Fanfic: Algum Dia. | Tema: Vondy

Dulce 

DOIS MESES DEPOIS... 

Eu e Christopher estávamos cada vez mais grudados e apaixonados. Gustavo adorou saber que estamos juntos outra vez, assim como todos os nossos amigos. O sexo do bebê ainda não sabemos, pois não deu para ver.

Ainda continuava com aquela sensação de alguém me observando, mas não deve ser nada demais.

Estava vendo TV na sala enquanto Ucker colocava Gustavo para dormir, quando Isabel entrou na sala.

— Dona Dulce, chegou uma carta para você. − me entregou.

— Obrigada, Isa. − sorri, olhei a carta e não tinha remetente, só o meu nome. − Não sabe de quem é?

Ela deu de ombros.

— Apenas encontrei no chão perto da porta. Alguém deve ter colocado por baixo.

Assenti e ela se retirou.

Estranho.

Abri a carta e comecei a ler.

Dulce,

      deve estar achando isso muito estranho, não é? Pois bem, vim aqui contar umas verdades. Se lembra do Dérrick? Não achou estranho ele ter `sumido` do nada quando você começou a ficar com o Christopher? Não suspeitou quando ele reapareceu  e depois desapareceu de novo? Acho que nem se importou, não é mesmo? Déh e eu sempre tivemos um caso. Desde quando eu namorava o Christopher. Quando ele sumiu, na verdade ele veio para os Estados Unidos e comprou uma casa para nós, pois íamos nos casar. Não se preocupe, meu filho é do Ucker. Dérrick é istério, não pode ter filhos. Tem um exame dentro do envelope confirmando tudo. Mas nós íamos ficar juntos e construir uma família feliz. Mas deu tudo errado. Descubri que ele me traía com minha melhor amiga e estava noivo. Eu não aguentei, fiquei louca de raiva, ciúmes. Fiquei magoada. Ele me disse que não queria criar um filho de outro cara, que eu era uma v/adia, p/uta e coisa pior. Fiquei descontrolada, não sabia o que estava fazendo. Foi tudo tão rápido... Peguei uma faca e comecei a esfaqueá-lo sem dó. Minha "amiga" também. Os dois não sobreviveram. Saí descontrolada pela rua sem olhar para trás, nem para os lados. E foi quando aconteceu. Um carro veio em alta velocidade e acabou me atropelando, a primeira coisa que quis saber era se meu filho estava bem. Até que vi Ucker ao meu lado e pedi para que colocasse o nome de Gustavo. Disse também que o amava e não era mentira. Era um amor diferente. Desmaiei e fiz todo mundo achar que estava morta, não vi meu filho nascer, mas soube que estava tudo bem. Os médicos me internaram em uma clínica psiquiátrica e estou aqui até hoje, com direito a poucas saídas e foi em uma dessas que vi você com um garotinho na porta da escola. Perguntei para uma criança o nome dele e confirmei: era o Gustavo. Parece que você e Ucker estão bem e fico feliz por isso, pois meu filho terá uma mãe que o merece. Sei que nunca nos demos bem, mas desejo de coração que vocês sejam uma família muito feliz. Vocês se amam e sempre foi assim.

                                                  Natália. 

Não acredito no que acabei de ler. Olhei dentro do envelope e tinha um exame que comprovava a paternidade do Ucker e a doença do Dérrick. Eu estava tremendo, chorando e desesperada. Natália não morreu.