Fanfic: Adorável Mentirosa - AyA

Minhas florzinhas, ultimo post de hoje...

comentem mais...bjos

Any olhou ao redor, aturdida por ter sido fla­grada no meio daquela desordem.

—   Está tudo bem, obrigada — respondeu.

—   Achei que tinha ouvido Patty chorar.

—   Ela estava com calor. Vou colocar uma rou­pinha mais fresca.

Enquanto Any falava, pegava outra toalha e uma fralda. Queria que Alfonso saísse do quar­to, pois seus nervos estavam à flor da pele com aquela observação insistente. Mas, em vez de sair, ele se aproximou e parou ao lado dela.

Any pressionou as fitas adesivas da fralda, porém, como que para enfurecê-la, elas se solta­ram. Patty mexeu as perninhas, como se estivesse mostrando que adorava liberdade. Pearce presta­va atenção na cena. Any tentou fechar a fralda mais uma vez, mas não conseguiu.

— Deve ter deixado cair talco na fita adesiva — ele comentou. —Venha aqui, querida. — Puxou
Patty para perto de si e pegou uma nova fralda.

Any observou, com uma mistura de aborrecimen­to e admiração, a fralda fechar-se perfeitamente.

—   Pronto — ele disse, sorrindo.

—   Eu estava indo muito bem, antes de o senhor aparecer.

—   Percebi.

Alfonso fitou-a como se estivesse fascinado. O modo como ele a observava fez com que o coração dela batesse acelerado.

— Tem talco no nariz — Alfonso falou.

— Oh!

Aquela declaração pegou-a de surpresa. Any pensava que ele a olhava daquele jeito por admi­rar sua beleza, mas provavelmente Alfonso a via como uma das mulheres mais atrapalhadas que já conhecera.

Antes que ela pudesse erguer a mão para tirar o talco do nariz, ele se antecipou.

— Assim é melhor — Alfonso murmurou. — Tem um bonito nariz. — Pousou brevemente o olhar
nos lábios delicados. — Um rosto muito bonito também.

Por alguns loucos segundos, Any acreditou que ele fosse dizer algo mais íntimo. Passou a língua nos lábios. Não compreendia a súbita ten­são entre eles.

Estava naquela casa para conseguir uma re­portagem. Não podia sentir qualquer tipo de atração por ele. Não era correto. Alfonso afastou-se.

—   Bem, suponho que essa pequena senhorita possa voltar para o berço — falou.

—   Vou escolher um pijaminha leve.

Any tentou manter a voz natural, como se nada tivesse acontecido, mas percebeu que falara em tom quase desesperado.

Notou carinho rios olhos de Alfonso, quando ele segurou Patty para que ela pudesse vesti-la.

— Agora ela está arrumadinha — comentou ao deitar a menina no berço e dar-lhe um beijo na
testa.

A criança parecia sonolenta.

— Oh, Deus, espero que Angelique se recupere — Alfonso murmurou com tristeza.

— Eu também. Essa garotinha vai precisar de uma mãe.

Alfonso fitou-a e sorriu.

— Às vezes, Anahi Portillo, você é uma boa pessoa — disse.

Ela sentiu as faces enrubescerem.

— Não precisa mostrar-se tão surpreso — falou. — Sou uma boa pessoa.

Ele sorriu e olhou para Patty, então caminhou na direção da porta.

— Estarei no meu escritório, caso precise de alguma coisa — avisou.