Fanfic: Eternal- Parte 1 | Tema: Monstros
Liv se afastou de Bruce, sua cabeça ainda estava muito confusa com tudo aquilo, não estava certo, pelo menos naquele momento, Bruce se dissipa de seu devaneio, ele olha decidido para ela.
- Eu vou te levar pra casa, você precisa descansar. - Liv levanta suas sobrancelhas e solta um riso com sarcasmo.
- Você tá brincando comigo né? Ele olha confuso sem resposta.- Eu preciso ir ao hospital! É isso que preciso! Olha como está meu pescoço porra! E Sally?! Bruce se assustou com o berro de Liv, ela se agonizou com a dor que estava.
- Mas eu achei que você não tava brava...
- Espera ai, eu disse que eu estava confusa, estava em choque, ia adiantar porra nenhuma ficar com raiva na hora, mas agora realmente fiquei brava, olha que eu escuto Deus! Olha a situação que estou, se eu for pra casa vou morrer de hemorragia seu besta!- Bruce olhava pasmo e um pouco assustado com a reação de Liv.- Olha o Drácula dos infernos, desde cedo você já me andou estressando, me tratando mal e quase me matou, ainda estou sendo muito gentil com você, se você acha que sou daquelas tontas sonsas que fica se derretendo por bonitões e gostam de chupar ketchup, pode tirar o cavalinho da chuva...
- Você me achou bonito?- Bruce não se conteve e riu do discurso de Liv fechou mais a cara ainda.
- Você é lindo, do tipo que as meninas se masturbariam só tendo uma foto do seu rosto, mas é um tremendo idiota com costumes esquisitos...
- Você não tem noção de com quem está mexendo né...? Bruce olha com um pouco de raiva.
- Nossa agora você vai fazer o quê? Matar-me, ah se quiser me levar pra casa pode terminar o serviço aqui, até do Coringa teria mais medo do que você, aff...- Bruce estava sem ar, nunca alguém tinha tirado seu ar assim ou enfrentado daquele jeito, parte dele queria despedaçá-la no meio, mas outra dizia que a coisa mais estranha e talvez a mais perfeita que aquela garota era.
- Você quer ir aonde?- Bruce olha com desdém... Liv respirou fundo,
- No hospital, por favor, e Sally também seu palhaço...
- Ainda bem que você não é uma vampira, eu já estava morto essa hora.- Bruce tentou quebrar o gelo e sorriu de lado
- Com certeza. -Liv disse com frieza. - Podemos ir?
Bruce levantou da cama e colocou as mãos debaixo das costas e das pernas de Liv, ela se recuou.
- O que vai fazer? Bruce revirou os olhos.
- Você está muito fraca para andar...
- Ah ele pensa... - E cedeu aos braços dele, ele levantou-a e começou a andar, ele queria ficar com raiva dela, mas achava graça daquela situação.
- Você quer falar em pensar, eu sei me equilibrar com uma bandeja... - Bruce disse com ar irônico, Liv olha com raiva.
- Dou um dia da minha vida pra você se você vai continuar com a mesma opinião... A não se quer me atire de novo na parede.
- Com certeza trocaria tudo para ter dez segundo humanos... Isso eu garanto você... - Bruce falou seriamente para Liv, o que fez sentir um arrepio em sua nuca e a calou, se sentindo mal com que disse... Bruce estava carregando ela até o carro, os dois estavam quietos, ao sair da casa estava muito frio então liv se encostou ao peito do Bruce, mas era mais gelado ainda e tremeu de frio, ele ficou sem graça com a situação.
- Eu vou-te por no carro e buscar uma manta... - Liv assentiu, mas sentiu um pouco amargura, parecia que ele estava morto, ‘’Como deve ser essa sensação’’...
Bruce abriu o carro e colocou-a delicadamente no banco da frente, respirou fundo, Liv ficou quieta e olhava para ele, ela não se conformava que sentia atração por ele, achava tudo isso uma idiotice aguda, então Bruce respirou fundo.
- Vou pegar uma manta, espere aqui. – Liv assentiu e Bruce voltou para casa, a vontade de fugir era intensa suas pernas estavam ficando rígidas prontas para correr, mas sentia muita fraqueza em seu corpo, além das dores intensas em seu pescoço a provável perseguição de certos seres iria acontecer e as chances de piorar mais situações eram enormes, então apenas encostou a cabeça no banco e fechou os olhos, esperando o pior de tudo aquilo, ela voltou-se para olhar para casa e viu Bruce vindo com coberta escura, ele chegou ao carro e colocou a manta sobre ela, o frio que ela sentia cessou, se sentiu muito mais confortável, estar naquele carro da ¹Rolls Royce era um sonho para muitos humanos, ele fechou a porta e foi para outro lado e entrou no carro, ligando o aquecedor e o toca fitas com volume baixo ao som de Zeppelin, ligou o carro e foi dirigindo calmamente, Liv olhava para ele, Bruce ficava mantendo seu olhar ao horizonte, ela respirou fundo. Ela franziu cenho e esbravejou.
- E Sally? – Bruce revira os olhos.
- Vou levá-la no hospital depois, ela está bem, vou levar você primeiro antes que surte...
- Como vou ter certeza que você não vai matá-la?
- Se eu quisesse já teria matado ela e você... Perdi o apetite... – Olivie engoliu a seco e o indagou.
- Você é mesmo um... Vampiro?- Bruce torce o lábio.
- Sim... Acho que sim... – Diz ele friamente sem olhar para Liv.
- Então tudo o que falam é verdade sobre vocês?- Bruce balança a cabeça, mas continua com sua visão fria.
- O que é tudo que falam?- Liv respirou fundo e continuou.
- Vocês não podem sair no sol?- Bruce solta um riso e olha para Liv com doçura.
- Eu sou vampiro não um picolé...
- Ah se saírem vocês se queimam...
- Isso acontece quando você é jovem, conforme o tempo sua pele fica resistente a isso.
- Quantos anos você tem? Liv olha surpresa para ele.
- Acho que não é necessário saber isso.
- Por que não pode dizer?
-Porque não é necessário saber isso, você vai viver muito bem sem saber. - Disse Bruce com ar autoritário.
- Você tem cara de jovem, mas parece um velho rabugento...
- Pra uma pessoa que está viva há mais de três mil anos a fadiga vem... - Liv arregalou os olhos de surpresa e apertou o assento com uma mão, ela estava sem ar em saber que estava ao lado de uma pessoa que viveu tudo aquilo.
-Você tá brincando comigo?- Bruce franziu o cenho.
- Mas você não queria saber a minha idade? Surpresa?- Liv fecha os olhos e se quieta.
- Não nem um pouco, acho que isso foi a coisa que mais fez sentido hoje... Bruce solta uma risada de lado.
- Você é muito curiosa...
- E daí?
- E pareça ser briguenta...
-Você agora é psicólogo pra descrever como sou?- Bruce olha para ela com malícia.
- Você é Sherlock Holmes pra ficar desvendando minha vida?- Liv cruza os braços.
- Você vive há três mil anos e ainda não aprendeu educação?
-Gentilezas são para os ingênuos como você...
-Você me acha ingênua?- Bruce solta um risada.
- Pra mim uma pessoa que tomou bronca de alguém e a persegue no meio do nada, entra em uma casa como aquela, bate de frente com seres que podem te matar em milésimos de segundos, não é uma pessoa ingênua... - Liv se calou, olhando para estrada viu que já estavam quase no centro de Londres, Bruce ao tirar a manta do câmbio encosta na mão de Liv e dos dois recuam.
- Sua pele é tão quente. - Diz ele olhando para frente e suspirou, Liv olhou com o cenho franzido.
- E a sua é gelada como picolé, ainda não acredito que você não derreta... –Bruce não se conteve e riu de novo.
- Você arruma essas frases de onde?
- Eu só improviso, normal...
- Nada a declarar sobre o seu excitante improviso... - Liv cora suas maçãs do rosto ao ouvir o que Bruce disse, ela a olha e dá uma risada de lado. - Ainda mais quando cora suas maçãs assim.
- Eu não entendo os homens...
- Vocês são a criaturas mais perigosas do mundo... – Liv riu e retrucou.
-Por quê?
- Você tem uma arma chamada sortilégio... Isso é mortal até mesmo para os imortais... - Bruce olha com luxúria para Liv, ela fica sem ar por um tempo, mas não deixou se levar pelo os encantos das palavras de Bruce, cansada daquele interlúdio encostou a cabeça na janela e adormeceu, pela fraqueza que estava era só que ela pensava no momento, enquanto Bruce ficava admirando o seu rosto, ele ficava encantado como era suave os traços da moça, acreditava que podia sentir de novo aquilo.
Depois de alguns minutos Liv, abre os olhos e observa que está em um bairro rico, mas estava tão cansada que não fazia idéia onde estavam, o sol estava começando a sair, e refletia na pela pele branca de Bruce os primeiros raios do dia, ela ficou impressionada que realmente ele era diferente das lendas sobre a luz nos frios, ele era diferente até mesmo para espécie dele, pensou, mas se distraiu quando ele virou a esquina e parou em frente ao luxuoso hospital, ele desligou o carro, abriu a porta, saiu apressadamente e abriu para Liv, ela levantou um pouco desajeitada, mas se enrolou na manta e seguiu com ele ao recinto, Bruce olhou para ela friamente.
- Não diga nada, deixe comigo. -Liv ficou um pouco irritada com a frase, a idéia de ordens não era do seu fetiche, mas algo dentro de si dizia para se quietar, se quiser que pelo menos agora tenha alguma chance de sair com vida. Eles entraram no hospital, estava deserta, apenas a enfermeira em silencio lendo revistas para não dormir no balcão, Bruce olhou para Liv e ordenou.
- Sente-se. Liv olhou para os sofás confortáveis e sentou para não causar mais confusões, Bruce foi até o balcão, a enfermeira ao olhar para ele, parecia que tinha tomado um choque, ou estava sonhando e em voz mansa ele conversa.
- Boa noite, estou com essa moça, ela estava caída na estrada e parece que um animal a machucou, vocês podem nos ajudar? A enfermeira olhou assustada e apressadamente pegou o telefone e ligou para os outros enfermeiros enquanto a outra foi até o sofá acolher a garota, Liv estava perplexa como em apenas algumas palavras ele conseguia tudo, os enfermeiros chegaram e lentamente observaram o ferimento, eles estranharam.
- Isso parece ferida de animal?- Liv começou a ficar nervosa, Bruce se aproximou e tentou explicar.
- Pode ser de uma aranha...
- Pode ser, vamos fazer alguns exames e fechar esse ferimento, ela perdeu muito sangue?
- Não eu fiz um torniquete para estancar ele.
- Muito bem, vamos colocar ela na maca. Liv ficou assustada e muda, os enfermeiros colocaram na maca e Bruce se aproximou.
- Vou pegar seus documentos e te vejo no quarto se você não se importar...
- Pode ser... - Ela olhou com indiferença e foi levada, os seus olhares se distanciavam conforme ela andava no corredor, Bruce sentiu algo que não sentia há muito tempo, compaixão, ele ficou parado por um tempo, depois foi preencher as fichas.
Alguma horas depois, Liv acorda em um quarto, ela se sente bem, porque está quente e parece que a cama é confortável, ela olha para o lado e a enfermeira está dosando soro, o som dos batimentos cardíacos se ecoa no ar e a luz do sol bate em sua pele, o doutor entra no quarto e se dirigi para ela.
- Olá senhora, Adrian, sou o doutor Richard, como você acordou eu vim para falar como você está. - Liv ainda um pouco sonolenta e apenas assentiu com a cabeça.
- Você está bem, seus hemogramas estão bons, mesmo com essa mordida, não tinha nada nocivo, então apenas demos alguns pontos, alguns corticóides para cicatrizar e soro para ficar forte, já que perdeu sangue, tem sorte da mordida não ter atingido alguma carótida, você vai ficar em observação e de noite passo aqui pra te liberar. - Liv assentiu e o médico saiu, a enfermeira fechou as cortinas grossas e sorriu.
- Descanse mais tarde trago seu almoço. Liv sorri e a moça sai, ela observa o lugar, parece mais um quarto luxuoso do que quarto de hospital tinha cores verdes e neutras, alguns minutos depois um vulto escuro aparece na porta, Liv olha para ele, Bruce estava entrando e com uma rosa em sua mão, ele está com os olhos escuros, ele estava quase aparentando um humano comum tirando a beleza, ele não estava com roupas escuras, estava de moletom escuro e sentou na poltrona e olhou para Liv.
- Está melhor? - Liv franziu a testa.
- Por que você está aqui?
- Eu não disse que ia te ver?
-Mas perguntou se eu queria?- Bruce fechou seu semblante e passou a mão no rosto.
- Eu fiz o que me pediu, o que mais quer?
- O que eu quero? O que eu quero você já tirou e nunca mais vai me devolver...
- O que é?
- Paz, Bruce, paz! Você acha que vou poder deita minha cabeça na merda de um travesseiro e dormir tranqüila, sabendo que tem seres como vocês por aí! Tá vendo essas cicatrizes? Elas nunca mais vão desaparecer, porque isso prova a minha vida que vai ser de medo e sem paz nenhuma! Eu preferiria que você tivesse me matado a me deixar assim... -As lágrimas de Liv rolavam em seu rosto e Bruce queimava por dentro, era um sentimento horrível em seu peito.
- Você acha que eu tenho paz Liv? Você acha que me sinto bem fazer o que eu faço? Em ser o que eu sou? Que escolhi em ser assim? A morte seria o alívio mais doce que teria, mas olha só? Eu já estou morto, você tem o benefício da escolha, sim o mundo é um lugar obscuro, mas acho que você já sabia que ele era assim antes, então com a minha perigosa presença, é apenas mais um motivo da lista, somos caçadores por carne como vocês, apenas descobriu que você não está no topo da cadeia alimentar... Nós não temos piedade de ninguém, somos mortais, posso destroçar dez homens em segundos, esqueça menina paz é apenas mais uma mentira humana...
- Você não entende o que eu sinto dentro de mim... Você não tem alma, não sente nada... - Liv cruza os braços.
-E você me diz que sua vida acabou? Como você disse, eu sou apenas um morto vivo, nunca vou sentir calor em mim, nunca vou sentir tristeza, dor, agonia, amor...
- Então porque finge ter? Se você sabe que não tem sentimentos por nada, porque está tentando sentir por mim?- Bruce levantou bruscamente da poltrona e foi até a cama e olhou nos olhos de Liv.
- Quando estou perto de você algo em mim me incomoda, olha eu já fiquei com milhares de mulheres e as matei, como você disse não tenho alma, quando fui fazer algo que é muito natural pra mim como você comendo um bife,algo me queimou por dentro, quando vi suas memórias, me sucumbiam mais ainda, você faz me ter lembranças dos sentimentos humanos, por quê? - Bruce se aproximou perto de Liv e segurou sua mão, Liv estava com os batimentos acelerados e suas lágrimas caíam a cada palavra que ele dizia, seu peito queimava e sua barriga estava gelada.- Pra mim é tão ridículo isso, como posso viver há quase três mil anos e ter toda a soberania e se sentir vulnerável a algo tão pequeno, algo que tão distante da minha realidade. – Bruce se aproxima do seu rosto as pontas dos seus narizes quase se tocam, Liv o olha triste e confusa. – Me responde Liv porque você está me queimando por dentro?
- Sou algo pequeno pra você...? Liv resmunga e olha fixamente.
- Me responda Liv.
- Eu sou apenas sua refeição Bruce, porque eu devo entender sobre o que você está me perguntando...
- Não me provoque, você sabe que se você apenas isso, aonde um vampiro traria um humano para o hospital?- ele sussurrou.
- Então não faça perguntas idiotas. – ela também disse em tom baixo,os dois se olham fixamente, e aquele sentimento de duas estrelas se colidindo explodem neles, Bruce encosta seus lábios nos de Liv, ela se recua, mas o seu ser se derrama de desejo, e eles se encontram, dançam em movimentos lentos, o gelo se derrete ao fogo,o tempo parou, Bruce envolve seus braços nas costas de Liv até a sua mão apalpar a sua nuca, os dois estavam em transe, o ser de Bruce se queimava e há milênios não se sentia tão vivo, Liv se sentia caindo na imensidão, sua adrenalina e seu estrógeno implodiam no seu sangue, os lábios se distanciaram, Bruce ainda segurava Liv, mas ela estava tremendo, então Bruce sentiu algo cortando por dentro.
- Eu tenho que ir, não quero te ferir, me desculpe. – Liv o olhou e o entendeu, já havia chegado o limite de informações, era demais para ambos.- Você me entende né?
- Eu não posso aceitar sua realidade, o meu mundo não faz parte da sua realidade, nem o amor é capaz de mudar isso, não sou favor disso... Desculpe-me. - Bruce abaixou a cabeça e retirou os braços de Liv.
- Tudo bem, eu tive uma recaída, não vou te fazer mais nenhum mal, espero que o tempo me apague de sua memória, apenas agradeço você ter respondido a minha pergunta. – Bruce tira um rosa de seu sobretudo e deixa no criado mudo e olha fixamente para Liv e a acaricia rapidamente.
- Adeus Liv, nossos caminhos se separam agora. – Bruce se levanta e sai como o vento do quarto, e Liv virou para o lado e começou a chorar com mais intensidade, ela estava dividida, em sua mente havia um réu e sua sentença estava entre condenar o assassino de almas ou absorver humano que talvez o amasse...
-Não há tempo para ingenuidade. – Se auto afirma.
¹ Rolls-Royce Motor Cars é uma empresa automobilística inglesa subsidiária do BMW, sendo uma das mais conceituadas do mundo. A marca, sinônimo de qualidade e alto padrão de conforto, tornou-se também famosa pela fabricação de automóveis de custo elevado e geralmente destinados a membros da realeza e chefes de Estado em todo o mundo;
Fonte: Wilkpedia
Autor(a): linejack
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
`` Secret feelings`` ``Meu deus, preciso passar nessas provas infernais de morfologia, não quero passar minhas férias estudando essa merda de novo, tenho apenas seis horas pra entender três sistemas, ai porque fui à festa ontem, bom melhor esquecer isso, sinto o aquela cica ...
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