Fanfic: Olá, Coração! | Tema: Ponny, RBD

México, 24 de março de 2011. - Anahí
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Nós já havíamos voltado do nosso breve passeio no parque e agora estávamos sentados em uma mesa posicionada no canto em nosso restaurante favorito. Depois de toda aquela tentação inicial e da conversa um tanto dramática, conseguimos relaxar e agora batíamos um descontraído papo enquanto esperávamos nossos pedidos chegarem.
- então quer dizer que conseguiu se tornar uma estilista famosa? Quando vai me levar para um de seus desfiles em Paris? - eu revirei os olhos divertida.
- não exagere! Bom, tenho meu atelier e consegui certo nome... Mas ainda tenho muito pela frente Pon. Paris está um pouquinho longe... - eu ri e ele segurou em minha mão.
- eu sabia que iria conseguir. Você sempre foi determinada e muito capaz.- ele sorriu docemente e eu assenti sorrindo com sua sinceridade.
- mas e você? Não me contou ainda no que trabalha e principalmente porque decidiu voltar agora pro México. Deve ter algo interligado, certo? - ele assentiu e soltou minha mão.
- Bom, eu meio que segui meu sonho de adolescente também. Fiz a faculdade de engenharia e me especializei no ramo de edificações. Eu abri uma empresa em Londres, ela começou bem pequena, mas com o passar dos anos ganhou nome e então consegui expandi-la. E você tem razão, está interligado. Eu consegui montar uma filial no Brasil e na Espanha e então surgiu a oportunidade de abrir uma aqui no México...E eu, aceitei. - ele deu de ombros e eu juntei as sobrancelhas criando um vinco entre elas.
- mas você não se mudou para o Brasil ou para a Espanha para abrir suas filiais... Porque decidiu voltar para cá e realmente se mudar? - ele sorriu abertamente.

- você sabe o motivo. Eu nunca quis ir, anjo. Volto a repetir... - eu respirei fundo e continuei a encarar seus olhos. Ele tinha voltado... Talvez... Por mim? Não. Era tolice. Eu balancei a cabeça para me desvencilhar desse pensamento bobo.
- então quer dizer que agora você é rico? - ele riu gostosamente.
- Não sei se sou rico, mas tenho uma boa vida. - ele bebeu um pouco da água de seu copo 
- aposto que as mulheres devem amar isso. Alfonso Herrera o engenheiro bem sucedido! - eu sorri brincando com ele e então ele ficou sério de repente. - o que foi?
- eu não sei se as mulheres “amam” isso... Eu bem... - ele passou a mão no cabelo. Estava nervoso. Ele só fazia isso quando estava realmente nervoso. - eu sou meio que casado... - eu então engasguei com a minha própria água que tentava engolir. - Anahí, você esta bem? - eu tossia freneticamente. 
- casado? Você é casado? - eu não conseguia imaginar isso. Alfonso casado. Não. Não podia ser...Eu tentei respirar fundo e consegui conter minha tosse.
- como eu disse... Meio que casado. Não sou casado no papel ou até mesmo na igreja. Eu me “juntei”, mas nada oficial. Estamos juntos a 1 ano...O nome dela é Amélia. - Amélia. Nome de prostituta. Anahí pare! Agora! Tente não parecer se importar tanto afinal. Ele seguiu sua vida. Ou seja, as questões amorosas também seguiram. 
- por que não se casou convencionalmente? - eu perguntei tentando mostrar um tom informal. Espero ter conseguido.
- eu... Não sei. Só não me parecia certo. Apenas isso. 
- mas você a ama? - ele piscou algumas vezes antes de responder. Longos segundos passaram-se até surgir sua resposta.
- sim. - curto e grosso. Eu suspirei. 
- acho que é isso que importa... - eu dei de ombros. Casado. Alfonso estava casado. Por deus. Acho que a ficha não estava caindo ainda.
- e você? - eu o encarei. Ele estava perguntando sobre minha vida amorosa? - como anda o coração? - sim. Estava.
- eu estou noiva... É... Noiva... - eu repeti, mas para mim mesma no que para ele.

- hum... Entendo. - ele desviou seus olhos dos meus. 
- o nome dele é Luca. Estamos juntos há pouco mais de 1 ano também... O casamento será em dezembro. - eu falei de forma baixa e comecei a brincar com um guardanapo em cima da mesa.
- ah...- ele emitiu um som desanimado - E você o ama? - eu então parei o que estava fazendo e encarei seus olhos. Eu respirei fundo. Mais segundos. 
- sim. - respondi como ele. Eu então mordi meu lábio inferior, estava me sentindo desconfortável com aquela conversa. Eu nunca havia me sentindo assim antes com Alfonso, mas agora... Tudo parecia diferente em relação a esse assunto. Meus pensamentos foram interrompidos com a chegada da garçonete com nossos pratos. Ela nos serviu e logo começamos a comer em silêncio. Provavelmente mediante aquelas revelações. 
- isso aqui está mesmo delicioso. Senti muita falta dessa comida... - ele falou de boca cheia e eu ri, quebrando aquele silencio inconveniente. 
- eu não saberia viver sem comida mexicana. - eu mordi um pedaço de meu taco. - hey... - eu chamei sua atenção e ele me olhou, ainda comendo - você já falou com algum de nossos amigos? - Poncho pegou um guardanapo e limpou sua boca rapidamente antes de falar.
- pensei em ligar para todos essa tarde novamente. Liguei ontem, assim que cheguei só para dar a notícia. Estou muito ansioso para vê-los. Sinto muita falta de todos... - eu sorri 
- eles também sentem de você. Mesmo que eu quisesse esquecê-lo eles não deixariam... Ao longo desses anos, pode acreditar, você sempre foi mencionada em todas as conversas... - ele me olhou sério.
- “mesmo que eu quisesse esquecê-lo” não gosto dessa frase. - um vinco se criou em sua testa e eu empurrei suas mãos levemente, brincando com ele.
- é só um jeito de falar seu bobo! Eu nunca esqueceria você... - sua expressão se suavizou e o clima voltou a ficar tranqüilo. - o que acha de sairmos todos juntos na sexta à noite? Eu, você, Dulce, Christopher, Christian e Maite? Aposto que eles irão adorar a idéia! - ele sorriu animado

- acho ótimo! Vou ligar para todos hoje e marcar, o que acha? 
- perfeito! Só me avise o horário...
-isso quer dizer que agora só nos veremos sexta à noite, anjo? 
- é o que você quer? 
- o que eu quero é passar 24 horas ao seu lado. É possível? - eu gargalhei abertamente. 
- 24 horas? Tudo bem... Mas não sei se vou suportar o seu ronco na hora de dormir! - ele tacou o guardanapo em mim.
- quem disse que eu ainda ronco? 
- velhos hábitos nunca mudam baby! - eu pisquei pra ele de forma brincalhona e ele riu gostosamente. Sim, nós estávamos de volta. Os amigos bobos, brincalhões e que se divertiam com pouco. Eu não precisava de mais nada. Mais nada, além disso.

Gente, hoje não vou responder os comentarios e só irei postar 1 hoje, tô um pouco doente e minha cabeça ta explodindo!

beijos, até amanhã e comentem!