Fanfic: Eternal- Parte 1 | Tema: Monstros

‘’ Nossa esse pub está muito lotado, que festa lotada no Duck, mal consigo ouvir meus pensamentos nessa zona, gente gritando com os placares dos jogos de futebol nas TV’s,cheiro de fritura  e malte invadia o ar, apesar de estar nevando lá fora, aqui está um forno, nossa mesa está tão cheia que mal os caneco de cerveja cabem na mesa, a maioria eram universitários, a procura de diversão para maiores, Deus me tire daqui...’’

            Os gêmeos contavam histórias da faculdade, todos riam e batiam as canecas na mesa, Liv ficava apenas atenta e dava algumas risadas de lado, havia mais três rapazes que pelo ele presumia eram da faculdade deles, e mais três belas moças, que eram provavelmente o convite dos rapazes, Liv não entendia porque era tudo tão sem graça, porque estava tudo em preto e branco, seu coração e nem sua mente não estava lá, ela queria negar, sabia que era impossível, não entendia se naquele dia havia se prometido que iria esquecê-lo, então porque ainda perdurava? Seu coração se tornou prisioneiro daqueles olhos tristes e lindos, mas não queria me afirmar a si mesmo, quando de repente alguém a cutuca e ela desperta do seu devaneio.

- Ah Liv viveu com a gente na nossa infância ela sabe que a gente aprontou pra caramba! – Mathew gargalhava enquanto Liv tomava sua soda rindo e assentindo,

- Eu lembro que eu, meu irmão e a Liv a gente entrava escondido na casa da senhora Palmer, e roubamos as tortas de maçãs dela, nossa eu lembro ela saindo atrás da gente com a vassoura e a Liv caiu e perdemos duas tortas! – Todos caíam na risada, e Liv também voltando aquela engraçada memória.

- Até hoje tenho a cicatriz da mureta que caí... E como vai a senhora Palmer? Não vi ela na cidade? – Liv estava mordiscando uma batata frita, percebeu que todos olhavam sem graça e com pontos de interrogação na cabeça,Liv estranhou e Andy encostou-se ao seu ombro e um tom baixo contou.

- Liv a Palmer está num hospital psiquiátrico, o marido dela foi morto recentemente por esse assassino que estão falando na cidade. – Liv se gelou, sua face ficou pálida, sua mente voltou-se de novo para as suas lembranças. – Andy que horrível eu não sabia... – Disse Liv gaguejando, Andy olhou com pena. – Eu também não sabia, meu pai contou pra gente. – Liv respirou fundo e lamentou – Bom, tomara que ela melhore, coitada. – Andy assentiu e segurou o ombro de Liv. – Relaxa, eles vão encontrar o assassino. – Liv ficou curiosa, então resolver perguntar.

- O que está acontecendo Andy essa história de assassinatos? – Andy entendeu que estava Liv querendo mais informações, e não viu o porquê de não contar, ela se aproximou de Liv.

- Olha como o meu pai é policial a gente sabe dessas coisas, na verdade Liv a coisa tá feia, a cidade está em estado de atenção, estão quase chamando a Interpol, em dois anos foram mais de duzentos assassinatos e pra uma cidade pequena é um número muito alto, e a polícia não sabe o que fazer.

- Mas há pistas, quando isso começou?

- O primeiro registro foi há dois anos, geralmente pelo que as fichas informaram são atacados á noite, a maioria homens, e o mais engraçado, nem marca de tiros, facadas ou estrangulamento, apenas furos, furos pequenos, como se algo tivesse mordido apenas, a perícia disse que ao analisar os corpos quase não há sangue nos neles, e daqui pra cá a coisa só piorou, antes era um a cada mês, agora em dias está tendo ataques, a polícia pediu pra que todos de noite fiquem em grupos ou em suas casas, aqui onde estamos tem dois carros da polícia fazendo ronda... – Liv não estava acreditando, ela sabia muito bem o que era, sua suspeita estava certa.

- Andy o que você acha que pode ser?

- Olha de verdade eu não sei, é alguém que dever se profissional nisso... – Liv se aproximou e sussurrou para Andy.

- Você acredita que pode ser vam...

- Olá gente... – Liv se assusta e olha para cima e vê Alec, com um grande sorriso, todos saúdam sua chegada, enquanto Liv recuperava o fôlego... – Desculpa galera estava terminando alguns afazeres. – Alec sentou-se do lado Liv, que olhava sem graça, Mathew quase bêbado apresentava seus colegas.

- Alec essa é a Liv, uma amiga da nossa infância, Liv esse é Alec nosso amigo.

- Eu conheço a senhorita Liv, ela estava no trem que vinha pra cá. – Alec olha minuciosamente para ela, seus olhos ficaram esmeraldas e Liv ficou sem graça.

- Olha que bom! Bom quero fazer as apostas das finais, quem começa? – Andy acabou se distraindo com as apostas já que era fanática por futebol, enquanto Liv estava receosa e segurava as mãos apreensiva, Alec se aproximou de Liv e riu.

- Você é sempre tão quieta? Liv olha com indiferença;

- Não, apenas falo quando eu preciso...

- Uma jovem sabe a hora que fala, muito madura, eu acho que as uso até demais... – ‘’ Acho que sim’’ Resmungou Liv na sua mente. – Mas me conte, como é as aulas do seu curso? – Liv viu que não tinha muito que fazer então se distraiu com a conversa.

- Ah você é também da área biológica devia ter noção de como é... – Alec riu e tomou um gole da cerveja.

- Sim, mas eu faço botânica, estudo as plantas, e você biologia humana...

- Você é ciências biológicas, deve ter tido alguma coisa sobre isso...

- Sim de novo, mas eu me aperfeiçoei na área botânica, é mais silencioso...

- Como assim?

- Primeiro que a plantas não gritam como bebês e elas são tão complexas quanto os humanos, fora que são umas das grandes responsáveis ambientalmente de estarmos conversando aqui...

- Bom, faz sentido, as plantas são seres fantásticos...

- Tem muitos amigos no campus Liv?

- Ah, nem tanto, mais meus colegas de classe ou de quarto, eu trabalho também então sem muito tempo.

-Ah eu também trabalho bastante no campus, as vezes nem tempo para almoçar. Você tem namorado? – Liv se surpreendeu com a pergunta, não acreditava que tinha que se lidar com aquilo naquela altura do campeonato.

- Ah... Não... E você? – Liv indagou a pergunta em sua mente.

- Ah também no momento não, faz um bom tempo que não namoro, mas estou intrigado...

- Com o quê?  - Liv olha com dúvida.

- Garotas da sua idade não são tão centradas como você...

- Eu tive momentos na minha vida que fui obrigada a amadurecer, mas ainda gosto de festa do pijama... – Alec riu junto com Liv.

- Olha amanhã à tarde vou fazer algumas pesquisas na vegetação da praia para a faculdade quer vir comigo? Liv não viu o porquê de não ir.

- Tudo bem.

- Ótimo te encontro no cais ás duas e meia, vai com roupas confortáveis e botas de canos longos, vamos andar amanhã pela vegetação.

- Ok, duas e meia, entendi, vai ir mais pessoas?

- Ah sim, vai o meu professor também e os meus colegas da faculdade, tomara que amanhã não chova.

- Ah entendi. Alec pediu mais uma rodada, e as conversas iam e vinham, Liv se deixou levar com o momento que Alec dialogava, foi uma bela distração de seus devaneios.

            - Liv, fique comigo... – Liv se olhava estava em uma floresta, essa voz invadia, ela sabia de quem era, ela procurava, mas não via ninguém, corria para todos os lados e a voz se repetia.

- Liv não vá...

- Liv estou aqui... - Liv estava desesperada, colocava as mãos na cabeça e as lágrimas rolavam, sua voz não saia, a chuva começou a cair, ao ver suas mãos os pingos eram sangue, sua face ficou pálida e ajoelhou no chão, quando olhou para o horizonte a sua frente Bruce estava parado despido de roupas, Liv olhou para si e viu que também estava, Bruce puxou para si, e deitou seu corpo sob o dela, e passou as mãos nos seu cabelos e a fitou.

- Você é minha amor. E Bruce estava nela.

- Bruce... – Liv gemeu... E de repente seus olhos se abrem para luz do dia, Liv estava com seu coração pulsando, estava revirada no meio das suas cobertas, olhou para o relógio era cedo ainda, ficou assustada com o sonho, olhou para cima, e estava certa que não havia esquecido e pior, havia sentimentos ali, aquele sonho mostrou o que inconsciente queria, ele para si, seu desejo era esse, e não podia negar, mas a sua realidade não deixava sentir mais que apenas um sentimento, algo impossível, algo perigoso, mas totalmente desejado, Liv apertou seu travesseiro, mesmo com a conversa com o charmoso Alec e o álcool, não a impediu de tirar os seus pensamentos obscuros, sua consciência mandou esse recado, ‘’ Mas porque nós mulheres sempre se fode nessa situação? Por que nunca ao contrário? O homem se apaixona por uma imortal, não assim não tem graça... ’’ Resmungou e deu um soco no travesseiro, levantou tomou um copo d’água para se acalmar, olhou para janela, onde a calada manhã de abria e a neva cobria a paisagem, voltou-se para cama, onde Peludo estava deitado esperando Liv, ficou acariciando o cão enquanto tentava se distrair com TV, e o sono voltou a sua mente, sua mente queria sonhar com tudo menos com o sonho anterior, mas o seu coração implorava por aquele momento promíscuo.

            Liv acordou melhor, sua mente apenas descansou, levantou tomou banho, e se arrumou para o encontro com Alec, se agasalhou bem, seria um dia frio, desceu as escadas e fez o desjejum, apenas sua avó estava na casa fazendo o almoço, serviu a Liv panquecas e ovos.

- Nossa Liv acordou bem tarde você deve ter se divertido bastante ontem, o pai dos gêmeos nos falou que deixaram vocês aqui cinco da manhã.

- É vó, nós nos divertimos bastante ontem.

-Conheceu algum rapaz? Liv se engasgou com cappuccino, mas se recompôs rapidamente e riu.

- Não vó, estou velha pra isso... Maria riu e colocou a mão no ombro.

- Ai então imagina eu.

- Não você é uma garota vó...

-Sei, seu avô está na oficina vai almoçar ou vai sair?

- Ah não vou sair, eu vou encontrar um amigo meu no cais daqui a pouco. –Liv fatiava a panqueca apreensiva. Maria para de lavar o prato e vira-se para Liv e ri.

- Quem é esse seu amigo?

- Ah é um kara que conheci chama-se Alec.

- Então você conheceu alguém ontem... Liv desvia seu olhar sem graça, Maria balança a cabeça e volta a lavar a louça. - Ai Liv...

- Ah nada demais vó, ele é um colega da faculdade, hoje vamos pesquisar a vegetação litorânea e vai mais gente também.

- Bom tudo bem, acho que vai te fazer bem, cuidado tá bom? Não se afaste do grupo. – Liv levanta e coloca o prato na pia, e dá um beijo rápido em Maria.

- Pode deixar, vou indo pra não me atrasar.

- Liv volte ás seis, preciso da sua ajuda com os cupons,

- Tá bom, tchau vó. – Liv sai apressadamente e o frio estava mais ameno que ontem, caís ficava apenas alguns quarteirões em poucos minutos já chegava a baía, no começo do caís estava um grupo, Liv se aproximou, e estavam vários universitários e Alec se aproximou sorridente.

- Oi Liv, descansou bem?

-Sim e você.

-Estou bem também, hoje está ótimo para explorar a mata, todo mundo aqui são pesquisadores você vai ver que é bem legal.

- Que bom. – Alec segurou na mão de Liv e foi a apresentando aos alunos, todos eram bem simpáticos e cheios de aparelhagem científica, mais a frente um rapaz alto com cabelos claros fazia anotações, Alec se aproximou e tocou no seu ombro.

- Professor quero você conheça uma pessoa. – Ela se vira para Liv, ao encontrar os seus olhos nos da Liv, ela congelou.

- Sim,

- Esse é a Liv uma estudante também do nosso campus no curso de farmácia... - Liv ficou paralisada, estava sem voz, ele abriu um sorriso de lado e a fitou com seus olhos âmbares e profundos.

- Olá Liv, prazer em conhecê-la. É interessante alguém de uma área diferente se juntar a nós hoje. - Ele apertou a mão de Liv que estava trêmula.

- Liv esse é o professor James ele que vai nos ajudar hoje. – Liv estava sem reação com os olhos atordoados.

- O... Prazer, é meu... - Ele lembrava alguém muito familiar... ‘’ Merda!’’ Gritou em sua mente.