Fanfic: - Hold On - | Tema: Original

            Oi gente, tudo bem? É um capítulo pequeno, mas é muito importante! Eu espero muito que vocês estejam gostando, e queria pedir pra que vocês comentassem, por favorzinho *-* KKKKKKK Deixem opiniões, sugestões, enfim! Beijosssss, espero que gostem!

              Os quatro saíram de lá andando de skate, aproveitando o caminho para uma conversa.

              – Coitados dos Montini`s, uma sofria de distúrbios alimentares e a outra sofre de bipolaridade. – Caleb foi o primeiro a falar.

              – Bipolaridade? Aquela menina não é bipolar, ela é completamente louca! – Nicholas exclamou.

              – Ela estava de sacanagem, não é possível que uma pessoa seja assim. – Amanda opinou, achando a cena completamente estranha.

              – Na verdade não me admira muito, pensando agora. Minha mãe disse que quando fez a unha dela ela não se interessava muito pelos assuntos que ela falava, mas que em momento nenhum foi grossa. Se não foi com a minha mãe foi porque ela tem respeito, já que minha mãe é mais velha que ela. Nós já somos mais ou menos da idade dela, então pode ser que ela não veja problema em falar tudo na lata. Ela deve ter esse jeito sincero mesmo. Ou ela só estava brincando mesmo, como Amanda disse. Ela não faltou com respeito hora nenhuma. Quando fui falar com ela hoje de manhã ela deu uma de esnobe várias vezes, e ignorei apenas. No final, estranhamente, já a achei simpática, só que do jeito dela. – Thomas falou, começando a tentar desvendar a misteriosa filha dos Montini`s.

              – Não, não tem essa de ser simpática do jeito dela, pelo amor de Deus! Ser simpática é ser simpática. E isso aquela menina estava longe de ser. – Caleb falou, balançando a cabeça negativamente.

              A discussão sobre o mistério de Sophie prevaleceu até o fim do caminho a vila de Thomas. Foi inútil, os quatro continuaram com as mesmas opiniões. Nicholas achava que a garota era louca, Caleb apostava na bipolaridade dela, Amanda jurava que Sophie estava apenas brincando, já Thomas simplesmente achava que era o jeito dela, a forma de defesa contra os desconhecidos, talvez.

              Foi preciso apenas que os quatro chegassem na casa de Thomas para que os pais os mandassem dar meia volta para sair de lá e voltar ao lar. Todos os pais menos os de Thom, é claro. Ele morava ali, afinal.

              Todos se despediram e na casa ficaram apenas os Löhnhoff`s. Era domingo à noite, o dia recomeçava na manhã seguinte. Ai final de semana, por que tão rápido? Segunda feira todos voltavam as suas rotinas. Thomas na faculdade e Louis no restaurante. Anna não trabalharia essa semana, as coisas por enquanto estavam boas para o lado financeiro da família. Tiraria a segunda feira para arrumar a casa, se sobrasse tempo e se ela estivesse disposta poderia fazer algum serviço no final do dia.

              Thomas estava cansado, precisava dar uma descansada em seu quarto. Deu um beijo na mãe, um tapinha nas costas do pai e foi tomar um banho. Tinha muitas coisas em que pensar, e um banho o ajudava muito a refletir. Era bom.

              Depois de colocar uma roupa qualquer pra dormir, Thom se jogou em sua cama. Olhou para o lado, avistou a mesinha de cabeceira com todos os livros que Sophie havia lhe dado. Resolveu pegar um deles para folhear, ou talvez ler um pouco, não dormiria agora mesmo. Pelo menos pra ele, pegar no sono assim que deitava era um pouco complicado.

              Um pequeno envelope caiu enquanto Thomas folheava o livro e, curioso, ele pegou. Olhou bem, era um envelope de cor vermelha, e parecia um pouco velho. Ele o abriu, e dentro tinha um papel dobrado. O desdobrou, era uma folha de fichário branca com vários enfeites nas bordas, e parecia uma carta, escrita com uma letra bem redondinha. Tudo bem que não lhe dizia respeito, mas a curiosidade é um problema que quase todos nós sofremos.

              "Querida Katy,

Queria apenas saber onde você está. Por que você não liga? Por que viajou sem me falar? Você está bem? Papai e mamãe estão estranhos, muito calados... Eles brigam comigo por qualquer coisa que eu pergunto sobre você, não sei mais o que faço. Já faz um mês, Kay. Você não está em Paris, está? Espero que não, porque você disse que me levaria e ainda espero por isso. Ligue, estou me sentindo muito sozinha ultimamente sem você aqui. É como se papai e mamãe não estivessem, eles simplesmente me ignoram. Estou com dúvidas na escola também, mamãe disse que chamaria uma professora particular, mas só você sabe me explicar, você sabe disso. Sinto sua falta, só você consegue me entender.

Te amo, Sophie."

              Não era possível. Thomas leu, releu, releu mais uma vez, e outra e outra. Estava invadindo a privacidade da garota que fora gentil ao dar os livros pra ele, mas não era sua culpa, havia sido um acidente. Era estranho, aquilo era um aviso ou o quê? Talvez o destino agindo. Ele queria esclarecer suas dúvidas sobre o mistério de Sophie e de repente cai uma carta daquelas em sua cama. Na verdade, aquilo serviria apenas para lhe trazer mais dúvidas. A imagem a garota escrevendo a carta veio a sua cabeça, teria sido aquilo antes ou depois da garota ter morrido? Duas coisas eram certas pelo menos: Além de ter seu lado sentimental, Sophie Montini, ao que parecia, se dava muito bem com a irmã mais velha. Outra coisa era certa, na verdade: Fosse o que fosse aquela carta, aquilo não o pertencia. E mais uma vez, Thom dormiu pensando na menina da mansão.