei em como você estaria. Como estaria sua vida. Sonhei que sentia minha falta. Sonhei com sua voz. Com seu rosto...- eu então encarei os olhos de Alfonso, quebrando o silencio entre nós.
- eu fiz mais do que sonhar. Eu estava acordado quando pensava em tudo isso anjo. Eu vivia por você. Vivia pensando que estava me olhando e torcendo por mim, como sempre fez. Eu nunca te esqueci. Nem um segundo. Você sempre foi o meu farol. - ele então mexeu-se e pegou minha mão levemente. Foi nesse momento em que ele levantou sua calça e depositou minha mão sobre sua perna. Eu olhei para onde tocava e então eu vi a tatuagem - o meu Farol. Ainda se lembra? Você esteve comigo todo esse tempo...- eu abri um enorme sorriso. E meus olhos foram tomados por lágrimas. Lágrimas agora de pura alegria. Ele não me esquecera. Eu então voltei a olhar dentro de seus olhos. Peguei a mão dele desta vez e a puxei. 
- a minha respiração... O meu ar. Breathe. - o fiz tocar em meu pulso e o vi piscar algumas vezes - nós cumprimos a nossa promessa afinal de contas...
- a de nunca nos esquecermos... - e nós simplesmente nos encaramos. Sentados em meio ao farol. Em meio à revelação que sempre estivemos juntos, mesmo que separados. Que sempre estivemos presentes, da maneira que fosse. E que as promessas feitas na infância e na adolescência foram reais. Foram concretizadas. Eu toquei em seu rosto e acariciei, olhando cada feição de Alfonso. O engraçado era que apesar de estar tão diferente, eu ainda enxergava o meu Poncho ali. O garoto que compartilhei momentos inesquecíveis e íntimos. Dentro de seus olhos eu enxergava as lembranças de uma vida. De nossa vida juntos. Ele pegou em minha mão e a beijou. Eu encostei minha testa na dele e sorri. Ele sabia o que eu iria fazer. Eu esperava por esse momento e ele também. Foi então que passei meu nariz no dele levemente, de um lado para o outro. E nós rimos. Daquela maneira que só nós dois sabíamos. 
- eu amo você. Não quero nunca mais ir. Não quero nunca mais te deixar. Eu não suportaria uma segunda...- eu então o calei com meus dedos.
- shiu...Nem pense nisso. Até porque eu nunca mais te deixarei ir. Eu te amo...Meu melhor amigo.
- minha melhor amiga...Para sempre.
- para sempre...- e ele tomou meu rosto em suas mãos e elevou seu próprio rosto, tocando minha testa com seus lábios e deixando um beijo ali. Um beijo protetor, cúmplice e principalmente amoroso. Porque era isso que sentíamos. Amor. Da maneira mais pura e bela que alguém poderia sentir.

Gente, obrigada por comentarem e esperarem pela Olá, coração! É um prazer pra mim, siiim... E bem vinda a mais nova leitora!

Não eles NUNCA se sentiram apaixonados, praa eles isso era amor de irmãos, mas vamos ver quando eles irão perceber né!? kkk