Fanfic: Adorável Mentirosa - AyA

O choro de Patty tornou-se mais alto, e Any correu para atendê-la.

— Sei que está com fome, querida — Any murmurou.

Olhou carinhosamente para a criança. A meni­na conquistara seu coração, assim como Alfonso. Sentiria muita saudade de ambos. Depois que es­crevesse a reportagem, não os veria nunca mais. Queria convencer a si mesma de que não estava apaixonada por ele, de que tudo não passava e atração física e de que o deixaria em breve, em nenhuma dificuldade. Pensar daquela maneira fez com que se sentisse melhor. Ao terminar de alimentar Patty, deu-lhe ma mamadeira com suco de frutas. Alfonso apareceu naquele momento.

—    Gostou de nadar? — ela indagou.

—    Fez com que eu esfriasse.

—    Sinto muito, mas o almoço é só salada.

—    Sabe muito bem que pouco me importo com o que teremos para o almoço — Alfonso replicou, segurando-a pelo braço.

—    É o mesmo homem que disse ser exigente com as refeições?

—    Estou começando a mudar de idéia.

—    Alfonso, por favor...

Ele inclinou a cabeça e beijou-a.

—  Por favor, o quê? — perguntou. — Por favor, pare? Por favor, não pare?

—  Estou tentando ser sensata, tentando pensar com clareza.

—  Faria alguma diferença, se eu dissesse que não há nada entre mim e Angelique Boyer?

Ela franziu a testa.

—  Quer dizer que terminou com ela? — indagou.

—  Não foi isso o que eu disse.

—  Ela terminou com você?

Any estava incrédula, não acreditando que uma mulher pudesse terminar um relacionamento com ele.

— Diremos que não somos um casal — ele falou.

Ela sentiu alegria e esperança, mas baniu-as de imediato.

—   Não acredito — declarou.

—    Acredite, ou não, é a pura verdade. Any encarou-o. A necessidade de acreditar nele era forte, mas ainda tinha suas desconfian­ças. Lembrou-se da conversa que ouvira entre Alfonso e Angelique pela manhã. Ele parecera carinhoso e apaixonado.

—    Não vai dizer que vocês têm um relaciona­mento liberal, vai? — ela perguntou.

—    Não, não vou, mas Angel tem seu caminho, e eu tenho o meu.

—    Aposto que não mencionou nossa relação ardente, quando falou com ela essa manhã, mencionou?

Ela ficou furiosa consigo mesma por ter feito aquela pergunta, principalmente quando Alfonso respondeu calmamente:

—    Não precisa ter ciúme de Angel.

—    Não estou com ciúme. Por que estaria? À noite passada foi um erro. A paixão dominou o bom senso. Vamos colocar os fatos em seus devidos lugares.

— Acha que podemos?

Ela desviou o olhar.

—   Não — disse. — Mas devemos tentar. O que mais podemos fazer?

—   Sei o que quero fazer.

O tom de voz sensual de Alfonso causou um ar­repio em Any.

— Quer me levar para a cama — ela falou. — Não acha que isso vai piorar a situação?

— Pelo contrário, vai melhorar.

Ela o encarou.

—  Sabe que uma vez achei que estava apaixonada por um homem parecido com você? — indagou.

—  O que quer dizer com isso?

—  Ele me disse que eu era a coisa mais mara­vilhosa que tinha acontecido a ele, que me amava mais do que tudo no mundo. Então, descobri que ele dizia o mesmo para outra mulher.

Pensar em Anuar deixava Any furiosa. Ela olhou para Alfonso com desdém.