Fanfic: Olá, Coração! | Tema: Ponny, RBD

Na mesma hora peguei o telefone e disquei o numero de casa. Na verdade, hoje, da casa de minha mãe e meu pai. O telefone chamou pouquíssimas vezes e logo minha mãe atendeu.
- mamãe, sou eu. Está tudo bem ? Recebi seu recado ! - eu falava de forma impaciente. O recado que minha mãe deixara parecia realmente ser algo grave. Precisava saber do que se tratava e principalmente estava curiosa para a tal noticia.
- sim minha filha, aconteceu algo. Tenho uma notícia incrível para te contar! Está sentada ? - eu sorri aliviada. Se a noticia era incrível, algo bom viria junto. 
- sim, pode falar ! 
- quero que adivinhe quem me ligou hoje ! Ok, melhor não.. Não agüento, preciso contar - eu ri brevemente - Reconhece o nome Ruth ? - meu sorriso se desfez, é claro que reconhecia esse nome. A única Ruth que eu conhecia era mãe de...
- ela, te ligou ? - perguntei confusa - aconteceu algo ?
- sim querida ! Adivinhe quem está voltando para o México ? É exatamente quem está pensando. Poncho estará de volta nesse final de semana. Parece que irá voltar para cá, definitivamente ! E todos irão vir, Ruth e Gustavo irão vir também! - ela exclamou animada, mas eu já não prestava atenção em suas palavras. Meu coração já estava saltando de forma acelerada e extremamente apressado para sair de meu peito. Minha respiração já não correspondia ao meu comando e meu peito subia e descia freneticamente. Eu simplesmente não conseguia assimilar as palavras que acabara de escutar. - Anahí ? Está aí querida ? Sei que é uma notícia e tanto, quando escutei a voz de Ruth, mal pude acreditar ! 
- mamãe, eu vou desligar...quer dizer, Luca precisa de minha ajuda e bom..preciso ir! Um beijo !
- você irá vir jantar esta noite ?

- sim, sim ! Estarei aí, agora deixe- me ir. Adeus ! - não esperei ao menos minha mãe se despedir. Eu estava atônita. Deixei o telefone largado no sofá e me levantei. Corri até a sacada de meu apartamento e encarei o céu. Alfonso estaria de volta ao México. Repetir as palavras de minha mãe não me faziam exatamente bem. Eu precisava me acalmar, afinal, alguns anos, na verdade muitos, já haviam se passado e acho , que talvez isso que agravasse tanto a situação. Será que ele me procuraria ? Ou será que simplesmente havia esquecido de minha existência ? A segunda opção me parecia muito mais plausível. Nós não nos falávamos a anos. Minha mãe mantivera contato com Tia Ruth, mas eu e Alfonso não nos falávamos. No começo, conseguíamos nos falar por telefone, mas cada vez se tornava mais impossível. E eu então decidi ir para nova York e fiquei fora dois anos e fora aí que decidira que era melhor tentar seguir minha vida, e eu simplesmente não conseguiria fazer isso se a sombra de Alfonso ainda permanecesse em mim. Eu sabia que ele falava ainda com nossos amigos, e que nossos pais mantinham contato, mas entre nós dois eu bloqueie isso. E acredito que ele também. Talvez porque estivesse perdida em meio a confusão de meu coração, talvez por covardia, porque sabia que se escutasse a voz dele eu desmoronaria. Eu não podia me desesperar, eu não tinha o mínimo direito de fazer isso comigo mesma. Não depois de tudo o que passara por ele. Meu melhor amigo. Meus olhos encheram-se de lagrimas e eu toquei minha tatuagem. Meu punho carregava aquela marca que me levava de volta a ele. Fechei os olhos e os apertei, com força. Tentando me livrar da angustia que me invadia. Eu adoraria sentir alegria, mas era completamente impossível. O único sentimento que me dominava era o de raiva e o de incerteza. Eles se misturavam em meu coração. Meus pressentimentos estavam certos. Meus sonhos finalmente tinham me mostrado a realidade. A realidade era que Alfonso Herrera Rodriguez estava voltando para cidade e talvez para minha vida.