Fanfic: Adorável Mentirosa - AyA

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Ficou lá uns quinze minutos, sentindo-se
fraca. Jogou água no rosto e olhou-se no espelho. Estava pálida. Vinha perdendo
peso, ultimamente, o que a surpreendia, pois achava que quando uma mu­lher
ficava grávida, a tendência era engordar.

—   Tudo bem? — Maite,
sua amiga e colega de trabalho perguntou.

—   Tudo bem — Any
murmurou, abrindo a bolsa para pegar o batom.

—   Não deve deixar Pedro
irritá-la. Sei que ele vem tratando você de modo insuportável, ultima­mente,
mas...

—   Está tudo bem, Mai.
— Any passou batom nos lábios e guardou-o na bolsa. — Agradeço sua preocupação,
mas você sabe o quanto fico irritada com essa situação.

—   Não se preocupe
minha amiga daqui a pouco ninguém lembrar mais disso.

—   Eu não sei se
conseguirei esquecer.

Saiu do banheiro antes que Maite
começasse a lhe dar conselhos novamente. Amava a amiga, mas não estava a fim de
escutar sobre Alfonso Herrera e Pedro. Ao voltar para o escritório do editor, achou
que con­tinuaria a ouvir censuras, mas ele fitou-a e, mi­lagrosamente, sorriu.

—   Tenho outra
matéria para você, Any.

—   Tem?

—   Vá até o
restaurante francês.

Ela sabia a que restaurante ele se
referia. Era um estabelecimento que ficava na mesma quadra do jornal.

—   Agora? — Any
indagou, sentindo o estô­mago protestar violentamente.

—   Agora.

—   Não estou me
sentindo bem. Não pode pedir para outra pessoa? Acho melhor eu ir para casa.

—   Não posso mandar
outra pessoa, tem que ser você. Peça uma boa comida enquanto estiver lá. Fará
com que se sinta melhor.

—   Não posso,
preciso ir para casa. — Any andou na direção da porta. — Irei amanhã à tarde,
ou mande outra pessoa. Ligo e converso com você depois.

— Isso é importante.
Seu emprego pode...

Ela fechou a porta
antes que Pedro terminasse a sentença. Não queria ouvir mais nenhuma ameaça.
Não conseguiria entrar em nenhum res­taurante, mesmo que seu emprego dependesse
da­quilo, pois seu estômago não agüentaria.

Pegou o casaco, pendurado em sua cadeira,
des­ligou o computador e foi para o elevador.

O quarteirão onde situava-se a sede do
jornal era movimentado, mas naquele dia encontrava-se deserto, talvez porque o
dia estivesse frio, e o céu, nublado.

Any morava no bairro havia sete anos, e
seu apartamento ficava a minutos de distância do jor­nal. Os aluguéis eram
caríssimos, ali, mas até então ela não se importara com o preço.

Agora, como mãe solteira, não poderia
pagar por aquele apartamento, pois as despesas com um recém-nascido eram
grandes. Tentou manter a mente ocupada, pensando em como seria cuidar do bebê,
porém foi impossível não recordar as fotos de Laura e Alfonso, que acabara de
ver. Fizera tantas perguntas sobre Angelique, quando, na verdade, devia ter se
preocupado com Laura.

Lembrou o dia que passara no iate de Alfonso
e fechou os olhos, fazendo um grande esforço para não chorar.

— Anahi?

Florzinhas, ai está comentem...

Bjos...As amo!!