Fanfic: Olá, Coração! | Tema: Ponny, RBD

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Eu rabiscava alguns traços disformes, tentando montar um novo vestido de inverno para a coleção, mas nada parecia se encaixar. Havia ocupado o máximo possível minha mente, trabalhando sem parar por toda a manhã. Levantei ao máximo duas vezes de minha cadeira. Uma para ir ao banheiro e outra para buscar uma xícara de café. Despertei de meu trabalho com o telefone tocando.
- Anahí portilla
- dona Anahí, tem um senhor aqui na recepção querendo falar com a senhora. 
- um senhor? Qual o nome dele Andréa? 
- na verdade, eu ainda não sou. Dona Maite chegou na hora que ele ia se apresentar, e estão conversando até o momento. Um minuto dona Anahí...- eu suspirei. Quem seria? Não estava esperando por ninguém. - ele disse que se chama Alfonso Herrera. Posso mandar entrar? - Alfonso? Aqui? Eu levei alguns segundos para assimilar a informação - senhora?
- oh, desculpe... Claro Andréa! Pode mandar entrar! - eu então desliguei o telefone e pisquei algumas vezes. Alfonso veio até o meu atelier. Eu me levantei e girei a mesa, parando na direção da porta assim que ela foi aberta. Ele sorriu ao me ver.
- Poncho? O que faz aqui? - eu falei rapidamente.
- primeiro olá Anny. Como está? - ele falou amavelmente e foi inevitável não amenizar minha expressão.
- desculpe. - eu sorri - eu estou muito bem. Apenas surpresa com sua visita. - ele sorriu e se aproximou
- eu estava passando por aqui e resolvi vir conhecer seu atelier. Além do mais quis arriscar de te encontrar e convidar para almoçar comigo. Esta com fome? - eu senti minha barriga emitir um barulho instintivo a essa pergunta. Olhei rapidamente o relógio na parede e notei que já se passava de uma hora. 
- acho que arriscou certo. Estou com fome... - ele sorriu e eu também.
- então vamos... Chamei Macete, mas ela já almoçou. O que acha de irmos comer uma massa nesse restaurante aqui de esquina?

- acho ótimo. Deixe-me só pegar minha bolsa. - eu então me virei e busquei minha bolsa rapidamente. Nós saímos de minha sala e fomos para o hall esperar o elevador. O silencio pairou. Eu suspirei. - quer dizer que se interessou por moda e decidiu vir visitar meu atelier? - ele riu gostosamente. O elevador chegou e entramos. 
- na verdade... - sua mão foi até seu cabelo. Ele estava nervoso. - eu realmente fiquei preocupado ontem. Você...Bom - ele deu de ombros - eu só queria te ver. Saber se estava tudo bem. E achei que era melhor vir do que ligar. Queria fazer uma surpresa. Fiz mal? - eu me virei pra ele e o encarei. Tinha como ficar com raiva ou me sentir estranha perto desse homem?
- não. Fez muito bem...Fico feliz que tenha vindo. - eu sorri sinceramente assim como ele. - e além do mais, meu estomago agradece! Se não fosse por você eu ainda estarei trabalhando e nem teria me dado conta do horário. - ele riu
- quer dizer que além de ser um ótimo amigo por me preocupar com você, ainda sou um herói por salvar seu estomago e fazer você se alimentar? 
- acho que sim... - nós dois rimos abertamente e saímos do elevador - gosto desta historia de herói. Talvez você possa vir me salvar mais vezes. Assim sempre fico bem alimentada! - nós seguimos caminhando, saindo do prédio e indo em direção ao restaurante de esquina. 
- feito. Podemos almoçar todos os dias? Acho que você esta muito magrinha. Precisa comer... Posso fazer isso! 
- Alfonso! Não estou magra, estou bem. É diferente. - ele riu - e sim, acho que posso conviver com a idéia de você me alimentar... - eu sorri.

- ótimo, então farei uma agenda com restaurantes pra semana! Gosto da idéia de trabalhar perto de você. Mesmo que isso soe controlador e meio maníaco, me preocupo com você e quero que coma e esteja bem. Por isso vim aqui hoje... Passei tempo demais longe de você, sem saber como realmente estava. Talvez eu só esteja tentando recuperar isso. - eu sorri ao escutar sua declaração. Eu realmente gostei de escutar aquilo. Sempre senti falta de sua proteção e de seu carinho por mim.
- tudo bem... Acho que também posso tolerar você um pouco maníaco e controlador. Mas só um pouco! - eu falei de forma animada e o clima entre nós voltou a ficar descontraído. - hei... - eu o chamei e ele parou no meio do caminho para me encarar. Eu sorri docemente- eu senti falta da sua preocupação. E do seu controle. E super proteção...- eu ri levemente e ele também com minhas palavras, mas assim como eu, ele sabia que era verdade. Que eu estava sendo sincera. O clima entre nós voltou a ficar ameno e nós continuamos caminhando até o restaurante. Talvez eu estivesse apenas em um dia ruim ontem. É. Era isso. Tudo estava bem e normal. Será?

Beijos, até amanhã e comentem!