Fanfics Brasil - Bєijøs dє Vαмρirø - αdαραŧαdα - DyC -

Fanfic: Bєijøs dє Vαмρirø - αdαραŧαdα - DyC -


Capítulo: 17? Capítulo

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Capítulo 15 - Convidado Gótico

Eu
não podia contar a minha mãe sobre o meu misterioso convite para a
Mansão. Ela diria que não, eu não poderia ir. Eu diria que sim, eu
podia. Ela me poria de castigo; eu fugiria. Seria tudo muito dramático.
Eu estava certa que nada me impediria de ir, até que meu pai solta uma
bomba na manhã do dia primeiro de Dezembro.
“Eu vou levar sua mãe
para Vegas hoje a noite!” ele disse, me puxando de lado. “É tudo em
cima da hora. Nós estamos indo hoje a tarde.”
“Não é romântico?”
Minha mãe riu alegremente pegando a mala do armário do hall. “Seu pai
nunca fez nada assim para o nosso aniversário antes!”
“Então você estará no comando da casa e vai cuidar do Christian,” meu pai falou.
“Cuidar do Christian? Ele tem onze anos!” Eu gritei, seguindo eles para dentro do quarto.
“Aqui
é aonde podemos ser contatados caso você tenha algum problema,” ele
disse me entregando um pedaço de papel com um número de telefone. “Seu
emprego na loja da Angelique provou que você pode ser responsável. Nós
voltaremos amanhã depois do jantar.”
“Mas eu tenho planos!”
“Então
convide a Annie para vir aqui hoje.” Ele atirou uma escova de cabelo
dentro da mala. “Você está sempre indo na casa dela. Mas escolha um
filme que vocês todos gostem.”
“Annie? Ela é a única amiga que você acha que eu tenho? Tipo, como se tudo que eu fizesse da vida é assistir TV?”
“Alexandre, eu devo levar esse?” minha mãe interrompeu segurando um vestido vermelho sem alças.
“Eu tenho desesseis pai. Eu quero sair no sábado a noite!”
“Eu
sei,” minha mãe disse colocando um par de sandálias de salto alto
vermelhas na mala. “Mas não hoje a noite. Seu pai me fez uma surpresa!
Ele não havia feito isso desde a faculdade. Apenas essa vez, Dulce,
depois você pode ter todos os Sábados que você quiser.” Ela me beijou
no topo da cabeça, não esperando por uma resposta.


“Eu vou ligar a meia noite em ponto,” meu pai
avisou, “só quero ter certeza que você e Christian não estão brigando e
que a minha raquete de tênis ainda está no armário.”
“Não se preocupe eu não vou dar uma festa,” eu disse raivosa.
“Bom mesmo, eu posso ter que usar a casa como garantia na mesa de 21.”
Ele
foi até o armário e tirou uma jaqueta. Eu entrei no meu quarto e puxei
meus cabelos, com raiva. Em todos os desessete anos que meus pais
estiveram casados, meu pai tinha que escolher esta noite para fazer uma
surpresa para minha mãe?

Era sete e meia da noite quando eu
contei as notícias para o Nerd Boy – ou melhor, Christian Boy. Eu
estava usando a minha melhor roupa de sábado a noite: um mini-vestido
preto de lycra com um top de renda preta, meia calça preta, botas de
combate, batom preto e brincos prata com ônix.

“Eu vou sair hoje a noite.”
“Mas é para você ficar aqui.” ele olhou para a minha roupa como um pai superprotetor. “Você tem um encontro!”
“Eu não tenho. Eu apenas tenho que sair.”
“Você
não pode! Eu não vou deixar. Eu vou contar.” Christian Boy teria amado
ficar em casa sozinha, mas ele amava mais o seu súbito poder sobre mim.
“Annie está vindo para ficar com você. Você gosta da Annie.”
“É, mas ela gosta de mim?”
“Ela ama você!”
“Sério?” ele perguntou, com olhos de garoto apaixonado.
“Eu pergunto quando ela chegar aqui. Annie você ama meu irmão de onze anos de idade?”
“Não! É melhor você não fazer isso!”
“Então prometa se comportar.”
“Eu
vou contar. Você está me abandonando! Qualquer coisa pode acontecer. Eu
posso estar na internet e conhecer alguma mulher louca que queira casar
comigo.”
“Você não teria tanta sorte,” eu disse olhando pela janela, procurando pela Annie.
“Você vai entrar em tantos problemas!”
“Deixe de ser um bebê! Mostre seus joguinhos de computador para Annie. Ela vai pirar com aquele do alien.”
“Se você sair, eu vou ligar pra eles em Vegas.”
“Não se você valoriza sua vida. Eu amarro você na cadeira se precisar!”


“Bom, tudo bem, apenas tenha certeza de que
você estará aqui a meia note. Eu não vou fingir que você está no
banheiro ou coisa assim.”
Pela primeira vez que eu possa me lembrar
eu abracei meu irmão. E eu abracei ele de verdade, um abraço do tipo
May, do tipo que você realmente sente o calor da outra pessoa.
“Onde está Annie!” ele gritou, agora jogando para o meu time. “Você precisa ir!”
De repente a campainha tocou e nós dois voamos pelos degrais. “Onde você estava?” Eu pedi.
Annie apareceu com pacotes de pipoca de microondas na mão. “Eu achei que você tinha dito as oito.”
“Eu tenho que estar lá as oito!”
“Droga, e eu achei que estava adiantada. Leve a caminhonete,” ela disse, entregando as chaves pra mim.
“Valeu. Como eu estou?” Eu perguntei, mostrando meu modelito.
“Irada!”
“Sério? Valeu!”
“Você parece um anjo da noite,” meu irmãozinho adicionou.
Eu olhei rapidamente no espelho do corredor e sorri. Poderia ser a última vez que eu realmente poderia ver meu reflexo.
“Divirtam-se vocês dois, e cuide bem do Christian ok?”
“Quem?” ela perguntou, confusa.
“Christian. Meu irmão.”
Os dois riram. Eu peguei minha jaqueta e voei pra for rápida como um morcego.

Alguns
odiosos cidadões de Dullsville haviam pichado VÃO PARA CASA MONSTROS!
no muro perto do portão da Mansão. Poderia ter sido o Memo. Poderia ter
sido qualquer um. Eu senti um vazio no meu estômago.
Eu acho que os
Uckermann não tinham muitos visitantes – não havia interfone no portão.
Era pra mim esperar, ou pular? Mas daí eu percebi que o portão estava
aberto. Para mim. Eu andei pelo longo caminho da garagem olhando para a
janela cortinada do sótão, esperando que eu fosse capaz de finalmente
vê-la por dentro.
Qualquer coisa poderia acontecer hoje a noite.
Eu realmente não sabia o que esperar. O que teríamos para jantar? O que
vampiros comem afinal?
Eu bati na porta gentilmente com a maçaneta de serpente.
A grande porta abriu vagarosamente e o Homem Assustador me recebeu com o seu meio sorriso.


“Que bom que você pode vir,” ele disse com o
seu fino sotaque Europeu, diretamente de um filme preto e branco de
terror. “Posso pegar seu casaco?”
Ele levou minha jaqueta de couro para algum lugar.
Eu
fiquei parada no corredor, espreitando sinais de qualquer coisa que
parecesse ameaçadora. Onde estava a minha companhia para jantar afinal?
“Christopher
irá se juntar a você em alguns minutos,” Assustador disse, retornando.
“Gostaria de sentar na sala de desenhos enquanto aguarda?”
“Claro,”
Eu concordei, e fui guiada para uma sala enorme, do lado da sala de
estar. Era decorada simplesmente com duas cadeiras escarlates estilo
Vitorianas e um divã. A única coisa que não parecia velha e empoeirada
era o pequeno piano de cauda no canto. O Cara Assustador deixou-me
novamente e eu aproveitei a oportunidade para xeretar. Haviam livros
com capa de couro em alguma linguagem estrangeira, partituras de música
empoeiradas, e alguns mapas amassados, e isso não era nem sua
biblioteca.
Eu acariciei a escrivaninha de carvalho. Que segredos
estavam nos seus desenhos? Então eu senti a mesma presença que eu havia
sentido da última vez que visitei a Mansão. Christopher tinha chegado
na sala.
Ele parou, misteriosamente lindo. Seu cabelo estava liso e
brilhante e ele estava usando uma camisa preta de seda e jeans preto.
Eu estava ansiosa para ver se ele estava usando o anel de aranha, mas
ele mantinha as mãos atrás das costas.
“Sinto muito pelo atraso. Eu estava esperando pela babá,” eu confessei.
“Você tem um filho?”
“Não, um irmão!”
“Certo,” ele disse com uma risada estranha, seu rosto pálido vindo a vida.
Ele
estava ainda mais lindo que o Memo, mas não era convencido, mais do
tipo um pássaro ferido que precisa ser segurado. Como se ele estivesse
vivendo numa masmorra toda a sua vida e esta era a primeira vez que ele
via outro humano. Ele parecia desconfortável com conversas e escolhia
suas palavras cuidadosamente, como se uma vez que ele dissesse, ele não
poderia retirá-las.


“Sinto muito por mantê-las esperando,” ele
começou. “Eu estava pegando isso para você.” E timidamente estendeu
cinco flores selvagens.
Flores? Não é possível!


“São para mim?” eu estava completamente
estupefata. Era como se tudo estivesse se movendo em slow motion. Eu
peguei as flores dele, tocando suavemente suas mãos no processo. O anel
de aranha prendeu meu olhar.
“Eu nunca havia ganho flores antes. São as mais lindas que eu já vi.”
“Você deve ter centenas de namorados,” ele disse, olhando para suas botas. “Eu não acredito que eles nunca lhe deram flores.”
“Quando
eu fiz treze anos, minha avó me mandou um buquê de tulipas num pote de
plástico amarelo.” Por mais idiota que soasse era melhor que dizer, “Eu
nunca ganhei flores dos meus centenas de namorados, porque eu nunca
tive um namorado!”
“Flores de avós são especiais,” ele falou estranhamente.
“Mas por que cinco?”
“Uma para cada vez que eu vi você.”
“Eu não tive nada a ver com a pichação –“
O cara assustador apareceu. “O jantar está pronto. Devo colocá-las na água senhorita?”
“Por favor,” eu disse, apesar de não querer me separar delas.
“Obrigado Christian,” Christopher disse.
Christopher
esperou eu deixar a sala primeiro, saindo diretamente de um filme de
Cary Grant, mas eu estava incerta de qual caminho seguir.
“Eu supunha que você soubesse o caminho,” ele provocou. “Você gostaria de algo para beber?”
“Claro, qualquer coisa.” Espere um minuto – qualquer coisa? Então eu disse, “Na verdade, água seria ótimo!”
Ele voltou alguns momentos depois com duas taças de cristal. “Espero que esteja com fome."
“Eu sempre estou com fome,” eu flertei. “E você?”
“Raramente com fome,” ele disse. “Mas sempre com sede!”
Ele
me guiou para a sala de jantar ilumidada por velas, dominada por uma
longa e descoberta mesa de carvalho, arrumada com pratos de cerâmica e
talheres de prata. Ele puxou minha cadeira, então sentou a milhões de
quilômetros distante, do outro lado da mesa. As cinco flores estavam em
um vaso de cristal, bloqueando minha visão.
O cara assustador –
quero dizer, Christian – veio empurrando um carrinho e me presenteou
com um cestinho de pãezinhos quentinhos.


Ele retornou com uma tigela de cristal cheia
de uma sopa esverdeado. Considerando o número de pratos a serem
servidos, a lerdeza de Christian e o comprimento da mesa, nós
ficaríamos aqui por meses. Mas eu não me importava. Eu não queria estar
em nenhum outro lugar no mundo.
“É goulash húngaro ,” Christopher
constatou porque eu olhava nervosa para a sopa pastosa. Eu não fazia
idéia do que – ou quem – estava nisto, e conforme Christopher e
Christian aguardavam pela minha reação eu percebi que eu deveria provar.
“Yum!”
Eu exclamei, engolindo meia colheirada. Era muito mais deliciosa que
qualquer outra sopa que eu já havia comido, mas igualmente mais picante!
Minha língua estava pegando fogo e eu imediatamente tomei o resto da minha água.
“Espero que não esteja muito picante,” Christopher disse.
“Picante?” Eu engaguei, meus olhos ardendo. “Você tem que estar brincando!”
Christopher
sinalizou para que Christian me trouxesse mais água. Pareceu uma
eternidade, mas ele voltou com a jarra. Eventualmente eu consegui meu
fôlego novamente. Eu não sabia o que perguntar para Christopher, mas eu
queria saber tudo dele.
Eu conseguia deduzir que Christopher tinha menos amigos que eu. Ele parecia desconfortável na sua própria casa.
“O que você faz o dia todo?” Eu perguntei como uma repórter de TV, quebrando o gelo.
“Eu queria saber a mesma coisa sobre você,” ele disse.
“Eu vou para escola. O que você faz?”
“Durmo.”
“Você dorme?” Isso era uma grande notícia! “Sério?” eu perguntei ceticamente.
“Há algo de errrado com isso?” ele disse, retirando seu cabelo dos olhos.
“Bom, a maioria das pessoas dorme a noite.”
“Eu não sou a maioria das pessoas.”
“Verdade...”
“E
você também não é,” ele disse, me encarando com seus olhos repletos de
significado. “Eu pude dizer quando eu vi você no Halloween vestida como
tenista. Você parecia meio velha para estar fazendo
doces-ou-travessuras. E você tinha que ser diferente para achar que
aquela roupa era uma fantasia.
“Como você conseguiu meu endereço?”


“Christian deveria devolver a raquete para
você, mas ao invés disso entregou para um jogador de futebol loiro que
disse que era seu namorado. Eu poderia ter acreditado na história se eu
não tivesse visto você dar uma raquetada na mão dele e fugir sem ele.”
“Bom, você está certo, ele não é meu namorado. Ele é um otário da escola.”
“Mas
felizmente ele disse para Christian seu nome e endereço para confirmar
a história. Foi assim que eu sabia como achar você. Eu não acho que
acharia você explorando a casa de novo.”
Seus olhos sonhadores encaravam-me diretamente.
“Bem... Eu...”
Nossa risada ecoou na Mansão.
“Onde estão seus pais?” eu perguntei.
“Romênia.”
“Romênia? Não é aonde o Drácula viveu?” Eu perguntei, insinuando.
“Sim.”
Meus olhos iluminaram. “Você é parente do Drácula?” eu perguntei.
“Ele
nunca apareceu na reunião de família,” ele provocou numa voz ansiosa.
“Você é uma garota diferente. Você certamente traz vida à Dullsville.”
“Dullsville? Fala sério! É do que eu chamo essa cidade!”
“Bom, o que mais pode-se chamar? Não há vida noturna aqui, há? Não para pessoas como eu e você.”
Vida noturna. Pessoas como eu e você. Você quer dizer vampiros, eu queria dizer.
“Eu prefria viver em Nova Iorque e Londres,” ele continuou.
“Eu
aposto que tem muito para se fazer de noite lá. E muitas pessoas da
noite.” Nesse momento Christian veio para retirar o goulash e nos
servir a carne.
“Espero que você não seja vegetariana,” ele disse.
Eu olhei para o meu prato. O bife estava meio mal-passado. Mais mal passado, conforme o sangue
(não é tipo sangue, é aquela “água” que sai da carne, enfim, vocês entenderam! :B) escorria em direção ao purê de batata.
Ele
era tão mais misterioso e engraçado do que eu poderia ter imaginado. Eu
estava enfeitiçada enquanto eu espreitava ele através das flores.
“Tenho certeza que está delicioso,” ele disse. Ele olhou enquanto eu comia um pedaço. “Yum! Novamente.”
De repente ele olhou para mim com olhos tristes.

“Escuta, você se importa –“ Ele pegou seu
prato e andou na minha direção. “Tudo que eu posso ver são as flores, e
afinal, você é muito mais bonita.”
Ele colocou o prato dele do lado
do meu e arrastou sua cadeira para perto. Eu pensei que eu iria
desmaiar. Ele sentou-se sorrindo e enquanto comíamos sua perna
levemente encostando-se à minha. Meu corpo estava eletrificado.
Christopher era engraçado, lindo, e bizarro numa maneira sexy. Eu
queria saber tudo sobre sua vida. Não importava quantos anos ele tinha,
dezessete ou dezessete mil.
“O que você faz a noite? Onde mais você viveu? Por que você não vai a escola?” eu tagarelei de repente.
“Vai devagar.”
“Hm... onde você nasceu?”
“Romenia.”
“Então onde está seu sotaque romeno?”
“Na Romênia. Nós viajamos constantemente.”
“Você já foi à escola?”
“Não eu sempre tive um tutor.”
“Qual sua cor favorita?”
“Preto.”
Eu lembrei da Sra. Peevish. Eu fiz uma pausa e perguntei, “O que você quer ser quando você crescer?”
“Você quer dizer que eu não sou crescido?”
“Isso é uma pergunta, não uma resposta,” eu disse timidamente.
“O que você quer ser?” ele perguntou.
Eu olhei nos seus profundos, escuros e misteriosos olhos e sussurrei, “Uma vampira.”
Ele
me encarou curiosamente e pareceu perturbado. Então ele riu “Você é uma
arranja-problemas! (riot)” Então ele olhou para mim afiado. “Dulce,
porque você invadiu a casa?”
Eu desviei o olhar, embarassada.
Christian
trouxe alguns bolinhos no carrinho. Ele acendeu um fósforo e chamas
acenderam-se ao redor da sobremesa. “Flambado!” ele anunciou. E bem na
hora.

Christopher apagou nossas sobremesas e falou para
Christian que iríamos terminar nosso jantar lá fora. “Eu espero que
você não tenha medo do escuro,” ele disse, me guiando em direção da
sacada.
“Medo? Eu vivo para isso!”
“Eu também,” ele disse,
sorrindo. “É realmente o único jeito para se ver as estrelas
apropriadamente.” Ele acendeu uma já meio derretida vela no peitoril.
“Você trás todas as suas namoradas aqui?”

eu perguntei, cutucando a vela usada.
“Sim.”
Ele riu. “E eu leio para elas a luz de velas. O que você gostaria?” ele
perguntou, apontando para uma pilha de livros didáticos no chão.
“Funções e Logarítimos ou Culturas de Grupos Minoritários?”
Eu ri.
“A lua está tão bela hoje,” ele disse, olhando pela sacada.
“Me faz pensar em lobisomens. Você acha que um homem pode se transformar em animal?”
“Se ele estiver com a garota certa,” ele disse com uma risada.
Eu
fui para perto dele. O luar iluminava seu rosto levemente. Ele era
lindo. Beije-me, Christopher. Beije-me agora! Eu pensei, fechando os
meus olhos.
“Mas nós temos toda a eternidade,” ele disse de repente. “Por hora vamos apreciar as estrelas.”
Ele
pousou sua taça de sobremesa no peitoril e assoprou a vela, e eu
rapidamente peguei sua mão. Não era uma mão do tipo Memo, nem uma
esquelética mão como a do Fercho Boy. Ele tinha a melhor mão do mundo!
Nós
deitamos na grama fria e olhamos as estrelas, de mãos dadas. Nós
relaxamos em silêncio, nossas mãos se esquentando juntas. Eu sentia as
perninhas do anel aranha. Eu queria beijá-lo. Mas ele apenas olhava as
estrelas.
“Quem são seus amigos?” Eu perguntei, virando para ele.
“Eu sou sozinho.”
“Eu aposto que você conheceu milhares de garotas legais antes de você se mudar para cá.”
“Legal é uma cosia. O tipo de garota que aceita você pelo que você realmente é outra. Eu quero alguma coisa... que dure.”
Que dure? Para a eternidade? Mas eu não podia perguntar isso.
“Eu quero um relacionamento em que eu possa finalmente cravar meus dentes dentro”
Sério? Bom, eu sou sua garota! Eu pensei. Mas ele não virou para mim; ao invés, Christopher olhava para o céu.
“Então você não tem nenhum amigo aqui?” Eu perguntei tentando extrair dele mais informações.
“Apenas um.”
“Christian?”
“Alguém que usa batom preto.”
Nós dois encaramos a lua em silêncio. Eu sorri alegremente pelo elogio.
“Com quem você sai?” ele finalmente perguntou.

“Annie é a única que me aceita, e isso é
porque eu sou a única que não zoa dela.” Nós dois rimos. “O resto pensa
que eu sou estranha.”
“Eu não.”
“Sério?” Ninguém jamais disse isso pra mim na minha vida inteira. Ninguém.
“Você se parece bastante comigo,” ele disse. “Você não me olha como se eu fosse um monstro.”
“E eu chutarei qualquer um que olhe.”
“Eu acho que você já fez isso. Ou pelo menos bateu nele com uma raquete.”
Nós
rimos no luar e eu coloquei meu braço livro no seu peito e abracei ele,
como meu Companheiro Gótico acariciou gentilmente meu braço.
“Será que são corvos (Dulces)?” Eu perguntei, apontando para uma agitação de azas negras circulando alto acima da Mansão.
“Não são pássaros – são morcegos.”
“Morcegos! Eu nunca vi morcegos por aqui, até que você se mudou.”
“É, nos achamos alguns no sótão. Christian os libertou. Eu espero que eles não assustem você. Eles são criaturas maravilhosas.”
“É preciso um para conhecer o outro, certo?” eu insinuei.
“Mas não se preocupe. Eles nunca descem e se enrolam e cabelos cor de azevinho como o seu. Apenas em cabelos de shopping.”
“Eles gostam de spray para cabelo?”
“Eles odeiam. Eles sabem que cabelos de shopping ficam horríveis!”
Eu ri e ele começou a suavemente acariciar meu cabelo. O toque dele me acalmava. Eu achei que ia derreter dentro da terra.
Ele certamente estava demorando muito mais do que Memo. Eu comecei a passar a mão no seu cabelo, que estava sedoso do gel.
“Os morcegos gostam de gel?” eu perguntei.
“Eles amam o jeito que fica com um Armani de seda,” ele provocou de volta.
Eu
me balancei sobre ele e segurei seus braços abaixados. Ele olhou para
mim surpreso e sorriu. Eu esperei para ele me beijar. Mas ele não se
movia. É claro que ele não se movia – eu estava segurando ele! O que eu
estava pensando?
“Me diga sua coisa favorita nos morcegos, Garota Morcego,” ele pediu, enquanto eu encarava ele ansiosamente.
“Eles podem voar.”
“Você quer voar?”
Eu acenei em concordância.

Ele se virou sobre mim e segurava meus braços
abaixados. Novamente eu aguardei ele me beijar, mas ele não beijou. Ele
apenas encarava meus olhos.
“Então, qual a sua coisa favorita nos morcegos, Garoto Morcego?” eu pedi.
“Eu teria que dizer,” ele começou, pensando, “suas presas de vampiro.”
Eu engasguei, mas não por causa do comentário do Christopher. Um mosquito me mordeu no pescoço.
“Não tenha medo,” ele falou, apertando minha mão. “Eu não vou morder... ainda.” Ele riu da própria piada.
“Eu não tenho medo. Um mosquito me picou!” eu expliquei, coçando que nem louca.
Ele examinou a marca como um médico. “Está começando a inchar. É melhor colocarmos gelo.”
“Tudo bem. Acontece o tempo todo.”
“Eu não quero que você conte aos seus pais que você veio na minha casa e foi mordida!”
Eu queria contar para o mundo inteiro que eu fui mordida, mas o mosquito arruinou tudo.
Ele
me levou na cozinha e colocou gelo na minha pequena ferida. Eu ouvi o
relógio antigo badalar. Nove... badalada...Dez....badalada. Não!
Onze....badalada. Merda! Doze. Não pode ser!
“Eu tenho que ir!” eu exclamei.
“Tão cedo?” Ele pediu, desapontado.
“A
qualquer segundo meu pai vai estar ligando de Vegas, e se eu não
estiver lá para responder, eu estarei de castigo por toda a eternidade!”
Se
apenas eu pudesse ficar e viver com Christopher no seu sótão e ter o
Cara Assustador me trazer cereais Count Chocula toda manhã...
“Obrigada
pelas flores e o jantar e as estrelas,” eu disse apressada ao lado da
caminhonete da Annie, procurando na minha bolsa pelas chaves.
“Obrigado por vir.”
Ele
parecia um sonho e lindo e de alguma forma solitário. Eu queria meu
Companheiro Vampiro Gótico me beijando agora. Eu queria a boca dele no
meu pescoço e a alma dele na minha.
“Dulce?” ele disso cuidadosamente.
“Sim?”
“Você gostaria que eu...”
“Sim? Sim?”
“Você gostaria que eu…convidasse você de novo, ou você prefere invadir?”
“Eu adoraria ser convidada,” Eu respondi, esperando. Se ele me beijasse agora, nós ficaríamos juntos pela eternidade.

“Maravilhoso então. Eu ligo pra você.” Ele me
beijou de leve na bochecha. Na bochecha? Ainda, foi mais romântico e
fofo do que quando Derrick James havia me beijado na saída da Mansão e
muito mais romântico do que Memo me pressionando contra uma árvore. E
por mais que eu quisesse um beijo de verdade – um beijo de vampiro –
ele estava me mudando. Eu estava me transformando na mole, encantada,
babando, garota feita de marshballow.
Eu ainda podia sentir seus
lábios cheios e amáveis contra o meu rosto enquanto eu dirigia para
casa. Meu corpo tremia todo de excitação, saudade, paixão – sentimentos
que eu nunca tinha tido sobre um cara antes. E enquanto eu arranhava a
mordida que não era dela, eu apenas podia esperar não virar um mosquito
chupa-sangue.

“Papai está explicando para Annie as regras do
21,” Fercho sussurrou ansiosamente, enquanto eu corria pela porta. “Ele
já contou para ela sobre todos os cassinos e a história de Siegfried e
Roy. Ela está ficando sem hotéis na faixa!”
Eu sussurrei, “Valeu,” para Annie e rapidamente peguei o telefone.
“Annie
adora falar,” meu pai começou. “Eu não fazia idéia que ela era tão
fascinada sobre Las Vegas. Na próxima vez vou trazer ela. Ela me disse
que vocês ficaram a noite inteira vendo filmes de vampiro.”
“É...”
“A Vingança de Drácula pela décima-quinta vez?”
“Não. É um novo. É chamado Beijos de Vampiro.``
“É bom?”
“Eu dou nota dez!”


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Autor(a): lovedyc

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 23



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  • juhvnd Postado em 20/12/2011 - 13:15:20

    Oh, já acabou mesmo? Amei a web, pena que acabou... Vai continuar, ou acabou mesmo?

  • vondyforever01 Postado em 09/02/2010 - 23:38:16

    omg ñ diga q acabou =O
    ah ñ fim =/

  • vondyforever01 Postado em 03/09/2009 - 22:35:13

    posta ++++++++
    amei posta +++++

  • vondyforever01 Postado em 03/09/2009 - 22:35:06

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  • vondyforever01 Postado em 03/09/2009 - 22:35:00

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  • vondyforever01 Postado em 03/09/2009 - 22:34:53

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  • vondyforever01 Postado em 03/09/2009 - 22:34:45

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  • vondyforever01 Postado em 03/09/2009 - 22:34:40

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  • vondyforever01 Postado em 03/09/2009 - 22:34:32

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  • vondyforever01 Postado em 03/09/2009 - 22:34:27

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