Fanfic: A Dama e o Guerreiro - AyA | Tema: AyA (adaptada)

Alfonso afastou-se ligeiramente e a perscrutou com o olhar, pouco antes de inquirir:

— Tem certeza de que é isso o que quer? Pense bem, Anahí, porque de minha parte sempre desejei amá-la sem reservas. Porém, não vou tolerar se depois desta noite vir um brilho de arrependimento em seus olhos ou ouvir palavras de reprovação e amargura dos lábios que beijei.

Anahí pestanejou, surpresa que Alfonso estivesse preocupado com seus sentimentos.

— Não vou me arrepender. Sei muito bem o que quero. Ele exibiu um breve sorriso e a carregou até a cama coberta por uma pele macia, deitando-a e aconchegando-se a ela, antes de voltar a beijá-la com ardor e começar a abrir as fitas da túnica de lã.

Um arrepio a percorreu quando sentiu as mãos experientes deslizarem pela pele desnuda de seu abdome enquanto Alfonso a ajudava a livrar-se de toda a roupa.

— A vela... — sussurrou ela. — Apague, por favor.

— Está querendo se esconder nas sombras, Anahí de Clarin? De quem? De mim ou de você mesma? — Sorriu de uma maneira tão charmosa que a fez querer senti-lo por inteiro. — Não, minha querida, nada de sombras, escuridão ou fingimento esta noite.

Anahí assentiu e deixou-o tirar a túnica e as roupas íntimas de cambraia que usava, ficando inteiramente nua diante dos olhos ávidos de Alfonso Graham que, naquele mo mento, não lhe parecia mais um guerreiro inimigo, mas sim o homem por quem desejava ser amada.

— Ah, você é linda! — Alfonso exclamou, e entre beijos ardentes, começou a tirar a própria roupa.

Anahí quis ajudá-lo a livrar-se da cota de malha e cuidou de soltar as tiras que a prendiam. Logo o adereço de guerra caiu no chão e fez um barulho surdo, demonstrando ser muito mais pesado do que parecia à primeira vista.

Apressadamente, Alfonso tirou a camisa branca, as botas e a calça preta, enquanto Anahí o esperava ansiosa, na cama.

A tênue iluminação imprimia um brilho dourado aos braços musculosos e ao peito viril que, apesar das cicatrizes de guerra, era de uma beleza excepcional. Anahí estava hipnotizada pela figura máscula e sensual em pé a sua frente. Primeiro, porque nunca tinha visto um homem nu antes, e segundo, porque jamais imaginara que ele pudesse ser tão magnífico e desejável quanto agora.

Além do quê, pelo que ouvira algumas mulheres do castelo comentar, era óbvio que Alfonso estava preparado para amá-la, pois a extensão de sua masculinidade destacava-se no corpo musculoso, como uma lança de guerra que o ajudaria a tomar posse do que era seu por direito.

Sentindo um intenso calor espalhar-se para as partes mais íntimas de seu corpo, Anahí gemeu baixinho e ele voltou tomá-la nos braços, deitando-se com ela sobre a pele macia que recobria o leito.

Fascinados um pelo outro, amaram-se, de forma meiga e sensual a princípio, mas depois com todo o ardor de dois Jovens apaixonados.

Entre beijos e carícias, Anahí o sentiu mergulhar em seu corpo e soube que nunca em sua vida experimentaria algo mais mágico e inebriante do que naquele momento em que formava um só corpo e um só desejo com Alfonso Graham.

— Ah, minha amada, eu poderia morrer dentro de você! — gemeu Alfonso em êxtase, antes de começar a se mover num ritmo frenético e levá-la consigo aos píncaros do prazer.

Era como se as estrelas explodissem no veludo negro do céu, formando uma chuva reluzente de minúsculos pontos brilhantes que caíam sobre eles como uma cascata dourada, iluminando tudo ao redor e conferindo um novo brilho às suas existências.

Naquele instante, Anahí soube, com toda certeza, que nunca mais voltaria a ser a mesma e que também jamais poderia esquecer aquele bravo guerreiro que a tomara mulher!

— Final interessante para uma noite que começou de maneira bastante assustadora — murmurou Alfonso, quando muito tempo depois repousavam nos braços um do outro.

— Interessante? — Anahí perguntou, sentindo os dedos longos acariciarem-lhe a pele delicada.

Um largo sorriso brincou no rosto atraente.

— Interessante, surpreendente... maravilhoso. — Alfonso respondeu.

Ela estremeceu. O coração comprimiu-se em seu peito ao pensar que, por mais maravilhoso que tivesse sido aquele momento mágico, havia acabado e nunca mais se repetiria.