Fanfic: Olá, Coração! | Tema: Ponny, RBD

México, 24 de março de 2011 - Anahí

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Eu andava de um lado para o outro em minha sala do atelier. Eu não havia conseguido pregar o olho depois de tudo o que havia acontecido. Não era possível, não podia ser realidade aquilo. Eu tinha reencontrado Alfonso em meio ao farol. Tínhamos nos abraçado, visto o nascer do sol juntos. Eu senti seu cheiro, seu toque acolhedor e vi seu sorriso. Definitivamente era algum tipo de brincadeira, e de muito mau gosto por sinal. Eu pensei que o odiava, que ele me odiava. Eu pensei que não o queria mais em minha vida, que havia posto um fim em tudo. Bom, pelo visto, pensei errado. Extremamente errado. 
- Bom dia meu amor, madrugou hoje? - eu ouvi a voz doce de Maite ecoar pela sala e então me virei abruptamente pra ela. - Anahí, o que houve? Você não está com uma cara nada boa... Você está com olheiras? Espera! Você dormiu Anahí? - ela olhou os três copos de café vazios em cima da minha mesa e depois encarou meus olhos novamente. Eu levei uma mão à boca, roendo mais uma unha. 
- você não sabe o que aconteceu... Na verdade, nem eu sei o que aconteceu! - eu levantei as mãos para logo em seguida soltar meus braços ao lado de meu corpo. - Maite... - eu então me aproximei dela. Eu segurei em seus ombros e olhei dentro de seus olhos.
- você está me assustando. Me diga que está tudo bem Anahí...- sua voz saiu rouca e eu pisquei algumas vezes.
- eu... Eu encontrei Alfonso, Maite. Encontrei Alfonso no farol ontem à noite...

- você encontrou... Você encontrou com ele? Oh! - ela levou uma mão à boca, mas não demorou dois segundos para abrir o maior sorriso do mundo - meu deus Anahí! Isso é maravilhoso! Não posso acreditar...Como foi? Conte-me tudo! Por favor, por que esta assim? Era para você estar mais do que feliz! - ela exclamou e seus olhos brilhavam.
- eu... Eu só estou atordoada. Ainda não acredito em tudo o que vivi noite passada. Maite, diga-me que estou acordada, eu preciso disso... - ela então gargalhou gostosamente. 
- sim amiga você esta mais do que acordada. Alfonso está no México e vocês se encontraram, bom... Pelo menos é o que esta me dizendo! E eu não duvido de nada, ele ligou para todos nós ontem mesmo, avisando de sua chegada... - eu então senti meus olhos marejados - querida, você esta bem? Venha... - ela me puxou pela mão e me fez sentar no pequeno sofá de dois lugares que ficava perto de minha mesa de trabalho. - me conte Anny, me conte tudo...Como foi? O que você sentiu? - eu mirei o nada por alguns instantes e então voltei a encarar Maite em minha frente.
- foi simplesmente... Incrível! - e pela primeira vez, depois de tudo aquilo, eu me permiti sorrir ao relembrar o que vivi - eu pensei que o odiaria Maite, que não o queria mais por perto ou não sei, que talvez ele não fizesse diferença... Mas, eu estava completamente errada. Eu preciso dele. Preciso do meu melhor amigo de volta. Eu o amo...- ela sorriu abertamente.
- você foi à única que não enxergou isso durante todo esse tempo, sabia? É uma boba e agora, bom... Agora você tem mais uma chance. Uma chance única Anahí, de viverem finalmente a historia de vocês... Vocês foram feitos um para o outro... - ela sorriu amavelmente e eu arqueei uma sobrancelha. 
- um para o outro? - eu repeti a frase dela, e Maite gentilmente ajeitou uma mecha de meu cabelo atrás de minha orelha.

- Anny, o amor de vocês ultrapassa a amizade, sempre ultrapassou. E o destino esta mostrando isso para vocês, mostrando que precisam ficar juntos! - eu pisquei algumas vezes. 
- esta louca? Eu e Alfonso sempre fomos amigos. Apenas isso Tita! Todos sabem disso! E estou feliz de ter meu amigo de volta, nada mais do que isso...- ela suspirou
- tudo bem, não vamos entrar nesse assunto, ok? Por que não me conta como tudo aconteceu? Você sabe que quero ouvir os mínimos detalhes...- eu então voltei a sorrir e prontamente comecei a contar tudo. Desde o momento em que vi Alfonso até nossa despedida. E, finalmente, contando tudo para Maite, eu conseguia enxergar que aquilo talvez não fosse um sonho. 

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México, 24 de março de 2011 - Alfonso
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- Já decidiu a onde vamos almoçar hoje, meu amor? - Amélia terminava de arrumar suas roupas no guarda roupa no quarto de hóspedes da casa de meus pais e eu ainda tentava dar um jeito de contar a ela tudo o que havia acontecido noite passada. Uma missão quase impossível, mas que agora, não havia como escapar. 
- querida... Sobre isso. Pode vir aqui um minuto? - eu bati minha mão na cama de casal a chamando para se sentar ao meu lado.
- o que houve? - ela enrugou a testa - parece preocupado. Na verdade, desde a hora em que acordei e decidimos vir para cá, do hotel, você esta inquieto e um tanto calado. Há algo acontecendo, Alfonso? - eu suspirei. 
- não é nada Amélia... São as mudanças, estão acontecendo rápido demais. Apenas isso. - eu tentei sorrir - agora sobre o almoço... Eu, bom, eu... - ela me olhou me incentivando - eu entrei em contato com uns amigos e gostaria de almoçar com eles. Você se importa? - ela sorriu
- é isso que está te preocupando querido? É claro que não! Vá... Reveja seus amigos, eu irei sair para fazer umas compras. Jantamos juntos, combinado? - ela sorriu amavelmente e aproximou seus lábios dos meus depositando um leve selinho.

- então vou me arrumar... E obrigada querida! - eu me levantei da cama e parti para o banheiro para tomar um banho rápido e começar a me vestir. Eu não poderia contar a verdade a Amélia. Eu não sabia o motivo de me sentir assim, mas simplesmente sentia que não era o certo. Eu não menti, eu apenas omiti alguns fatos. Eu iria almoçar com uma amiga, eu apenas não contei que essa amiga era Anahí. E que seria só com ela. Suspirei e entrei debaixo da ducha fria. Anahí...Eu não conseguia deixar de pensar nela em um só segundo. Seus cabelos não eram mais loiros, mas seu sorriso ainda era o mesmo. Eu sentia tanta falta dela. E agora eu estava aqui, prestes a encontrá-la mais uma vez depois da noite passada. Eu sorri, foi inevitável.