Fanfic: Olá, Coração! | Tema: Ponny, RBD

México, 25 de março de 2011 - Alfonso

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Quando Anahí abriu a porta e eu me deparei com aquela imagem, simplesmente fiquei em choque. Ela estava linda. Não que ela não fosse... Anahí sempre foi uma das meninas mais bonitas do colégio e do bairro e isso sempre me causou extrema dor de cabeça por ter que cuidar de todos que se aproximavam dela, mas agora... Ela era uma mulher. Uma mulher deslumbrante. Eu levei alguns segundos até conseguir falar algo e parecia que ela também. Eu respirei fundo e comecei a caminhar pela sala de seu apartamento enquanto a esperava terminar de se arrumar. Era um apartamento muito bem decorado e com o toque de doçura dela. Me prendi na grande moldura de porta retratos dependurados em uma parede. 
Havia diversas fotos. Anahí com nossos amigos, com seus pais, ela sozinha e uma em especial... Uma de quando devia ter seus 15 anos. Seus cabelos loiros e compridos em contraste com seus enormes olhos azuis quase cobertos por sua franja. Ela sorria abertamente e de forma espontânea, com aquele jeito que só ela tinha. Eu passei meu dedo levemente ali, como se precisasse tocar na imagem para voltar a anos atrás.
- você realmente sente falta dos meus cabelos loiros não é? - ela surgiu ao meu lado colando um brinco em sua orelha. Eu sorri.
- eu só... Eu queria poder voltar no tempo. Viver tudo aquilo de novo...- eu me virei pra ela - eu era muito feliz... Assim como você. - ela sorriu
- nós somos felizes Poncho. Só que de uma maneira diferente... Uma maneira mais adulta... - ela deu de ombros e eu me aproximei, encarando seu rosto. Seu rosto de anjo. Eu então levantei minha mão de forma lenta e passei por seus cabelos, meus dedos se prendendo em alguns cachos grossos que corriam ao redor de seu rosto.

- eu gosto deles assim... Eu gosto de qualquer forma. - eu toquei em seu rosto e o acariciei - não importa a cor do seu cabelo, não importa o tamanho ou que quer que seja... - com meu polegar fiz um carinho breve em sua bochecha e o sorriso dela desapareceu. Seus lábios estavam entreabertos e eu senti sua respiração. Nossos rostos estavam próximos - seu sorriso está aqui ainda. Seus olhos ainda são os mais lindos que já vi. Você ainda é meu anjo... - eu falei de forma baixa enquanto encarava os olhos dela, que permaneciam firmes aos meus. De repente uma corrente elétrica passou por meu corpo e a sala adquiriu uma atmosfera mais densa. Nós nos encarávamos em silencio, apenas sentindo nossas respirações. Meus dedos passaram para o maxilar de Anahí e desceram para seu pescoço. 
- acho melhor irmos... Não quero me atrasar... - ela então meneou a cabeça desviando seu olhar do meu e eu me desfiz de tudo aquilo, voltando a mim. Parecia que eu estava fora de meu corpo, que aquilo vivido há poucos segundos não tinha acontecido. Eu me afastei abruptamente. 
- eu... Queria passar em um lugar antes se não se importar. - eu sorri levemente.
- a onde? - ela perguntou dando um passo atrás
- queria te mostrar algo. Vem comigo? - ela sorriu e então assentiu
- vou apenas buscar minha bolsa - virou-se e partiu para o quarto voltando após alguns segundos. Assim que entramos no elevador do prédio o silencio pairou pelo ar e tive a certeza de que Anahí estava pensando sobre o ocorrido em sua sala, assim como eu. Eu não sabia explicar o que tinha acontecido. Na verdade, talvez, não houvesse explicação. Ela quebrou os silencio enquanto eu abri a porta do meu carro para que ela entrasse. - você não vai me contar a onde vamos? - eu sorri e dei a volta, me sentando no banco do motorista.

- não é nada demais, mas eu prefiro que seja uma surpresa. - dei partida e assim segui o trajeto que em poucos minutos terminaria.
- você sabe que sou curiosa demais, não agüento surpresas Pon! - ela revirou os olhos.
- e você sabe que adoro ver você curiosa! - eu ri - não se preocupe... Já estamos chegando! - eu então estacionei o carro em frente ao local e logo nós dois já entravamos no grande prédio a nossa frente. Subimos o elevador até a cobertura. Eu tateei em meu bolso as chaves e eu então abri a porta. - então... Bem vinda a minha nova casa! - ela piscou algumas vezes para mim e então sorriu. - entre... Quero que seja a primeira a entrar! - encorajei-a e ela o fez. Começou a olhar em volta até que se virou para mim. 
- Poncho! Está incrível... É maravilhoso esse apartamento... Tem uma lareira, não acredito! E uma varanda gigante... E essa decoração está belíssima! - seu sorriso era aberto, o que fez que eu sorrisse também. Ela então me encarou - sua esposa irá adorar... Ela já veio aqui? - eu então suspirei e passei a mão em meus cabelos.
- ainda não contei nada. Queria que você fosse a primeira... Eu...
- você... ? - ela me encorajou a falar
- na verdade, eu já encontrei uma casa para morar com Amélia. Eu queria que esse apartamento fosse só meu... Como um refugio. - ela deu alguns passos em minha direção. 
- um refugio? E para que precisaria disso? - sua expressão era de questionamento e eu realmente me senti desconfortável, porque nem ao menos eu sabia responder aquela questão.
- às vezes eu sinto que preciso ficar sozinho, preciso de um tempo para mim. E quando vim hoje à tarde nesse lugar, senti que era meu. Só meu. Você acha isso muito errado? - ela então suavizou a expressão.
- bom... Se é errado eu não sei. O que sei é que agora, pela primeira vez em minha vida, sinto uma inveja gigantesca de você! - ela então riu - eu adoraria ter um lugar para fugir. Na verdade, eu tenho... Mas é bem longe daqui...Preciso pegar um avião para isso, nova York não é aqui do lado - ela deu de ombros. Nova York era sua fuga, eu sempre soube. Eu sorri.
- o que acha então desse apartamento ser o seu refugio também? Não ligo de dividir meu esconderijo com você... - eu dei de ombros divertido. 
- e se fugirmos no mesmo dia e no mesmo horário? - ela entrou na brincadeira. 
- bom... Aí seria apenas o destino brincando com a gente de novo... - e então nós rimos. Mas talvez não fosse o momento para rir e sim para refletir que realmente o destino sempre nos pregava pequenas peças. E a minha intuição dizia que ele estava aprontando mais uma para nós dois.

Bom gente vamos lá: Obrigada as meninas que vieram aqui ler e deixar sua opnião sobre a historia, amamos saber que estão gostando. Bem sobre a história agora: temos que ter um pouquinho mais de paciência afinal eles estão descobrindo que se amam agora e tem outros companheiros que eles respeitam e gostam muito. Sim! Eles sempre sentiram ciumes, mas achavam que isso era por proteção, tanto que no começo da história houve uma cena de ciumes mutuo e a Anahí deve ter 23/24 anos.