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Fanfic: Bєijøs dє Vαмρirø - αdαραŧαdα - DyC -


Capítulo: 21? Capítulo

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Capítulo 19 - O Baile de Inverno

Eu
não podia ficar sentada quieta no resto das aulas. Nem na de álgebra,
história, geografia, ou Inglês, que eu passei embaixo das arquibancadas
de futebol compondo poemas de amor para Christopher. Eu corri para casa
e dancei no meu quarto. Eu tentei todas as peças de roupa que eu tinha
em um milhão de combinações até achar a perfeita.
“Você está bem?” Fercho Boy perguntou, espreitando na porta.
“Apenas pulando e dançando, meu irmãozinho precioso,” eu brilhei, dando um grande abraço e um beijo na cabeça.
“Você está louca?”
Eu
suspirei longamente. “Você vai entender um dia. Você vai conhecer
alguém que está conectada com você na sua alma. E então tudo vai ser
excitante e calmo ao mesmo tempo.”
“Você diz a Pamela Anderson?”
“Não, como uma garota nerd.”
Fercho Boy observou à distancia. “Eu suponho que não seja tão ruim, desde que ela se pareça com a Pamela!”
“Ela será ainda melhor!” Eu disse, bagunçando o cabelo dele. “Agora sai. Eu tenho um baile para ir.”
“Você vai no baile?”
“Sim.”
“Bom...”
eu podia ver que ele estava pensando em algo que fosse meio humilhante
para ele. “Bom... você vai ser a mais bonita lá.”
“Tem certeza que você não está usando drogas?”
“Você vai ser a mais bonita de lá... com batom preto.”
“Agora sim parece você.”
Eu
finalmente desfilei para dentro da cozinha, usando uma bota de vinil de
salto alto até os joelhos, uma meia arrastão, uma mini-saia preta, um
tope de renda preto, e braceletes pretos metálico. Um cachecol de
casimira escondia a minha mordida do amor, uma luva preta de couro sem
dedos revelavam meu esmalte – brilhando como gelo preto, para ir com o
tema do baile.
“Onde você acha que você vi vestida assim?” minha mãe perguntou.
“Eu vou ao baile.”
“Com a Annie?”
“Não, com o Christopher.”
“Quem é Christopher?”
“O amor da minha vida!”
“O que é que eu ouço sobre amor?” meu pai perguntou, entrando na cozinha. “Dulce, onde você vai vestida assim?”


“Ela diz que vai no baile com o amor da vida dela,” minha mãe disse.
“Você não vai a lugar nenhum assim! E quem é o amor da sua vida? Um menino da escola?”
“Christopher Uckermann,” eu proclamei.
“Uckermann como os que vivem na Mansão, Uckermann?” meu pai perguntou.
“O um e único!”
“Não
o menino Uckermann!” minha mãe disse, em choque. “Eu ouvi histórias
horrorosas sobre ele! Ele sai nos cemitérios e nunca foi visto na luz
do dia, como um vampiro.”
“Você acha que eu iria ao baile com um vampiro?”
Eles me encararam estranhamente e não diseram nada.
“Não sejam como todos nessa cidade!” eu gritei.
“Querida, nós ouvimos histórias da cidade inteira!” minha mãe fofocou. “Ontem mesmo, Natalie Uchoa estava dizendo --,”
“Mãe,
em quem você vai confiar, em mim ou em Natalie Uchoa? Essa noite é
muito importante. É o primeiro baile do Christopher também. Ele é tão
perfeito e inteligente. Ele sabe sobre arte, e cultura e --,”
“Cemitérios?” meu pai perguntou.
“Ele não é o que as pessoas dizem! Ele é o cara mais fantabuloso no sistema solar— depois de você pai.”
“Ah, bom, nesse caso, se divirta.”
“Alexandre!”
“Mas
não com essa roupa,” meu pai rapidamente exigiu. “Blanca, eu estou
feliz que ela vá ao Baile. Dulce realmente está indo para escola sem
precisarmos forçá-la. Essa é a coisa mais normal que ela fez
ultimamente.”
Minha mãe encarou ele.
“Mas não nessa roupa,” ele repetiu.
“Pai, isso é a última moda na Europa!”
“Mas
nós não estamos na Europa. Nós estamos numa pequena e calma cidadezinha
aonde gola rulê são a última moda. Colarinhos fechados até o último
botão, mangas longas e saias longas.”
“Não mesmo!” eu declarei.
“Esse
menino não saiu do quarto em anos, e você vai deixá-lo levar sua filha
vestida assim?” minha mãe pediu. “Alexandre, faça alguma coisa.”
Meu pai foi até o armário. “Aqui, use isto,” ele disse, me entregando um dos seus casacos esportivos. “É preto.”
Eu olhei pra ele em descrença.
“É isso ou o meu roupão de banho preto,” ele disse.
Eu peguei o casaco relutantemente.


“E nós vamos conhecer o cara mais fantabuloso do sistema solar quando ele vier te bucar?” minha mãe adicionou.
“Você ta brincando?” Eu estava surpresa. “É claro que não!”
“É apenas justo, nós nem sabíamos que você estava vendo ele. Nós não fazíamos idéia de que você estava indo ao Baile.
“Você quer interrogá-lo e envergonhá-lo. Sem mencionar eu.”
“É
isso que são namoros. Se seu par consegue agüentar as perguntas e o
embaraço familiar, então ele é todo seu,” meu pai provocou.
“Não é justo! Vocês querem vir com a gente, também?”
“Sim,” os dois replicaram.
“Isso é detestável! É a maior noite da minha vida e vocês estão arruinando!”
Eu
ouvi um carro estacionando na garagem. “Ele está aqui!” Eu gritei,
espreitando na janela. “Vocês tem que ficar de boa!” Eu disse, correndo
frenéticamente. “Sintonizem os seus dias hippies para mim, por favor!
Pensem em amor e Joni Mitchel. Pensem em piercings de umbigo e incenso,
não calças de golfo e China,” eu implorei. “E nada de cemitérios!”
Eu
queria que essa noite fosse perfeita, como se fosse meu casamento. Mas
eu senti como uma noiva que de repente desejava ter fugido.
Agora
que meus pais iriam conhecer meu namorado, minhas mãos começaram a
tremer. Eu estava esperando que ele não surtasse com os móveis cor de
pastel.
Quando a campainha tocou eu saltei para cumprimentá-lo.
Christopher estava incrível. Ele estava usando um terno de três peças e
uma gravata vermelha. Ele parecia um daqueles jogadores de basquete que
valiam bilhões de dólares que eu via na TV dando entrevistas. Ele
segurava uma caixa embrulhada em papel florido.
“Uau!” ele disse, me
olhando. Meu pai acenou para eu colocar o casaco, com um olhar
escaldante. Ao invés, eu dobrei e coloquei em cima da cadeira.
“Eu deveria ter colocado um gorro, ou botas de novo,” ele disse estranhamente. “Eu acho que não mantive o tema.”
“Esqueça! Você vai ser o cara mais lindo de lá,” eu elogiei, puxando ele para a sala de estar.
“Esses são meus pais, Blanca e Alexandre Saviñón.”


“É ótimo conhecer vocês dois,” Christopher falou nervoso, estendendo a mão.
“Nós ouvimos tanto de você.” Minha mãe se animou, pegando na mão dele.
Eu encarei ela com um olhar gelado.
“Por favor sente-se,” ela prosseguiu. “Você gostaria de algo para beber?”
“Não, obrigada.”
“Sinta-se a vontade,” meu pai disse, sinalizando o sofá, e sentando-se na sua poltrona reclinável.
Uh-oh.
Eu nunca tinha trazido um menino aqui antes. Eu podia sentir meu pai
tomando vantagem. A inquisição. Eu rezei para ser breve.
“Então Christopher, como você está gostando da cidade?”
“Está sendo ótima desde que eu conheci a Dulce,” ele respondeu polidamente e sorriu pra mim.
“Então, como vocês se conheceram já que você não vai a escola? Dulce não quis nos contar essa parte.
Oh não! Eu comecei a me contorcer na minha cadeira.
“Bom,
eu acho que apenas acabamos nos encontrando. Quero dizer, é uma dessas
coisas, lugar e hora certo. Como eles dizem, tudo é sobre sorte e
timing. E eu devo dizer que fui muito sortudo desde que conheci sua
filha.”
Meu pai encarou ele.
“Oh, não, não foi o que eu quis dizer,” Christopher adicionou.
Ele virou para mim, sua face pálida vermelha. Eu tentei não rir.
“O que seus pais fazem exatamente? Eles não ficam muito na cidade, ficam?”
“Meu pai é um negociador de arte. Ele tem galerias na Romênia, Londres, e Nova Iorque.
“Isso parece ser muito empolgante.”
“É ótimo, mas ele nunca estão em casa,” Christopher disse. “Ele está sempre voando para algum lugar.
Minha mãe e meu pai olharam-se.
“Hora de ir ou nos atrasaremos!” eu interferi rapidamente.
“Eu quase esqueci,” Christopher disse, ficando de pé estranhamente. "Dulce, isto é para você.”
Ele me entregou a caixinha.
“Obrigada!” eu sorri ansiosamente e rasguei o papel para abrir, revelando um lindo corsage
***** de rosa vermelha. “É linda!” eu olhei para meus pais com um olhar que dizia “Viu, eu falei.”
***** corsage é aquela pulseira de flor que aparece em todos os filmes americanos que tem algum baile

“Que adorável!” minha mãe se emocionou.
Eu segurei o corsage sobre meu coração enquanto Christopher tentava colocá-lo. Ele errou o alvo por nervosismo.
“Ai!”
“Eu furei você?”
“Meu dedo, mas está tudo bem.”
Ele encarou intensamente a gota de sangue na ponta do meu dedo.
Minha mãe entrou entre nós com um lenço que ela pegou da mesinha de café.
“Não é nada mãe, só um pouco de sangue. Eu estou bem.” Eu rapidamente coloquei o dedo na boca.
“É melhor irmos,” eu disse.
“Alexandre!” minha mãe implorou.
Mas meu pai já sabia. Não havia nada que ele pudesse fazer. “Não esqueça o casaco.” Foi tudo que ele disse.
Eu
peguei o casaco e a mão de Christopher e arrastei ele porta a fora, com
medo que minha mãe fosse tentar protegê-lo fazendo o sinal da cruz.

Nós podíamos ouvir a música do estacionamento. Nenhum Camaro vermelho em lugar nenhum. Nós estávamos seguros – por hora.
“Não esqueça sua jaqueta,” Christopher me lembrou quando eu saía do carro.
“Você vai ter que me manter aquecida.” Eu pisquei, deixando a jaqueta do banco de trás.
Duas líderes de torcida vestidas para temperaturas árticas nos olhavam com horror.
Eu
guiei Christopher e nós paramos na frente da entrada principal.
Christopher parecia uma criança, curioso e nervoso. Ele olhou para o
prédio com interesse, como se ele nunca tivesse visto uma escola antes.
“Nós não precisamos entrar,” eu ofereci.
“Não, tudo bem,” ele disse apertando meus dedos.
Dois atletas no corredor pararam de falar no instante que nos viram e ficaram encarando.
“Você pode pegar seus olhos do chão agora,” Eu disse enquanto eu e Christopher passamos pelos babacas.
Christopher
examinou tudo: as placas do Baile de Inverno, o mural de anúncios, a
estante de troféus. Ele passou seus dedos pelos armários, tocando o
metal frio. “É como na TV!”
“Você nunca esteve numa escola?” eu perguntei.
“Não.”
“Deus!
Você é o cara mais sortudo do mundo. Você nunca teve que comer almoço
da escola. Seu intestino deve estar em ótima forma!”

“Mas se eu viesse, nós teríamos nos conhecido antes.”
Eu abracei ele embaixo do mesmo banner do Baile que Memo e eu discutimos no dia anterior.
Lupita
Fernandez e Diego Santos passaram por nós e olharam duas vezes. Eu
pensei que os olhos delas iriam inchar mais que as suas cabeças de
pom-pom.
Eu estava pronta para brigar se elas dissessem qualquer
coisa. Mas eu podia sentir, pela pressão no meu pulso, que Christopher
queria que eu permanecesse calma. As meninas cochicharam e riram entre
elas, e continuaram cochichando todo o caminho até o ginásio.
“Aqui
é onde eu não aprendo química,” eu disse, abrindo a porta destrancada
para o meu laboratório de química. “Eu geralmente tenho que invadir os
lugares. Isso é moleza.”
“Aliás, eu sempre quis saber porque você invadiu –“
“Olhe
isso!” Eu interrompi, apontando os béqueres na mesa do laboratório. “
Muitas poções misteriosas e explosões, mas você não quer saber, quer?”
“Eu adoro isso!” Ele estava segurando um béquer como se fosse um vinho fino.
Eu empurrei ele para uma carteira, e então escrevi o nome dele no quadro.
“Alguém sabe o símbolo do potássio? Erga a mão.”
Ele levantou a mão em direção ao teto. “Eu sei!”
“Sim, Christopher?”
“K.”
“Correto, você passou de ano!”
“Senhorita Saviñón?” ele disse, erguendo a mão de novo.
“Sim?”
“Você pode vir aqui por um momento? Eu acho que preciso de um auxílio. Você pode me ajudar?”
“Mas eu acabei de lhe dar um 10!”
“É mais sobre o assunto de anatomia.”
Eu
fui para perto. Ele me puxou no seu colo e me beijou suavemente nos
lábios. Nós ouvimos algumas garotas rindo, passando pela porta.
“É melhor irmos,” ele sugeriu.
“Não, tudo bem.”
“Eu não quero que você seja expulsa. Além do que, nós temos um baile para ir,” ele disse levantando a mim e a ele junto.
Eu andei de mãos dadas com o cara que eu tive mais aprendi química, o nome dele ainda escrito no quadro negro.
Nós nos aproximamos do ginásio, eu já podia sentir os olhares gelados.


Todos estavam olhando para Christopher como se ele fosse de outro planeta e para mim como eles sempre olharam.
A Senhorita Fay, minha professora de álgebra intrometida, estava recolhendo os ingressos na porta.
“Eu
vejo que você chegou na hora, Dulce. Uma pena que você não possa fazer
o mesmo pela Álgebra. Eu nunca vi esse rapaz na escola,” ela adicionou
examinando Christopher.
“É porque ele não estuda aqui.” Apenas pegue os ingressos moça! Eu pulei as introduções e puxei Christopher para dentro.
Nós
entramos no Baile de Inverno. Eu não sabia se era porque eu estava com
o Christopher, ou porque era meu primeiro baile, mas branco nunca
pareceu tão bonito. Gotas de gelo de plástico e flocos de neve
pendurados no teto, e o chão estava coberto de neve falsa. A neve
artificial chovia do teto. Todo mundo estava vestido com cintilantes
vestidos de inverno, ou veludo com suéteres, luvas, cachecóis e
chapeis. O ar condicionado mandava arrepios pelo meu corpo.
Até
mesmo a banda de rock, The Push-Ups, encaixaram-se no tema, com suas
capas e botas de inverno. Refrescos estavam arrumados embaixo do placar
– cones de gelo
******, cidra e chocolate quente.
******
curiosidade: não sao tipo cones DE gelo. são cones com sorvete de gelo.
sabe, tipo, daqueles sorvetes qeu tem uma bola de gelo e daí você
coloca uma cobertura com gostinho

Eu podia ouvir sussurros, risadas e arfadas enquanto passávamos pelos estudantes. A banda também estava nos olhando.
“Você
quer pegar um pouco de chocolate antes que os veteranos coloquem
álcool?” Eu pedi, tentando distrair Christopher de toda a atenção.
“Eu não estou com sede,” ele falou olhando os casais que dançavam.
“Eu achei que você sempre estivesse com sede.”
A banda começou a tocar uma versão animada de “Winter Wonderland”.”
“Posso ter essa dança?” Eu pedi, oferecendo minha mão.
Eu sorri em deleite enquanto passávamos pela neve para a pista de dança.

Eu estava no paraíso. Eu tinha o melhor par no
Baile de Inverno – não tinha ninguém mais lindo que Christopher, e ele
dançava como um sonho. Nós esquecemos que éramos excluídos e nos
movemos como se fossemos regulares num clube moderno. Nós dançamos uma
canção atrás da outra sem parar – “Cold As Ice”, “Ice Cream”, “Frosty
the Snowman.”
A banda começou a cantar “I melt with you”. O ginásio
estava girando enquanto pequenos flocos de neve caíam gentilmente em
nós. Christopher e eu rimos quando tropeçamos num jogador de futebol
metido bêbado que estava fazendo anjo de neve no chão. Quando a música
parou eu apertei Christopher como louca, como se fosse o nosso Baile
particular. Mas é claro, nós não estávamos sozinhos, como uma voz
familiar me lembrou.
“O asilo sabe que você fugiu?” Memo perguntou, aparecendo do lado do Christopher.
Eu guiei Christopher para a mesa de refrescos e peguei dois cones sabor cereja.
“O carcereiro sabe que vocês estão aqui?” Memo perguntou, nos perseguindo.
“Memo, vá embora!” Eu falei, protegendo Christopher com o meu corpo.
“Oh, a noiva do Frankenstein está de TPM?”
“Memo, chega!” Eu não podia ver a reação de Christopher, mas eu podia sentira as mãos dele no meu ombro, me puxando para trás.
“Mas
esse é apenas o começo, Dulce, apenas o começo! Eles não tem a dança na
masmorra? Você tem que vir a escola para vir a bailes,” ele disse para
o Christopher. “Mas eu acho que no inferno não há regras.”
“Calaboca!” eu disse. “Você não tem um par? Ou é o Poncho?” eu perguntei sarcásticamente.
“Muito
bom. Ela é esperta,” ele disse para o Christopher. “Mas não muito
esperta. Não, meu encontro está lá,” ele adicionou apontando para a
entrada.
Eu olhei e vi Annie parada nervosa na porta, vestida numa
longa saia de pregas, um suéter rosa, longas meias brancas e sapatos de
pala.
Meu coração afundou até o chão. Eu me senti enjoada.
“Eu fiz uma pequena transformação,” Memo vangloriou-se. “E isso não é tudo, baby.”
“Se você encostar nela, eu mato você!” Eu gritei, empurrando ele.

“Eu não toquei nela, ainda. Mas tem tempo. O baile apenas começou.”
“Dulce, o que está acontecendo?” Christopher exigiu, me virando para ele.
Memo
fez um sinal para Annie se aproximar. Ela nem olhou para mim enquanto
se aproximava. Memo pegou na mão dela e beijou-a levemente na bochecha.
Eu me encolhi e me senti nauseada.
“Sai de perto dela!” Eu peguei na mão dela e tentei puxá-la.
“Dulce, é esse o cara que está te brigando contigo?” Christopher perguntou.
“Quer dizer que ele não sabe quem eu sou? Ele não sabe sobre nós?” Memo perguntou orgulhosamente.
“Não
há ‘nós’” Eu tentei explicar. “Eu irritei ele porque eu sou a única
menina na escola que não acha ele gostoso! Então agora ele não me deixa
em paz. Mas Memo, como você se atreve a envolver Annie e Christopher!”
Annie permanecia parada com os olhos no chão.
“Eu acho que é hora de deixar a Dulce em paz, cara,” Christopher disse.
“Cara?
Eu sou amigo do Frankenstein agora? Nós podemos sair e jogar futebol?
Desculpa mas tem uma ética de vestuário. Sem presas nem capas. Volte
para o cemitério.”
“Memo, chega! Eu vou chutar você agora!” Eu ameacei.
“Tudo bem Dulce,” Christopher disse. “Vamos dançar.”
“Annie, sai de perto dele!” Eu gritei, sem me mexer. “Annie, diga alguma coisa! Diga alguma coisa!”
“Ela
já disse alguma coisa.” Memo anunciou. “Ela disse bastente. É engraçado
como as pessoas nessa cidade não param de falar quando a safra de seus
pais pode de repente pegar fogo a partir de um cigarro que caiu,” Memo
disse, olhando diretamente para mim.
Ele virou para o Christopher. “Você vai aprender quem são os viciados em rumores antes que você pense!”
Eu olhei para Annie que estava encarando para seus sapatos. “Eu sinto muito Dulce. Eu tentei te avisar para não vir aqui hoje.”
“Do que ele está falando?” Christopher perguntou.
“Vamos embora.” Eu disse.
“Eu estou falando de vampiros!” Memo declarou.
“Vampiros!” Christopher exclamou.
“Cale a boca Memo!”
“Eu estou falando de fofoca!”

“Que fofoca?” Christopher perguntou. “Eu vim aqui para estar com a minha namorada.”
“Namorada?” Memo perguntou, surpreso. “Então é oficial. Vocês dois vão passer toda a eternidade juntos?”
“Fique quieto!” eu ordenei.
“Conte para ele porque você invadiu a casa dele! Conte a ele o que você viu.”
“Nós vamos embora!” eu disse e comecei a ir. Mas Christopher não se moveu.
“Conte para ele porque você se atirou para ele,” Memo continuou.
“Não diga outra palavra, Memo!”
“Conte para ele porque você foi no cemitério!”
“Eu disse, ‘CALE A BOCA!’”.
“E porque você desmaiou.”
“Cale a boca!”
“E porque você se olha no espelho a cada hora!”
“Do que ele está falando?” Christopher exigiu.
“E conte para ele sobre isso,” ele disse, jogando as polaroids da minha marca de mordida no Christopher.
Christopher pegou as fotos e examinou. “O que é isso?"
“Ela
usou você,” Memo disse. “Eu comecei um rumor que se tornou uma grande
bola de neve. Eu fiz todos na cidade acreditarem que você era um
vampiro. A parte engraçada é que a sua querida, doce Dulce acreditou
nos rumores mais que qualquer um!”
“Cala a boca!” Eu gritei e joguei meu cone na cara de Memo.
Memo ria enquanto o gelo escorria pelas suas bochechas. Christopher olhava a foto.
“O que está acontecendo?” Sr. Harris perguntou, correndo até nós.
Christopher
olhou para mim em descrença e confusão. Ele olhou para os lados,
desamparado, enquanto a multidão esperava pela reação dele. Então ele
furiosamente pegou minha mão e me puxou para fora. Nós deixamos a neve
e entramos na chva.
“Espere!” Annie gritou, correndo atrás de nós.
“O
que está havendo, Dulce?” Christopher exigiu, ignorando ela. “Como você
invadiu minha casa? Como ele sabe do cemitério? Como ele sabe que você
desmaiou? E o que é isso?” ele perguntou, socando a foto na minha cara.
“Christopher, você não está entendendo.
“Você nunca me disse porque você invadiu minha casa,” ele falou.
Eu encarei os olhos profundos e solitários dele. A inocência dele. O sentimento de não pertencer.

O que eu podia dizer? Eu não podia mentir. Então eu não disse nada e apenas abracei ele com toda a minha força.
A foto caiu da mão dele. E ele me empurrou.
“Eu quero ouvir de você,” ele exigiu.
Lágrimas
começaram a surgir. “Eu fui lá para desacreditar dos rumores. Eu queria
por um fim neles! Para que sua família pudesse viver em paz.”
“Então eu sou apenas uma história de fantasma para você, que você tinha que checar?”
“Não! Não! Annie, conte a ele que nao era assim!”
“Não era!” Annie exclamou. “Ela fala de você o tempo todo!”
“Eu achei que você fosse diferente, Dulce. Mas você me usou. Você é igual a todo mundo.
Christopher virou e eu peguei no braço dele.
“Não
vá Christopher!” eu implorei. “É verdade, eu fiquei presa nos rumores,
mas quando eu vi você pela primeira vez eu sabia. Eu nunca tinha
sentido isso por ninguém antes. É por isso que eu fiz todo o resto!”
“Eu
achei que você gostasse de mim por quem eu era – não porque eu você
pensava que eu fosse. Ou por alguma coisa que você queria que eu
fosse.”
Ele foi embora.
“Não vá!” eu chorei. “Christopher --.”
Mas ele me ignorou. Ele tinha ido, de volta para a solidão do seu quarto no sótão.
Eu
entrei abruptamente no ginásio. A banda estava na pausa e todo mundo
olhou para mim em silêncio enquanto eu atravessava o salão.
“O fim,” Memo anunciou e começou a bater palmas. “O Fim! E que produção maravilhosa foi, se eu devo dizer.”
“Você!”
Eu gritei. O Sr. Harris podia ver que eu estava querendo sangue e me
segurou por trás. “Você é o mal encarnado, Memo!” Eu gritei, meus
braços se debatendo enquanto eu tentava inutilmente me desprender do
agarro do treinador de futebol. “Memo Uchoa você é o monstro!” Eu olhei
para os rostos ao meu redor. “Vocês não vêem isso? Vocês todos
afastaram a pessoa mais inteligente, generosa, gentil, amável pessoa
nessa cidade, enquanto aceitavam a que destruia vidas! E vocês apenas
assistem ele jogar futebol, e festam com ele, enquanto expulsam um anjo
porque ele usa preto e teve aulas em casa!”

Lágrimas corriam pelo meu rosto, e eu corri para fora.
Annie correu atrás de mim. “Eu sinto muito Dulce. Eu sinto muito!” ela gritou.
Eu
ignorei ela e corri todo o caminho até a Mansão, lutando contra o
portão liso. Traças enormes saíram da luz da varanda enquanto eu batia
na maçaneta de serpente. “Christopher, Abra a porta! Christopher, abra!”
Eventualmente
a luz apagou e as traças voaram para longe. Eu sentei no degrau da
porta, chorando. Pela primeira vez na minha vida. Eu não achei conforto
na escuridão.



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Autor(a): lovedyc

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 23



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  • juhvnd Postado em 20/12/2011 - 13:15:20

    Oh, já acabou mesmo? Amei a web, pena que acabou... Vai continuar, ou acabou mesmo?

  • vondyforever01 Postado em 09/02/2010 - 23:38:16

    omg ñ diga q acabou =O
    ah ñ fim =/

  • vondyforever01 Postado em 03/09/2009 - 22:35:13

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    amei posta +++++

  • vondyforever01 Postado em 03/09/2009 - 22:35:06

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  • vondyforever01 Postado em 03/09/2009 - 22:35:00

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  • vondyforever01 Postado em 03/09/2009 - 22:34:53

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  • vondyforever01 Postado em 03/09/2009 - 22:34:45

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  • vondyforever01 Postado em 03/09/2009 - 22:34:40

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  • vondyforever01 Postado em 03/09/2009 - 22:34:32

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  • vondyforever01 Postado em 03/09/2009 - 22:34:27

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