Fanfic: A Dama e o Guerreiro - AyA | Tema: AyA (adaptada)
Capítulo IV
Rodrigo de Clarin tinha se sentado à mesa para saborear um farto almoço com pão fresco e peixe cozido quando a tempestade em forma de mulher voltou a nublar o céu de sua existência.
Pequena, de cabelos escuros e feições delicadamente esculpidas, Belinda era atraente, mas tão perigosa e letal quanto uma víbora. A verdade é que ela preferia Londres ao Castelo de Clarin ou mesmo ao grande Castelo de York. Por certo, porque a vida na corte era muito mais interessante para uma jovem do que a monotonia de um castelo perdido no norte da Inglaterra, bem próximo aos ataques dos insurgentes escoceses.
Verdade que lorde Rodrigo também amava Londres e sua vida efervescente, mas desprezava o comportamento fútil de sua esposa. Quando estava na corte, temia acordar todas as manhãs para descobrir com que cortesão Belinda escolhera passar a noite.
Fazia muito tempo que ele tinha aprendido que sua busca por amor, ou por uma pretensa afeição, deveria ser feita bem longe da corte do rei Eduardo I.
Alheia aos sentimentos do marido, Belinda Clarin entrou no salão nobre sem ser anunciada. Como movimentos ágeis, retirou as luvas e ergueu-as para o alto enquanto dizia;
— Milhas... Viajei milhas e milhas e quando chego em casa não tem ninguém para me receber! — ela exclamou, caminhando em direção a Rodrigo.
Rodrigo recostou-se na cadeira de espaldar alto, mas não se levantou; em vez disso, preferiu cruzar os braços na altura do peito e encarar a esposa recém-chegada.
— Ah, minha querida esposa, tivesse eu sabido de sua vinda, teria me preparado para jogar flores a seus pés. Mas, infelizmente, a senhora não mandou nos avisar de que estava a caminho do Castelo de Clarin.
“Flores?”, pensou ele ao terminar de falar. Se soubesse que Belinda viria teria arrumado alguma coisa para fazer bem longe dali. A essa altura, o rei Eduardo já havia reconquistado uma parte da Escócia, mas muitas regiões ainda estavam sob o domínio dos insurgentes, e os barões rebeldes estavam sempre atacando em algum lugar, o que significava que havia sempre escoceses contra os quais lutar. Belinda jogou as luvas sobre a mesa e o encarou. — Gostaria de beber um pouco de vinho depois desta longa jornada. Estou sedenta, meu caro.
Rodrigo levantou-se, curvou-se numa leve reverência, e seguiu até o aparador de madeira para servi-la de uma generosa taça de vinho. Os lábios grossos curvaram-se no arremedo de um sorriso quando ajustou a taça de prata e verteu o liquido escuro armazenando em uma garrafa do mais puro cristal veneziano, que a própria Belinda tinha trazido para Clarin como parte de seu dote.
Os dedos delicados tocaram os de Rodrigo de maneira insinuante quando entregou-lhe a taça. Haviam se casado numa época em que Clarin brilhava com todo seu esplendor, quando seu tio Leo ainda vivia e a propriedade não se resumia apenas a um vasta imensidão de terras férteis, mas tinha também enormes riquezas. Rodrigo e Jack esperavam tolher as recompensas dos títulos tirados dos nobres insurgentes que tinham ousado apoiar os escoceses, generosamente distribuídos pelo tio que os criara com justiça e benevolência. Belinda tinha trazido riqueza e união, Rodrigo, nobreza e terras. Assim, era de se esperar que formassem um casal perfeito.
Mas os ataques dos escoceses tinham mudado tudo de uma hora para outra.
Ao pensar em tal desventura, Rodrigo serviu-se também de uma taça de vinho e a ergueu, enquanto dizia num tom irônico:
— Brindemos a Wallace!
— Ah, um dia aquele monstro ainda há de queimar no fogo do inferno. — atalhou a jovem de cabelos escuros. — Ele vai pagar por todos os seus pecados e quando esse dia chegar...
— Você estará lá, assistindo a cada momento com um prazer malévolo. Isto é o que é ser sanguinária.
Ela arqueou levemente uma sobrancelha.
— Está me acusando de ser sanguinária quando sua querida priminha comandou mais homens em Falkirk do que você mesmo foi capaz de fazê-lo.
— Anahí não tinha escolha.
Belinda deu-lhe as costas e olhou em tomo do enorme aposento.
— Tapeçaria magnífica, esta. — elogiou, mudando propositalmente de assunto.
— Foi um presente dos aldeões flamengos.
— Ah, sim, para Santa Giovanna, claro.
— Belinda, por favor, há alguma razão para esta conversa?
Autor(a): traumayahd
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— Nenhuma em especial. — respondeu ela, dando de ombros e continuando a andar pela sala. — E onde está Jack? Continua percorrendo longas distâncias de terras para cuidar de algo que nunca será dele? — Se já sabe a resposta, não precisa fazer a pergunta. — empertigou-se Rodrigo. Belinda não se importou c ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 73
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franmarmentini♥ Postado em 30/04/2016 - 16:23:07
CADE VC ????????????????????????
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franmarmentini♥ Postado em 10/09/2015 - 16:14:25
OLÁAAAAAAAA AMORE ESTOU POSTANDO UMA FIC* TE ESPERO LÁ BJUS http://fanfics.com.br/fanfic/49177/em-nome-do-amor-anahi-e-alfonso
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kalita Postado em 03/10/2014 - 22:16:04
E lá vamos nós para mais um mês sem posts.
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kalita Postado em 08/09/2014 - 22:18:22
Mais um mês se passou e vc não voltou!!!! :(((((((((((((((((((((((((((
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kalita Postado em 09/08/2014 - 11:43:09
Cadê tu, cê ta legal??
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kalita Postado em 09/08/2014 - 11:42:02
volta posta pleaseeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
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kalita Postado em 09/08/2014 - 11:41:18
eiiii 2 meses já e vc não vem postar aquiii ;/
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jeanne_portilla Postado em 23/07/2014 - 23:39:39
Posta porfavorrrrrrrr
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jeanne_portilla Postado em 23/07/2014 - 23:39:02
Nova leitora Posta mais porfavorrrrr
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kalita Postado em 05/07/2014 - 23:29:29
Volta loooogo!