Fanfic: A Dama e o Guerreiro - AyA | Tema: AyA (adaptada)
Anahí endireitou o corpo e fitou-o com expressão beligerante.
— Sim, sou prisioneira de um homem que me odeia mais do que tudo e todos, não é verdade, sir Alfonso Graham?
— Odiá-la? — Alfonso repetiu incrédulo. — Não, milady. É a senhora que nos odeia.
— A quem está tentando enganar? — Anahí o fuzilou com as íris verde-esmeralda.
— Como já disse, eu não a odeio. Verdade que um dia jurei me vingar do que me fez em Falkirk. Mas, depois de muito pensar, e também, tendo transcorrido tantos anos, percebi que na verdade você me ensinou uma grande lição.
Anahí de Clarin. Nunca mais me deixarei seduzir por uma imagem de inocência e beleza. Aprendi que a mentira e a falsidade podem ser os inimigos mais cruéis para um guerreiro. Por isso, jamais serei tão idiota a ponto de render-me a seu feitiço outra vez...
A voz dele era baixa e pausada e, à medida que falava, enrolava uma mecha dos longos cabelos loiros no dedo. Por um breve instante, os olhos verdes de Alfonso trilharam um caminho de fogo que ia desde as faces alvas de Anahí até a curva generosa dos seios, que arfavam sob o tecido fino da camisola de cambraia. Então ele sorriu, um sorriso quase melancólico.
— Gostaria que percebesse que sir Wallace é um homem de palavra, e não o monstro que pensa ser. Quanto ao resto de nós... Bem, pode-se dizer que aprendemos muito com nossos inimigos. Mas essa conversa ficará para outra hora, porque, como viu, milady, agora o dever me chama.
E antes que Anahí pudesse dizer qualquer coisa, Alfonso já lhe dava as costas e desaparecia no longo corredor. Com passos incertos, ela caminhou até a cama e aninhou-se sob as peles. Por um longo tempo, esperou que Alfonso regressasse. O coração batia descompassado em seu peito a cada movimento ou som que ouvia.
Ele estava zangado e certamente voltaria para tentar convencê-la de que os escoceses não eram os monstros que pensava e que o rei Eduardo era o grande vilão da história.
— Sim, ele vai voltar. — Anahí repetiu, sentindo uma estranha ansiedade invadir-lhe o peito e minar-lhe a alma.
Mas o tempo pareceu arrastar-se como uma longa serpente que nunca tem fim e Alfonso não apareceu.
Quando o sol finalmente raiou no horizonte e infiltrou-se pela pequena vigia, o cansaço havia muito a tinha vencido e ela finalmente adormecera, sonhando com um bravo guerreiro de longos cabelos escuros e olhos que pareciam ter o poder de arrancar-lhe alma e desvendar-lhe todos os segredos, inclusive aquele que vinha tentando esconder de si mesma...
Alfonso deixou a cabine do capitão, consciente de que tanto o pirata quanto Wallace o estavam observando, cada um com seus próprios pensamentos.
Pensativo, caminhou até sua própria cabine. Anahí já estava dormindo. No entanto, parecia que havia demorado bastante a adormecer. Usualmente, ela costumava puxar as peles até a altura do queixo, como se não quisesse ver nem ser vista. Hoje, porém, as peles estavam i amontoadas de um lado da cama e Anahí encolhida do outro, como se tivesse se mexido muito antes de finalmente conseguir pegar no sono.
Os longos cabelos dourados espalhavam-se reluzentes sobre o travesseiro, criando um contraste magnífico entre o tecido branco, a pele acetinada e os cabelos cor de ouro.
Suspirando, Alfonso carregou a vela até bem junto do rosto dela, O que logo provou ser um grande erro. A luz bruxuleante iluminou o corpo feminino, revelando-lhe as curvas acentuadas e fazendo-o estremecer de desejo.
Da primeira vez que a vira também se deixara seduzir por sua graça e beleza, mas agora, após todos aqueles anos nos campos de batalha, não podia se permitir ser tão ingênuo. Quando fora atingido por lady Anahí e resgatado por seu primo Arryn, jurara que um dia se vingaria e durante um bom tempo vivera com aquela sede de vingança; aliás, fora justamente aquilo que lhe dera forças para seguir em frente. Agora, porém, vendo que o tão odiado inimigo parecia uma dama bela e indefesa, sentia-se dominado por uma estranha e inexplicável emoção. Queria ao mesmo tempo tocá-la e afastá-la de si, como se Anahí de Clarin fosse uma daquelas febres que consumiam um homem e roubavam-lhe a vida. Ainda assim, incapaz de resistir a seu encanto, ele deixou a vela sobre a mesinha-de-cabeceira e ousou tocar as madeixas loiras que se espalhavam sobre o travesseiro de penas de ganso.
Autor(a): traumayahd
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Anahí não merecia ter inimigos, ela dera seu coração, alma e lealdade a seu povo e a uma família que estava disposta a entregá-la pelo maior lance que recebesse. Sim, porque era isso que os nobres de Clarin estavam fazendo ao mandá-la para um noivo francês que tinha três vezes a sua idade, apenas para conseguirem a ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 73
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franmarmentini♥ Postado em 30/04/2016 - 16:23:07
CADE VC ????????????????????????
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franmarmentini♥ Postado em 10/09/2015 - 16:14:25
OLÁAAAAAAAA AMORE ESTOU POSTANDO UMA FIC* TE ESPERO LÁ BJUS http://fanfics.com.br/fanfic/49177/em-nome-do-amor-anahi-e-alfonso
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kalita Postado em 03/10/2014 - 22:16:04
E lá vamos nós para mais um mês sem posts.
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kalita Postado em 08/09/2014 - 22:18:22
Mais um mês se passou e vc não voltou!!!! :(((((((((((((((((((((((((((
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kalita Postado em 09/08/2014 - 11:43:09
Cadê tu, cê ta legal??
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kalita Postado em 09/08/2014 - 11:42:02
volta posta pleaseeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
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kalita Postado em 09/08/2014 - 11:41:18
eiiii 2 meses já e vc não vem postar aquiii ;/
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jeanne_portilla Postado em 23/07/2014 - 23:39:39
Posta porfavorrrrrrrr
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jeanne_portilla Postado em 23/07/2014 - 23:39:02
Nova leitora Posta mais porfavorrrrr
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kalita Postado em 05/07/2014 - 23:29:29
Volta loooogo!