Fanfic: Adorável Mentirosa - AyA

Florzinhas último capítulo de hoje, como prometi. foram 12 no total, espero que gostem...comentem...bjos!!!

Logo de manhãzinha, o sol entrava pela janela do quarto de Any, en­quanto ela vestia um short-saia e um top. Estava exausta, pois mal conseguira dormir, à noite.

Escovou os cabelos e olhou-se no espelho. Estava com olheiras e com a pele pálida. Ficara horas deitada, olhando para o teto.

Suspirou, colocou a escova de cabelos na cômoda e foi para o quarto de Patty. Ficou assustada ao ver que a menina não estava no berço.

Ouvira Patty chorar boa parte da noite, e Alfonso murmurar palavras carinhosas. Quisera juntar-se a eles, mas não tivera coragem.

Só quanto estivera certa de que o quarto da garotinha encontrava-se em silêncio, reunira co­ragem para ir até lá, pé ante pé. Entreabrira a porta e vira Alfonso sentado numa poltrona ao lado do berço.

Achara que ele estava acordado, mas ao cami­nhar para dentro do aposento, percebeu que ador­mecera com Patty envolvida em seus braços.

Ficou parada, observando-o. A expressão de Alfonso era gentil, e algumas mechas de cabelos caiam em sua testa.

Ela sentiu necessidade de tocá-lo, de mergulhar os dedos nos cabelos pretos, murmurar que o ama­va. Mas, em vez disso, voltou para o quarto, sentindo-se sozinha e abandonada.

Afastando aquelas lembranças, Any desceu a escada. Não sabia o que diria a Alfonso. Como podia lidar com o que acontecera na noite ante­rior? Estava com receio de encará-lo.

Ao andar pelo corredor, na direção da cozinha, ouviu a voz dele. De início, achou que Alfonso es­tava conversando com Patty, mas hesitou ao ouvir o nome de Angelique.

Parou na porta da cozinha e viu Alfonso falando ao telefone, enquanto com a outra mão tentava alimentar Patty.

— Como você está? — ele perguntou à pessoa do outro lado da linha. — Claro que fiquei preo­cupado. Tudo bem, darei um beijão nela e direi que você virá em breve.

O coração de Any saltou dolorosamente no peito. Ela acabara de ter sua resposta. Alfonso es­tava apaixonado por Angelique, mesmo tendo afirmado que não se casaria com ela.

Por um lado, Any ficou aliviada. Fizera a es­colha certa ao decidir contar a verdade, mas, ao mesmo tempo, sentia-se incrivelmente magoada. Como ele podia tê-la beijado com tanta paixão, se amava Angelique?

Nunca vou compreender os homens, ela disse a si mesma.

Lembrou-se de Anuar. Ele dizia que a amava, fizera inúmeras promessas de amor. A dor que ela sentira ao descobrir que ele tinha uma amante, ficara cravada em seu peito. Havia terminado o noivado com ele, mas a lição que aprendera ainda a incomodava.

Por que baixara as defesas com Alfonso Herrera era um mistério. Conhecia-o havia poucos dias, mas apaixonara-se praticamente à primeira vista.

Alfonso não fizera promessas, nenhuma decla­ração de amor, e, mesmo assim, Any oferecera-se totalmente na noite anterior.

Ele a notou parada na porta.

— Tenho que desligar, Angelique — Alfonso disse ao telefone. — Eu a vejo no fim de semana, certo?
Esperemos que a greve tenha terminado.

Riu de algo que Angelique disse, despediu-se e desligou.