Fanfic: Olá, Coração! | Tema: Ponny, RBD

México, 13 de abril de 2011 - Anahí 

Meus dedos já tamborilavam na mesa do restaurante que já estava cheio e barulhento. Eu tinha escolhido uma mesa de canto e já havia pedido um vinho. Eu tinha que admitir estava ansiosa. Foi quando o vi entrar e o ser acompanhado pelo recepcionista até a mesa em que eu estava. Por que ele tinha que vir sorrindo? Toda irritação, toda a raiva passava quando eu o via sorrindo, mas tentei ao máximo me manter firme.
- estou faminta! Pensei que não chegava hoje... - eu resmunguei e cruzei os braços assim que ele se aproximou da mesa.
- Olá anjo, é bom ver você também... Vejo que sentiu minha falta. - ele sorriu sedutoramente e então puxou a cadeira para se sentar em minha frente. Eu revirei os olhos
- Oi Poncho...Como você está? - eu abri um sorriso irônico - satisfeito? 
- bem, só não estou mais porque não ganhei meu beijo habitual... Ou quem sabe, um desses últimos beijos que aconteceram... - ele falou mais baixo, mas eu escutei. 
- PONCHO! É exatamente por isso que te chamei aqui... Temos que...Conversar como você sabe...- eu suspirei - mas antes vamos pedir, já disse que estou faminta. 
- tudo bem. Posso fazer os pedidos? - eu assenti - filé está bom pra você?
- pede com batatas fritas! - ele riu e fez rapidamente nossos pedidos ao garçom. Também pediu uma taça de vinho para me acompanhar. Assim que chegou ele bebericou um pouco.
- então, como está tudo no atelier? 
- muito trabalho, mas tudo certo. E no escritório? Já conseguiu acertar tudo?
- ainda está uma correria, mas tudo vai bem... - eu sorri levemente e o silencio pairou. Não estávamos descontraídos como sempre, o que tornava tudo muito estranho. Era difícil eu e Poncho nos encontrarmos nessa situação. Sempre tínhamos assunto de sobra. Nossas comidas chegaram e pelo menos isso nos deu algum entretenimento. Foi quando peguei Poncho me encarando e sorrindo.

- o que foi? - eu falei de boca cheia e pegando o guardanapo para limpá-la.
- nada. Eu gosto de te ver comendo... 
- poncho... Que coisa mais estranha!- ele riu
- você dá esses gemidinhos baixos quando gosta da comida. É prazeroso de ver como fica feliz quando come... - ele riu e levou mais um pouco de comida em sua boca.
- você é tão esquisito, sabia? Como posso ser sua amiga? - ele deu de ombros
- não sei... Talvez seja isso que te encante! - ele falou de forma convencida e foi inevitável não ri. 
- é talvez...- eu falei mais baixo e bebi um pouco de meu vinho. Foi então que as coisas voltaram a minha mente como um flash e me deu coragem para começar a falar. - Poncho... - eu o chamei e ele então encarou meus olhos - eu não quero perder isso que a gente tem. Que a gente sempre teve. Você é extremamente importante pra mim. É a pessoa que mais confio no mundo e eu fiquei muitos anos longe de você pra simplesmente agora estragarmos tudo com essa...Situação... - eu falei por fim e o vi me encarar. Ele ficou em silencio. 
- você também é muito importante pra mim. Eu... - eu o vi fechar os olhos com força e os abri novamente - eu acho que você esta certa. Talvez estejamos confundindo as coisas. Desde que eu voltei tudo está mais intenso...Nós sempre fomos amigos, certos? - eu então peguei em sua mão quase que por instinto e acariciei
- os melhores...- ele sorriu de leve - a gente não pode perder isso Poncho. Eu não vou agüentar ficar mais uma vez sem você e saber que dessa vez foi...Nossa culpa entende? - ele assentiu, mas eu vi uma faísca de um olhar triste. 
- claro. Foi uma loucura, não é? - eu suspirei. Era isso? Uma loucura? Eu tentei dar o meu melhor sorriso amarelo e dei de ombros. 
- é... Uma loucura. - ele puxou a minha mão e deu um beijo nela. Um beijo terno e carinhoso.

- eu amo você. Sei que nunca fui de falar muito isso...Mas, eu preciso que você saiba. Eu só espero que estejamos certos em deixar tudo isso pra lá. Principalmente... Eu espero que estejamos certos em fingir que não foi nada demais... - por que ele tinha que ser assim? Meu coração se derreteu. Meus olhos já tinham lagrimas. Ele pegou minha mão e levou até a boca, depositando um beijo demorado. Eu fechei os olhos assim como ele os apertei levemente e respirei fundo. Tornei a abri-los e encontrei seu olhar. 
- eu sei Pon. Eu sempre soube. Eu também amo você... - uma lagrima teimosa desceu por meu olho - e eu também espero. Vou rezar pra isso... - eu sorri e soltei minha mão da dele delicadamente para limpar a lagrima que caia, eu tentei disfarçar e sorri - agora vamos voltar a comer, porque minha barriga ainda não esta cheia e eu mal podemos esperar pela sobremesa! - ele deu uma risada gostosa e eu o acompanhei. Eu me vi expirar o ar de meus pulmões. Vamos recomeçar, é isso. E vamos torcer para dar certo.