Fanfic: Olá, Coração! | Tema: Ponny, RBD

México, 15 de março de 2011. - Anahí

Já eram quase 3 da tarde e eu ainda estava em meu escritório, entretida desenhando mais uma vestido para minha nova coleção de primavera. Eu amava o que fazia. Não tinha uma empresa muito grande. Era um atelier de moda relativamente pequeno comparado a outros, porém já havia conquistado um bom nome em meio a cidade do México e até em outras localidades. Eu realmente era feliz com meu trabalho. Desde pequena sonhava em seguir pelo caminho de moda. Me lembro de customizar vestidos para minhas bonecas na infância. Na adolescência mudava minhas roupas, cortando-as e costurando um pouco. Não foi difícil escolher minha faculdade, isso é óbvio. Assim que me formei consegui montar meu estúdio e finalmente desenhar minhas próprias peças de roupas. O meu forte eram vestidos. Entretanto, eu queria ir além. Gostaria de desenhar não apenas roupas para noites ou até mesmo casuais. Eu adoraria desenhar vestidos de noivas, era um sonho que eu ainda não havia conquistado, mas estava perto de realizá-lo. Apenas me faltava a coragem necessária para arriscar. Tudo corria tão maravilhosamente bem que era difícil mergulhar em uma coisa completamente nova. Em time que esta ganhando não se mexe, certo ? Bom, pelo menos por enquanto eu não mudaria isso. Terminei de desenhar a minha ultima peça e apertei o numero, ligando para minha secretária, assessora de moda e braço direito. Mais que isso, ligando para uma das minhas melhores amigas. 
-Olá, me chamou ? - ela abriu a grande porta que dividia meu escritório do resto do atelier

-Oi Mai, sim, chamei... Terminei de desenhar o ultimo! O que acha ? - mostrei a enorme esquete para ela que analisava com cautela os traços.
-Acho que esse ficou incrível ! Adoro o detalhe das flores e acho que ficaria incrível se fizéssemos em renda..- ela sentou na poltrona em frente a minha mesa
-Concordo plenamente. Acho que merece um aumento sabia ? Você até que trabalha direitinho - Brinquei com ela, que gargalhou instantaneamente
-Eu acho que mereço um aumento de 200 por cento, isso sim ! Sou mil em uma e ainda te aturo como amiga! 
-Tudo bem , não exagere! Eu sou uma excelente amiga...- dei de ombros me gabando e ela riu - falando em amiga, cadê a doida da Dulce ?
-Ah já sabe que está as voltas com o Ucker, o de sempre - reviramos os olhos ao mesmo tempo. Tão típico de Dulce. Ela e Christopher namoravam desde nossa época de escola. E desde nossa época de escola era uma embolação dos dois, que viviam terminando e voltando em meio a brigas e reconciliações dramáticas. 
- Nem seu sei como temos paciência para agüentar os dois. Desde o colégio é a mesma história - voltei a olhar meus desenhos atenta. Tentando ver o que poderia ser melhorado.
- bom, falando em época de escola, você não vai acreditar no que achei lá em casa ! Christian e eu estávamos arrumando umas bagunças dos meus armários e achei uma caixa só com nossas coisas de colégio. Achei nosso anuário e também uns álbuns de fotos. Fiquei olhando por horas Anny e parecia que estava revivendo nosso passado. Eu separei algumas coisas para te dar. Tenho ainda muitas fotos de você...e - ela pigarreou - Alfonso. - nesse momento encarei seu rosto. Torci um pouco a boca e soltei um longo suspiro.
- você sabe que não quero nada dele. Não sei porque sempre tenta arrumar um jeito de colocar Alfonso no meio de nossa conversa. Já se passaram anos, mas parece que pra você nada mudou ! - esbravejei e ela me encarou brava

- e realmente nada mudou. Que eu me lembre você ainda se chama Anahí, e eu Maite. Ainda somos amigas. Na verdade, todos nós somos amigos. A única diferença é que Alfonso foi obrigado a se mudar e isso te abalou tanto que nem podemos mais mencionar o nome dele. Admita! 
- não preciso admitir nada Maite ! Por Deus ! - levantei brava de minha cadeira e cruzei meus braços em frente ao corpo. Me virei para a grande janela de minha sala e encarei os prédios do lado de fora. 
- quer dizer que não sente saudades de tudo ? De nós seis juntos ! Não quer mesmo ver as fotos ? Mentir não vai te fazer esquecer Anahí. Não mesmo. Confie em mim, já se enganou por muito tempo. - eu não virei para encarar Maite. Apenas senti quando ela se levantou e se dirigiu para fora de minha sala. Ela estava certa, mas eu odiava saber disso. Eu preferia não escutar sobre nosso passado. Eu proibira nossos amigos de dizer o nome de Alfonso. Talvez por raiva, talvez simplesmente porque a ferida continuava ali, mesmo que inconscientemente. Fechei os olhos e me entreguei as imagens que começavam a invadir a minha mente. Elas tomavam espaço sem pedir permissão e eu não podia controlá-las.

Até amanhã e comentem.