Fanfic: Olá, Coração! | Tema: Ponny, RBD

México, 14 de maio de 2011 - Anahí


Era só o que me faltava. Até no dia do meu aniversário, eu teria que aturar aquela mulherzinha, mas se ela pensava que iria estragar minha noite... Ah estava muito enganada. Nada e nem ninguém estragaria meu dia. Desci as escadas e fui ao banheiro, na verdade ir até lá era apenas uma desculpa. Dei uma breve olhada no espelho, ajeitei meus cabelos e então sai. Sai e esbarrei com alguém.
- hey estranha! - ele sorriu abertamente
- se sua mulher te ver falando comigo, irá te matar... - eu sorri
- e se o seu noivo te ver falando comigo? 
- ok, melhor mantermos apenas o contato visual... 
- contato este que está maravilhoso, já que você está deslumbrante nesse vestido...- eu vi Alfonso me olhar da cabeça aos pés e então morder o lábio inferior e aquilo me arrepiou. 
- e você está bem simpático com essa camisa social aberta... - eu o provoquei rindo. Ele se aproximou de mim, calmamente. Nós nos encarávamos. Quando vi seu rosto se aproximar do meu eu quase fechei os olhos, mas então depositei uma mão em seu peito, o empurrando levemente - ei, o que dissemos sobre o contato visual ? - eu sorri maliciosamente, assim como ele.

- começaremos daqui a 5 segundos. Depois de eu te dar um beijo... Na bochecha! - ele completou ao me ver arregalar os olhos - posso? - eu assenti. Ele voltou a se aproximar e eu fechei os olhos quando senti sua respiração quente em meu rosto. Ele então depositou um beijo no canto da minha boca. Eu mordi meu lábio inferior - feliz aniversário, anjo. - ele sorriu lindamente e então se afastou, mas antes de ir deu uma piscadela pra mim que me fez derreter por completo. Eu o vi se misturar na multidão e então abri um enorme sorriso. Esperei mais alguns segundos e então voltei a caminhar, quando eu estava preste a subir as escadas de volta ao camarote, senti meu braço ser puxado levemente. Eu olhei e encarei a ultima pessoa com queria socializar naquela noite.
- posso falar um instante com você, querida? - eu revirei os olhos mentalmente
- é claro, Amélia - e tentei dar o meu melhor sorriso forçado
- como não temos muitas oportunidades de falar, acredito que seja esse o momento de lhe perguntar. Você pensou sobre fazer meu vestido de noiva, anny? Já lhe disse que não aceito um não como resposta. - eu suspirei, não podia ser verdade isso. Que pecado eu havia cometido pra merecer isso? Ah sim...Talvez beijado algumas vezes o “marido” dela...
- escuta Amélia...- eu tirei todo o ar dos meus pulmões, antes que tivesse força o suficiente para dar um soco no meio da cara daquela mulher a minha frente - no momento, não está em meus planos desenhar vestidos de noivas...Tenho outros projetos em mente. Portanto, me desculpa, mas eu terei que dizer que não farei seu vestido. - ela sorriu. 
- Anahí querida... Será que você não quer fazer o meu vestido porque realmente tem outros planos, ou por que esta apaixonada por meu marido? - nesse momento meu coração acelerou. Eu arregalei levemente meus olhos, controle-se Anahí. Essa mulher está louca, só pode. 
- eu não sei do que está falando Amélia... - ela continuava sorrindo diabolicamente e aquilo me assustou por um segundo.

- mas é claro que sabe. Não pense que sou boba, querida. Você está completamente apaixonada por Alfonso...O que é uma pena, porque somos casados, portanto ele é meu...E tenho certeza que isso deve doer, não é doçura? - ela fez uma cara dramaticamente triste e conseguiu me fazer voltar a si e encher meu corpo de ódio contra ela. 
- vocês não são casados legalmente, Amélia! - eu soltei rapidamente, meu peito já descia e subia. Quem ela pensava que era? Ela soltou uma gargalhada como se realmente tivesse se divertido com que eu havia dito.
- espere pra ver...Você pode não fazer meu vestido de noiva Anahí, mas existem milhares de outros estilistas, muito melhores que você por sinal, que o farão de bom grado. E juro, que será incrível ver seu rosto quando estiver lá no altar de madrinha. Vendo o homem que ama oficializar seu casamento com outra... - eu estava pronta a dar um tapa no meio da cara daquela mulher quando escutei outra voz. 
- isso é verdade, Anahí? Está apaixonada por Alfonso? - Luca descia as escadas. Eu fechei os olhos por dois segundos e os apertei. Não era possível. Eu respirei fundo. Não tinha como piorar...
- essa mulher está louca Luca! Não a leve a sério! - eu busquei seu olhar, mas sua expressão era de tristeza. 
- não era o que parecia ao ouvir você falar que ela não é casada legalmente com Alfonso... - ele falava da maneira grossa e dura. Como nunca o havia visto falar. Amélia sorria a minha frente. Aquela víbora... Eu a fuzilei com o olhar e então voltei minha atenção a Luca - eu sou um tonto, não é mesmo? - ele começou a sair em disparada e eu segurei seu braço o impedindo de andar

- Luca! Espera! Não faz isso...Vamos conversar, meu bem! - eu suplicava. Não podia deixar Luca partir assim, ele teria que me escutar.
- o que está acontecendo aqui? - e então o show estava formado. Alfonso se juntara a nós. Amélia fechou o sorriso, Luca tinha sangue nos olhos enquanto eu o segurava. Alfonso arqueava a sobrancelha e eu queria desaparecer. Nada não está tão ruim que não possa piorar, não é mesmo? 
- o que acontece aqui? - eu falei, repetindo suas palavras - acontece que sua esposa é uma víbora ! Uma cobra! - eu soltei aquelas palavras com uma dose excessiva de raiva e nojo
- ou quem sabe, é honesta...Coisa que você não vem sendo, não é mesmo Anahí? - Luca soltou as palavras com um ar de profunda decepção contra mim
- Luca, pelo amor de deus! Não é nada disso... 
- Amélia, o que esta acontecendo? - Alfonso a encarou e eu logo tomei a frente para falar, antes que aquela mulher abrisse mais a boca e eu a estrangulasse ali mesmo.
- essa cobra está gritando aos quatro ventos que sou apaixonada por você. Que não quero fazer o tão sonhado vestido de noiva dela, de um casamento por sinal que nem você sabe, porque quero te roubar dela! É isso que esta acontecendo! - eu tinha raiva, ódio. Tudo bem, que podia ser verdade a parte de estar apaixonada por Poncho, mas..que direito ela tinha de falar sobre isso ? No meu aniversário? Dessa maneira ainda? E na frente de Luca! Oh Deus...Luca estava magoado, eu via em seus olhos. Eu me sentia tão culpada que nem sabia explicar...
- O QUE? Amélia...O que você fez? - Alfonso estava furioso. Pois bem, era isso que ela merecia. Que ele a humilhasse, que ele a matasse! Eu adoraria isso...
- eu...Querido, não acredite nisso... - ela tentou se aproximar dele que se afastou.
- me solte, Anahí...Eu vou embora... - Luca falava alto e tentava se soltar, enquanto eu ainda o segurava. Amélia tentava se desculpar com Alfonso, que se esquivava e gritava já. E de repente era tudo ao mesmo tempo. Uma confusão gigante.

Em um instante eu via Maite, Dulce, Christian e Christopher descerem as escadas correndo, devido a gritaria que escutaram. Eles tentavam se interar do assunto e eu no meio de tudo aquilo. A boate já prestava atenção naquele caos formado por nós. Minha cabeça girava e tudo parecia estar em câmera lenta. Eu não conseguia falar, eu só escutava aquela gritaria e via as cenas acontecerem em minha frente. Luca gritando e tentando ir embora, fazendo um enorme drama. Amélia sendo uma perfeita atriz, enquanto Poncho a repugnava, meus amigos tentando separar as brigas. Eu piscava freneticamente, não sabia como agir. Aquilo foi me tomando de tal maneira que não conseguia raciocinar por um segundo. Meu sangue começou a fervilhar. Eu respirava aceleradamente, eu sentia que podia estourar a qualquer momento e foi isso que aconteceu.
-CHEGA! ACABOU! - eu gritei tão alto que fiz todos pararem, eu espumava de raiva e não sabia explicar da onde surgira tanta fúria. - acabou essa palhaçada e esse circo de quinta categoria! Estão vendo? É por isso que eu não queria uma comemoração, no fundo eu sabia que seria essa merda! E bem no dia do MEU aniversário... - as lágrimas começaram a rolar de meus olhos e eu nem havia percebido que as estava segurando por tanto tempo. Eu chorava de raiva, de angustia. - Você, sua cobra... Vai engasgar com seu próprio veneno e eu ainda vou ter a oportunidade de assistir de camarote - eu me virei pra Amélia e apontei um dedo para ela, depois foi à vez de Luca - e você, acredite no que quiser! Faça o que quiser, eu estou exausta! Completamente exausta de tudo isso... Quer ir embora? Vá! Na verdade... Farei melhor, quem vai sou eu! Desculpa gente... - eu me virei aos meus amigos - mas não posso mais lidar com isso, é demais pra mim. Essa novela mexicana vai acabar agora porque a atriz principal está pedindo demissão! - eu soltei o ar dos meus pulmões e então sai correndo em direção a porta.

As pessoas da boate me davam passagem, talvez até por consideração depois de terem assistido aquele espetáculo. E assim que eu pisei do lado de fora daquele ambiente eu senti o mundo sair de minhas costas. Eu me senti livre. Eu respirei fundo e deixei o vento gelado bater em meu rosto. E quer saber? Eu não me sentia nem um pouco mal. Podia estar com raiva, mas triste? Não...Nem Amélia e nem mesmo Luca mereciam minha tristeza. Voltei a repetir para mim mesma, ninguém estragaria minha noite. Eu poderia não comemorar com meus amigos hoje, mas amanhã era outro dia. Eu fui até meu carro, eu sabia para onde ir. Eu sabia a onde minha noite terminaria. Sim, chega de culpa. Chega de levar o mundo nas costas. Chega de me preocupar, ficar pensando no amanhã e em todos esses problemas que me cercavam. Era agora ou nunca e eu esperava e torcia pelo agora. Eu sentia que meu pedido iria se realizar. Fui o mais rápido possível para o local em minha mente. Eu esperaria pelo meu pedido... E ele viria, eu sabia que viria...

Beeem é isso ai pessoal, beijos, até qualquer dia e comeeentem!