Fanfics Brasil - 15 Meu Anjo A SECRETÁRIA - Vondy

Fanfic:  A SECRETÁRIA - Vondy | Tema: vondy


Capítulo: 15 Meu Anjo

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Narração de Christopher 


 


Eu estava acostumado a acordar desse jeito.


Já fazia quase cinco meses, cinco meses dessa combinação entre céu e inferno.


Dulce Maria era o céu – mas, eu estava no inferno.


Assim como todas as manhãs dos últimos cinco meses, eu sentia meu membro duro como uma pedra, me empurrando dolorosamente sob meu corpo. Eu estava dormindo de barriga para baixo, tentando fazer meus quadris ficarem imóveis. Normalmente, no momento em que eu acordava, a ejaculação já tinha acontecido, deixando apenas um rastro de sêmen ao redor do umbigo, enquanto o nome dela escapava dos meus lábios, e o corpo ainda estremecia.


Isso era muito fo/da de se aceitar.


Afinal, eu já não ra mais um garoto de quinze anos, por/ra. Eu tinha vinte e quatro anos de idade, e já experimentei mais mulheres do que conseguia realmente lembrar.


Mulheres como Dulce... Dulce, que tremeu nos meus braços quase morrendo de susto... que gemia meu nome quando eu a beijava... que me fez go/zar com a por/ra do pé dela... que me deixou penetrar toda sua intimidade com a minha língua... cujos seios pareciam pertencer à palma da minha mão.


"Não." Minha voz era um rosnado em desespero; por que por quanto tempo eu conseguiria continuar desse jeito antes de chegar à insanidade total?


Mas, já era tarde demais para tentar fugir; só de pensar nela, e em todas as incríveis novas sensações que havia experimentado com ela nestas ultimas semanas, eu já começava a me esfregar sobre o colchão, com vigor suficiente para a fricção provocada me fazer cruzar os dentes de frustração.


Mais.


Apoiei minhas mãos espalmadas sob o travesseiro para erguer meus quadris, e chocar meu corpo contra o colchão mais uma vez. Eu me sentia esmagado dentro das boxers, e apesar do ângulo com o qual eu atingia a cama me provocar um pouco de dor, o prazer excedia qualquer outra sensação. E, novamente, lembrar de como era gostoso poder sentir, provar, saborear aquele clitóris em ebulição na minha boca...


Mais.


Fiquei de quatro sobre a cama e em seguida, descontroladamente, me apoiei num braço só para poder apalpar e esfregar minha ereção – mesmo por cima da boxer – com a outra mão livre. Eu me sentia como um animal, curvado e com o corpo todo contraído, tenso, rudemente me agarrando para tentar saciar meu desejo por aquela mulher. Não era suficiente; nunca era o suficiente.


Mais.


Eu me virei rapidamente para ficar de costas sobre o colchão, e ergui os quadris para me livrar das boxers. Meu membro pulou livremente agora, fora daquele confinamento, e eu já via um liquido claro gotejando na ponta dele, porque, sério mesmo, nestes últimos dias eu não precisava de muito estímulo para isso acontecer.


Apertei os olhos, bem fechados, e deixei minha cabeça cair para trás, sobre o travesseiro, para que pudesse imaginar sem restrições aquela mão delicada dela descendo e me puxando, deixando meu membro de pé entre aqueles dedos pequeninhos.


Corri meus dedos desde a base da ereção, seguindo por toda a extensão dela, até que minha palma estava chata sobre a cabeça inchada. Eu estava inacreditavelmente sensível e aquela ereção se contorcia ao mínimo toque das minhas mãos enquanto eu gemia minhas súplicas para ela.


"Oh, Céus, Dulce."


Eu espalhei aquele liquido acumulado na ponta do meu membro por toda a região e cuspi na palma da mão para lubrificar o restante dele. Os sons molhados me lembravam de meus próprios dedos se movendo para dentro e fora de Dulce, e eu comecei a vagarosamente convulsionar na posição vertical, girando meu pulso quando atingia a extremidade.


"Por/ra, Dulce, por favor!"


Eu me lembrei de como ela se contorceu toda apertadinha ao redor dos meus dedos, e me imaginei penetrando-a lentamente com meu membro, passando por aquela abertura comprimida e molhada, e depois a imaginei me deixando completamente úmido e imerso naquele manjar dos deuses. Meus quadris se erguiam em violentos espasmos, dando pinotes na minha mão.


"Dulce, anjo!"


Desci minha outra mão, livre, para massagear a base do meu membro, enquanto aumentava o cerco da outra mão que percorria minha extensão enquanto eu me imaginava entrando e saindo daquela boquinha doce e linda dela. Meus quadris subiam nas estocadas fortes pelo buraco formado pelos meus dedos curvados, enquanto minha imaginação produzia a imagem dela, me fitando com seus olhos grandes e inocentes enquanto me chupava. Lembrei dela me dizendo no jantar que queria fazer isso comigo, colocar sua boca em mim, e na minha mente, era ela quem eu estava comendo com meu membro enorme, e era ela que gemia de contentamento e satisfação em volta de mim.


"Dulce, você é uma delícia." Eu gemia, como a por/ra do animal que eu tinha me tornado.


Comecei a mover minha mão novamente, acelerando, me esfregando com mais precisão, mais rapidez, mais voracidade.


Então, pensei na única coisa que eu sabia que me faria go/zar pelo resto da vida: a imagem dela sobre mim, clitóris, lábios, completamente aberta e exposta e nua na minha frente, me falando aquilo que eu morria para ouvir desde a primeira vez em que a vi: "Você. Você está me controlando." 


Estremeci em minha própria mão, liberando todo meu liquido em longos disparos, se espalhando sobre meu abdômen, enquanto eu recitava o nome dela sem parar.


"Dulce, Dulce, Dulce..."


Como uma por/ra de encantamento, uma por/ra de uma prece.


Como o soneto de um homem desesperadamente apaixonado.


 


- - -


 


 


Não fiquei surpreso quando vi que o carro de Dulce não estava na garagem dela, apesar de não conseguir controlar a sensação de desespero que tomou conta dos meus nervos quando vi a prova tangível de que ela não queria pegar carona comigo. Depois que Carla me falou ontem que Dulce tinha ido para casa mais cedo e que eu precisaria de um par para hoje à noite, eu sabia que algo estava errado. Não que ela tivesse aceitado oficialmente me acompanhar ao evento de hoje, mas mesmo assim.


Tentei ligar para Dulce umas cinqüenta vezes na noite de ontem, e foi só na qüinquagésima primeira tentativa que meu cérebro aturdido de tesão registrou o fato de que ela estava me evitando de propósito.


Passei o resto da noite zanzando de um lado para o outro na minha cobertura enorme, analisando cada coisa que eu havia feito com ela e me repreendendo severamente por todos os erros que provavelmente cometi.


Eu passei uma semana sendo um verdadeiro baba/ca para Dulce por causa da minha falta de auto-controle e como um verdadeiro grosseirão, descontei minhas frustrações nela.


Eu esfreguei minha ereção no corpo dela como um pervertido desenfreado.


Eu a beijei de forma muito brusca na primeira vez.


Eu fiquei tentando resistir a ela, mas isso só me levou a beijá-la de modo ainda mais selvagem e bruto cada vez que entrávamos naquele elevador. Dulce nunca iniciou o beijo, exceto daquela única vez antes do jantar. Ela provavelmente nem queria.


Eu a deixei me proporcionar o orgasmo mais incrível de toda a minha vida durante uma refeição em pleno restaurante, para o qual ela não teve nem escolha a respeito de ir ou não.


Eu a invadi com meus dedos, boca, lábios e língua no banco da frente do meu carro.


E quase a parti em duas, rasgando-a com a minha fúria, neste mesmo ridículo local, e eu estava praticamente certo, por todos os detalhes que pesquei com meus irmãos, e através de minhas observações atentas e constantes dela, que Dulce ainda era virgem.


Eu a tomei de assalto na porta de seu apartamento, me grudando naqueles seios como se fosse um adolescente.


Desnecessário dizer, eu estava absurdamente ansioso para chegar ao trabalho e vê-la, mais do que nos outros dias. O que era um feito e tanto, considerando que eu vivia e respirava para ter a visão dela saindo de seu carro toda a manhã há meses. Ela devia achar que eu era demente pelo modo como meu rosto se iluminava só de vê-la. Eu não conseguia nem processar a idéia dela se afastando de mim agora; seria como receber um pedaço do céu durante algum tempo – um tempo curto – para logo depois alguém arranca-lo de mim.


Se ela quisesse pegar mais leve, abrandar a parte física da nossa relação, eu faria isso, lhe dando todo o tempo necessário, com a maior satisfação. Que relação? Uma voz sórdida na minha mente questionou. A única vez que você a levou num encontro foi num jantar forçado.


Não. Eu não podia pensar assim. Ela tinha que estar atraída por mim, tinha que estar. Tudo o que eu tinha estava focado em Dulce, e eu precisava que ela sentisse alguma coisa, qualquer coisa que fosse.


Há muito pouco tempo atrás eu ainda estava resistindo a Dulce, com todas as minhas forças. No segundo que a vi, pela primeira vez, já sabia que a desejava. Havia sido no primeiro dia dela na empresa, e ela estava de costas para mim, falando com Ninel. Logo ali, eu já senti um formigamento na virilha, só de ver aquele traseiro digno de se cair de joelhos, e o cabelo ruivo, todo luminoso descendo pelas suas costas. Naquele instante, eu já matutava meios de fazer ela ficar de quatro na minha cama antes mesmo de ver seu rosto.


Então, Dulce se virou de frente para mim, e meus olhos subiram pelo corpo dela, desde seus pés, e naquele momento eu soube que alguém lá em cima havia feito aquela mulher pensando em mim. Eu podia imaginar aquelas pernas gloriosas enroladas em torno do meu pescoço enquanto ela me implorava para sentir minha língua penetrando-a. Eu podia visualizar o ponto crucial entre suas pernas abertas, se derramando por mim, e em como eu iria entrar nela, tão forte, a ponto de deixá-la incapaz, arruinada para os outros homens. Eu podia imaginar como seria estocar meu membro a ponto de bala entre seus seios magníficos, como seria marcá-la com o meu gozo. E a boca dela, todas as coisas fantásticas que eu faria com aqueles lábios cheios e arredondados. Eles ficariam lindos brilhando e úmidos ao redor de mim.


Quando meus olhos encontraram os dela pela primeira vez, eu já estava sentindo uma ereção me esquentando e toma-la em pleno escritório, seduzi-la até ela ficar de joelhos era um plano que se formava na minha mente. A garota com quem eu estava saindo na época foi completamente esquecida, e eu já planejava os diferentes locais no prédio onde eu poderia transar com Dulce. Mas o que eu vi nos olhos dela estragou estes planos para mim.


Inocência.


Ela tinha olhos de um anjo.


Ela era uma por/ra de um anjo.


Eu podia enxergar isso naquele rubor gracioso das bochechas dela quando ela me viu, no modo como sua mão tremeu gentilmente quando apertou a minha. Dulce Maria não era o tipo de mulher que deixava um homem que acabou de conhecer pega-la de jeito em uma mesa qualquer, e pior que isso, eu estava designado para ser chefe dela. Não havia modo, meio qualquer, que fizesse eu me aproveitar dela usando esse fato como vantagem, mesmo quando eu a desejava com tanto fervor, a ponto de me causar uma dor física.


Então, eu tentei resistir. Teria sido mais fácil se eu tivesse agido como um bundão com ela desde o primeiro dia, mas eu não era capaz de agir assim. Só a frieza profissional com a qual eu tratava Dulce já me destruía; ter que chamá-la de Srta. Saviñon quando toda santa noite era com o nome dela que eu gemia e gozava. Fiquei observando Dulce naqueles primeiro meses muito mais do que era realmente saudável, então eu conhecia a rotina dela de trás pra frente. Eu sabia que quando eu passasse no corredor àquela hora da manhã, eu poderia ver o sorriso gentil e tímido que ela sempre tinha para mim.


Aquela por/ra de sorriso gentil que parecia uma faca no meu estômago enquanto eu tive que assistir de camarote Dulce fazer amizade com meus irmãos. Eu já estava gradativamente me afastando dos dois, por sentir o peso do fardo que era carregar o segredo de Vítor, mas suportar, de verdade, Dulce passando tempo com Poncho e Christian significava que eu mal conseguia falar com os dois sem cerrar os dentes e bufar repetidamente. Eu me torturava com a ideia de um deles pedir pra sair com ela, e que um dos meus irmãos poderia ter aquela mulher, a quem eu resistia com tanta braveza.


Foi movido pela agonia de não saber que me fez chamá-la para uma reunião que nós três estávamos tendo. Dulce tinha acabado de trazer o café – uma tarefa que eu considerava estar muito abaixo da capacidade dela, embora eu soubesse que não deveria ficar fazendo alarde sobre isso – e Christian e Poncho a cumprimentaram com piadas internas e sorrisos cúmplices. Antes de pensar no que eu estava fazendo, a pergunta saltou da minha boca e eu estava indagando se a Srta. Saviñon estava saindo com um dos dois.


Meus irmãos mais velhos sorriram com tanta malícia para mim que eu queria quebrar a cara dos dois, até porque eles me conheciam bem demais para perceber meu interesse real naquelas respostas.


"Oh, Ucker, você está apaixonadinho pela nossa pequena Dulcinha? Ucker e Dulce, sentados numa árvore... " – Christian me provocou por uns bons dez minutos até que eu admiti a possibilidade de que talvez eu poderia ter uma pequena parte de mim interessada em Dulce Saviñon.


O tipo de interesse que me fazia incapaz de tocar em outra mulher porque tudo o que eu queria era ela.


O tipo de interesse que me fazia ter um orgasmo espontâneo enquanto dormia, porque eu sonhava com aqueles longos cabelos ruivos soltos e espalhados sobre o meu travesseiro.


O tipo de interesse que me fez memorizar cada traço do rosto dela de tão apaixonado que eu estava.


Enfim, coisa pouca, nada de mais.


Poncho enxergou além daquela máscara que eu tentava erguer, e insistiu que eu apenas convidasse de uma vez Dulce para sair. Minha resposta incrédula foi resultado de meses de tormento, e me vi falando rispidamente com meu irmão completamente chocado.


"Você tá de brincadeira comigo aqui, Poncho? Ela tem vinte anos," eu já podia vê-lo retrucando e apontando que eu era apenas quatro anos mais velho que Dulce, então, rapidamente emendei, "ela mal viveu, mal viu o mundo e eu já peguei metade de New York! Sem contar que eu sou o chefe dela, como posso convidá-la para sair e esperar que ela diga sim sem qualquer senso de obrigação? Seria como conduzir um cordeirinho inocente para o abate. Além do mais, minha vida tá uma merda, uma verdadeira zona."


Eu estava pensando em Ninel, com sua barriga em crescimento constante, toda cheia de sorrisos tristes e clementes. Nenhum dos meus irmãos sabia disso, é claro, então eles simplesmente riram do que aparentemente era uma reação exagerada e começaram a me provocar sobre meu "cordeirinho" cada vez que nos encontrávamos.


Tudo ficou tão melhor e tão pior com a saída de Ninel para a licença maternidade. De uma hora para a outra, Dulce estava presente na minha vida, do momento que eu chegava à empresa de manhã até o instante em que eu ia embora, com nada além de uma porta nos separando. Eu sabia que não deveria ter concordado com ela se tornar minha assistente, mas minha boca articulou um "sim" naquela ocasião antes que eu tivesse noção do que estava fazendo.


Conforme os dias foram se passando, ela estava lentamente derrubando qualquer autocontrole que eu ainda possuía, enquanto, patético como eu só, transformava as coisas mais triviais possíveis – como vê-la chupar a ponta de uma caneta – em sonhos e devaneios eróticos que me perseguiam durante as madrugadas sozinho.


Eu me pergunto se teria sido capaz de resistir se não tivesse chegado ao escritório duas semanas atrás para encontrá-la vestida numa espécie de roupa própria para uma garota de colegial travessa como a Dulce dos meus sonhos, inclinada sobre sua mesa, desenterrando lembranças de uma por/ra de filme pornô.


E, então, eu descobri ela lendo aquele livro no almoço, o livro do qual tomei emprestado tantas fantasias, misturando-as às imagens de Dulce. Se meus irmãos não tivessem me interrompido, eu a teria puxado para o meu colo enquanto a atacava naquela cafeteria, lotada de outros funcionários.


Mas, a pior parte foi achar que eu tivesse visto desejo nos olhos dela, especialmente quando agarrei seu pulso, para puxá-la para o meu colo – embora não tenhamos chegado a esse ponto. A ideia de Dulce me desejar também foi muito mais do que pude suportar, e eu tive me masturbar numa cabine do banheiro masculino antes de tentar passar pelo escritório dela, e voltar para o meu.


Durante o resto da semana, eu podia jurar que ela estava tentando me torturar intencionalmente, aparecendo para o trabalho parecendo o epítome de tudo que definia a palavra sexo. Eu sabia que estava tratando Dulce como um crápula, que eu estava magoando os sentimentos dela, mas também sabia que era para o seu bem. A minha resistência oficialmente caiu por terra, logo, se eu não fosse curto com ela, se não evitasse sua presença, eu teria caído de joelhos para implorar que ela permitisse que eu lhe fizesse sentir prazer.


E aí teve o bendito defeito no elevador que me levou à experiência mais incrível, mais maravilhosa de toda minha vida: minha doce e querida Dulce nos meus braços, buscando minha proteção, abrigando-se contra o meu peito. Minha Dulce estava lá, deixando que eu tocasse sua testa com meus lábios, que eu enterrasse meu rosto nos seus cabelos, com aquele aroma de morango.


Eu soube naquele momento que minha luta havia terminado.


Seus encantos haviam vencido, eu já não seria mais capaz de resistir a Dulce.


E eu faria tudo que estivesse ao meu alcance para torná-la minha.


 


- - -


 


Era com esta linha de pensamento que eu saí do elevador para entrar no escritório de Dulce na manhã de sexta-feira – o mesmo elevador que agora tinha efeito afrodisíaco em mim só de pensar em Dulce me falando que queria tomar o controle.


A noite anterior, passada com muita ansiedade, enquanto eu quase abria um buraco no chão, de tanto andar de um lado para o outro, não havia feito nada para acalmar meus nervos, e quando eu vi Dulce e Carla– sentadas à mesa de Dulce conversando – e elas se viraram pra mim, meus piores medos se confirmaram.


Carla, apesar de eu ter mal olhado de relance para ela, virava-se para mim e para Dulce com uma expressão que só podia ser descrita como "apoio moral, amiga".


Os olhos de Dulce estavam completamente vazios, isentos de qualquer benevolência, nulos de raiva, ou desejo. Era como se ela não sentisse nada quando olhava para mim. Era como se alguém tivesse escutando minhas suplicas silenciosas para que ela sentisse alguma coisa, qualquer coisa por mim, e tivesse se certificado de que eu acordasse esta manhã para me deparar com esse pesadelo.


Meu coração parecia querer rasgar minha pele e saltar para fora do peito, e eu podia sentir meu pomo de adão visivelmente dar pulos enquanto eu engolia meu próprio nervosismo. Se eu ia arrumar isso – o que quer que fosse o problema – então, ia precisar me manter calmo e com as emoções sob controle. Você. Você está me controlando.


"Eu preciso falar com você na minha sala, por favor, amor."


O rosto de Dulce foi atravessado por um estalo, e Carla soltou um suspiro de espanto. Eu tentei analisar o que havia de errado com a minha frase, mas tudo o que fiz foi pedir Dulce para falar comigo dentro do meu escritório. O que havia de surpreendente nisso?


Dulce assentiu para Carla, que deixou a sala com outro olhar significativo na minha direção. Ela foi instantaneamente esquecida quando Dulce se levantou de trás de sua mesa e caminhou até mim.


Eu senti meu membro se contorcendo apenas uma hora depois de ter me aliviado na cama. Ela estava vestindo uma saia de couro, com saltos muito altos – que eu rapidamente imaginei enrolados em torno das minhas pernas – e uma blusa branca, tão apertada no corpo dela, que eu podia facilmente enxergar o contorno dos seus seios – sem sutiã – por baixo do tecido.


"Você está incrível..." eu não tive como deixar de gemer um elogio, momentaneamente esquecendo que havia algo de errado entre nós. Flexionei minhas mãos, com os braços esticados paralelamente ao lado do corpo, e isso era tudo o que eu podia fazer para me impedir de agarrar Dulce ali. Por que, oh, por que ela tinha que parecer uma imagem saída diretamente dos meus filmes pornôs favoritos de adolescente?


"Eu sei." Dulce respondeu, sorrindo para mim com tanta malícia, de forma tão feroz e cruel, que cheguei a imaginar suas unhas arranhando todas as minhas costas enquanto eu a traçava contra a parede. Também percebi que seu sorriso não se refletia na expressão de seus olhos, que continuavam sem vida.


Ela entrou no meu escritório, me deixando lá embasbacado secando o corpo dela e aqueles quadris rebolando sensualmente, até que recuperei algum tipo de controle sobre as minhas pernas para segui-la até minha sala.


Quando me virei para encará-la, depois de fechar a porta atrás de mim, outro gemido sem fôlego escapou da minha garganta. Dulce estava sentada na beirada da minha mesa, inclinando o corpo para trás, apoiando o peso sobre as suas mãos, com as pernas bem abertas.


Ela não usava nenhuma calcinha e aquela expressão de maldade continuava a colorir seu rosto.


Em defesa das minhas próximas ações, afirmo que todo o sangue do meu corpo correu para o meio das minhas pernas, logo, cortando qualquer contato ou controle do meu cérebro sobre meus braços e pernas. Ou, colocando de uma forma mais simples: eu estava agindo com minha cabeça de baixo.


Voei para cima de Dulce, meu corpo colidiu com o dela enquanto eu me empurrava entre suas pernas, ansiando em sentir aquela parte, tão molhada e apertada, dela se esfregando em mim. Minhas mãos agarraram a parte de baixo das coxas de Dulce, erguendo-a um pouco para que minha ereção tivesse acesso direto àquele calor, mesmo sob o zíper da minha calça.


Eu tentei alcançar a boca dela com meus lábios enquanto comecei a estocar no corpo dela, mesmo sem a real penetração por causa da minha roupa, mas o rosto dela se virava tortuosamente para o lado, me evitando. As recusas de Dulce me trouxeram o tão necessário funcionamento cerebral.


Relutantemente, soltei uma das coxas macias dela, mantendo a outra aberta para mim, e acariciei sua maçã do rosto. Ela não se esquivou dessa vez, quando virei o rosto dela para mim, e pude enfim enxergar o tesão em seus olhos. Meu anjo.


"O que há de errado?" – diga-me e eu caminharei sobre vidro quebrado para consertar.


"Eu não te quero mais." Um sorriso cruel surgiu, esticando aqueles lábios perfeitos; ou o mais próximo de cruel que Dulce, tão doce, conseguia chegar. Eu podia sentir o calor vindo em ondas do centro das pernas dela, como se eu estivesse encostado numa fornalha, e eu sabia que ela já estava molhada, ou quase lá.


"Você está mentindo para mim." Eu retruquei sem pestanejar, pressionando meu corpo no dela para provar meu argumento. Nós dois estremecemos com essa sensação, enquanto eu me movia. "Por que você está mentindo para mim? O que mudou?"


"Eu não te quero mais."


Dulce abruptamente caiu de cotovelos, erguendo os quadris para encaixá-los nos meus num ângulo em que ficasse diretamente contra o material áspero das minhas calças. Eu vi sua cabeça cair para trás e aquele pescoço curvado da maneira mais linda ficou exposto para mim; Dulce gemeu quando meu quadril se movimentou no mesmo ritmo que o dela. Eu já podia me sentir liberando aquele líquido na extremidade da ereção, tornando ainda mais difícil a tarefa de pensar ou entender as palavras e ações contraditórias de Dulce.


"Você quer, você me quer, sim. Por que está fazendo isso?" – não vou desistir de você agora.


Dulce riu, riu de mim, e se afastou sobre a mesa, colocando distancia entre nossos corpos. Ela me encarou com um olhar triunfante, debochada.


"Por acaso eu gaguejei?" – ela perguntou friamente. "Eu. Não. Te. Quero. Mais. Então, eu espero que você tenha gostado disso, porque você nunca me terá."


Que se fo/da.


Ela era o meu anjo.


Minha.


Eu deixei todo e qualquer sentimento predatório, animalesco, possessivo e passional que eu tinha por ela ferver na minha pele enquanto ouvi Dulce me rejeitando. Ela tinha dito que eu estava no comando, que eu a controlava. Ela era finalmente minha, tão minha quanto eu havia sido dela desde o momento em que a vi pela primeira vez. Eu não desistiria dela, não agora, não jamais.


Não depois de eu ter ouvido Dulce ficar sem fôlego enquanto me beijava. Não depois de tê-la arfando e suspirar ao sentir minhas mãos em seus cabelos. Não depois de ter ouvido Dulce gemer quando a penetrei com meus dedos. Cada pequeno som que ela fazia, e todos traduzidos numa única sentença: "sou sua", "sou sua", "sou sua".


Meus olhos se estreitaram automaticamente, focalizando com total concentração a imagem da minha presa. O sorriso de Dulce agora era desafiador, tirando sarro de mim. Eu via as coxas dela espremendo-se uma na outra, porque, putaqueopariu, ela ficou excitada comigo.


Minhas mãos correram para as laterais do quadril dela num impulso, e usei todas as minhas forças combinadas com o sentimento de possessão psicótico para trazê-la de volta para perto de mim, e me recolocar entre suas pernas. Ela simplesmente parecia se divertir ainda mais com a minha reação.


Eu queria afagar o rosto de Dulce, coloca-lo delicadamente entre as minhas mãos, mas fiquei com medo de acabar fazendo alguma coisa para machucá-la, no estado de fúria e excitação que eu me encontrava.


"Eu não vou ficar fazendo joguinhos com você." Falei para ela, apertando suas coxas enquanto enfatizava cada palavra. "Sinta-se livre para tirar o resto do dia de folga, e eu vou te buscar às oito em ponto hoje à noite para o baile beneficente."


Pelo humor dela, eu esperava no mínimo um tapa na cara. Ao invés, ela moveu-se para fora da mesa, deslizando o corpo pelo meu com esse movimento. Meus olhos reviraram com a sensação daquele corpo tão mal coberto, cheio de curvas fazendo um atrito delicioso sobre a minha pele, e senti o hálito fresco dela no meu ouvido enquanto sussurrava.


"Te vejo hoje à noite, Christopher... apesar de que quando eu me cansar desse seu traseiro lamentável, você vai desejar jamais ter me convidado."


 


 


 


 


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Autor(a): Jorge_DyC

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

POV Dulce   Por volta das sete e cinqüenta da noite, eu já estava na minha cozinha – sob ordens expressas de sentar no vestido o mínimo possível – enquanto matava uma dose de tequila com as meninas. Anahí, Maite e eu fizemos caras de nojinho simultaneamente enquanto tomávamos a bebida, já que nenhuma de n&oac ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 43



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  • kfer Postado em 03/01/2022 - 12:50:53

    Mulher, posta mais, pelo amor de Deeeus! Li sua fic em 1 dia hehehe. Quero mais!

  • janaynafarias Postado em 19/04/2016 - 16:05:23

    📢📢📢flor cadê VC,contttttttttttttt POR FAVOR!!!!!!!!

  • janaynafarias Postado em 13/01/2016 - 23:04:22

    Amada li sua fic em três dias estou amado...simplesmente estou apaixonada pelo o jeito d ucker pela dul tão fofo ahhhhhhh conttttttttt amada! ♥♡♥

  • vondyfforever Postado em 24/07/2015 - 00:03:50

    Poxaa mais de um ano e vc nao voltoo! E definitivoo? ;'( ;'( ;'(

  • traumadaa_ Postado em 04/05/2015 - 11:29:08

    Cadê você?? É ansiedade que não cabe dentro de mim! Beijos!

  • traumadaa_ Postado em 29/04/2015 - 15:05:21

    Hey. Nova leitora aqui, to apaixonada pela web. Posta mais! 😘

  • e51 Postado em 22/12/2014 - 11:56:50

    Continua por favor!!!!!!!!

  • vondyfforever Postado em 01/11/2014 - 14:44:05

    heeeey cade vc? posta mais

  • senhorita_ackles Postado em 18/08/2014 - 14:22:37

    Ahh continua por favor :)

  • jacquevondy Postado em 10/08/2014 - 08:25:39

    Heeeeeeey posta maaaaaaaiis pliiiiix to pirando com essa fic mds volta loooogooo ^_-


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