Fanfic: Olá, Coração! | Tema: Ponny, RBD

México, 14 de Janeiro de 2003
...


Estávamos todos sentados ao redor de uma mesa de cimento que ficava bem no meio do grande parque da cidade. Conversávamos alto e não nos importávamos se os outros sentiam-se incomodados com nossas gargalhadas ou nossas brincadeiras.
- Tudo bem ! Agora é sério, o que vamos fazer quando terminarmos o colégio ? Só de pensar nisso já sinto aquele frio na barriga, entendem ?
- isso se chama fome, Dulce Maria! - Christopher implicava com ela, que nesse instante o ameaçara com a mão levantada
- e isso se chama agressão, seu ridículo ! - nós rimos.
- bom, eu pretendo fazer faculdade. Qual faculdade ainda não sei...- maite voltava ao assunto que Dulce começara. Eu olhava a todos atenta. Eu amava cada pessoa daquela mesa. Cada um deles de uma maneira especial. Amava mais ainda aquele que estava ao meu lado. Ele me olhou e sorriu. 
- ei , e vocês dois ? O que pretendem ? - Christian nos encarou e todos se calaram. Eu e poncho continuamos nos olhando e de repente viramos para frente falando ao mesmo tempo.
- SEREMOS AMIGOS ! - nós rimos
- roubei sua sorte ! - eu falei rápido tocando meu dedo levemente na ponta de seu nariz.
- não vale Anny ! Você sempre faz isso...- ele segurou minha mão - pare de roubar a minha sorte ! Me dê um pouco da sua !
- nem pensar ! Não divido com ninguém, nem com você ! - nós rimos e ele me abraçou de lado. Como era bom sentir aquele quentinho que emanava de seu corpo. Encostei minha cabeça em seu ombro - sério, além de sermos amigos, eu pretendo fazer minha faculdade de moda e ser uma grande estilista !

- e eu pretendo ser um engenheiro. Rico de preferência ! Quero ser dono de uma empresa que seja especializada em construção de edifícios, ou algo semelhante...- eu sorri ao escutar sua voz.
- vocês sonham muito alto, por isso que são melhores amigos. Pensam de maneira igual ! - Christopher brincava com a gente. 
- na verdade, acho que somos completamente diferentes...por isso que somos amigos ! - eu falei de forma informal.
- bom, então temos algo de errado na situação de vocês. - eu levantei minha cabeça do ombro de Poncho para encarar Dulce. - amigos, sãos iguais. Opostos se atraem. Opostos são amores, são almas gêmeas. - nesse instante revirei os olhos.
- Anahí e eu somos almas gêmeas. Almas gêmeas como irmãos. Nos amamos como irmãos. É tão difícil entender ? - e eles não entendiam. Por mais que Poncho e eu tentássemos explicar um milhão de vezes, nossos amigos não conseguiam entender o amor que sentíamos um pelo outro. Talvez nem nós mesmos conseguíamos entender aquele sentimento tão grande que preenchia nossos corações. Mas não nos preocupávamos em entender alguma coisa, simplesmente, só sentíamos essa sensação deliciosa, sem culpa alguma. Eu suspirei e voltei a apoiar minha cabeça no ombro de Poncho. Virei o rosto levemente para o lado para sentir a fragrância de seu perfume. Seu cheiro entrou por minhas narinas e eu fechei os olhos por alguns segundos. Poderia ficar uma vida inteira sentada ali, sentindo sua mão enroscar minhas cintura. Ouvindo sua voz enquanto conversava com nossos amigos. Ouvindo aquelas risadas deliciosas que saiam das pessoas que mais amava no mundo. Poderia parar o tempo e me perder. Era isso que eu queria, me perder, simplesmente.

Meneei a cabeça tentando me desvencilhar de meus pensamentos. Eu não precisava voltar ao meu passado, mas que isso, eu não queria voltar a ele. Me trazia uma sensação ruim, me doía e nada que nos causa sofrimento nos faz bem. Voltei a sentar em minha cadeira e a encarar os papeis a minha frente. Eu não conseguiria mais trabalhar, era sempre assim. Toda vez que me prendia a lembranças, minha cabeça ficava a mil por hora. Simplesmente desisti, me levantei e peguei minha bolsa. Precisava sair dali e ocupar minha mente. Precisava ver a pessoa que sempre me fazia esquecer de tudo que me perturbava. Enquanto ia até meu carro, peguei meu celular e disquei o numero rapidamente. Depois de 2 chamadas, ouvi sua voz.
- Olá, meu amor! 
- Oi Luca, vamos jantar juntos hoje ? - só ele conseguia me distrair. Só ele me fazia esquecer. Só ele conseguia me privar de pensar em quem eu não queria. Só ele não me permitia retornar ao meu passado. E quando digo meu passado, me refiro ao nome que fazia meu coração doer. Alfonso.

Fran, descupas por não te avisar.

beeem eles sofrem sim, o rancor da Anahí tem uma explicação, mas pra frente isso é explicado, mas as lembranças deles são lindas!