Fanfics Brasil - Capitulo 1 Entre o amor e a amizade (Adaptada) AyA [Finalizada]

Fanfic: Entre o amor e a amizade (Adaptada) AyA [Finalizada] | Tema: Romance, AyA, Anahí e Poncho


Capítulo: Capitulo 1

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CAPÍTULO I


 


Anahí narrando:


 


A campainha estridente do telefone reverberou pelas paredes do meu quarto escuro. O primeiro toque me acordou do sono profundo. O segundo fez com que eu me sentasse e olhasse para o marcador digital do rádio-relógio. Duas e quarenta e cinco da madrugada.


Um telefonema naquele horário só podia significar uma de três coisas: Desastre no estúdio. Talvez aquela chuva interminável e fora de época tivesse inundado os arquivos da Vídeo Enterprise, a companhia de produções artísticas que ela fundei havia três anos; ou poderia ser morte ou acidente na família, já que a minha mãe, morava na Flórida, e ela poderia ter caído e quebrado uma costela. Ou...


Eu apanhei o telefone no terceiro toque.


— Alô?


—Annie, você estava dormindo?


Ou talvez Alfonso Herrera estivesse em outro fuso horário e quisesse ouvir a minha voz, conclui com um sorriso sonolento.


— Poncho? — Com um bocejo, afastei as minhas longas mechas louras do meu rosto. — São duas e quarenta e cinco da madrugada! Onde você está?


— Acabo de chegar. Voltei para os Estados Unidos. Está disposta a receber uma visita?


— Já é essa época de novo? A do encontro anual dos desajustados da Escola Henderson? — brinquei.


— Isso é um "sim"? — A voz familiar soou bem-humorada, como sempre.


— O que você esperava, Poncho? Que eu enviasse um convite numa bandeja de prata? É claro que é um "sim". Mas você sabe que transformei o segundo quarto do apartamento num escritório. Terá de dormir na sala.


— Até ontem eu dormi dentro de uma barraca numa floresta chuvosa e úmida. Acredite, o sofá da sala será perfeito.


— Ótimo. Minha agenda está lotada hoje. Tenho reuniões à manhã toda, mas posso esconder a chave no capacho para você entrar.


— Você tem uma reunião nos próximos cinco minutos?


— O quê? Onde você está?


— Na loja de conveniência na esquina do seu prédio. Até já.


A ligação desconectou com um ruído metálico. Somente Alfonso seria capaz de me ligar durante a madrugada de uma loja de conveniência! Somente ele seria pretensioso o bastante para presumir que eu não ficaria furiosa por ser acordada, e tampouco aborrecida pela inconveniência de receber uma visita naquele horário.


Rolei na cama para colocar o telefone no gancho. Levantei-me, fui até o banheiro apanhar o robe e gemi de desgosto ao ver meu reflexo no espelho. Estava exausta, o que não poderia ser diferente, pois eu fui dormir tarde e acordei depois de duas horas de sono, porem Alfonso não se importaria com minha aparência, ele não me via como mulher. Para ele, ela era Anahí, a antiga amiga de escola.


Fui para a cozinha e liguei a cafeteira elétrica. Sabia, pela própria experiência com Poncho, que não eu dormiria nas próximas horas, já que ele faria questão de saber todos os detalhes de tudo o que aconteceu desde do nosso último encontro, então depois passaria a relatar seus projetos, desde os já realizados até os que ainda não haviam se concretizado.


Sorri. Adorava a companhia de Alfonso.


 


  Alfonso narrando:


 


Eu não esperava que estivesse chovendo em Phoenix, Arizona. Afinal, estava no deserto. Porém, a chuva parecia me acompanhar nas últimas semanas, tendo começado quando pus os pés na América do Sul para continuar até que eu chegasse em minha casa, em Los Angeles. Portanto, não era de surpreender que eu tivesse feito toda a viagem até ali debaixo de água.


Estacionei a motocicleta na garagem coberta do prédio, ao lado do carro esporte de Annie, e em seguida desliguei o motor. Eu estava encharcado, da jaqueta preta de couro às botas, que deixavam poças no chão conforme eu caminhava. A mochila era de tecido impermeável, mas duvidava que alguma peça de roupa estivesse seca após o dilúvio que eu atravessei.


Apanhei a câmera, bem protegida dentro da maleta hermeticamente fechada. Parei na entrada dos fundos do prédio e relancei o olhar para as luzes acesas na janela do apartamento de Anahí. Agora que estava ali, uma onda de medo me percorreu.


Depois de três rigorosos meses trabalhando como cinegrafista num documentário sobre a floresta Amazônica ao chegar ao apartamento em Los Angeles senti-me como se minha inteira existência de repente parecera irreal e vazia. A beira do pânico, fui incapaz de me lembrar de um só momento no passado em que havia me sentido realmente feliz. Então, recordei o passeio ao zoológico na última vez que estive em Phoenix, tinha sido feliz na ocasião. De fato, nunca ri tanto como nas duas semanas que passei ao lado de Anahí. Como não percebi antes que só poderia ser feliz ao lado dela?


Apoiando a maleta da câmera no chão, toquei a campainha. A porta se abriu de súbito, e a luz do sorriso de Anahí iluminou o corredor. Porém, o brilho dos olhos dela desapareceu rapidamente para se transformar em descrença e horror.


—Poncho! Você está coberto de lama! — Ela percorreu-me com o olhar da cabeça aos pés e se deteve na poça de água que se formara sob mim.  — Não se mova!


Aflita, ela apanhou a câmera, tirou a mochila das minhas mãos e atravessou rapidamente a cozinha para colocá-las na lavanderia, onde a lama que respingou no chão poderia ser lavada mais facilmente.


— Tire a roupa — ordenou ao voltar. — Tire tudo. Você vai diretamente para o chuveiro.


 Eu me apoiei à porta e cruzei os braços.


—Anahí, velha amiga, você quer mesmo que eu tire a roupa aqui, no corredor?


— É exatamente o que quero. — Ela também cruzou os braços com um sorriso. — Passei horas fazendo faxina no apartamento, velho amigo.


Os cabelos dourados dela caíam em desalinho sobre os ombros, e o rosto não revelava o menor vestígio de maquiagem. Ela parecia muito mais jovem do que seus vinte e sete anos. Do ponto de vista de um artista, aquele rosto chegava à beira da perfeição. Ovalado, queixo arrebitado, testa alta e bochechas bem proporcionadas, que lhe emprestavam um ar exótico quando ela sorria. Nariz de proporções médias, maxilar forte, lábios cheios e generosos que se curvavam num sorriso que revelava os dentes brancos e perfeitos. E os olhos eram de um azul-claro, acinzentado, quase sem cor. Diferente da maioria dos olhos azuis, os de Anahí não tinham rajadas douradas ou verdes nas íris. Eram puros e transparentes. Fabulosos.


Eu havia procurado no mundo todo outros olhos como os dela, mas nunca encontrei. Naquele momento, ela fitava-me com um brilho de interrogação.


— Você está ótima, Anahí— eu disse com um rápido sorriso enquanto me apoiava ao batente para tirar as botas.


— E você está péssimo. E essa barba?


 


Anahí narrando:


 


Era difícil dizer como ele estava sob a grossa camada de lama. Os cabelos empapados colavam-se à cabeça numa mancha negra que descia pelos ombros, e parte do rosto bonito estava coberto por barba e bigode espessos. O nariz era definitivamente de Poncho, reto e afilado. Eu o estudei por alguns segundos. Sim, o nariz era o de um deus grego, o traço dominante no rosto dele até que sorrisse. Então, tudo nele se harmonizava numa aura de luz, como se aquele sorriso tivesse o poder de iluminar uma noite escura.


Ele sorriu de novo, e os dentes pareceram ainda mais brancos em contraste com os pêlos negros da barba. Parecia cansado e havia profundas olheiras sob os olhos claros. Além disso, refletiam um estranho brilho que chamou a minha atenção.


— Eu passei meses numa floresta da América do Sul — Ele explicou enquanto tirava a jaqueta.


— Em outras palavras, esqueceu de colocar a lâmina de barbear na mala.


Ele sorriu, sem negar, enquanto tirava a camiseta molhada.


Músculos. Poncho sempre foi privilegiado nesse quesito, mesmo quando nos conhecemos na escola, ainda adolescentes. Eu logo me tornei imune ao corpo perfeitamente esculpido, podia sair em público com ele e ignorar a reação entusiasmada das mulheres que cruzavam o caminho.


Bem, talvez eu não fosse totalmente indiferente. Caso contrário, não estaria parada ali, observando-o despir a calça e revelar as suas pernas fortes, fazendo-me lembrar de que fazia quatro anos que tive contato físico com um homem pela última vez.


Sorri. Com alguma sorte, minha vida amorosa mudaria em breve.


— Qual é a graça? — Poncho perguntou, deslizando a calça pelos tornozelos.


— Minha vida. Primeiro tome banho, e depois vou lhe contar todos os detalhes.


Eu espiei o corredor do andar, imaginando o que a sra. Hobbs, do apartamento da frente, pensaria se olhasse pelo olho mágico naquele momento e visse Alfonso só de cueca parado à sua porta.


— Tem certeza de que quer que eu tire tudo? — ele questionou, fazendo menção de descer a roupa íntima.


— Não é preciso. Entre.


— Não lave a jaqueta de couro — ele advertiu, desaparecendo no corredor do banheiro.


— Claro que não vou lavar a jaqueta de couro —  resmunguei, meneando a cabeça enquanto recolhia as suas roupas sujas. Coloquei-as na máquina de lavar e estendi a jaqueta no varal.


Não podia negar, Alfonso era magnífico trajando apenas roupas íntimas...


Logo me obriguei a afastar o pensamento. Era ridículo ter fantasias eróticas com meu velho camarada. Ele deixou bem claro nos últimos quinze anos que eramos apenas amigos. Além disso, um homem que costumava sair com modelos e atrizes jamais olharia duas vezes para mim.


Com um suspiro, fui para o meu quarto e apanhei o robe cor-de-rosa, o maior que encontrei.


Entrei no banheiro envolto pelo vapor e gritei acima do ruído do jato forte de água:


— Vou deixar o robe atrás da porta e uma toalha limpa no gabinete.


— Está bem. Mas sabe do que eu realmente gostaria?


— Tenho até medo de perguntar — murmurei . — Do quê?


Poncho afastou a cortina, e eu não identifiquei a expressão no seu rosto bonito. Os olhos tinham um brilho que eu nunca vi, na verdade, aquele era o olhar de um predador... Talvez fosse a barba, que lhe conferia certo ar selvagem ao rosto viril, pensei.


— Poncho, você está bem?


— Eu... gostaria de uma cerveja gelada — ele disse, como se não tivesse escutado a pergunta. Em seguida, fechou a cortina e enfiou a cabeça sob o chuveiro.


— Vou providenciar — gritei ao sair do banheiro.


 


 


Se alguem favoritar ou comentar na web assim que chegar da faculdade posto outro capitulo ainda hoje!!! Beijos,Bella.



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Quero dar as super boas vindas as minhas novas leitoras: anna_laura, franmarmentini, Pâm, imperiuspotter, steph_maria, thaispaula_vondy e Alien AyA. Muitissimo obrigada por favoritar e acompanhar à web,flores *--*       Alfonso narrando: Fechei os olhos, deixando que a força da água me relaxasse. Era óbvio que eu nã ...



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 197



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  • valerynuness Postado em 17/11/2014 - 13:20:52

    Ai que web perfeita, você leva jeito escrevendo shauhau ameei *-* <3

  • camile_ponny Postado em 28/06/2014 - 09:39:54

    Parabéns amiga! Amei de mais a fic. É muito linda gente, ficou perfeita de verdade. Pode deixar que eu vou ler e vc já sabe né?! Kkk parabéns de novo AMEI. :D

  • rbdlove Postado em 26/06/2014 - 19:14:56

    Ahhhh Bella tenho que te agradecer por ter adaptado e postado esse livro que eu amo ver ela com os nomes do Poncho e da Annie fizeram mais lindo do que já era e vou acompanhar a sua próxima web linda Beijoss e parabéns

  • vanessap. Postado em 26/06/2014 - 19:08:55

    Ahhh nem acredito que acabou :// acompanhei desde o inicio e sempre fui apaixonada por ela!! Vou acompanhar a nova com certeza!! Parabens pela maravilhosa web linda <33

  • carlaaya Postado em 26/06/2014 - 14:42:41

    Aiii, amei o fim da web, e estou acompanhando sua outra já e de nada é maravilhoso ter o prazer de ler uma web tão maravilhosa quanto essa, nos encontramos la em Desejo Errado. Beijos Bella <3

  • dessita Postado em 26/06/2014 - 12:58:22

    ameeeei o final lindo perfeito maravilhoso! ui amei de verdade;

  • franmarmentini Postado em 26/06/2014 - 10:58:15

    muito lindos....amei pena que acabou...que não tem continuação ;( fazer o que né kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk bjussssssssssssssssssssssssssssssssss

  • franmarmentini Postado em 26/06/2014 - 10:57:50

    AGORA SIM :)

  • franmarmentini Postado em 25/06/2014 - 23:07:56

    bellaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • Angel_rebelde Postado em 25/06/2014 - 23:03:45

    Expresso a mesma opinião que todas aqui : entendi nada ! 1º que eu fiquei toda hora trocando o nome desse Miguel pelo do Poncho, 2º que ela lembrou disso td só olhando no olho mágico o Poncho do lado de fora ? 3º quem é Miguel ? quem é Madsion e o q fez com o final da web ? SóGloboRepórterExplicaIsso. Posta o final certo aeee pleaseeeeeeeeee.


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