Fanfic: Adorável Mentirosa - AyA

Bem-vinda Nyna...Post em sua homenagem...

Obrigada, minhas florzinhas pelos comentários...

Por um longo tempo, depois que Alfonso se retirou do quarto, Any ficou observando Patty dormir.

"Vi carinho nos olhos dele, pensou. Ele está apaixonado por Angelique. Está mais do que evidente que se preocupa muito com ela".

Passou a mão nos cabelos e ficou aflita ao re­cordar sua reação à proximidade dele. Não podia perder tempo com flertes. Respirou fundo. Antes que Patty começasse a chorar, decidiu tirar fotos da casa. Para provar a si mesma que tinha a si­tuação sob controle e que seu julgamento não es­tava sofrendo nenhuma influência emocional. Afastou-se do berço e foi buscar a câmera foto­gráfica na cômoda.

As batidas de seu coração aceleravam-se cada vez que ela abria uma porta diferente. Viu que todos os aposentos eram amplos e bem decorados, mas impessoais. Até que abriu a porta oposta ao quarto de Patty e descobriu que ali era o quarto de Alfonso.

A decoração era totalmente masculina. Uma cama enorme, móveis em madeira de lei, quadros modernos nas paredes e dois porta-retratos sobre o criado-mudo.

Trêmula, Any fechou a porta e pegou a câmera fotográfica. Tirou algumas fotos da cama e aproximou-se dos porta-retratos.

Uma foto era de um bebê recém-nascido, outra, de uma jovem e atraente loira. Any segurou o porta-retrato com a foto da loira, tentando desco­brir se era Angelique. Tinha quase certeza de que era, mas ficava difícil afirmar, porque ela era atriz e mudava de aparência a cada trabalho.

Fotografou o criado-mudo, então decidiu sair do quarto. Voltou para o aposento de Patty, onde guardou a câmera num lugar seguro. De súbito, a campainha do portão tocou.

Any olhou ansiosamente para Patty, torcendo para que o barulho não a tivesse acordado. Ajeitou o lençol e observou-a por mais alguns segundos, antes de descer para ver quem era.

Mas parou no meio da escada, porque Alfonso já abrira o portão, permitindo que um carro es­porte vermelho entrasse e estacionasse diante da casa. Saíra, deixando a porta aberta, e Any viu uma mulher de uns trinta anos de idade aparecer. Era alta, atraente, possuía cabelos pretos cachea­dos, curtos, e vestia um conjunto azul-marinho.

—   Laura, que adorável surpresa! — Pearce ex­clamou. — Achei que tinha ido para Nova York.

—   Bem, querido, teria ido, se o aeroporto não estivesse um caos, com todos os vôos atrasados — Laura respondeu e o beijou.

Any estava na escada, e não saberia dizer se a mulher beijara Pearce na face ou na boca.

—    Novidades quanto a situação de Angel? — Laura perguntou.

—    Nenhuma.

—    E Patty? A viagem de Paris até aqui não a irritou?

—    Nem um pouco. Foi quando chegamos aqui que começamos a ter problemas. Ela não parava de chorar. — Alfonso envolveu os ombros de Laura com um braço. — Venha, vamos conversar.

Quando se viraram, ele olhou para a escada.