Fanfic: A Dama e o Guerreiro - AyA | Tema: AyA (adaptada)

— Eu observei as mãos dele quando não usava luvas. Talvez tenha cicatrizes horríveis, mas lepra é pouco provável.

— Sim, faz sentido. Talvez o mascarado tenha uma enorme cicatriz que ganhou na mesma batalha em que lhe cortaram a língua.

— Ah, meu Deus, Alfonso! Precisa fazer alguma coisa para me tirar daqui! — Anahí estava à beira do desespero.

— Naturalmente que farei.

— Você não me deixaria aqui para morrer apenas para se vingar do que aconteceu em Falkirk, deixaria?

Ele fez uma pausa, recostando-se no batente da porta fitando-a com um sorriso divertido.

— Vingança? Por que iria querer me vingar de uma bela dama inglesa que me pediu misericórdia pouco antes de me acertar com a espada na cabeça?

— Estávamos num campo de batalha! — exclamou e, ao vê-lo continuar em silêncio, apoiou as mãos no peito largo e fitou-o com um brilho suplicante nas íris verde-esmeralda. — Por favor, eu lhe suplico, Alfonso, me tire daqui! Se algum dia...

— Se algum dia, o quê? — ele indagou num tom rouco e ríspido.

— Se algum dia eu puder retribuir, juro que o farei.

Alfonso a encarou por um longo momento. Então, tomou-lhe as mãos entre as suas e deixou-a perplexa ao beijar-lhe todos os dedos de forma carinhosa, quase apaixonada.

— Farei o máximo que puder, milady. — prometeu e virou-se.

— Não vá! Não me deixe!

— Preciso ir. — falou, antes de sair e deixá-la sozinha. Anahí ainda ouviu o som da tranca sendo colocada do lado de fora, e depois algumas vozes ligeiramente alteradas. Então, aos poucos os sons desapareceram. Tremendo, ela sentou-se nos pés da cama e correu os dedos por entre os cabelos ainda molhados. O tempo passou. Ninguém apareceu. Talvez mais de uma hora tivesse transcorrido sem que ouvisse algo no corredor. Então, quando achou que não veria mais ninguém naquele dia, escutou a tranca sendo removida e ficou em pé de um salto. Era Anne-Marie, que trazia uma bandeja de comida e uma caneca de madeira.

— Trouxe pão, queijo, peixe e vinho. — disse a mulher, lançando um olhar curioso para Anahí enquanto deixava tudo sobre a cômoda. — Ah, e também uma escova de cerdas naturais para desembaraçar esses cabelos. Afinal, ele gosta de suas mulheres com cabelos Usos e macios. Anahí estreitou os olhos.

— Já lhe disse que não me importo nem um pouco com o que ele gosta ou não. Além do quê, não vou ficar aqui por muito tempo.

— Ah, diz isso por causa do escocês, milady? Não quero tirar-lhe a esperança, mas Jacques mandou o escocês embora. Não chegaram a um acordo.

— O quê? — gemeu Anahí, deixando todo seu pavor transparecer na voz melodiosa.

Por alguma estranha razão, seu pânico pareceu proporcionar um imenso prazer a Anne-Marie.

— Como deve imaginar, o escocês não tinha nada para barganhar em troco da senhora. Ele também percebeu que se tentasse levá-la à força seria facilmente morto por no homens. Apesar de não falar, Jacques pode ser muito convincente quando quer, e seu amigo parece ter resolvido que não vale a pena morrer por uma mulher, porque partiu rapidamente. — Um largo sorriso brincou no rosto de Anne-Marie. — Agora, milady, faça o favor de se arrumar porque ele virá visitá-la depois do jantar.

É isso meninas, eu não deixei vocês curiosas com o reencontro deles, apenas como Anahí irá se safar dessa KKKKKKKK Bom fim de semana, até semana que vem!