Fanfics Brasil - 71 A Dama e o Guerreiro - AyA

Fanfic: A Dama e o Guerreiro - AyA | Tema: AyA (adaptada)


Capítulo: 71

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Belinda ficou em silêncio durante algum tempo, então seu sorriso alargou-se e ela respondeu num tom vivaz:


— Onde quer que Rodrigo estiver é onde estará minha felicidade.


— Mesmo? — Anahí olhou para o primo mais jovem, que deu de ombros. Teve a ligeira impressão de que Belinda havia pisado no pé de Rodrigo, mas não pôde ter certeza.


— Venham, vou lhes mostrar o quarto. — Belinda começou, mas Anahí a impediu de prosseguir, com um gesto de mão.


— Não é necessário, obrigada. Ainda me lembro muito bem deste castelo. Cresci nele e só fiquei fora alguns meses.


Então, sem esperar por uma resposta, Anahí segurou o braço de Alain e o conduziu até a torre norte do Castelo de Clarin, a mesma que um dia fora ocupada por seus pais.


À medida que subiam os vários lances de escada, ela considerou que, por certo, Clarin parecia um castelo rústico e frio comparado à elegante residência de verão que Alain mantinha em Paris. Sentiu-se culpada por tê-lo arrastado para lá, principalmente ao reconhecer como o marido tinha sido bom para ela desde o dia em que se casaram.


Para surpresa de Anahí, Alain de Lacville havia deixado claro que não esperava que fosse sua esposa de fato e de direito, pois aquele casamento fora a única forma que encontrara para ajudar a família Clarin a recuperar o que fora de seu bom e velho amigo Leo. Além do mais, ele esclareceu que, se um dia viessem a dormir na mesma cama, seria só depois que visse o brilho apaixonado dos olhos verdes de Anahí desaparecer, pois sua experiência lhe dizia que ela estava perdidamente apaixonada por outra pessoa.


Anahí ficara surpresa ao ouvir tudo aquilo, mas não negou. Então, ao longo daqueles primeiros meses de casamento, pôde confirmar que Alain falava a sério. Ele era um homem doce e inteligente, que tratava a todos com carinho e respeito, portanto, era fácil amá-lo; não como ainda amava Alfonso, mas de uma maneira muito tema e especial. Talvez tivesse sido justamente por isso que, certa noite, quando Alain a encontrara olhando sonhadora para as estrelas e perguntara em quem e em que ela estava pensando, Anahí lhe contara tudo sobre Alfonso Graham e os sentimentos poderosos que os tinham jogado nos braços um do outro.


— Mas isso é passado, Alain! — ela exclamara, enxugando os olhos marejados de lágrimas. — Juro que nunca mais farei nada que possa envergonhá-lo.


— Não jure, ma chérie. Não é preciso fazê-lo, acredito em sua sinceridade e sei que fará de tudo para honrar meu nome, assim como farei de tudo para vê-la feliz.


E ele cumpriu o prometido: depois daquele dia, não mediu esforços para atender a todos os seus desejos, aceitando inclusive vir com ela para Clarin.


Mas, ainda que seus dias fossem alegres e benfazejos, não se passava uma noite sem que Anahí vertesse uma lágrima por causa da imensa saudade que sentia de um certo escocês de olhos sagazes e beijos ardentes...


Eles ainda estavam na floresta, e os longos dias e noites passados em vigília os tomavam ainda mais cautelosos e desconfiados do que qualquer urso que perambulava por entre as árvores à procura de comida.


Alfonso podia ouvir o mais discreto ruflar de asas vindo lias árvores e, sempre que isso acontecia, subia nos galhos mais altos e ficava à espreita para ver o que o destino lhes reservava. Afinal, as aves eram as primeiras a dar o sinal quando alguém se aproximava daquela faixa de terra que dividia a Inglaterra da Escócia e que já fora o cenário de muitas lutas sangrentas.


Não era uma vida fácil, mas fora escolha deles seguir Wallace, e agora tinham de pagar o preço por isso.


Thomas de Longueville, o pirata, agora era um deles também. Depois de ter recebido o perdão de Felipe IV, Longueville havia decidido tentar a sorte na efervescente Paris, mas não demorou muito para perceber que aquela vida de luxo e requinte não era para ele. Precisava de emoção e aventura para se manter vivo e, por isso, decidira juntar-se aos amigos escoceses. Além de sua astúcia, o francês era ágil com a espada e leve como uma pluma quando precisava correr ou subir em árvores para espreitar ou fugir do inimigo.


— Ali está a carroça de que falei — comentou Longueville, com evidente orgulho ao confirmar que sua informação estava certa. — Ali tem muita cerveja e outras mercadorias que vocês provavelmente nem imaginam o que seja. Eles podem, por exemplo, estar trazendo as novas armaduras que lorde Hebert encomendou de um renomado mestre germânico. Também devem estar transportando algumas peças de seda do Oriente, o que eu, particularmente, considero um desperdício, pois dizem que lady Hebert é mais feia do que um mastim.


— E como você pode saber de tudo isso?


Longueville riu.


— Uma das criadas de lorde Hebert, uma mocinha roliça é com uma língua que não lhe cabe na boca, deixou escapar em uma das noites que passamos juntos. Ela não resistiu a meu charme francês.


— Ah, e mais uma vez temos de ouvi-lo gabar-se de suas proezas. — resmungou Liam MacAllister.


— Está bem, os escoceses são bons, mas os franceses são melhores. — Longueville retrucou com uma gargalhada divertida.


— Quanto tempo acha que aquela comitiva levará para passar por aqui? — Alfonso indagou, encerrando o assunto entre os dois homens.


— Não mais do que cinco minutos.


— Que tipo de defesa possuem?


— São quatro guardas na dianteira, dois de cada lado e quatro na retaguarda.


— Usam armaduras?


— Não, apenas cota de malha e elmo.


— Christopher, vamos atacar assim que ficarem no centro da clareira. — Alfonso disse, virando-se para o primo e companheiro naquele último ano. — Daremos uma chance para que possam se render. Liam, você e Collum fiquem afastados e esperem pela resposta deles, depois sigam até os guardas da lateral. Thomas, você e Ian ficam com a retaguarda. Edgar e Garth, subam na árvore e preparem suas setas mais afiadas.


— Sim, Alfonso! — veio a resposta em uníssono.



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Autor(a): traumayahd

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E logo eles estavam seguindo o plano pré-estabelecido pelo líder do grupo, cada um assumindo uma posição estratégica. Alfonso esperou até que os inimigos chegassem no ponto demarcado e, quando isso aconteceu, ele saltou no meio da clareira, bem diante do guarda que parecia liderar os demais. — Oh, salve, cavaleiros! Aonde v&a ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 73



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  • franmarmentini♥ Postado em 30/04/2016 - 16:23:07

    CADE VC ????????????????????????

  • franmarmentini♥ Postado em 10/09/2015 - 16:14:25

    OLÁAAAAAAAA AMORE ESTOU POSTANDO UMA FIC* TE ESPERO LÁ BJUS http://fanfics.com.br/fanfic/49177/em-nome-do-amor-anahi-e-alfonso

  • kalita Postado em 03/10/2014 - 22:16:04

    E lá vamos nós para mais um mês sem posts.

  • kalita Postado em 08/09/2014 - 22:18:22

    Mais um mês se passou e vc não voltou!!!! :(((((((((((((((((((((((((((

  • kalita Postado em 09/08/2014 - 11:43:09

    Cadê tu, cê ta legal??

  • kalita Postado em 09/08/2014 - 11:42:02

    volta posta pleaseeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee

  • kalita Postado em 09/08/2014 - 11:41:18

    eiiii 2 meses já e vc não vem postar aquiii ;/

  • jeanne_portilla Postado em 23/07/2014 - 23:39:39

    Posta porfavorrrrrrrr

  • jeanne_portilla Postado em 23/07/2014 - 23:39:02

    Nova leitora Posta mais porfavorrrrr

  • kalita Postado em 05/07/2014 - 23:29:29

    Volta loooogo!


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