Fanfic: Adorável Mentirosa - AyA

Any já estava deitada. Os homens da empresa de segurança ficaram procurando o suspeito durante horas. Ela os ob¬servara pela janela do quarto, por um bom tempo, vendo a luz das lanternas iluminar a escuridão, depois fora até o armário e pegara a mala. Mas não pôs nenhuma roupa dentro. A mala ficou no chão, aberta e vazia. Any olhou-a. A coisa mais sensata a fazer era partir. Tinha in¬formações suficientes para escrever uma boa ma¬téria. Sabia que Alfonso já fora casado e que per¬dera a esposa num acidente. Só que não desejava escrever a história, muito menos ir embora. Estava completamente confusa diante dos sentimentos que experimentava. Tudo o que sabia com certeza era que se encontrava terrivelmente amedrontada com suas próprias emoções. Nunca se sentira tão atraída por alguém, como se sentia por Alfonso. Nem Anuar, de quem fora noiva por quatro meses, fizera Any sentir-se da¬quela maneira. Jamais havia experimentado um desejo tão poderoso desejo que a impedisse de ter pensamentos coerentes. Ouviu uma batida na porta. Sentou-se na cama, amarrou firmemente o penhoar ao redor da cin¬tura. Arrepiou-se, apreensiva. — Anahi eu posso entrar? Any permaneceu em silêncio. — Any? Alfonso abriu a porta e olhou ao redor. — Acho que sua presença aqui não é uma boa idéia — ela falou. — Talvez não. — Ele entrou no quarto, segu¬rando um copo de conhaque. — Achei que quisesse um gole. — Obrigada, mas não gosto de conhaque. Any não conseguia encará-lo. — Eu desconfiava, mas foi uma desculpa que arrumei para vê-la — ele confessou. Aquela honestidade fez com que ela ficasse ain¬da mais tensa. — Posso sentar? — Alfonso perguntou. Any movimentou a cabeça afirmativamente, achando que Alfonso fosse acomodar-se numa ca¬deira. Mas ele sentou-se na cama. — O pessoal da empresa de segurança encon¬trou alguém? — ela indagou. — Não. O terreno é grande, e a vegetação, muito densa. O intruso já deve estar bem longe daqui. — Alfonso fez uma pausa. — Quer que eu guarde? — O quê? — Any ergueu a cabeça e viu que ele olhava para a mala aberta e jogada no chão. — Eu ia pôr as roupas dentro dela — declarou. — Estava pretendendo partir? — O que sugere que eu faça? Não posso ficar aqui, posso? Não com a atração que existe en¬tre nós. — Mas também não pode ir embora. — Vai encontrar outra pessoa para cuidar de Patty. Any estava profundamente triste. Era ridícu¬lo, mas gostava de cuidar de Patty, adorava estar naquela casa. — Eu sei, mas quero você — Alfonso afirmou. — Espero que esteja se referindo aos meus serviços. — Espera? Eles se olharam. — Eu já disse que a acho muito atraente e tenho plena consciência de que isso é loucura — Alfonso declarou. — Você trabalha para mim e temos que ter confiança um no outro.