Fanfics Brasil - Bєijøs dє Vαмρirø - αdαραŧαdα - DyC -

Fanfic: Bєijøs dє Vαмρirø - αdαραŧαdα - DyC -


Capítulo: 22? Capítulo

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Capítulo 20 - Fim De Jogo

Eu
chorei a noite toda e não fui na aula no dia seguinte. À tarde eu corri
para a Mansão. Balancei o portão até quase parecer que ele ia cair.
Finalmente eu pulei por cima deste e bati na maçaneta de serpente. As
cortinas do sótão balançavam, mas ninguém respondeu.
De volta para casa, eu liguei para a Mansão e falei com Christian, que disse que Christopher estava dormindo.
“Eu direi para ele que você ligou,” ele disse.
“Por favor, diga para ele que eu sinto muito!”
Eu temia que Christian me odiasse tanto quanto Christopher.
Eu ligava de hora em hora; toda vez, Christian e eu tínhamos a mesma conversa.

“Eu
vou estudar em casa, a partir de agora!” Eu gritei quando minha mãe
tentou me tirar da cama no dia seguinte. Christopher não estava
atendendo minhas ligações e eu não estava atendendo as da Annie. “Eu
nunca vou voltar para a escola!”
“Você vai superar isso, querida.”
“Você superaria o papai? Christopher é a única pessoa no universo que me entende! E eu estraguei tudo!”
“Não, Memo Uchoa estragou tudo. Você foi gentil para o rapaz. Ele tem sorte de tê-la.”
“Você acha?” Eu comecei a chorar lágrimas do tamanho da mansão. “Eu acho que arruinei a vida dele.
Minha
mãe sentou na ponta da cama. “Ele adora você, querida,” ela me
confortou, me abraçando como se eu fosse o choroso Fercho Boy.
Eu
podia sentir o cheiro de damasco no cabelo castanho aveludado dela e o
seu perfume suave. Eu precisava da minha mãe neste momento. Eu queria
precisava que ela me dissesse que tudo ia ficar bem.
“Eu pude ver o
quanto ele adorava você, quando ele veio aqui em casa,” ela continuou.
“É uma pena que as pessoas falem dele do jeito que falam.”
“Você era uma dessas pessoas,” eu suspirei. “E eu acho que eu era também.”
“Não, você não era. Você gostava dele por quem ele era.”
“Sim – quero dizer, não. Eu realmente gosto. Mas é tarde demais agora.”
“Nunca é tarde demais. Mas, falando de tarde, eu estou atrasada! Eu tenho que levar seu pai ao aeroporto.”


“Ligue para a escola,” eu falei quando ela estava na porta. “Diga a eles que estou doente de amor.”

Eu
puxei as cobertas sobre minha cabeça. Eu não me moveria até ser noite.
Eu tinha que ver Christopher, colocar um pouco de razão no seu corpo
pálido. Implorar por perdão. Eu não podia ir à Mansão, e eu não podia
invadir – ele podia chamar os policiais desta vez. Tinha apenas um
lugar para ir – um outro lugar onde ele pudesse estar.

Eu entrei
no cemitério de Dullsville com um buquê de narcisos na minha mochila.
Eu andei rapidamente entre as lápides, tentando refazer os paços que
uma vez fizemos juntos. Eu estava tão excitada quando nervosa. Eu
imaginei ele esperando por mim, correndo em minha direção e me dando um
abraço e enchendo-me de beijos.
Mas daí eu pensei, “Ele vai me perdoar? A nossa primeira briga seria também a última?”
Eventualmente eu achei o monumento da avó dele, mas Christopher não estava lá.
Eu coloquei as flores na sepultura. Minha barriga doía, como se eu estivesse desmoronando de dentro para fora.
Lágrimas começaram a encher meus olhos.
“Vovó,”
eu disse em voz alta, olhando em volta. Mas quem poderia me ouvir? Eu
poderia ter gritado se eu quisesse. “Vovó, eu estraguei tudo. Estraguei
tudo mesmo. Não há ninguém no mundo que goste mais do seu neto do que
eu. Você pode por favor me ajudar? Eu sinto tanta falta dele.
Christopher acredita que ele é diferente, e eu acredito que ele seja
realmente diferente – mas das outras pessoas não de mim. Eu amo ele.
Você pode me ajudar?”
Eu esperei, procurando por um sinal, alguma
coisa mágica, um milagre – morcegos voando sobre minha cabeça, ou então
um trovão. Nada. Havia apenas o som de grilos. Talvez demorasse mais
para milagres e sinais. Eu apenas podia ter esperança.

Um dia de “doente de amor” acabou virando dois, que viraram três e quatro.
“Você não pode me obrigar a ir para a escola!” Eu gritava toda a manhã e virava para o lado e voltava a dormir.
Christian continuava a me dizer que Christopher não podia vir ao telefone.


Um dia de “doente de amor” acabou virando dois, que viraram três e quatro.
“Você não pode me obrigar a ir para a escola!” Eu gritava toda a manhã e virava para o lado e voltava a dormir.
Christian
continuava a me dizer que Christopher não podia vir ao telefone. “Ele
precisa de tempo,” Christian ofereceu. “Por favor seja paciente.”
Paciente? Como eu podia ser paciente quando cada segundo da nossa separação parece uma eternidade?
Segunda
de manhã eu tive um visitante mal-vindo. “Eu desafio você para um
duelo!” meu pai disse, jogando a raquete dele na minha cama. Ele abriu
as cortinas e permitiu que o sol me cegasse.
“Vá embora!”
“Você
precisa de exercício.” Ele me jogou uma camiseta e uma saia branca.
“São da mamãe! Eu não achei que acharia nada branco no seu
guarda-roupa. Agora vamos nos apressar! O meu horário na quadra é em
meia hora.”
“Mas eu não jogo em anos!”
“Eu sei. É por isso que estou te levando. Eu quero ganhar hoje,” ele disse e fechou a porta atrás dele.
“Você que pensa que vai ganhar!” Eu gritei através da porta fechada.

O
country clube de Dullsville estava igual eu recordava de anos atrás –
esnobe e chato. As lojas estavam repletas de roupas feitas por
designers e raquetes caras. Havia um restaurante quatro estrelas que
cobrava cinco dólares por um copo de água. Eu quase me encaixava, com a
roupa da mamãe, exceto pelo batom preto. Mas meu pai deixou passar. Eu
acho que ele estava feliz que eu estava de pé para variar.
Eu rebati
as jogadas de papai com vingança. Cada bola tendo a cara do Mmeo Uchoa.
Eu batia nas bolas o mais forte que podia, e naturalmente todas batiam
na rede ou na cerca.
“Você costumava me deixar ganhar,” eu disse depois que pedimos o almoço.
“Como eu posso deixar você ganhar quando você está rebatendo todas as bolas na rede? Balance devagar e deixe fluir.”


“Eu acho que andei rebatendo na direção errada
demais ultimamente. Eu nunca deveria ter deixado Memo tirar o melhor de
mim. Eu nunca deveria ter acreditado nos rumoes, ou queria ter
acreditado neles. Eu sinto tanta falta do Christopher.”
No almoço
o garçom me trouxe uma salada e sanduíche de atum para o meu pai. Eu
encarei os tomates, ovos e o alface. “Pai, você acha que eu vou
conhecer alguém como o Christopher de novo?”
“O que você acha?” ele pediu, mordendo um pedaço do sanduíche.
“Eu
não acho que vou. Eu acho que era ele. Ele é a pessoa especial que a
gente só acha nos filmes e nos romances. Tipo Heathcliff ou Romeo.”
Meus olhos começaram a se encher de lágrimas.
“Está
tudo bem querida,” ele disse me entregando um guardanapo. “Quando eu
conheci sua mãe eu usava óculos iguais os do John Lennon e tinha cabelo
na altura do meio das costas. Eu não sabia o que um par de tesouras ou
uma lâmina de barbear se pareciam! O pai dela não gostava de mim por
causa de como eu parecia e dos meus ideais políticos. Mas ela e eu
víamos o mundo do mesmo jeito. E era tudo que importava. Era numa
quarta-feira quando a primeira vez que eu vi sua mãe, no gramado da
universidade. Ela estava com uma calça pantalona (boca de sino) marrom
e um colete branco, enrolando o seu longo cabelo castanho, olhando para
cima. Eu andei até ela e perguntei o que ela estava olhando. ‘Aquela
mamãe pássaro está alimentando seus filhotes. Não é lindo?’ ela disse.
‘É um corvo!’ E ela citou algumas linhas de Edgar Allan Poe. Eu ri. ‘Do
que você esta rindo?’ ela me pediu. E eu contei para ela que era uma
gralha, não um corvo. ‘Oh, é isso que eu ganho por ter me esbaldado na
festa ontem a noite,’ ela disse, rindo comigo. ‘Mas eles não são lindos
mesmo assim?’ E eu contei a ela, ali mesmo, que sim, eles eram. Mas que
ela era mais linda.”
“Você disse isso?”
“Eu não devia estar contando isso para você. Especialmente a parte da festa!”
“Mamãe me disse que foi por isso que eu ganhei meu nome, mas ela nunca mencionou a parte da festa.”


Eu agradeci o universo pelo fato de meus pais
estarem olhando para um corvo aquele dia e não um esquilo. Os
resultados seriam desastrosos.
“Pai, o que eu faço?”
“Você tem
que descobrir essa sozinha. Mas se a bola aterrissar na sua quadra de
novo, não jogue ela contra a cerca. Apenas abra os olhos e balance ela
para o outro lado.”
Nós embrulhamos minha salada para levar, porque eu não conseguiria processar a salada e as metáforas de tênis ao mesmo tempo.
Eu
estava muito confusa. Eu não sabia o que fazer. Bater na bola, ou
esperar ela chegar até mim? Meu pai estava conversando a toa com um
amigo quando eu ouvi uma voz dizer, “Você joga feroz, Dulce!” Eu me
virei e vi Poncho escorado contra o placar.
“Eu não sei jogar!” eu repliquei surpresa. Eu procurei pelo Memo.
“Eu não estou falando de tênis.”
“Eu não entendo.”
“Eu estou falando da escola, do Memo. Não se preocupe, ele não está aqui.”
“Então você está tentando começar algo comigo?” Eu perguntei, agarrando minha raquete. “Aqui no clube?”
“Não,
eu estou tentando terminar. Eu quero dizer, todo mundo sabe o que ele
faz para você e para Annie e com todo mundo. Até comigo. E eu sou o
melhor amigo dele. Mas você defendeu todo mundo. E você nem gosta de
nós.” Ele riu. “Nós somos cruéis com você e você ainda nos defendeu do
Memo.”
“Nós estamos numa pegadinha de TV?” Eu perguntei, procurando as câmeras.
“Você
traz tempero pra essa cidade, com suas roupas e a sua atitude. Você não
se importa com o que as pessoas pensam, e essa cidade gira em torno do
que as pessoas pensam.”
“O Memo está escondido na loja de presentes?” Eu perguntei, espreitando.
“O
Baile de Inverno realmente mudou a linha de pensamento de muitas
pessoas. Memo usou a escola inteira, e no fim ele fez todo mundo de
palhaço. Eu acho que foi a nossa chamada para acordar.”
Eu me toquei que não havia câmeras escondidas ou memo escondido. Poncho não estava brincando.
“Eu queria que o Christopher pudesse ouvir você dizer isso,”


eu finalmente falei. “Eu não tenho visto ele e
tenho medo de nunca mais vê-lo. Memo arruinou tudo,” Eu falei, meus
olhos começando a encher de lágrimas de novo.
“Foda-se o Memo!”
Muitas
pessoas olharam, não era educado falar palavrão no clube, mesmo que
eles mesmo falassem em quadra, quando perdiam uma jogada.
“Tenho que ir, Dulce – te vejo por aí,” Poncho falou enquanto ia.
“Eu
queria que você conhecesse um antigo conhecido, Dulce,” meu pai falou,
se aproximando com um homem de terno depois que Poncho saiu.
“É
legal ver você, Dulce,” ele disse. “Já faz um tempo. Você está crescida
agora. Eu não a reconheceria sem o batom. Você se lembra de mim?”
Como
eu podia esquecê-lo? A primeira vez que eu entrei na Mansão, a janela
do porão, o boné vermelho. O beijo quente na minha bochecha do lindo
garoto novo que estava tentando se encaixar.
“Derrick James! É claro que eu lembro de você, mas eu não posso acreditar que você se lembra de mim.”
“Eu sempre lembro de você!”
“Como vocês dois se conhecem?” meu pai perguntou.
“Da escola,” Derrick respondeu, com um brilho no olhar.
“Então,
o que você está aprontando ultimamente?” Derrick me perguntou. “Dizem
por aí que você está entrando na Mansão pela porta da frente esses
dias.”
“Bom, eu estava, mas...”
“Derrick se mudou de novo para cidade recentemente e assumiu a loja de departamento do pai dele,” meu pai disse.
“É, passe lá qualquer hora,” Derrick disse. “Eu te dou um desconto.”
“Você vende botas de combate e maquiagem preta?”
Derrick riu. “Eu acho que algumas coisas não mudaram!”
Poncho reapareceu de repente. “Pronto pra ir Poncho?” Derrick perguntou.
“Você conhece o Poncho?” Eu perguntei, surpresa.
“Nós somos primos. Eu estou feliz de ter voltado – eu tenho algumas restrições sobre a turma com quem ele anda.”


 



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Autor(a): lovedyc

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 23



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  • juhvnd Postado em 20/12/2011 - 13:15:20

    Oh, já acabou mesmo? Amei a web, pena que acabou... Vai continuar, ou acabou mesmo?

  • vondyforever01 Postado em 09/02/2010 - 23:38:16

    omg ñ diga q acabou =O
    ah ñ fim =/

  • vondyforever01 Postado em 03/09/2009 - 22:35:13

    posta ++++++++
    amei posta +++++

  • vondyforever01 Postado em 03/09/2009 - 22:35:06

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  • vondyforever01 Postado em 03/09/2009 - 22:35:00

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  • vondyforever01 Postado em 03/09/2009 - 22:34:53

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  • vondyforever01 Postado em 03/09/2009 - 22:34:45

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  • vondyforever01 Postado em 03/09/2009 - 22:34:40

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  • vondyforever01 Postado em 03/09/2009 - 22:34:32

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  • vondyforever01 Postado em 03/09/2009 - 22:34:27

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