Fanfic: Olá, Coração! | Tema: Ponny, RBD

México, 14 de maio de 2011 - Anahí 

Ah! Que inferno! Quem tem a ousadia de me despertar dos mais lindos dos meus sonhos? Eu abri os olhos irritados com o som da campainha que tocava freneticamente. Sentei em minha própria cama e cocei os olhos. Suspirei e sorri. Parecia que eu ainda podia sentir o cheiro das flores daquele lugar incrível ao qual Poncho me levaram anos atrás. Um sonho que na verdade, era uma doce lembrança. Um sonho que acontecera em minha vida e que se tornara inesquecível. Eu suspirei. Naquele ano eu completara 15 anos, uma menina cheia de sonhos e esperanças. A campainha continuava a insistir. - nem no meu aniversário eu tenho sossego...- eu resmunguei e levantei da cama. Abri a porta sem muita vontade e me deparei com o porteiro de meu prédio.
- bom dia dona Anahí. Desculpe incomodar tão cedo, mas isso foi deixado para senhora e recebi ordens expressas de entregá-la imediatamente. - eu estranhei um pouco, e então percebi o enorme buquê das mais diversas flores, nos braços do seu Antonio. Ele me entregou calmamente o arranjo, enquanto eu o acomodava em meus braços.
- obrigada seu Antonio. - ele sorriu e então se foi. Eu fechei a porta e encarei aquelas lindas flores. Havia alguns anos que não recebia nenhum buquê desse tipo. Eram sempre rosas ou flores tradicionais. Eu caminhei pela casa e busquei algum cartão. Até que finalmente o encontrei. O encontrei e suspirei. Eu conhecia perfeitamente aquela caligrafia ornamentada.

“Sei que deve estar extremamente mal humorada, mas releve, anjo, afinal hoje é o SEU aniversário. E confesso, queria ser o primeiro a te desejar parabéns e quem sabe arrancar o seu primeiro sorriso do dia. Agora, por favor, deixe esse seu lado rabugento matinal em casa e se vista. Eu e seu presente estaremos te esperando no Farol. Não demore. Podemos não agüentar de ansiedade... Alfonso”.

Como não sorrir? Como continuar mal humorada sendo acordada dessa maneira? Sendo acordada pelo protagonista dos meus sonhos? Das minhas lembranças? Eu era uma tonta por não suspeitar que aquelas flores eram de Alfonso. Só ele seria capaz de mandar flores tão lindas, flores que lembravam todos os meus aniversários que comemoramos juntos. Mais do que ansiosa, arrumei um belo jarro para o meu buquê e o enchi de água. Logo, já admirava o arranjo que enfeitava alegremente minha sala de estar enquanto eu corria pela casa para me arrumar. Com um banho rápido, não consegui lavar e secar os cabelos, portanto optei por um rabo de cavalo. O dia estava ensolarado e quente. Um vestido leve moldou meu corpo, e não demorou 10 minutos para eu estar em meu carro angustiada para chegar ao local que mais amava no mundo. Para encontrar a pessoa que eu mais deseja ver. Logo que cheguei, subi as escadas correndo para chegar ao topo do Farol. A vista estava incrível como sempre. 
- Poncho? - eu o chamei, ainda o procurando. Nem sinal de sua presença. Continuei a dar a volta no pequeno espaço, quando senti duas mãos taparem meus olhos. Eu ri - quem será? Hum...- eu acariciei suas mãos - é tão difícil... Talvez, um cara chamado Alfonso Herrera que faz questão de me acordar cedo até no dia do meu aniversário? - eu senti sua respiração em meu ouvido
- acertou em cheio ! - ele riu e então eu tirei suas mãos de meus olhos, me virando instantaneamente pra ele. - Parabéns, anjo... - ele disse de forma baixa e com aquele sorriso encantadoramente maravilhoso que faria qualquer mulher cair aos seus pés sem pensar duas vezes. Ele enlaçou minha cintura. - me desculpe te acordar cedo...- eu ri e então enlacei seu pescoço

- tudo bem, foi por uma boa causa. As flores são lindas, eu amei... - eu encarava seus olhos firmemente. - obrigada.
- não precisa agradecer, ainda mais porque o melhor ainda estar por vir...- eu arqueei uma sobrancelha
- ah é? - ele assentiu - posso saber que “melhor” é esse? - foi então que ele me soltou e a tristeza bateu. Não...Volta...Eu preciso dos seus braços e do seu cheiro. Eu suspirei
- espere aqui. Eu não disse que eu e seu presente estaríamos ansiosos por sua chegada? Pois bem, vou buscá-lo - e ele saiu, dando a volta no farol. Após alguns minutos Poncho volta com uma caixa enorme, com um laçarote em cima. Ele então se aproxima e eu mordo o lábio inferior de curiosidade. - espero que goste. Abra...- eu assenti uma vez e então desfiz o laço, e assim que puxei a tampa meus olhos brilharam instantaneamente. Eu não podia acreditar. 
- Poncho! Oh... - eu levei uma mão a boca - eu não acredito... - meu sorriso se alastrou por meu rosto ao ver aquela bolinha de pêlo encarando meu olhar. Tão pequenininho tão inocente, a coisa mais linda do mundo.
- pegue, é seu! E ele esta doido por carinho... - eu imediatamente o peguei da caixa e o acomodei em meu colo. Sua carinha foi de encontro ao meu rosto e senti uma lambida animada. Era o melhor presente que eu poderia ganhar. Um cachorro! Um filhote, um companheiro! Eu amava animais, e era um sonho ter um cachorrinho. A oportunidade nunca tinha vindo, mas parecia surgir agora. Meus olhos se encheram de lagrimas. Eu então encarei Poncho. - você gostou? - ele perguntou inseguro
- de todos os presentes que já recebi em minha vida...- eu suspirei - sem dúvida esse é o melhor Pon. Você me deu a felicidade dentro de uma caixa! - eu ri

- ei ! Eu pensei que eu fosse a sua felicidade! - ele falou com uma expressão séria e eu soltei uma gargalhada.
- Bom, parece que agora você terá concorrência, meu amigo... - eu levantei um pouco o filhote em meu colo e beijei seu focinho - não é minha coisinha linda? 
- já estou com ciúme! - ele falou cruzando os braços
- seu bobo...Vem aqui... Você quer um beijinho também? 
- opa, agora sim! - Eu ri e meneei a cabeça divertida. Poncho aproximou-se de mim e então tomou meu rosto com uma mão. Instantaneamente meu sorriso se desfez - só que o meu beijinho é diferente... - ele sussurrou e eu o vi aproximar seu rosto do meu. Sua mão adentrou por meu cabelo, mesmo preso e puxou minha cabeça para que ele pudesse tocar seus lábios com os meus. E logo o calor de sua boca estava na minha. Eu não podia deixar de aceitar imediatamente aquela sensação maravilhosa que era beijar Alfonso. Meus olhos automaticamente fecharam-se e eu me permiti me entregar. Sua língua invadiu minha boca de forma calma e controlada. Nosso beijo era lento, era leve, era romântico. Um beijo que me fazia sentir nas nuvens. Nossas cabeças não sentiam a necessidade de trocar de lugar várias vezes. Eu podia sentir cada espaço da boca de Alfonso. Seu gosto misturando-se com o meu. Era uma sensação intensamente maravilhosa. Eu não queria acabar. Eu não queria respirar...Mas foi inevitável. Eu puxou meu lábio inferior em uma brincadeira gostosa e que fez os dois sorrirem.
- feliz aniversário, anjo. - eu pisquei e encarei seus olhos tão próximos dos meus.
- eu te amo, Alfonso. - e aquelas palavras saíram simplesmente de minha boca. Eu nãos as queria dizer, talvez não fosse o momento certo. Diversas vezes eu falara que amava Poncho, mas dessa vez, essas mesmas palavras tinham um peso completamente diferente. Um peso que só eu sabia o significado. Talvez ele não entendesse isso naquele momento, mas, no final das contas, eu sentia que um dia ele iria entender e ver o quanto esse “eu te amo” tornou-se diferente depois de tantos anos.

Meninas Beijos, boa noite e comentem muuuito pra ver se eu posto segunda!