Fanfic: Olá, Coração! | Tema: Ponny, RBD

Música - It Will rain.


México, 05 de abril de 2011 - Anahí 

Infelizmente o ar nos faltou e então tivemos que separar nossos lábios. Mas ainda sim eu não conseguia me afastar de Alfonso, sua respiração em minha boca me prendia, assim como sua mão em sua nuca.
- o que... O que foi isso? - eu desviei meu olhar de seus lábios para encarar seus olhos verde oliva.
- eu não sei... Mas sei que foi maravilhoso... - ele sussurrou e eu não podia tirar sua razão. Foi o melhor beijo da minha vida. Eu engoli em seco, nós não podíamos. Era um erro isso, eu tinha que aceitar.
- Poncho... - eu então consegui com muito esforço afastar meu rosto do dele. Eu suspirei e fechei os olhos, os apertando - eu estou confusa...
- eu também Anny... Mas não podemos negar o que aconteceu... - eu abri meus olhos e o encarei. Olhei minha taça ainda em minha mão e a depositei na mesa de centro. Ele fez o mesmo e o silencio pairou no ar.
- você não irá falar nada?
- eu só não sei o que falar... - eu me levantei abruptamente - eu beijei meu melhor amigo. Eu beijei o meu melhor amigo que é casado! - eu bufei. De raiva, de angustia, de frustração. - é isso que quer que eu fale? - ele então também levantou
- Anahí, não comece com escândalos. Você não me beijou... NÓS nos beijamos - ele enfatizou a palavra - eu quis tanto quanto você! Talvez até mais... - ele suspirou e passou as mãos no próprio cabelo, como se falar aquilo fosse um desabafo
- eu só acho... Eu acho que estamos bêbados, essa é a verdade Poncho! Bebemos demais... - eu fiz uma negativa com a cabeça e então comecei a andar pela sala

- você realmente quer culpar a bebida? - ele riu sarcástico - Tudo bem, Anahí... Culpe o que quiser. Mas não venha me dizer que naquele dia da boate também estava bêbada...
- nós havíamos bebido também! E naquele dia da boate não chegamos a... A ISSO! - eu falava cada vez mais alto, assim como ele
- a isso o que? Nos beijar? Ah tão inocente você, não é? Como se não estivesse me provocando dançando daquela forma! Você não costumava ser tão hipócrita assim, anjo... 
- você está me chamando de hipócrita, é isso? - eu me virei pra ele da forma mais agressiva que podia. Aquilo estava se tornando uma tremenda confusão, como se pudesse piorar. - e você é o que Alfonso? Posso saber? Se eu sou uma hipócrita, você é... Você é um CRETINO! Isso...
- e por que eu seria isso? - ele cruzou os braços 
- nós nos beijamos e você não esta nem um pouco preocupado! Está aí me julgando e sei lá mais o que... Argh! Isso é muito irritante... Eu odeio quando começa a me dizer o que fazer ou não fazer...- eu fechei os olhos e os esfreguei com meus próprios dedos 
- eu não estou te dizendo o que fazer Anahí! Só estou te dizendo para ser sincera e assumir que esse beijo talvez não tenha sido um erro e sim um desejo reprimido que está em nós há dias, talvez até...Anos... - eu então abri meus olhos incrédula. Eu não acreditava no que ele estava dizendo. Só podia ser brincadeira. 
- você está louco... Só pode estar... - ele então se aproximou de mim e segurou em meus braços, me fazendo encarar seu rosto
- então negue... Negue que nunca sentiu nada por mim... Nada mais do que amizade, pelo menos desde o dia que nos reencontramos...- eu pisquei algumas vezes. Eu não podia dizer isso, não em voz alta. Eu não queria admitir. Alfonso era meu melhor amigo, apenas isso. Não era certo. Não era justo. As lagrimas começaram a surgir em meus olhos, mas eu não queria permitir que elas descessem.

- eu só... Eu preciso ir, Poncho... A gente precisa parar pra pensar em tudo um pouco. - eu puxei meus braços e o fiz os soltar. - tudo está muito confuso. - eu o vi suspirar
- tudo bem, não posso te impedir de ir... Mas posso te pedir pra ficar, ainda está chovendo muito, anjo. Não quero que saia de baixo dessa tempestade. A gente não toca mais nesse assunto se você não quiser... Se você quiser...A gente. - eu o vi lutar contra as próprias palavras - a gente esquece o que aconteceu... - eu pisquei algumas vezes. A verdade era que EU não queria esquecer. Até porque lembrava de cada segundo daquele beijo, e principalmente ainda tinha o gosto dele em minha boca. 
- tudo bem... Eu... Eu vou esperar a chuva passar... - ele assentiu - acho que vou dormir...- eu soltei um suspiro sonoro me dando por vencida. 
- ok... Eu vou pegar minhas coisas e dormir aqui na sala...
- NÃO! - eu falei de súbito - você pode dormir no quarto. Não tem problema...Quer dizer...Se quiser - eu falei mais baixo, já mais calma. Ele assentiu e então eu me virei após alguns segundos e segui para cama na suíte. Eu me enfiei debaixo do edredom e apaguei as luzes do quarto. Eu encarei o teto, após uns 15 minutos Poncho apareceu e vi sua silhueta no escuro, ele puxou o edredom e se cobriu, deitando-se ao meu lado. Ficamos os dois encarando o teto. Foi então que Poncho se virou na cama e ficou de frente pra mim. 
- Anny... - ele me chamou e eu me virei para encará-lo também. Estava escuro, mas eu não precisava vê-lo pra saber cada traço de seu rosto. Eu os conhecia perfeitamente bem. Nós ficamos assim, um de frente pro outro, a ponto de sentir a respiração quente que saia de nossos corpos
- oi... - eu sussurrei e o escutei suspirar alto
- eu não quero esquecer o que aconteceu...- foi a minha vez de suspirar

- nem eu Pon... Nem eu... - e assim ficamos um de frente pro outro, deitados, apenas escutando a respiração um do outro e a sentindo. Eu senti poncho procurar minha mão e entrelaçar seus dedos nos meus. Eu permiti porque precisava de seu toque, mais que isso, porque queria o seu toque e após alguns minutos ouvi sua respiração ficar pesada e o seu ressonar surgir. Eu fechei meus olhos com uma decisão já tomada, a melhor decisão para nós dois naquele momento. 

Bem, obrigada pelos comentários e eu não quero matar NINGUÉM do coração kkkkkkkk