Fanfic: A Dama e o Guerreiro - AyA | Tema: AyA (adaptada)
Ele não era velho, mas seu rosto bronzeado tinha uma aparência curtida com algumas rugas em tomo dos olhos que denunciavam o longo período passado no mar e exposto ao sol. Usava calças coladas ao corpo e uma camisa branca de babados, num modismo estranho. Vestia também um colete carmim e botas de cano alto que lhe conferiam uma elegância peculiar. De repente, um sorriso cínico curvou os lábios grossos.
— Ah, então é verdade... lady Anahí de Clarin está mesmo a bordo desta nau. Pelo que soube, milady, está viajando para a França para encontrar-se com o rico conde que deverá desposá-la.
Anahí franziu o cenho. Como aquele homem tinha tantas informações a seu respeito?
— Acho que esse casamento arranjado trará um bom dinheiro aos cofres de Clarin — Longueville prosseguiu. — Meus informantes dizem que o Castelo de Clarin foi quase totalmente destruído pelos rebeldes escoceses. Que Deus tenha piedade daquelas pobres almas selvagens! — O riso sarcástico transformou-se em uma sonora gargalhada. — Bem, vamos ver quanto seu rico pretendente estará disposto a pagar para tê-la de volta, milady.
Naquele instante, o imediato que estivera lutando contra o pirata atingido por Anahí pareceu recobrar a coragem e tentou sair correndo da cabine.
Ao vê-lo fazer menção de fugir, Longueville tirou rapidamente um punhal da cintura e estava prestes a atingi-lo quando Anahí se colocou entre os dois.
— Pare! Já houve morte demais por aqui, senhor! — ela falou com voz firme, embora interiormente estivesse tremendo.
Thomas de Longueville arqueou as sobrancelhas.
— Mesmo, milady? Quer dizer que agora será a senhora quem dirá se posso ou não matar meu inimigo?
— Por quê? O senhor mata pelo simples prazer de fazê-lo? — empertigou-se Anahí, enfrentando-o com um olhar beligerante. — O senhor já tomou o navio, portanto, não há mais razões para matar. Tem o que queria e pronto.
— Está certa, milady, já tenho o navio. Quanto ao marujo — falou, dando de ombros —, tenho uma idéia melhor... Jean! — gritou, e logo outro homem vestindo um traje tão pitoresco quanto o de Longueville surgiu na cabine. — Jogue este sujeito ao mar. Não o mate. Apenas lance-o na água e deixe que os deuses decidam se ele vai morrer ou viver.
— Se vai entregá-lo à própria sorte, então jogue-o ao mar em um pequeno bote salva-vidas! — Anahí argumentou, não conseguindo conter-se diante da pouca importância que aqueles homens davam à vida humana.
— Ah, agora entendo por que seu povo a chama de Santa Giovanna — caçoou Longueville. — Parece que é mesmo a defensora de todos os pobres infelizes deste mundo, moça. Vá, Jean, faça como ela disse — ordenou, no que foi prontamente obedecido.
— Anahí é uma dama, senhor! — tomou Birdie, indignada. — Foi criada para tratar seu povo com respeito e preocupar-se com aqueles que dela dependem. E se o senhor ou seus homens ousarem tocar em um só fio de seus cabelos, eu... eu... — As faces alvas ficaram rubras de indignação e a criada respirou fundo como se o ar estivesse lhe faltando.
— Birdie está tentando dizer que se algo me acontecer o senhor vai pagar caro por isso, monsieur — Anahí completou. — Não digo isso apenas por causa de meu noivo, afinal, ainda não temos nenhum laço matrimonial nos unindo e ele poderá não dar ouvidos a suas reivindicações. Porém, devo lembrá-lo de que tenho primos lutando no Exército de Eduardo I, que são ótimos guerreiros e que não o perdoariam se me fizesse algum mal.
Thomas de Longueville riu, parecendo divertir-se muito com tal comentário.
— Se é assim, minha cara, se seu noivo não quiser pagar um resgate para tê-la de volta, que lucro terei eu por capturá-la? Esse é meu negócio, não posso ficar sem um centavo. Preciso ganhar algumas moedas de ouro com sua captura.
— Não contaria com isso. Pense bem, senhor, que lucro teria se eu resolvesse me jogar ao mar? Todo esse trabalho de conquistar este navio e matar tantos homens teria sido em vão.
Desta vez, o bom humor desapareceu por completo do rosto bronzeado de Thomas de Longueville. Um brilho irado surgiu nos grandes olhos escuros do pirata. Contudo, antes que ele pudesse dizer ou fazer qualquer coisa, o homem chamado Jean regressou e parecia preocupado.
— Capitão, capitão! Navio à vista!
Autor(a): traumayahd
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— Navio?—Thomas repetiu atônito. — Como pode ser? — Não sei, meu senhor. Tudo o que posso dizer é que estão vindo rapidamente em nossa direção e que o vento está a favor deles. —Malditos sejam! — vociferou o pirata, antes de virar-se para as duas mulheres que continuavam encurraladas em um ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 73
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franmarmentini♥ Postado em 30/04/2016 - 16:23:07
CADE VC ????????????????????????
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franmarmentini♥ Postado em 10/09/2015 - 16:14:25
OLÁAAAAAAAA AMORE ESTOU POSTANDO UMA FIC* TE ESPERO LÁ BJUS http://fanfics.com.br/fanfic/49177/em-nome-do-amor-anahi-e-alfonso
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kalita Postado em 03/10/2014 - 22:16:04
E lá vamos nós para mais um mês sem posts.
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kalita Postado em 08/09/2014 - 22:18:22
Mais um mês se passou e vc não voltou!!!! :(((((((((((((((((((((((((((
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kalita Postado em 09/08/2014 - 11:43:09
Cadê tu, cê ta legal??
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kalita Postado em 09/08/2014 - 11:42:02
volta posta pleaseeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
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kalita Postado em 09/08/2014 - 11:41:18
eiiii 2 meses já e vc não vem postar aquiii ;/
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jeanne_portilla Postado em 23/07/2014 - 23:39:39
Posta porfavorrrrrrrr
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jeanne_portilla Postado em 23/07/2014 - 23:39:02
Nova leitora Posta mais porfavorrrrr
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kalita Postado em 05/07/2014 - 23:29:29
Volta loooogo!