Fanfic: Olá, Coração! | Tema: Ponny, RBD

México, 13 de abril de 2011 - Anahí

Irmãos... Irmãos. Ela tinha que vir com algum comentário, aquela mulherzinha. Que eu saiba irmãos não se beijam de língua e que beijos! Eu bufei e fui andando pelo corredor até chegar em meu antigo quarto. Só a presença dela já me incomodava, quando ela abria aquela boca então... Eu devia ter falado alguma coisa. Eu devia ter falado tipo...Tipo...Ah irmãos? Pergunte então pra Alfonso sobre o incesto que cometemos duas vezes essa semana. Espera! O que estava acontecendo comigo? Eu estava louca, só podia. Se eu mesmo já tinha falado pra esquecermos o que tinha acontecido porque pensaria uma coisa dessas? Ahhhh... Que confusão! Eu entrei em meu quarto e expirei todo ar de meus pulmões. O que eu queria? Meu deus Anahí, se decida... Você esta aqui com raiva de um comentário que a esposa de seu melhor amigo fez, isso não está me parecendo nada certo. Que inferno. Eu precisava fumar, isso esfriaria um pouco minha mente e então eu poderia voltar. Fui até minha bolsa que havia deixado em cima de minha antiga cama e peguei o maço de cigarros. Peguei um rapidamente e o acendi. Logo em seguida fui abrir a janela para que o cheiro não penetrasse no quarto. Assim que terminei de abrir a janela meus olhos correram até a parede em que ficava meu painel de fotos. Eu comecei a encará-lo. Milhares de fotos pregadas quase umas em cima de outras. A maioria minhas e de Alfonso. Na verdade quase todas. Foi inevitável não abrir um sorriso. Éramos muito felizes e tudo parecia simples demais. Éramos jovens, éramos livres... Livres. Talvez essa fosse a palavra chave. Eu peguei uma foto e a arranquei. Eu e Alfonso nos encarávamos sérios. Eu olhava diretamente em seus olhos e ele fazia o mesmo. Eu lembro dessa foto, estávamos em um lual com nosso grupo de amigos na praia. Me lembro de ali ter falado que o farol era meu lugar favorito no mundo e da promessa dele que um dia viveríamos ali pra sempre.

Eu sorri. Com aquela foto eu comecei a me perguntar se será que sempre sentimos mais do que um simples amor de amigos e só agora estávamos descobrindo isso? Não... Não era possível. 
- você se lembra dessa foto? - eu então me assustei com aquela voz, quando dei por mim Poncho já estava ao meu lado, puxando mais uma foto de meu mural. Eu encarei a foto em suas mãos. Eu sorri
- e tem como esquecer? Tínhamos acabado de voltar de viagem. Tínhamos ido à Cancun... Foi uma semana incrível. Inesquecível. - ele sorriu
- foi lá que eu te ensinar a nadar... Você quase morreu da primeira vez, mas no final já mergulhava como um peixe - ele riu sozinho - fiquei extremamente orgulhoso de você... - eu sorri com a lembrança - anny... 
- oi... 
- você já reparou como nos olhávamos em cada foto? Na verdade... Vocês já repararam em nossos olhos? Eles mostravam tanta felicidade, acho que meus olhos nunca mais ficaram assim... - eu o encarei e ele também fez isso.
- eu sei, pelo menos de uma vez que meus olhos tomaram essa felicidade novamente... 
- e quando foi? - seu corpo virou em direção ao meu, e eu fiz o mesmo. Eu sorri.
- quando te reencontrei no farol. Eu senti aquela mesma felicidade de antes. Aquela felicidade simples e pura... - ele sorriu docemente e tocou meu rosto. 
- você já parou pra pensar que talvez...- ele parou alguns segundos - talvez aquele amor que sentíamos...E que sentimos um pelo outro. Aquele carinho...Aquilo tudo...
- não fosse apenas de bons amigos? - eu ri - sim... Estava pensando nisso há um segundo atrás. - ele acariciou minha bochecha e eu me deliciei com o carinho fechando meus olhos.
- o que faremos, anjo? - ele falou de forma baixa e quase sussurrada. Eu ainda tinha os olhos fechados. 
- eu não sei Pon... - foi então que senti seu rosto se aproximar ainda mais do meu e sua respiração se misturar a minha. Seus lábios já encostavam em minha boca - AI! - eu soltei um grito e Poncho rapidamente se afastou.

- o que houve? - ele perguntou assustado e eu cai na risada
- o cigarro queimou minha mão, eu não o senti diminuir... - ele então também caiu na risada e eu prontamente joguei o resto pela janela. Nós dois riamos sem parar. - desculpa...- ele meneou a cabeça divertido
- vem... Vamos fumar outro, antes que nos peguem! Se nossos pais descobrirem, nos matam! 
- você acha que fugi pra cá, por que? Toma... - eu peguei mais dois cigarros no maço e então acendemos. - não podemos demorar...Eles vão sentir nossa falta...
- eles irão superar isso... Sentir falta é algo muito forte, acho que nós dois sabemos muito bem disso... - ele falou sorrindo e eu não pude deixar de discordar. É...Nós sabíamos bem disso.

Bom, farei o possivél para voltar minha publicaçoes diárias (minha net entrou em greve e não sei quando voltará ao normal) mas se eu demorar não se assustem eu publicarei sim! A única coisa que eu peço é que comentem para que eu saiba as opiniões de vocês e também pra que eu tenha motivações, não só eu mas a escritora(Paullinha) também e para ver se vale a pena continuar postando essa história tão bonita!

Beijos, Até outro dia e Comentem!